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CAPITULO VII - A preparação do trabalho

A- A LEITURA
I – Ler pouco
Saber ler e algo primordial para a vida, que devemos todos aprender.
Devemos utilizar e trazer a leitura para o nosso dia-a-dia, pois quem estuda e
busca o conhecimento da verdade é algo primordial. A leitura deve ser direta e
importante. Ter ela como algo que nunca deve ser esquecida e usada como
forma de saber o que buscar, lendo com a inteligência e não com a paixão.
Para poder organizar a leitura de uma forma inteligente que vai
alimentar o nosso espirito, devemos nos organizar como uma dona de casa
quando vai ao supermercado, tendo tudo oque precisa fazer na mente para
melhor aproveitar o tempo e não ficar se distraindo e perdendo o ponto
principal da leitura.
Devemos ter uma leitura que nos abastece. Não devemos ter uma
leitura de forma desordenada que vai levar o nosso espirito a uma perdição, a
uma leitura que não nos alimenta, levando a ele a poucas reflexões que não
serão necessárias, tornando-o incapaz, limitando-o ao fluxo das ideias.
Ter a disposição a leitura no que é importante e no que prendemos a
reter de importante para a nossa vida, só retém o que deve servir, organiza o
cérebro e não o maltrata com indigestões absurdas. Ter que amadurecer o
nosso intelectual, devemos ter o momento de leitura em um momento calmo e
livre, não usar a leitura em momento de distração, podendo assim se relacionar
ao objetivo determinado a leitura que será importante. Leia pouco para não
devorar o silêncio, mais leia coisas que gera coisas boas ao espirito.

II – Escolher
É importante selecionarmos o que vamos escolher para ler, é algo
urgente que devemos ter quando se fala da leitura. Devemos selecionar os
livros é o que selecionar de importante nos livros. Escolher bem o que lermos,
porque dependendo do que escolhermos pode ser causa da nossa salvação,
ler as coisas que sugere o bom pensamento para nós salvar, algo que leva a
verdade. Dependendo do que escolher pode ser algo também que leva a ruina,
porque o demônio de alguma maneira quer a nossa queda, e se ficarmos com
pensamentos abertos e não usar a inteligência pode usar isso a favor da nossa
queda.
Devemos pensar e sempre escolher as obras de primeira, aonde
brilham as ideias boas que geram bons pensamentos, aonde nos apoia a
verdadeira inteligência. Contudo não tenhamos medo das novidades, gostai
dos livros eternos que faz buscarmos mais as verdades eternas. Desprezar as
obras malfeitas, mal pensadas que levam a perdição. Escolher sempre o
melhor que pudermos, e encontrar tudo que seja bom, largo, aberto ao bem,
prudente e progressivo.

III – Quatro espécies de leitura


São quatro os tipos de leitura:
1- Leitura de fundo;
2- Leitura de ocasião;
3- Leitura de estímulo ou de edificação;
4- Leitura de repouso.
Cada um desses gêneros apresentados a cima tem suas exigências
particulares. As leituras de fundo requerem uma forma de docilidade, as
leituras de ocasião requerem uma mestria, as leituras de estímulo requerem
um ardor e as leituras de repouso requerem Liberdade.
Os modos como a leitura devem ser enxergados em suas espécies tem
o seu modo, devemos encontrar um alivio e atrativo nas leituras, encontrar a
busca na verdade a alegria. Ler o que nós agrada, Ler o que não prejudica o
nosso ser e não interfira na nossa vida, mesmo quando nos distrair, devemos
ter a inteligência de ler e encontrarmos proveito e repouso, o que for útil de
outra maneira e ajudar a completar-vos, a ornar o espírito, a ser homem.

IV – O trato com o génio


Quantos modelos bons de génio temos que podem ser seguidos,
podemos pegar diversos modelos de conforto na vida intelectual na maneira
simples de viver e estar. Ter a admiração dos seus pensamentos de poder a
igualar a si, e poder sempre comtemplar a maior verdade real.
Em diversas esferas existem pessoas que podem nos ajudar a pensar
e ir em busca da verdade no meio religioso temos grandes exemplos de
maneira a se comporta e ir em busca como: São Paulo, Santo Agostinho, São
Bernardo, São Boaventura, Santa Catarina de Sena, Santa Teresa e São
Francisco de Sales.
O contato com os génios traz, como benefício imediato, a elevação, só
pelo fato da sua superioridade, gratificam-nos, mesmo antes de nos ensinarem
qualquer coisa. É com eles vamos cada vez mais em busca de uma vida em
que buscamos a verdade só por seus exemplos e quando ainda buscamos os
seus ensinamentos vamos mais ainda em busca daquilo que nós importamos.
O génio sabe renovar tudo, apresentando pensamentos que é
iluminado por luz de graça. O génio sabe simplificar as coisas, sabe fazer
coisas grandiosas como música, obras de arte, arquitetura e poesia, tudo belo
e composto de sua rica simplicidade. O génio estimula e desperta a confiança,
me dá a confiança que eu posso ir em busca de algo bom para mim, ir em
busca da verdade, eu consigo e eu quero!
Recordar de vez em quando aqueles que brilham com especial fulgor
no firmamento da inteligência reza. O contato com os gênios proporciona-nos
como benéfico imediato uma elevação. Nós dá um tom para acostumarmos
com o ar das alturas.

V – Conciliar em vez de opor


Ao invés de opormos as leituras e pensamentos dos autores devemos
sempre procurar um elo para podermos aproveitar o ensinamento que ali é
apresentado e não o contrapor de cara, pois insistir indefinidamente sobre as
diferenças é vão; procurar os pontos de contato é a investigação fecunda.
O que nos interessa em suas obras não são ou seus pensamentos,
mas as verdades que tem, não é o autor (homem) que escreveu, mas a obra
por ele realizada e que fica, onde devemos saber conciliar sua obra deixada
para aprofundar cada vez mais em busca de uma verdade do que opor.
VI – Assimilar e viver
Devemos saber assimilar as coisas, como leitor devemos ter certa
passividade para não atrapalhar a nossa ação da verdade no espírito,
precisamos reagir no que lê para podermos fazer o melhor. Usamos a leitura
de diversas formas e uma dela e para nos enriquecermos e ir em busca cada
vez mais da verdade e devemos sempre utilizá-la quando for algo de valência
que buscamos para nos alimentarmos para viver de uma forma melhor.
Devemos saber lê para não cairmos em um mundo de ideias em
pensamentos e perdermos no tempo e que a leitura não terá mais importância
em nossa vida, pois a fonte do saber está em nossa realidade e no nosso
pensamento no que realmente importa, as leituras e o saber viver e bastante
importante para assimilar a nossa vida em uma estrada que nos levar a
compreender e aprender assimilando e absorvendo oque e mais importante.
Quem não sabe assimilar oque aprende com docilidade não saberá
instruir o que está em busca. A docilidade é uma virtude necessária e devemos
ter a obediência que é a base do aperfeiçoamento. A leitura propõe a verdade
e nós devemos fazer a nossa com que o que eu absorvo seja convertido em
minha substância.
Santo Agostinho diz: O homem está para o ensino como o agricultor
para a árvore, devemos saber aproveitar as coisas como um acréscimo de
sabedoria de tudo que é bom para nós assimilando conosco as coisas boas.
Enfim, trabalhemos entre a verdade e nós, entre Deus e nós. O nosso modelo
está no pensamento criador. Os génios não passam de sombras. Ser sombra
duma sombra é rebaixamento para aquele que, pequeno ou grande, é um facto
espiritual incomparável, inédito e único, neste mundo. O homem é múltiplo, e
nós somos homens; Deus está em todos: honremos em nós o homem e
respeitemos
no homem a Deus.

B – A ORGANIZAÇÃO DA MEMÓRIA
I – Que se deve reter?
A nossa memória é ocupada de diversas formas com as coisas que
fazemos durante o dia, seja em atividades, leituras e em busca da verdade,
mais a nossa memoria deve gravar somente aquilo de útil que pode ajudar a
conceber algo de importante para a nossa vida ou melhor executar algo.
Não devemos sobrecarregar a memória pois prejudica o nosso
pensamento e a atenção. O espírito afoga na massa dos materiais, devemos
vivificar as inspirações do espirito e alicerçar a suas obras, não vivemos de
memória, mas servimos da memória para viver.
Devemos arquivar o que pode se assimilar com à nossa alma, vivificar
a nossas inspirações e sustentar as vossas obras. O resto devemos esquecer
e ir embora. Não julgar ter esquecido de alguma que queira reter, eis a
memória útil, com a condição de só querer reter o que serve de importante.
Santo Agostinho define a felicidade: “não desejar senão o bem e ter
tudo o que se deseja “, define ao mesmo tempo a memória feliz. Confiai à
vossa o que é bem, e rogai a Deus que vos outorgue, se lhe aprouver, a graça.
Deus ajuda quando pedimos com sinceridade e algo que levamos de bom para
a nossa vida e que nos ajuda na busca da felicidade e na busca da verdade,
nós ajuda a reter as coisas boas.

II – Por que ordem reter?


Como começar a regular as coisas a quantidade do conteúdo, qual
será a ordem das coisas que devemos reter, não devemos armazenar muitas
coisas de uma vez só, sendo assim inutilizando tudo. Devemos sempre
primeiro buscar aquilo que pretendemos, o que nós condicionamos a isto e
aquilo, buscar reter as coisas de forma coordenadas e não de uma forma
esfarrapada que estabeleça em nossa memoria aquilo que não é importante.
É preciso referir tudo ao essencial na memória como no pensamento.
O primordial, o fundamental, o simples e de onde sai o complexo por escalões
e diferenças sucessivas, eis o que sustém a memória e a torna eficaz quando
ela tem que intervir.
Quando começamos a acumular algo de forma indiscriminadamente é
torna toda a nossa memória inutilizável, é condená-la a só conseguir lembrar
algo por acaso como algo não essencial. Devemos sempre relacionar uma
coisa com outra para podermos estabelecer as coisas em nossa memória
como algo importante e que leve a um pensamento para recorda.
Cada verdade é aurora de outra verdade, o ambiente da ciência e o
cosmos, o qual, por sua vez é primeiramente a organização, para que o
homem de estudo progrida, a graça da memória e uma estrutura que permite
adaptar ao modo de agir e ir em busca de cada progresso.

III – Como reter?


Para conseguir uma memória qualificada depende das mais profundas
condições da vida mental. São Tomás nos qualifica quatro regras que devemos
seguir:
1- Ordenar o que se reter;
2- Aplicar a isso o espírito;
3- Meditar nisso com frequência;
4- No ato de reminiscência, tomar pela extremidade a cadeia das
dependências, que o resto a seguir será
Para conseguir reter a memória devemos ter esses quatros pontos
frequentes em nossa vida e saber sempre os colocar como importante. Colocar
a atenção nas ligações e nas razões das coisas, sempre buscar os porquês,
observas as genealogias dos acontecimentos, as sucessões e dependência,
imitar a ordem matemática onde a necessidade parte do axioma e chega às
mais longínquas conclusões.
Quando ficamos agitados a agitação do espirito opõe-se ao trabalho de
conseguir resumir e reter as coisas deixando o espírito inquieto, com isso para
conseguirmos reter e conseguir acamar e exigido o sossego da vida a calma
das paixões para conseguir o bom uso da memória como para as funções do
intelectual.
O que importa a memória, não é o numero das aquisições, mais sim a
sua qualidade, a ordem e a finalidade em busca do seu emprego de como agir.
Os materiais não faltam ao pensamento, aprender não é nada, sem a
assimilação da inteligência, sem a progressiva de uma alma rica e regulada
nos sentidos de compreender e ser resumida. Torna-se capaz de logo depois
de ler um livro ou ouvir o que estuda é reproduzi-lo na medida em que precisa
ser.

C. – AS NOTAS
I – Como tomar notas

podemos distinguir duas espécies de notas. Uma correspondente à preparação longínqua e


outra à preparação imediata do trabalho. A primeira categoria tem a característica de ser um
pouco fortuita; somente os limites de sua especialidade e a sua sabedoria podem reduzir a
dose de acaso. Ao contrário, quando você anota para produzir, tendo essa produção um
caráter definido, as notas também se definem, seguem de perto o assunto escolhido e formam
um todo mais ou menos orgânico. 

Nos dois casos, devemos evitar os excessos, um acumulo de matérias em que depois nos
embrulhamos e que se tornam inutilizáveis. 

Tenha notas tomadas com reflexão, evitando sempre o perigo de tomar notas sobre a esmos
com cada expressão entusiástica. Tome tempo, com calma e uma boa distância somente o
bom grão será armazenado.

Graças às notas, pode ser que uma obrar já esteja acabada antes mesmo de ter sido
começada; todo seu valor será determinado pelas notas. O plano encontra-se nelas em estado
latente, no qual diversas combinações são possíveis; mas a matéria já está reunida, dominada,
e você está seguro de que, estabelecido o plano, ele corresponderá a uma concepção rela, a
ideias que você possui, não a ideias que você ainda terá que buscar.

As notas assim compreendidas, não podem ser feitas nas horas vagas, pois são trabalho
efetivo, e devemos reservar sua pesquisa para o chamamos de momentos de plenitude (em
que o espírito está totalmente aplicado ao trabalho).

II – Como classificar as notas

o melhor método é aquele que experimentamos, confrontamos com nossas necessidade e


hábitos intelectuais, e consagramos através de uma longa prática. Mas o método mais prático é
o das fichas, que, independentemente do meio, deve permitir novos complementos, bem como
uma classificação por categorias. 

Classificar supõe que você já tenha adotado um método de classificação em acordo com o seu
trabalho. Catálogos de assuntos, com divisões e subdivisões, permitem um acesso rápido e
prático às notas. 

III – Como utilizar as notas

um plano detalhado pode sugerir o uso correspondente das notas necessárias para o
desenvolvimento de um trabalho. Numerar as pesquisas já realizadas em uma ordem coesa
com base no objeto de estudo em questão, será o ideal para evocar as notas que lhe
concernem. Classifique os grupos e redija então o trabalho colocando à sua frente,
sucessivamente, o conteúdo de cada grupo. Havendo lacunas, novas pesquisas devem ser
realizadas para complementar o domínio sobre o assunto. Copie suas preposições na ordem
obtida, seguindo uma numeração marginal que possa ser corrigida se necessária uma melhor
ordenação, ao final sua redação estará preparada.

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