GUIA PRÁTICO

Como Viver a Espiritualidade no Dia-a-Dia

A Essência
Desafio 4

A nossa Essência é aquilo que há de mais puro em nós, é a nossa

alma e contém a nossa energia original. O significado da palavra
essência diz respeito aquilo que é essencial, logo ela é aquilo que é
essencial em nós, é quem realmente somos.

Quando nascemos a nossa Essência está consolidada, inteira.

Quando somos crianças, somos puros, trazemos a nossa energia
original intacta dentro de nós. Antes de nascermos, estamos
habituados a estar numa dimensão onde só há Luz, só há amor e
logo no momento do nascimento há um grande choque. A Terra é
densa, existe muita energia negativa aqui e o ser que está habituado
a ser amado constantemente sente esse embate.

O ser humano é um animal muito dependente dos outros,

enquanto outros animais se tornam independentes dos seus
progenitores com apenas algumas semanas de vida, o ser humano
precisa de vários anos para que isso aconteça. Além disso, o ser
humano precisa não só de cuidados básicos, mas também de amor,
carinho e afeto.

À medida que vai crescendo, o ser humano começa a perceber que

se se comportar conforme os outros querem, vai ter o amor e o
carinho que tanto deseja. Assim, o ser humano vai percebendo que
se comer a sopa toda, a mãe gosta mais dele; se se portar bem na

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Coerência da Alma
escola, a professora gosta mais dele e assim por diante… À
medida que vamos crescendo, vamos começando a fazer
cedências em relação aquilo que nós realmente somos. A
criança sem se aperceber vai deixando que os outros moldem
a sua personalidade e vai-se afastando da sua Essência,
imitando o comportamento que vê nos outros, algo que na
espiritualidade chamamos de mimetismo energético. Isto é
algo que acontece um pouco com todos nós, é claro que há
pessoas que têm mais tendência para isto do que outras, mas
de uma forma geral, o mimetismo energético acontece com
todos.

Em teoria, a adolescência devia servir para apagar este

mimetismo energético. Ou seja, adolescência devia ser uma
fase de vida em que a pessoa passa por uma crise de valores e
se apercebe das cedências que tem andado a fazer,
revoltando-se contra elas e estabelecendo a sua própria
personalidade. No entanto isto nem sempre acontece, quando
a pessoa passa a adolescência sem passar por esta fase de
rebeldia e de rutura com a criança que foi, a pessoa vai
continuar com a tendência em querer ser aceite. Embora
possa parecer normal, que uma criança possa depender da
aprovação dos outros, o mesmo já não acontece com um
adulto. Um adulto que quer ser aceite, que depende da
aprovação dos outros para ser feliz, terá sérios problemas em
exercer a sua Essência. Será um adulto que continua a fazer
cedências, mas agora já não se trata de comer a sopa ou
portar-se bem na escola, mas sim de escolhas bem mais
determinantes para uma vida feliz. Se uma pessoa escolher,
por exemplo, a sua profissão com o intuito de ser um orgulho
para os seus pais e não tiver em conta a sua própria vontade,
vai ter muita dificuldade em ser bem-sucedido. Até pode
ganhar muito dinheiro nessa profissão, mas não vai sentir
satisfação, não vai sentir que está a cumprir com a sua missão
na Terra.

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 Para que uma pessoa possa sentir-se plena, satisfeita com a
sua vida, ela precisa de estar alinhada com a sua Essência. É a
nossa Essência que transporta a informação acerca do que
viemos à Terra fazer, ela sabe qual é a nossa missão e dá-nos
dicas através da nossa intuição. Se soubermos ouvir o que diz
o nosso coração, se conseguirmos calar a voz da cabeça, que
tem tudo controlado e esquematizado ao pormenor, então
vamos conseguir estar alinhados com o nosso propósito de
vida.

Tal como o nosso ADN é único e inconfundível, a nossa

Essência também o é. Ela transporta a nossa unicidade. A
minha unicidade é aquilo que eu tenho de único que mais
ninguém tem. Nesta nova era, o desafio é sermos únicos,
sermos nós próprios, em vez de nos tentarmos encaixar na
sociedade, devemos aceitar que somos especiais à nossa
maneira.

Felizmente, hoje em dia existem várias pessoas que vivem

uma vida plena, seguindo os seus próprios valores e a sua
própria felicidade. No entanto, há ainda uma estrutura antiga
a pesar, para muitas pessoas ainda existe a ideia de que vida
deve ser levada com sacrifício e que os luxos e aventuras
devem ser guardados para ocasiões especiais. Mesmo que as
pessoas pensem o contrário, na prática a maioria das pessoas
tem um dia-a-dia onde não é feliz. Quantas pessoas conhece
que embora defendam que devemos colocar a felicidade em
primeiro plano, acabam por trabalhar 8 horas por dia em algo
que não gostam?

Em termos energéticos, uma pessoa que vive constantemente

sem ouvir a sua alma e sem respeitar aquilo que sente, não só
vai estar a desviar-se do seu caminho, como vai deixar de
trazer consigo a sua energia original. Como sabemos, um
corpo físico precisa de energia para poder viver de forma
saudável. Ora se existem muitas pessoas que não trazem
consigo a sua energia original é natural que existam muitas
pessoas a adoecer.

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 A depressão é um dos sintomas mais comuns de falta de
Essência. Primeiro as pessoas começam por sentir uma
pequena insatisfação a que não dão ouvidos, que vão
ignorando até que a depressão se instala. A insatisfação é o
primeiro sinal de que alguma coisa não está bem, é como se se
acendesse uma luz de aviso no nosso carro. Nesta altura é
importante parar e centrar-se naquilo que é mesmo
importante para si.

Habitualmente, eu trabalho com pessoas que embora já

tenham alcançado vários objetivos nas suas vidas, não se
sentem realizadas com elas próprias. São pessoas que têm os
seus empregos, têm as suas famílias, mas não se sentem
felizes, exatamente por falta de Essência. Na maioria dos casos
estas pessoas, ao longo da vida, foram-se colocando em
segundo plano, foram deixando de ouvir a sua alma.

Uma das estratégias para recuperar a nossa energia original é

fazer coisas prazerosas, fazer algo que nos dá muito prazer,
fazer algo pela nossa alma. É curioso que a maior parte das
pessoas que me procura, não sabe que coisas são essas. Mas
quando descobre, percebe que é algo tão simples, como ler
um livro todas as noites, por exemplo.

Um truque para descobrir coisas que nos fazem realmente

felizes é ir à nossa infância. Quando somos crianças, somos
muito mais criativos, temos a nossa energia original mais
revigorada, portanto é natural que na altura fizéssemos coisas
que nos davam prazer, que alimentavam a nossa alma, mesmo
sem nos apercebermos. Então basta pensar em coisas que
fazíamos em crianças e que nos davam prazer fazer. É claro
que hoje pode e deve ter outras coisas que lhe dão prazer
fazer, mas se tiver dificuldade em descobrir alguma dessas
coisas, pode usar este truque. Ao recomeçar a fazer essas
coisas de uma forma sistemática, vai ver que aos poucos, a sua
energia vai-se reestabelecendo e a sua Essência vai começar a
brilhar outra vez.

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 DESAFIO PRÁTICO

Feche os olhos e respire profundamente durante algum

tempo. Depois, vai reparar numa luzinha bem no centro
do seu peito. É a sua alma, dê-lhe um abraço.

Pergunte-lhe o que ela gostaria que você fizesse hoje.

Faça a pergunta e espere pela resposta. Não pense que sabe

a resposta, apenas sinta a resposta no seu peito e deixe que
a sua alma o surpreenda.

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