Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Desaprender é jogar no lixo o que não nos serve mais. Juntamos um livro aqui,
uma revista ali, um artigo acolá e, pronto, a nossa biblioteca fica repleta.
Olhamos para ela e verificamos que não sobra espaço para mais nada.
Acrescentamos uma nova estante e, em pouco tempo, fica cheia de novo. O
mesmo acontece com o nosso cérebro, que também fica saturado de
informações. Pensamos: preciso eliminar alguma coisa, esvaziá-lo. Aí está o
problema. No momento em que estamos prestes a nos desfazer de algo, surge
a lembrança de quem o deu, e recuamos. Dizemos para conosco: o que essa
pessoa pensaria de mim vendo o seu presente ir para o cesto de lixo?
Desaprender é saber dizer não. Quantas não são as vezes que dizemos "sim"
e nossa vontade era a de dizer "não". Nosso chefe, no escritório, pede para
fazermos isso, depois aquilo e assim por diante. Às vezes somos obrigados a
levar serviço para casa, nos fins de semana, a fim de atender ao seu pedido, o
que nos deixa estressados. Por medo ou covardia, não sabemos dizer a ele
que a quantidade de trabalho extrapola a nossa capacidade física e mental. O
estresse, porém, continua a aumentar. Um "não" muito demorado pode ser
fatal para o nosso equilíbrio físico e espiritual.
A) LEMBRETES ÚTEIS
A audição para ser eficaz tem de ser ativa. Depois de entrarmos em contato
com o padrão vibratório do orador, devemos concentrar-nos exclusivamente no
conteúdo do tema, colocando o nosso pensamento um pouco à frente do que
irá dizer. Estar inteiro naquilo que estiver fazendo, é uma verdade fundamental
que jamais podemos perder de vista. É que espiritualmente ouvimos por todo o
nosso ser e não somente pelos ouvidos materiais. Nesse sentido, muito
auxiliam o desprendimento das preocupações e dos problemas de ordem
material.Tomemos consciência de nossa forma de ouvir. Não admitamos que
os nossos ouvidos estacionem nas coisas negativas. Vejamos sempre o lado
bom do acontecimento.
Fonte de consulta
O'MEARA, P., SHIRLEY, D. e WALSHE, R. D. Como Estudar Melhor. Lisboa,
Editorial Presença, 1988.
A Arte de Argumentar
Sérgio Biagi Gregório
O tema em questão não pode prescindir das falácias. Elas são raciocínios
falsos que se apresentam com aparência de verdadeiros; usadas de má-fé,
transformam-se em sofismas. Entre elas, citamos as falácias ad hominem
(conforme o homem) e ad ignorantiam (apelo à ignorância). Na falácia ad
hominem, confundimos o sujeito com as qualidades do sujeito. Exemplo: em
vez de criticarmos o desempenho de uma função, criticamos o sujeito na
função. Na falácia ad ignorantium, argumentamos que algo é verdadeiro
porque não se provou ser falso, ou que algo é falso porque não se provou ser
verdadeiro.
Fonte de Consulta
A didática da aula não pode ser igual à da palestra. Numa aula, podemos
empregar varias técnicas de ensino, tais como, fazer grupos de estudo,
trabalhar o tema em forma de perguntas e repostas, colocar perguntas embaixo
das cadeiras e pedir para o aluno respondê-la ou fazê-la aos outros colegas de
classe. A maiêutica socrática pode ser usada à exaustão, pois com ela faz-se o
aluno pensar e tentar buscar com os demais colegas uma resposta adequada
aos problemas que lhe são apresentados.
Parta do princípio de que não existe uma apresentação ideal; quando muito,
conseguimos uma adequação ideal à nossa apresentação. Tenha sempre em
mente que o recurso visual é um auxiliar. Faça o seguinte teste: e se meu
tempo de exposição fosse reduzido pela metade, o que eu faria?
Dê preferência aos fundos claros: se fosse para aparecer não seria fundo seria
frente.
Não apague as luzes. Lembre-se de que numa peça teatral o holofote ilumina o
ator.
A fonte do título deve ser tamanho 32; o texto, tamanho 24. Nada de espremer
para que caiba tudo em uma única tela.
Extraído de
5 - Para "mim" fazer. Mim não faz, porque não pode ser sujeito. Assim: Para
eu fazer, para eu dizer, para eu trazer.
6 - Entre "eu" e você. Depois de preposição, usa-se mim ou ti: Entre mim e
você. / Entre eles e ti.
7 - "Há" dez anos "atrás". Há e atrás indicam passado na frase. Use apenas
há dez anos ou dez anos atrás.
8 - "Entrar dentro". O certo: entrar em. Veja outras redundâncias: Sair fora ou
para fora, elo de ligação, monopólio exclusivo, já não há mais, ganhar grátis,
viúva do falecido.
10 - "Porque" você foi? Sempre que estiver clara ou implícita a palavra razão,
use por que separado: Por que (razão) você foi? / Não sei por que (razão) ele
faltou. / Explique por que razão você se atrasou. Porque é usado nas
respostas: Ele se atrasou porque o trânsito estava congestionado.
11 - Vai assistir "o" jogo hoje. Assistir como presenciar exige a: Vai assistir
ao jogo, à missa, à sessão. Outros verbos com a: A medida não agradou
(desagradou) à população. / Eles obedeceram (desobedeceram) aos avisos. /
Aspirava ao cargo de diretor. / Pagou ao amigo. / Respondeu à carta. /
Sucedeu ao pai. / Visava aos estudantes.
12 - Preferia ir "do que" ficar. Prefere-se sempre uma coisa a outra: Preferia
ir a ficar. É preferível segue a mesma norma: É preferível lutar a morrer sem
glória.
16 - Comprei "ele" para você. Eu, tu, ele, nós, vós e eles não podem ser
objeto direto. Assim: Comprei-o para você. Também: Deixe-os sair, mandou-
nos entrar, viu-a, mandou-me.
17 - Nunca "lhe" vi. Lhe substitui a ele, a eles, a você e a vocês e por isso não
pode ser usado com objeto direto: Nunca o vi. / Não o convidei. / A mulher o
deixou. / Ela o ama.
22 - Vive "às custas" do pai. O certo: Vive à custa do pai. Use também em
via de, e não "em vias de": Espécie em via de extinção. / Trabalho em via de
conclusão.
31 - O peixe tem muito "espinho". Peixe tem espinha. Veja outras confusões
desse tipo: O "fuzil" (fusível) queimou. / Casa "germinada" (geminada), "ciclo"
(círculo) vicioso, "cabeçário" (cabeçalho).
32 - Não sabiam "aonde" ele estava. O certo: Não sabiam onde ele estava.
Aonde se usa com verbos de movimento, apenas: Não sei aonde ele quer
chegar. / Aonde vamos?
35 - Ela era "meia" louca. Meio, advérbio, não varia: meio louca, meio
esperta, meio amiga.
36 - "Fica" você comigo. Fica é imperativo do pronome tu. Para a 3.ª pessoa,
o certo é fique: Fique você comigo. / Venha pra Caixa você também. / Chegue
aqui.
37 - A questão não tem nada "haver" com você. A questão, na verdade, não
tem nada a ver ou nada que ver. Da mesma forma: Tem tudo a ver com você.
40 - Foi "taxado" de ladrão. Tachar é que significa acusar de: Foi tachado de
ladrão. / Foi tachado de leviano.
41 - Ele foi um dos que "chegou" antes. Um dos que faz a concordância no
plural: Ele foi um dos que chegaram antes (dos que chegaram antes, ele foi
um). / Era um dos que sempre vibravam com a vitória.
43 - Ministro nega que "é" negligente. Negar que introduz subjuntivo, assim
como embora e talvez: Ministro nega que seja negligente. / O jogador negou
que tivesse cometido a falta. / Ele talvez o convide para a festa. / Embora tente
negar, vai deixar a empresa.
46 - Lute pelo "meio-ambiente". Meio ambiente não tem hífen, nem hora
extra, ponto de vista, mala direta, pronta entrega, etc. O sinal aparece, porém,
em mão-de-obra, matéria-prima, infra-estrutura, primeira-dama, vale-refeição,
meio-de-campo, etc.
50 - Vocês "fariam-lhe" um favor? Não se usa pronome átono (me, te, se,
lhe, nos, vos, lhes) depois de futuro do presente, futuro do pretérito (antigo
condicional) ou particípio. Assim: Vocês lhe fariam (ou far-lhe-iam) um favor? /
Ele se imporá pelos conhecimentos (e nunca "imporá-se"). / Os amigos nos
darão (e não "darão-nos") um presente. / Tendo-me formado (e nunca tendo
"formado-me").
51 - Chegou "a" duas horas e partirá daqui "há" cinco minutos. Há indica
passado e equivale a faz, enquanto a exprime distância ou tempo futuro (não
pode ser substituído por faz): Chegou há (faz) duas horas e partirá daqui a
(tempo futuro) cinco minutos. / O atirador estava a (distância) pouco menos de
12 metros. / Ele partiu há (faz) pouco menos de dez dias.
52 - Blusa "em" seda. Usa-se de, e não em, para definir o material de que
alguma coisa é feita: Blusa de seda, casa de alvenaria, medalha de prata,
estátua de madeira.
60 - Eles "tem" razão. No plural, têm é assim, com acento. Tem é a forma do
singular. O mesmo ocorre com vem e vêm e põe e põem: Ele tem, eles têm;
ele vem, eles vêm; ele põe, eles põem.
61 - A moça estava ali "há" muito tempo. Haver concorda com estava.
Portanto: A moça estava ali havia (fazia) muito tempo. / Ele doara sangue ao
filho havia (fazia) poucos meses. / Estava sem dormir havia (fazia) três meses.
(O havia se impõe quando o verbo está no imperfeito e no mais-que-perfeito do
indicativo.)
65 - Andou por "todo" país. Todo o (ou a) é que significa inteiro: Andou por
todo o país (pelo país inteiro). / Toda a tripulação (a tripulação inteira) foi
demitida. Sem o, todo quer dizer cada, qualquer: Todo homem (cada homem)
é mortal. / Toda nação (qualquer nação) tem inimigos.
70 - Vou sair "essa" noite. É este que desiga o tempo no qual se está ou
objeto próximo: Esta noite, esta semana (a semana em que se está), este dia,
este jornal (o jornal que estou lendo), este século (o século 20).
79 - Disse o que "quiz". Não existe z, mas apenas s, nas pessoas de querer
e pôr: Quis, quisesse, quiseram, quiséssemos; pôs, pus, pusesse, puseram,
puséssemos.
81 - A tese "onde"... Onde só pode ser usado para lugar: A casa onde ele
mora. / Veja o jardim onde as crianças brincam. Nos demais casos, use em
que: A tese em que ele defende essa idéia. / O livro em que... / A faixa em que
ele canta... / Na entrevista em que...
83 - Venha "por" a roupa. Pôr, verbo, tem acento diferencial: Venha pôr a
roupa. O mesmo ocorre com pôde (passado): Não pôde vir. Veja outros: fôrma,
pêlo e pêlos (cabelo, cabelos), pára (verbo parar), péla (bola ou verbo pelar),
pélo (verbo pelar), pólo e pólos. Perderam o sinal, no entanto: Ele, toda, ovo,
selo, almoço, etc.
85 - A modelo "pousou" o dia todo. Modelo posa (de pose). Quem pousa é
ave, avião, viajante, etc. Não confunda também iminente (prestes a acontecer)
com eminente (ilustre). Nem tráfico (contrabando) com tráfego (trânsito).
87 - O pai "sequer" foi avisado. Sequer deve ser usado com negativa: O pai
nem sequer foi avisado. / Não disse sequer o que pretendia. / Partiu sem
sequer nos avisar.
92 - "Haja visto" seu empenho... A expressão é haja vista e não varia: Haja
vista seu empenho. / Haja vista seus esforços. / Haja vista suas críticas.
93 - A moça "que ele gosta". Como se gosta de, o certo é: A moça de que ele
gosta. Igualmente: O dinheiro de que dispõe, o filme a que assistiu (e não que
assistiu), a prova de que participou, o amigo a que se referiu, etc.
100 - "Ao meu ver". Não existe artigo nessas expressões: A meu ver, a seu
ver, a nosso ver.
Resumindo
Comunicação Genuína
Sérgio Biagi Gregório
Fonte de Consulta
Comunicação Interpessoal
Sérgio Biagi Gregório
1. INTRODUÇÃO
O objetivo deste estudo é refletir sobre o processo básico da comunicação*, a fim de
que haja maior exatidão na expressão e na compreensão do significado daquilo que se
quer transmitir.
2. CONCEITO
COMUM - Diz-se que é comum o que pertence a todos ou a muitos igualmente. Vem
do latim cum e munus, que significa cargo, ofício, função, dever, propriedade. Assim, o
centro de um círculo é comum a seus raios, pois todos os raios têm o mesmo centro. A
atração é comum a todos os corpos, porque todos dela sofrem. (Santos, 1965)
Disso resulta que há maior ou menor exatidão daquilo que se quer transmitir.
A exatidão na comunicação, por outro lado, se refere ao ponto até onde o sinal básico
transmitido pelo emissor é recebido, sem distorções pelo receptor.
4. MODELO SHANNON-WEAVER
Figura 1. O modelo de Shannon-Weaver do processo de comunicação. Fonte: Adaptado de C. F. Shannon-Weaver,
The Mathematical Theory of Communication (Urbana: University of Illinois Press, 1949), pp. 5 e 98.
Assim, a comunicação não estará completa enquanto o receptor não tiver interpretado
(percebido) a mensagem. Se o ruído for demasiadamente forte em relação ao sinal, a
mensagem não chegará ao seu destino, ou chegará distorcida.
Por ruído, entende-se tudo o que interfere na comunicação, prejudicando-a. Pode ser
um som sem harmonia, um emissor ou receptor fora de sintonia, falta de empatia ou
habilidade para colocar-se no lugar de terceiros, falta de atenção do receptor etc.
Como o simples ato de receber a mensagem não garante que o receptor vá interpretá-la
corretamente (ou seja, como se pretendia), convém considerar:
3. Fonte de informações: como algumas pessoas contam com mais credibilidade do que
outras (status), temos tendência a acreditar nessas pessoas e descontar de informações
recebidas de outras.
A) HABILIDADES DE TRANSMISSÃO
3. Usar canais múltiplos para estimular vários sentidos do receptor (audição, visão etc.).
B) HABILIDADES AUDITIVAS
1. Escuta ativa. A chave para essa escuta ativa ou eficaz é a vontade e a capacidade de
escutar a mensagem inteira (verbal, simbólica e não-verbal), e responder
apropriadamente ao conteúdo e à intenção (sentimentos, emoções etc.) da mensagem.
Como administrador, é importante criar situações que ajudem as pessoas a falarem o
que realmente querem dizer.
2. Empatia. A escuta ativa exige uma certa sensibilidade às pessoas com quem estamos
tentando nos comunicar. Em sua essência, empatia significa colocar-se na posição ou
situação da outra pessoa, num esforço para entendê-la.
C) HABILIDADES DE FEEDBACK
5. Esteja preparado para receber feedback, visto que o seu comportamento pode estar
contribuindo para o comportamento do receptor.
6. Ao encerrar o feedback, faça um resumo e reflita sobre a sessão, para que tanto você
como o receptor estejam deixando a reunião com o mesmo entendimento sobre o que foi
decidido.
7. CONCLUSÃO
8. FONTE DE CONSULTA
ÁVILA, F. B. de S.J. Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo. Rio de Janeiro, M.E.C., 1967.
SANTOS, M. F. dos. Dicionário de Filosofia e Ciências Culturais. 3. ed., São Paulo, Matese, 1965.
Confiança e Determinação
Sérgio Biagi Gregório
Malogros. Quem não os sofre? Estímulo. Se nós não nos ampararmos, quem
nos amparará?
Deve aquele que fala possuir temperamento expansivo para comunicar por
meio da palavra, as idéias e os fatos; manter o máximo a serenidade de
espírito e o domínio de si mesmo; possuir sensibilidade apurada, que o faça
capaz de perceber rapidamente o efeito de suas palavras no espírito dos
ouvintes; ter firmeza nas convicções e expô-las de modo veemente; conhecer
amplamente o assunto de que vai tratar e ter suficiente cultura geral para
eventuais digressões, ou para reforçar a sua exposição; possuir certo
magnetismo pessoal e usar de atenciosa amabilidade para com os que o
escutam.
Você não é a única pessoa que tem medo de falar em público. Pesquisas
universitárias norte-americanas comprovaram que 80% ou 90% das pessoas
temem falar em público. Acredite no que vai dizer. A dúvida deita raios de
morte. Fale ao cérebro e ao coração. Enriqueça seu vocabulário, lendo com
dicionário. O conhecimento vocabular é fundamental.