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HEY,HEEY,HEEY!

Durante a pandemia, fiz muitas transmissões ao vivo, totalizando 400


lives, algumas com mais de duas horas de duração, chamadas de "Magic
Morning". Nessas lives, abordamos diversos assuntos interessantes.
Inicialmente, eram realizadas de manhã cedo, mas depois fizemos muitas à
tarde e à noite.

Agora, decidimos fazer algo um pouco diferente: realizar 12 transmissões


consecutivas ao meio-dia, de segunda a sexta-feira, abordando 12 princípios
de diferenciação. A ideia por trás dessas 12 lives é enfatizar que as técnicas são
processos para aplicar princípios intangíveis.

Muitas vezes, ficamos obcecados com as técnicas, mas é essencial


entender os princípios subjacentes antes de aplicá-las corretamente.
Atualmente, estamos inundados de conteúdo técnico, mas é importante
equilibrar a técnica com a compreensão dos princípios.

Um exemplo prático disso é o caso do violinista Joshua Bell, que tocou a


mesma música em locais diferentes e recebeu valores muito distintos de
doações. A diferença estava na percepção de valor do público e no contexto em
que ele se apresentava. Da mesma forma, é importante apresentar nosso
produto ou serviço para o público certo, que compreenderá seu valor agregado.

Às vezes, a mudança necessária não está na qualidade do que oferecemos,


mas na forma como o apresentamos.

Nosso objetivo é lembrar que, às vezes, é preciso ajustar para quem


estamos direcionando nossa mensagem. Não basta apenas fornecer técnicas,
mas também entender os princípios por trás delas para obter resultados
consistentes.

Um princípio importante é que, PARA A PESSOA ERRADA, MEU


PRODUTO SEMPRE PARECERÁ CARO. Isso ocorre porque essa pessoa muitas
vezes não possui referências ou conhecimento para avaliar corretamente a
qualidade do meu produto. Ela acaba comparando com concorrentes inferiores
e acha que estou cobrando demais. Mas é importante entender que, se meu
produto é de alta qualidade, o preço também precisa ser condizente. Não é
possível ter algo de excelente qualidade por um preço muito baixo.

Nestas próximas páginas você verá o resumo dos 5 princípios abordados


na nossa primeira semana de lives.
CORAGEM NÃO SIGNIFICA NÃO TER MEDO. Muitas vezes, temos a ideia
errada de que coragem é a ausência de medo, mas na verdade, coragem
significa agir mesmo com medo.

A palavra coragem vem do francês e significa "agir como o coração". É


importante entender que nosso coração se comunica conosco de maneira
diferente do que nossa mente. Nossa mente nos fala de forma linear, seguindo
uma sequência lógica, mas nosso coração nos guia com base em nossos
sentimentos e intuições.

É preciso ter coragem para ouvir e seguir nosso coração, mesmo quando o
medo está presente.

Uma história de coragem que admiro muito é a do Silvio Santos. Ele é um


visionário e nos anos 70, havia um programa de sucesso no México que ele
queria trazer para o Brasil. No entanto, os diretores da empresa não acreditavam
que seria uma boa ideia. Eles achavam que o programa não se encaixaria com o
público brasileiro, por ser de uma cultura e contexto diferentes. Mas o Silvio
Santos confiava em sua intuição e tinha a convicção de que daria certo.

Mesmo com todos os diretores o desencorajando, ele decidiu bancar a


sua decisão como dono da empresa e do canal de televisão. O programa, que
você provavelmente conhece como "Chaves", foi um sucesso estrondoso e se
tornou parte da infância de muitos brasileiros.

Imagine como a cultura do país seria diferente se o Silvio Santos não


tivesse seguido seu instinto e apostado nisso. É um exemplo de como uma
pessoa corajosa pode fazer a diferença e impactar uma nação inteira.

Se tomarmos todas as decisões apenas com a mente, estaremos


limitados às informações que já temos em nossa cabeça. No entanto, há muito
mais informações fora do nosso alcance, que não estão em nosso radar. É aí que
entra o coração. Ele é a porta para o desconhecido, onde encontramos dados,
sensações e orientações que não temos acesso apenas pela mente.

Muitas vezes, as decisões importantes que precisamos tomar, como


contratar alguém, demitir alguém, lançar um produto, casar ou mudar de
cidade, envolvem essa luta entre as informações da mente e as informações do
coração. As pessoas mais sábias que conheço são aquelas que sabem usar tanto
a mente quanto o coração. Não se trata de escolher apenas um ou outro, mas
sim de encontrar um equilíbrio entre os dois.

É importante interpretar as sensações que o coração nos traz e estar


aberto a novas informações que ele pode nos trazer. Isso requer uma adaptação
e uma abertura que nem sempre estamos acostumados a fazer, mas é o
caminho do meio que nos permite tomar decisões mais completas e assertivas.

Quando começo a me abrir para sentir com o coração, agindo com


coragem, é normal cometer alguns erros. Isso acontece porque estou entrando
em um novo idioma, algo com o qual não estou totalmente confortável. Acabo
retornando ao idioma lógico da mente, que é mais familiar e natural para mim.
Assim, pego uma informação que veio do coração e a processo em minha
mente, o que muitas vezes acaba minando a essência dessa informação.

Existem três erros clássicos que cometemos quando precisamos ter mais
coragem, mas que nos impedem de acessar tudo o que a coragem pode nos
oferecer:

1- Tomar para si a experiência dos outros: a experiência do outro é dele e não


sua. Se você simplesmente pega a experiência de outra pessoa e a considera
como sua realidade, nunca será capaz de criar algo novo.
2- Queremos ver o final do túnel antes mesmo de entrar: Precisamos ter
coragem de agir com o coração, mesmo sem ver o fim do túnel, confiando que
encontraremos uma saída, é assim que descobrimos novos lugares e
experiências que nos ajudam a crescer.
3- Esperar apoio de quem não está na mesma jornada: não devemos esperar
que os outros vejam as coisas exatamente como nós, pois cada um está em seu
próprio caminho. Dependendo do quão inovadora for a nossa ideia, nem todos
estarão dispostos a embarcar nela. Por isso, é necessário ter coragem, pois ela é
um elemento fundamental para sermos diferentes e seguirmos em frente com
nossas propostas únicas.

O livro “A guerra da arte” do Steven Pressfield- fala sobre o movimento e


resistência. Toda a vez que você quiser fazer algo diferente, você vai lidar com a
resistência da inércia. Para fazer qualquer coisa diferente na vida é preciso fazer
um esforço para vencer a resistência.

A resistência é um filtro da natureza, que garante que só as pessoas


determinadas e comprometidas com a ideia vão ter acesso a aprender com
aquela experiência. Ela recruta aliados (seu cérebro e pessoas a sua volta) para
que você acredite que tudo está bem como está, mesmo você sentindo que
não.. Para conseguir sair disso é preciso enfrentar essa resistência e ouvir o
nosso coração porque a mente vai nos dizer que está tudo certo.

Pessoas que são diferentes mexem com a inércia das pessoas que são iguais

1-Quando você se torna diferente, as pessoas riem de você


2- Depois as pessoas e a resistência tentam atacar você
3- E por fim pessoas vão copiar você.
Quando enfrentamos resistência, especialmente daqueles que amamos e
confiamos, é desafiador. Porém, essa resistência vem do amor, pois eles não
estão na mesma jornada que nós. É importante segurar a nossa convicção e
acreditar que estamos fazendo a coisa certa, mesmo que não possamos
garantir o resultado esperado.

As experiências que enfrentamos nos tornam pessoas melhores e mais


preparadas, e talvez o novo "eu" alcance o resultado desejado. Não tenha medo
se o resultado for diferente; o verdadeiro medo é ficar preso na inércia, pois
assim o resultado nunca virá. A resistência que encontramos não é um inimigo,
mas uma forma de filtrar o que realmente precisamos levar conosco. No final a
resistência é maior, mas isso indica que está chegando ao fim e está tudo bem.

Coragem é o caminho para superar essa resistência e seguirmos a nossa


rota. Nem todos que estão no planeta realmente vivem, e a maioria não
aprende muito porque lhes falta coragem. Desejo que você tenha uma vida rica
em todos os sentidos, com relacionamentos significativos e experiências
enriquecedoras. Quando nos doamos corajosamente ao mundo e à vida,
recebemos o melhor em troca.
INVENTIVIDADE É A ATIVIDADE DE INVENTAR. A palavra inventar: in é o
sufixo para dentro e ventar é o vento é você colocar um sopro da vida um sopro
da criação, você respira e aquilo ganha vida

Para a inventividade acontecer é preciso desafio (enigma, problema,


situação) que tenha a necessidade de ser melhorado, resolvido e de outro lado
precisa de um decifrador para decifrar o problema.

Na lenda antiga da Esfinge de Tebas, ela desafiava os viajantes com um


enigma: "Qual é o animal que nasce com quatro patas de manhã, tem duas
patas à tarde e três patas à noite?" A resposta correta era o ser humano, pois
rastejamos quando somos bebês, caminhamos eretos na fase adulta e usamos
uma bengala na velhice. Essa história ilustra que muitas vezes os problemas e
lições da vida não podem ser resolvidos de forma literal, mas sim através de
uma compreensão simbólica mais profunda.

A maioria dos problemas da nossa vida não é resolvido quando


pensamos de forma literal e sim quando entendemos a linguagem simbólica
mais profunda. Ao entender os significados ocultos por trás das situações,
somos capazes de obter resultados diferentes e agregar mais em nossas vidas.

As grandes marcas sabem que não estão apenas vendendo produtos,


mas também valores e significados simbólicos. Enquanto uma marca de carro
popular foca nos componentes básicos do veículo, as marcas de valor agregado
vendem status, respeito e segurança. Elas entendem as necessidades mais
profundas das pessoas e oferecem soluções que vão além do produto em si. Ao
se conectar com o lado adulto do cliente, utilizando uma linguagem inspiradora
e simbólica, essas marcas conseguem entregar um valor maior e,
consequentemente, cobram um preço mais alto. A maturidade não está ligada
apenas à idade, mas sim à expansão da consciência e ao entendimento
profundo da vida, permitindo que joguemos um jogo único e cheio de
possibilidades.

Existe uma necessidade intrínseca na alma humana de compreender,


crescer, aprender e expandir o seu entendimento sobre as coisas. Isso é algo
que todos os seres humanos precisam, e é por isso que as crianças são curiosas,
inquietas e exploradoras. Elas estão buscando atender a essa necessidade de
aprendizado, mesmo que ainda não saibam expressar ou pensar como adultos.

Quanto mais você se conhece, maior é o seu super poder.

A inventividade é a habilidade de tomar decisões e agir por si. Não é


encontrar ajuda externa e sim associar com a sua capacidade de utilizar seus
recursos internos (recursos intangíveis- conhecimento, experiência,
sabedoria…). Quanto mais usamos recursos externos, mais eles se desgastam,
quanto mais usamos os recursos internos melhores eles ficam.

Qual o recurso mais importante para a inventividade? A união dos dois


(recursos internos e externos), quanto mais recursos internos temos, maior a
possibilidade de usar os recursos externos.

Se você der um copo de café para um adulto, ela vai simplesmente ver
um copo de café. Mas se der o mesmo copo para uma criança, ela vai imaginar
que a tampa é um disco voador, transformar a parte de baixo em um canhão ou
em um óculos, ser inventiva e ver diversas possibilidades. O que muda é a
capacidade da pessoa de ter referências e repertório para enxergar além. Não é
sobre contratar agências ou recursos externos, mas sim explorar o recurso
interno e trazer criatividade. Assim, podemos criar coisas únicas e inovadoras. É
a mistura do Brasil e Egito.

Liberdade é quando consigo combinar o que tenho dentro de mim com


o que está fora. Se dependo apenas de um ou apenas do outro, ainda sou
dependente. Mas quando junto os dois, surge uma infinidade de possibilidades
únicas que outras pessoas não têm. Isso dá liberdade, enquanto os outros têm
apenas algumas poucas opções. Não importa o que aconteça, ninguém
consegue me limitar.

Assim como as pessoas, os negócios também têm recursos. Um negócio


conta com recursos externos, como parceiros, dinheiro, sede e máquinas, que
ajudam a fortalecê-lo. No entanto, um negócio também precisa de recursos
internos, como a visão do dono, habilidades de resolução de problemas e a
união da equipe. Esses recursos internos são coisas que ninguém pode tirar de
você, mesmo que ocorram adversidades externas, como incêndios ou desastres
naturais.

É sobre a pessoa que você se torna enquanto você empreende. A


pessoa que você se torna, enquanto você ganha dinheiro, fica com você,
mesmo que você tenha que começar do 0. Com os recursos internos podemos
multiplicar os recursos externos e recomeçar mais uma vez.

3 maneiras práticas de melhorar a inventividade: Como combinar recursos


internos e externos para ter mais ideias originais

1. Qual a minha maior força? Entender quais são os recursos internos que
podem ser melhorados. No seu negócio: resiliência, de criar novos
produtos, de fazer parcerias, marketing, equipe qualificada. Qual é o seu
super poder?
2. Qual o meu maior ponto fraco? Pontos que são delicados mas que são
importantes de reconhecer para que seja possível aumentar os recursos
internos. se o ponto forte está em ter algo, o ponto fraco está na ponta do
ponto forte. Você sabe qual é o pior número que existe no mundo dos
negócios? O número 1, porque quando você só tem 1 de qualquer coisa… 1
grande cliente, 1 funcionário, 1 contrato… quando o der problema com
esse 1 o seu negócio acabou.
3. O que me faz diferente? Temos pontos fortes e fracos, mas disso tudo o
que nos destaca da multidão?
3.1- Qual o padrão atual? observe o seu mercado e os seus concorrentes,
qual é o padrão estabelecido atualmente?

Líder de mercado não é quem vende mais, é quem muda a regra do jogo
usando de inventividade
PARA NOS DESTACARMOS, É ESSENCIAL SER CAPAZ DE ENXERGAR ALÉM
DO QUE OS OUTROS VEEM.

Como empreendedor, ter a habilidade de antecipar tendências e


mudanças é fundamental. Grandes visionários, como Steve Jobs, Thomas
Edison e Gutenberg, estavam à frente de seu tempo e criaram produtos que
impactaram a humanidade. Embora não precisemos ser como eles, podemos
desenvolver essa visão em nosso próprio campo de atuação. Antecipar-se
alguns meses, anos ou mesmo décadas à frente do mercado nos permite estar
preparados para aproveitar as oportunidades. Ao aprender a cultivar essa
habilidade de enxergar o que os outros não veem e comunicar de forma
inovadora, ganhamos um poder significativo.

Você já deve ter ouvido a frase “Eu tenho um sonho…” que inicia um
discurso de Martin Luther King, um líder influente que marcou a história,
principalmente nos Estados Unidos. Ele ficou conhecido por seu discurso
icônico em Washington, onde reuniu quase um milhão de pessoas. Martin
Luther King compartilhou sua visão de um mundo sem problemas raciais, onde
crianças de diferentes raças poderiam estudar juntas, filhos de antigos donos
de escravos poderiam se casar com filhos de ex-escravos, e assim por diante.

Muitas pessoas achavam que ele estava louco por falar sobre uma
realidade alternativa, enquanto a questão racial ainda era um problema real
naquela época. No entanto, líderes com uma grande visão como Martin Luther
King são essenciais para promover mudanças significativas na sociedade.

O tamanho da mudança que podemos alcançar em nossas vidas e negócios


está diretamente relacionado à grandeza de nossa visão e metas.

Toda a grande mudança foi liderada por uma pessoa com uma grande
visão; o tamanho da mudança é muito alinhado ao tamanho da visão que tenho
do que pode mudar. O seu negócio é limitado pelo tamanho da sua visão-
quanto maior é ambição de crescimento, maior tem que ser a visão.

Quando trazemos uma ideia muito diferente e impactante, podemos ser


considerados "malucos" pelas pessoas ao nosso redor. Porém, se todos
concordam imediatamente com a ideia e a aplaudem, talvez ela não seja tão
inovadora assim.

DIFERENCIAÇÃO EM EXCESSO CAUSA ESTRANHEZA

É importante encontrar um equilíbrio, um caminho do meio, onde


possamos trazer algo novo que as pessoas ainda consigam entender aos
poucos. Se a diferenciação for exagerada, pode causar medo e desconfiança,
afastando as pessoas. Portanto, buscamos ser diferentes, mas não
completamente estranhos, para que possamos atrair o interesse e confiança
das pessoas gradualmente.

Um exemplo disso é o Steve Jobs, que lançou produtos revolucionários


passo a passo, preparando o terreno para as pessoas se acostumarem com suas
ideias antes de apresentar algo realmente inovador. Portanto, ao buscar
diferenciação, é importante entender o princípio da visão, mas também criar
produtos e serviços que sirvam como uma escada para levar as pessoas até essa
visão.

O QUE DIFERENCIA O LÍDER DO SEGUIDOR É A VISÃO

Se eu não sei para onde vou, eu sigo o caminho de quem parece saber
para onde está indo. O seu mercado não está cheio de mais do mesmo? Tudo
igual? É porque as pessoas estão tentando ser aceitas.

Cuidado com quem você segue e tenha em mente que você pode ser a
pessoa que é seguida.

7 PASSOS PARA TER UMA VISÃO DIFERENTE

1- Qual coisa mais amo fazer no mundo? É importante saber o que te


move, faça uma lista e tente montar um ranking com notas de 3 a 10
2- O que tem por trás disso? Perceba que o que você gosta de fazer é só
uma maneira de acessar uma coisa mais profunda que está por trás do que
você gosta de fazer.
3- Como eu explico o que eu faço hoje? Escreva o jeito que você explica
e se apresenta para as pessoas, como você explica para o mundo o que você faz
hoje
4- Como essas duas coisas estão conectadas? Como o que me motiva
de verdade está conectado com o que eu faço hoje.
5- O que vejo de errado, no mundo ou mercado, que me tira do sério?
Sucesso é quando eu alinho o que faço com o que eu nasci para fazer. aquilo
que te irrita no mercado e um sintoma de algo que você acha que deve
trabalhar.
6- Qual a minha proposta para resolver isso? .
7- Como o que eu faço impacta a sociedade como um todo? Todo o
grande líder visualiza um impacto maior do que os liderados. Eles entendem
que estão construindo algo maior que vai perdurar pelos anos. As pessoas não
querem ouvir do pequeno, elas querem ouvir a visão mais ampla.

Nós precisamos, urgente, de líderes que vêem mais longe que


causem impacto na humanidade
Vou contar a história de um super-herói muito famoso dos quadrinhos.

Ele veio de um planeta que foi destruído quando era bebê e seus pais o
colocaram em uma nave espacial para salvá-lo. Ele acabou caindo em uma
fazenda e foi criado como um menino normal, aprendendo a falar inglês e tudo
mais. Porém, por ser de outro planeta e estar sob a luz do sol amarelo, ele
desenvolveu poderes incríveis.

Ele é super forte, rápido e tem visão de raio-x, entre outras habilidades.
Além disso, ele não se machuca e pode voar. Por isso, ele ficou conhecido como
Super-Homem. O que faz dele um herói é o fato de usar seus poderes para
ajudar as pessoas, resgatando-as de perigos, enfrentando vilões e fazendo o
bem.

A diferença entre um herói e um vilão está na intenção de suas ações.

Um vilão também pode ter super poderes ou recursos poderosos, mas ele
os usa para benefício próprio, sem se importar com os outros. Por outro lado,
um herói, como o Super-Homem, usa seus poderes para ajudar as pessoas e
resolver problemas em suas vidas.

Essa diferença de intenção se aplica não apenas aos quadrinhos, mas


também na vida real. Assim como existe o empresário vilão, que busca resolver
apenas seus próprios problemas, há também o empresário herói, que usa seus
recursos e habilidades para ajudar os outros.

O empresário herói cria um contrato social com a sociedade,


estabelecendo uma missão e valores que visam resolver problemas e beneficiar
as pessoas. É um movimento cada vez mais presente, em que os empresários
querem fazer a diferença não só para si mesmos, mas também para o
bem-estar da sociedade como um todo.

Olha que interessante, o Super-Homem não era originalmente da Terra.


Ele veio de outro planeta, mas se adaptou à vida na Terra. Ele adotou um nome
humano, uma aparência humana e aprendeu a falar e se comportar como um
ser humano. No entanto, ele possuía habilidades especiais que os humanos
normais não tinham.

Para se encaixar e sobreviver entre as pessoas comuns, ele criou uma


identidade chamada Clark Kent. Clark Kent era um personagem disfarçado que
ele interpretava, levando uma vida normal, trabalhando, cumprindo horários e
seguindo as expectativas da sociedade. Mas essa não era sua verdadeira
essência. Sua verdadeira essência vinha de seu planeta de origem e ele teve
que suprimir essas habilidades para se encaixar na sociedade humana. Essa
história nos faz refletir sobre nossa própria existência.
Assim como o Super-Homem, muitas pessoas que estão no planeta
também não são nativas daqui. Talvez tenham vindo de outros lugares e trazido
conhecimentos, visões e entendimentos diferentes consigo. Neste momento,
estamos conectados aos nossos corpos como um disfarce. Talvez nosso
verdadeiro nome não seja aquele que nos deram, e nossa aparência não seja a
que temos agora.

Podemos ter habilidades ou talentos especiais que ainda não


descobrimos. É importante nos questionarmos se estamos vivendo de acordo
com nossa verdadeira essência, ou se estamos nos limitando a fazer coisas que
não estão alinhadas com o propósito de nossa alma

Vamos falar sobre super poderes, trazendo um novo ponto de vista para
você considerar. E se você for diferente porque não é daqui? Você está aqui,
mas talvez tenha vindo para cumprir algum objetivo ou missão específica. Isso
inclui criar produtos, serviços, ter um negócio e conhecer pessoas, vivendo
diversas experiências. No fim das contas, quando morremos, não levamos as
coisas materiais que acumulamos. Levamos apenas as experiências vividas, os
amores, as amizades e o quanto evoluímos como pessoa.

Existem duas palavras que usamos para descrever esses poderes que
normalmente temos. A primeira palavra é "DOM".

O dom vem do latim "dono" e significa presente ou dádiva. É algo que


você dá para alguém sem esperar nada em troca. Uma definição que eu gosto
muito para "dom" é a CAPACIDADE DE FAZER O DIFÍCIL DE FORMA FÁCIL. Isso
é um bom filtro para identificar se você tem um dom. Existem coisas que para
algumas pessoas são difíceis e demoradas, mas para você são simples e fáceis,
como cozinhar uma comida deliciosa ou aconselhar um amigo em um
momento difícil.

A segunda palavra que usamos é o TALENTO.

Talento, por outro lado, é algo que você deseja aprender a fazer. É uma
inclinação natural e um interesse em conquistar essa habilidade. No entanto,
não significa necessariamente que você já seja bom nisso. O talento é a vontade
de se tornar bom. Essa é uma boa definição: o dom é quando você já é bom e o
talento é quando você tem a vontade de se tornar bom.

Eu gosto de ver o talento como algo que eu desejo aprimorar, algo que
eu quero lapidar. Vamos usar o exemplo do Neymar: ele é um dos melhores
cobradores de pênalti e falta no futebol atual. O Neymar provavelmente tinha
um dom natural, mas ele também teve o talento de refinar sua técnica, criando
uma forma quase impossível de ser defendida pelo goleiro. Ele treinou e
lapidou suas habilidades para se tornar bom naquilo que desejava fazer.

Agora, pense comigo: se você está trabalhando em algo, se montou um


negócio que não está alinhado com seu talento ou dom, e está competindo
com uma empresa cujos fundadores e equipe estão alinhados com seus dons e
talentos, será quase impossível para você vencer esse jogo. É como se eu, Pedro,
que não tenho talento para o futebol, quisesse jogar com o Neymar e fazer mais
gols do que ele.

Faz sentido? Portanto, é importante que cada um de nós acesse nossos


super poderes, verificando se o que estamos fazendo está alinhado com nossas
capacidades, ou se estamos gastando um tempo enorme fazendo algo que não
deveríamos.

COMO DESENVOLVER O SEU SUPER PODER

1. Pesquisa: É importante olhar para dentro e analisar com cuidado


os momentos, padrões e experiências que vivemos. Precisamos aprender
um pouco sobre nós mesmos, desenvolvendo um nível de
autoconhecimento. Infelizmente, muitas pessoas não têm essa
consciência. Então, o primeiro passo é fazer uma pesquisa interna para
descobrir o que achamos que somos bons, identificando nossas
habilidades e talentos.
1.1 No que acho que sou bom? Faça uma lista das coisas que você
acha que é bom.
1.2 O que as pessoas elogiam em mim?
1.3 Onde você percebe sobreposição? Aqui você vai fazer uma
análise dos pontos que você se julga bom e do que as pessoas
elogiam em você para ver quais são os pontos que convergem.

2. Embasamento
2.1 Buscar entender como aquele talento funciona
2.2 Estudar o fundamento técnica e método daquilo
2.3 Saber explicar de forma cativante para os outros: Muitas vezes
as pessoas se perdem no caminho porque, embora sejam boas no
que fazem, não sabem explicar de forma clara e convincente para
os outros o que fazem. Isso pode resultar em falta de clientes,
apoio e ajuda, e até mesmo dificuldade em encontrar outras
pessoas que também façam aquilo.É necessário não apenas ter
habilidade técnica naquilo que fazemos, mas também saber
comunicar de forma envolvente, emocional e inspiradora, não
apenas de maneira lógica
3. Lapidação: Imagine que você tem uma pedra e um artista. Esse artista
vai moldar a pedra, tirando partes dela até transformá-la em uma linda
escultura. Lapidar é justamente saber remover o que não é necessário.
Leonardo da Vinci dizia que a simplicidade é o ápice da sofisticação. Isso
porque qualquer um pode adicionar coisas, mas apenas os melhores
sabem o que retirar, deixando apenas o essencial. É um processo de
aprendizado e prática para eliminar o que não deveria estar ali e revelar
nossa verdadeira essência. A vida é como uma grande mestra, nos
apresentando diferentes experiências, tanto boas quanto ruins, que nos
ajudam a crescer e nos transformar em quem realmente somos.
3.1 Aplicar com consistência aquilo que eu estudei
3.2 Treino com intenção: o treino com intenção é o treino aonde
eu tenho o foco eu tô presente eu tô consciente eu tô trabalhando
de forma focada de forma intencional para melhorar então cada
dia que eu treino eu não tô só no piloto automático eu tô melhor e
melhor e melhor e melhor
3.3 Bater seus próprios recordes: Eu não estou competindo com
os outros, estou competindo comigo mesmo. A cada dia, busco
crescer um pouco mais, melhorar um pouco mais e superar meus
próprios recordes. O tolo quer vencer os outros, mas o sábio quer
ser melhor do que ontem. Ele entende que o jogo não é contra os
outros, mas contra si mesmo. Quando buscamos ser melhores a
cada dia, eventualmente nos tornamos tão bons que até
superamos os outros. O foco está em fazer o nosso melhor, não em
vencer os outros.

O VERDADEIRO TALENTO NÃO É ENSINADO ELE É DESPERTADO


Wallace Steiner
A nossa mente não é otimizada para dados e sim significados

Há algum tempo, ouvi uma história que nunca mais esqueci. Um homem
entrou em um trem com seu filho, e o menino tentava chamar a atenção do pai,
mas este permanecia calmo e apático, sem responder. O menino começou a
interagir com as pessoas ao redor, brincando com outras crianças, batendo na
janela e andando pelo corredor, e o pai não fazia nada.

As pessoas começaram a se incomodar com a agitação do menino e


olharam para o pai, esperando uma ação dele. Até que alguém decidiu tomar
uma atitude e se aproximou do pai, perguntando se estava tudo bem. Foi
quando o pai explicou que acabara de perder a esposa e estava tentando reunir
forças para contar ao filho. Com essa revelação, a postura do homem mudou
instantaneamente, e as pessoas se ofereceram para cuidar do menino
enquanto ele processava a notícia.

Muitas vezes, criamos histórias em nossa mente sobre o que está


acontecendo com alguém, baseadas em nossas próprias experiências. No
entanto, essas histórias nem sempre correspondem à realidade da pessoa. É
importante nos abrirmos para ouvir e ter contato com a pessoa, permitindo que
ela nos conte o que realmente está acontecendo. Isso se aplica a todas as áreas
da vida, porque nossa mente foi programada ao longo de milhões de anos
para trabalhar com histórias.

Hoje em dia, nossa mente está constantemente buscando significado. Os


dados nos fornecem informações, mas é a história que dá sentido a essas
informações. Estamos sobrecarregados com uma enxurrada de dados e
informações, mas é a história por trás delas que nos permite memorizar e
lembrar por um longo tempo.

O dado trás informação, a história trás sentido para a informação

O poder das histórias é incrível, pois nos conectamos muito mais


quando há uma história envolvente. Quando recebemos apenas dados ou
informações soltas, não conseguimos nos conectar da mesma forma. Isso não
significa que os dados não sejam importantes, no entanto, é a informação que
une esses dados, dando-lhes um significado e contexto. É como se a
informação fosse a embalagem que dá sentido aos dados.

As histórias têm o poder de nos motivar. Quando pensamos na palavra


"motivação", percebemos que ela vem da emoção, não da razão, da lógica ou de
números. As histórias nos motivam, elas despertam nossas emoções e nos
levam a agir, a interpretar os dados de forma diferente. A emoção altera a
maneira como interpretamos os dados. Portanto, quando uma marca se
diferencia usando o poder das histórias, em vez de apenas transmitir dados, ela
consegue criar um impacto muito maior. As pessoas pagam mais caro pelas
marcas que conseguem colocar emoção no marketing.

Você sabe por que mais pessoas conseguem memorizar a história de


Hamlet do que a sequência de números de PI?

A resposta está na emoção e no significado que a história traz. As


histórias têm um sentido emocional mais profundo e nos conectamos com elas.
Os números têm lógica, mas as histórias têm significado e isso trabalha partes
diferentes do nosso cérebro. É mais fácil lembrar e produzir uma história porque
ela tem sentido e nos envolve emocionalmente. Quando trazemos apenas
dados, é mais difícil extrair o sentido rapidamente. Saber interpretar esses
dados é uma habilidade para poucas pessoas.

A maioria das empresas usam marketing que comunica informação quando


deveria comunicar emoção

Quando falamos de história, há dois elementos importantes para analisar:


os fatos e a interpretação dos fatos.

Os fatos são as informações sobre o que aconteceu, neutros e sem


julgamento. Por exemplo, um carro bateu na esquina da minha casa ou o meu
pedido do iFood atrasou.

Já a interpretação dos fatos é a nossa visão pessoal e a forma como


interpretamos esses acontecimentos. É como combinamos e interpretamos os
ingredientes da história. A interpretação está ligada às nossas experiências e
referências. Por exemplo, posso interpretar que o motorista estava bêbado ou
distraído no celular quando o carro bateu. Essa interpretação pode variar e nem
sempre é precisa, mas pode abrir oportunidades para apresentar ao cliente
uma perspectiva diferente dos fatos que ele nunca tinha considerado antes.

Empresas genéricas tentam convencer. Marcas Fator X causam emoção

Lembra da campanha da Dove “Pela Beleza Real”? Esta é uma campanha


que emociona e não traz dados. Foi uma campanha tão bem sucedida que era
para durar 6 meses mas durou quase 10 anos. A Dove cresceu, durante muito
tempo, vendendo resultados técnicos, mas explodiu vendendo histórias.

A história é como você amarra os dados e dependendo da forma como


são amarrados você pode mudar a percepção que a pessoa tem na ponta. Todo
mundo tem uma história e você contar a história da marca permite que ela se
conecte com a história dos clientes.
3 dicas de como usar dados e histórias na sua marca

1. Selecione os seus dados:


1.1 Quais informações ou dados você tem sobre o que quer fazer?
1.2 Destes dados,o que é relevante para o nosso cliente?
1.3 O que é fato, que pode ser comprovado?

2. Quais valores estão por trás? Todo o fato foi uma ação, mas qual foi a
motivação por trás da ação?
2.1 Somos motivados por valores
2.2 Quais valores nós queremos promover?
2.3 Como amarrar os dados para promover os valores? Usar o dado
para justificar o valor pretendido

3. Amarre isso a uma causa


3.1 Qual movimento minha marca pode liderar?
3.2 Escolha um nome
3.3 Quais outras pessoas também defendem este valor? A relação
não vem do produto, vem do valor que nos motiva e é através de
defender os mesmo valores que você escolhe os seus parceiros.

Quando utilizo esses três elementos, começo a me diferenciar de forma


mais profunda da concorrência. Enquanto todos estão vendendo a mesma
coisa e falando apenas sobre produtos ou serviços, eu alcanço um outro nível
de comunicação. Utilizo uma história maior para minha marca e várias histórias
menores que comprovam o que estou dizendo. Dessa forma, consigo transmitir
minha mensagem de forma única e cativante.

A HISTÓRIA DA MINHA VIDA É ESCRITA NO DIA DE HOJE

No passado, não posso mais agir, pois já passou. O futuro ainda não
aconteceu. A única coisa que tenho é o hoje. Se não estou feliz ou satisfeito com
a história que estou vivendo, posso mudá-la hoje. Posso dar um novo
significado ao que já aconteceu e mudar minha atitude em relação ao que está
por vir.

Não sou refém da minha história, sou o autor dela. Quando dizem que
somos o personagem principal da nossa história, gosto de me ver como o autor.
Sou eu quem está no controle, escrevendo e fazendo as escolhas.

A maioria das pessoas é infeliz porque se sente vítima da sua história,


como se não tivessem escolha. Quando passamos a ser os autores da nossa
história, tudo muda. Tudo que acontece são personagens de uma história que
estou construindo, tanto na minha vida pessoal quanto no meu negócio.

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