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Resumo: E esse pensar que se pode questionar não é simples, não são aqueles
pensamentos soltos, perdidos, sem objetivo, sem razão, sem controle que o
temos com frequência e surgem sem se saber por que naquele exato momento
está ali; o pensar é aquele advindo da arte, da entrega a pensamentos nobres,
intelectuais, controlados, desejados, inspirados, preparados, buscados,
plantados em nossa mente; na verdade saber pensar tem sido o grande desafio,
pois, através da tecnologia avançada, perdeu-se o habito de pensar, de criar, de
passar da abstração para o concreto com um pouco mais de facilidade; pois,
para construir um texto sólido bem como, levantar questões pertinentes, não
basta tão somente pensar, tem que se fazer o exercício mental, de pensar muito
bem, construindo pressupostos que deslinde a capacidade de enumerar
hipóteses possíveis e assim, transferir para a ação desejada mais do que se fez
até então, pensar exige reflexão e concentração, ato também não muito comum,
uma vez que é necessário despender de tempo para esta realização, portanto
se faz mister leitura constante, variada para se tornar possível, transpassar
pensamentos passageiros, não construídos.
Palavras Chaves: Lógica. Argumentação. Pensar.
Abstract: And this thinking that can be questioned is not simple, it is not those
loose, lost thoughts, without objective, without reason, without control that we
often have and arise without knowing why at that exact moment it is there;
thinking is that which comes from art, from surrender to noble, intellectual,
controlled, desired, inspired, prepared, sought, planted thoughts in our mind; in
fact, knowing how to think has been the great challenge, because, through
advanced technology, the habit of thinking, of creating, of moving from
abstraction to concrete with a little more ease has been lost; because, to build a
solid text as well as raise pertinent questions, it is not enough to just think, you
have to do the mental exercise, to think very well, building assumptions that
unravel the ability to enumerate possible hypotheses and thus, transfer them to
action desired more than has been done so far, thinking requires reflection and
concentration, an act that is also not very common, since it is necessary to spend
time to achieve this, therefore constant, varied reading is necessary to make it
possible to overcome passing thoughts, not built.
Keywords: Logic. Argumentation. Thinking.
Sumário: Introdução à arte de pensar; 1. O que lemos: como lemos? 1.2 O que
assistimos: como assistimos? 1.3 O que falamos: com quem falamos; 2. É
preciso proceder do conhecido ao desconhecido (premissas e pressupostos); 3.
Os princípios lógicos; 3.1 O princípio de identidade; 3.2 O princípio da
contradição; 3.3 O princípio da Exclusão do meio; Considerações Finais.
Introdução
Quando se fala da arte de pensar logo se imagina um curso de meditação,
reflexão, yoga, etc. Não está errado imaginar estas atividades, contudo é
importante saber da importância de pensar de forma a produzir, pesquisa,
estudo, gerar ideias que possam ser expressa.
Há uma verdade nesta forma de imaginar, afinal, pensar é um exercício que deve
ser desenvolvido como uma atividade física, buscando sim a reflexão, meditando
de forma coerente e propositiva para alcançar o melhor. Deve ser
constantemente praticado para alcançar seu objetivo maior.
E esse pensar que se pode questionar não é simples, não são aqueles
pensamentos soltos, perdidos, sem objetivo, sem razão, sem controle que o
temos com frequência e surgem sem se saber por que naquele exato momento
está ali.
Para alcançar este tipo de pensamento é importante entender que; o que lemos:
como lemos; o que assistimos: como assistimos; o que falamos: com quem
falamos; entre outras coisas, determinam e muito a forma como vamos pensar,
daí ser necessário se buscar uma mudança nesses fatores que determinam
nossa forma de raciocínio levando a se pensar de maneira imperativa.
Nesta senda, se faz de suma importância saber que pensar difere de aprender,
só pensa bem e de forma tangível quem já aprendeu, pois, seus pensamentos
irão encontrar-se com respostas vindas das perguntas necessárias para saber
como, porque, onde, quando. Aparentemente, perguntas simplórias, porém é
assim que a mente humana funciona e saber isto nos proporcionará condições
de crescimento em qualquer área que se escolha para crescer.
Alguém com muita propriedade afirmou: “Diga o que você lê que direi o que
pensa”. Esta frase demonstra além de tudo o que se lê e determina quem a
pessoa consegue ser, em demonstração de entendimento e cultura. Ler é
determinante para ampliar horizontes e cultivar a boa e célere capacidade de
pensar. Quem lê mais, pensa mais e melhor.
O hábito para ser desenvolvido tem que ser como vício, diariamente,
constantemente, em todo lugar, a todo tempo. Tem que funcionar como uma
necessidade vital, como água, como comida, como dormir, como respirar, só
assim incorporará nossa vida a tal ponto de não se conseguir ficar nenhum um
dia sem fazer.
É bom que se diga não haver nada de assistir filme só por laser, mas só e tão
somente para laser sem outros objetivos, certamente conduzirá ao vazio.
Como sugestão procure saber quem são os autores, atores e como foi dirigida a
pesquisa para se chegar ao resultado filme. Já os documentários via de regra
elevam muito a condição de simples diversão, costumeiramente são sérios e,
mormente trazem bom material de pesquisa, assuntos atuais e provocativos,
certamente contribuindo e muito para o crescimento intelectual.
E por fim entrevistas, não são todas que podem oferecer crescimento, e
condições de melhora mental.
Quem será entrevistado, por quem e até em que canal, hoje se faz necessário
se saber para entender como se dará o programa.
Em síntese esta é uma ferramenta muito boa se usada de forma adequada pode
e conseguirá proporcionar grande valia aqueles que desprendem do seu tempo.
Ora, a escrita é uma reprodução quase que fiel do que falamos e com quem
falamos. Nossos pensamentos transmitidos de forma oral, então o falar tem tudo
a ver com que falamos se pensamos bem, falamos bem, se convivemos com
pessoas que falam bem, certamente falaremos bem, e vice versa.
Associar a fala com que lemos é de essencial importância, se lemos filosofia, por
exemplo, teremos maior facilidade de falar em filosofia, se lemos sobre esporte,
política, economia, e, por conseguinte, teremos maior ou menor facilidade de
falar a respeito se o tema estiver em nossa esfera de conhecimento.
Desta forma o texto que ora se apresenta tem a pretensão de iniciar um processo
que caberá a cada aluno desenvolver, o de pensar melhor, com maior clareza,
de forma límpida, lógica e coerente, assumindo que a coesão é o fim em si
mesmo.
Não há fórmulas mágicas, apenas como disse Churchill por ocasião dos
bombardeios nazistas, se referindo que Londres não sucumbiria ao ataque
alemão, suas palavras de vigor e disciplina que ecoam pelos séculos foram:
“sangue, suor e lágrimas”, estas palavras que alimentaram os ingleses naquele
momento difícil é o que se oferece neste momento, não há facilidades, nem
tranquilidade, mas se houver “sangue, suor e lágrimas”, até aquilo que parece
ser improvável poderá conseguir alento e conquista inexorável.
2. É preciso proceder do conhecido ao desconhecido (premissas e
pressupostos)
Exemplo: Pense em algo azedo, que antes de se levar a boca, ela encha de
saliva e só de pensar haja a condição de salivar. Limão.
Exemplo: Como você conceituaria algo azedo, que antes de se levar a boca, faça
com que ela encha de saliva? Limão.
Exemplo: estou pensando num pomar de frutas, com muitas árvores carregadas
de muitos frutos. Agora estou pensando num fruto azedo, que antes de colocar
na boca faz com que ela saliva bastante? Limão.
Exemplo: Como defino algo que é azedo, que pode ser ingerido como alimento,
que se produz numa árvore frutífera, que tem normalmente cor verde e seu pé,
não é muito alto, sendo seu suco usado costumeiramente para molhos de
saladas? Limão.
Exemplo: Claude Bernard observa que certos animais em jejum têm urinas claras
(ácidas) e conclui que todos os animais em jejum têm urinas claras.
SILOGISMO: O que caracteriza o silogismo é que ele se baseia numa causa que
une o sujeito e o predicado da problemática. Como a causa é o vínculo mais forte
para mostrar união, o silogismo é o raciocínio mais rigoroso e o mais
demonstrativo. [...] o silogismo vai do universal para o universal.
Exemplo: “meu futuro depende de minha liberdade; ora, os astros não podem
predizer meu futuro”. O termo médio é uma causa (aqui, é “a liberdade”).
Exemplo: Após citar uma ideia para balizar o que se está falando ou escrevendo
se cita uma autoridade reconhecida no assunto.
Outro erro bem próprio neste caso de pensar é considerar com quem falamos ou
discutimos, ou temos que ensinar ser inferior no conhecimento. Será? Tem
certeza? Ou é só um pensamento?
Nos dias atuais com acesso rápido à internet, com a comunicação veloz, com
acesso a muitas coisas de resposta rápida essa é sem dúvida uma atitude
suicida.
Nada está mais distante da realidade do que imaginar que as pessoas não irão
checar o que se fala pra elas. E pior ainda, que não obterão resposta adequada
às indagações.
3. Os princípios lógicos
Um pouco da história para entender como se desenvolveu a lógica ao longo dos
séculos.
A origem do termo Lógica não está bem certa, supondo-se que os comentadores
de Aristóteles tenha criado o termo. Cícero emprega o termo e depois se torna
corrente entre os estoicos.
O termo vem do grego logos, que se traduz por razão, se declinando para o
sentido de ciência do raciocínio ou arte do raciocínio, e também ciência do
pensamento, em última análise o dever ser.
Homem é Homem.
Platão afirma, uma ideia é igual a ela mesma, uma cousa é o que ela é.
O que significa dizer que este princípio estabelece o sentido das palavras, para
que haja coesão no texto, na fala, ou no discurso. Além de buscar a
compreensão, o entendimento claro e lúcido para quem escuta ou lê do que se
escreve ou se fala. No ato da comunicação é extremamente se fazer entendido,
caso contrário como dizem os especialistas haverá ruído que ocasionará em não
entendimento, ou compreensão distorcida.
Neste princípio se propõe que “uma coisa não pode ser e deixar de ser ao
mesmo tempo” (NASCIMENTO: 1991, p.21), desta feita o que não pode
acontecer é o que o brocardo afirma “não há direito contra o direito” (Idem),
assim um ambiente não poder ser gélido e quente ao mesmo tempo, ou ele é
quente ou gélido, caso contrário haverá uma contradição impossível de se
resolver.
Trazendo para o dia a dia se pode afirmar:
Todas as vezes que dois homens têm sobre uma mesma cousa um
julgamento contrário é certo que um deles está enganado. Há mais: nenhum
dos dois está com a verdade, porque se estivesse com a verdade teria uma
vista clara e nítida (evidência) e poderia expor a seu adversário de tal maneira
que acabaria convencendo. ((NASCIMENTO: 1991, p.21 e 22).
Para melhor aplicação deste princípio cumpre entender que uma proposição
deve excluir a outra, assim, todo homem é mortal; nenhum homem é mortal. A
carga do princípio discutido está em ser matéria necessária contra matéria
contingente, ou seja, que pode se entender “por necessário o que sempre
acontece e contingente que pode acontecer ou não”. (Idem).
Assim se pode entender que para este princípio havendo contradição, uma
proposição será verdadeira e a outra proposição será falsa.
Considerações Finais
Neste primeiro momento, se procurou provocar a ideia através do pensamento
e como desenvolve-lo através de alguns conceitos e técnicas próprias para a
evolução na forma como se pode pensar, escrever e falar.
É certo que não se trata de tarefa fácil exigindo exercício constante e frequente,
mas é possível se atentar para alguns conselhos de aplicação fácil:
Referências Bibliográficas