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Fundamentos da filosofia moderna

Descartes
O mundo estava mudando bastante: novos continentes, com
povos de costumes muitos diferentes, foram descobertos;
percebeu-se que a Terra gira em torno do Sol; houve um cisma
na cristandade. Duvidando de tudo quanto existe, Descartes
começou a buscar um fundamento para o conhecimento.
Ele encontrou o fato de que pensava – cogito – como a verdade
fundamental que não poderia negar. Se tenho consciência que
penso – e disso não posso duvidar, no instante em que estou
pensando – então eu existo.
Ele não partiu do Ser, mas do pensamento, e daí deduziu o Ser.
Quando se pensa e se conclui que se existe, é porque antes de
pensar já sabia o que era existir. De onde veio o conceito de
existir?
Ademais, para alguém perceber que pensa, é preciso pensar
primeiro. Quando alguém pensa pela primeira vez, ele não
percebe que pensa. O primeiro objeto do pensamento é que
alguma coisa existe. Percebemos as coisas durante muito tempo
e só depois percebemos que estamos pensando, e que há uma
distinção entre as coisas e o pensamento. É preciso perceber
muita coisa antes de perceber o pensamento que as pensa.
Assim também acontece com os outros sentidos. Perceber que
pensa requer um certo nível de abstração da mente.
A dúvida metódica se apoia em inúmeras certezas . Ela depende,
antes de tudo, da percepção da continuidade do sujeito
cognoscente, que se reconhece o mesmo em todo o percurso da
dúvida. Essa continuidade, por sua vez, depende da memória. É
preciso, também, que o sujeito saiba a diferença entre o dado e
o suposto, entre o objetivo e o subjetivo: “a dúvida sobre a
realidade do mundo não pode se apresentar como simples
escolha entre duas possibilidades de valor igual e idêntica
origem, mas sempre como escolha entre um dado e um suposto,
entre o recebido e o inventado” . Há que se considerar, também,
que a dúvida não se põe como um ato gratuito: é motivada pela
busca de algo mais verdadeiro, o que supõe uma ideia de
verdade que oriente a busca: “longe de ser logicamente
primeira, ela é um produto requintado e elaboradíssimo de uma
máquina de saber. Longe de ter um poder fundante, ela não é
senão uma manifestação mais ou menos acidental e secundária
de um sistema de certezas.”

Newton
A quase totalidade da obra de Newton é de escritos de caráter
filosófico-teológico, com traços de esoterismo. Seus estudos
físico-matemáticos foram realizados para resolver problemas
teológicos, e partem de pressupostos filosóficos bastante
discutíveis.
1. Newton diz que tempo e espaço são absolutos, como se
fossem substâncias.
2. É incoerente dizer que o espaço é infinito, pois é impossível
haver uma coisa física de dimensões infinitas. O tempo
também não corre continuamente, na mesma velocidade,
sem poder acelerar ou desacelerar.
3. O princípio da inércia também está errado: não há
movimento retilíneo uniforme no universo. Nenhum corpo
está isolado no universo, todos os corpos estão agindo
sobre ele e interferindo no seu movimento.
4. O princípio da ação e reação é uma verdade, mas não uma
verdade absoluta. Se é verdadeiro, Deus não existe. Se
remontarmos na sucessão das causa à causa primeira, esta
não pode ser movida por aquilo que ela move. A causa
imóvel de todos os movimentos não pode ser movida pela
reação. Há causas espirituais além das materiais, e a causa
primeira é espiritual. A causa da matéria não pode ser
material, e não pode estar sujeita a este princípio. O
princípio da conservação da energia depende do princípio
de ação e reação.

Toda a ciência moderna, como a teoria da evolução, é baseada


em princípios newtonianos. Quando a mecânica newtoniana caiu
em fins do século XIX, e formulou-se a teoria dos modelos
científicos (a verdade vale até ser derrubada por outra
provisória, e assim sucessivamente) a elite intelectual caiu no
relativismo e no cepticismo. A teoria da evolução não caiu junto
com a mecânica newtoniana, e ainda serviu para fundamentar
um novo paradigma da evolução científica.

Kant

Kant ficou muito impressionado com a teoria de Newton, e


procurou solucionar o dilema de como é possível conhecer a
realidade verdadeiramente, como fez Newton, se o homem só
conhece, como Descartes, a sua própria subjetividade como um
conhecimento seguro. Kant influenciou toda a filosofia moderna.
Kant parte dos conceitos de tempo e espaço absoluto, mas diz
que não existem senão como estruturas da nossa mente, inatas,
que a mente usa para ordenar as coisas. São anteriores a
qualquer percepção. Modelamos a percepção por meio delas.
Na verdade, se as coisas não se movessem não perceberíamos o
espaço nem o tempo.

Teoria do conhecimento clássica:


Simples apreensão – operação pela qual a mente apreende os
conceitos elementares (triângulo, mesa).
Juízo – atribuímos um conceito a outro (2+2=4). Pressupõe o
conceito do ser, e pode ser verdadeiro ou falso. Há três maneiras
de se fazer um julgamento verdadeiro.
1. De maneira direta. Apenas os princípios do ser, e aqueles
que são derivados destes.
2. Silogismo.
3. Indução.

Raciocínio – passa de um juízo a outro, por silogismo e indução.


Silogismo – partindo de um julgamento tido por verdadeiro,
tiramos uma conclusão de algo que já estava implícito, ou
contido neste julgamento. Ex.: “Sócrates é homem; todo homem
é mortal, logo Sócrates é mortal”. Que Sócrates é mortal já
estava implícito no julgamento “todo homem é mortal”. O
silogismo depende do conhecimento do ser de suas
propriedades. Nele, colocamos todos os homens dentro do
círculo da mortalidade. Dentro do círculo da mortalidade há um
círculo menor, o círculo dos homens. Sócrates está dentro do
círculo dos homens, que está dentro do círculo da mortalidade.
Indução – partindo de várias premissas, tiradas da experiência,
chega-se a uma generalização a posteriori, a uma conclusão que
não se podia conhecer de antemão. Ex.: vemos que um homem é
mortal, porque morreu; outro também morreu, portanto é
mortal; os vivos também irão morrer; e assim,
probabilisticamente, concluo que todos os homens são mortais.
Outro ex.: o sol nasceu anteontem, ontem e hoje; portanto, o sol
nasce todos os dias.

Crítica da razão pura


Kant se debruça sobre a questão de como os julgamentos podem
ser considerados verdadeiros, e introduz uma doutrina
radicalmente nova, dizendo que e possível extrair juízos
verdadeiros a priori sem que estes estivessem implícitos em um
anterior, como no caso do silogismo. É um conhecimento
extrínseco a priori; a experiência não é necessária para
demonstrá-lo.
Kant postula que há três tipos de juízos:
1. Analíticos a priori (silogismo);
2. Sintéticos a posteriori (indução);
3. Sintéticos a priori – indução na qual não há necessidade de
se recorrer à experiência. Acrescenta-se um atributo que
não estava implícito a priori, mas que é imediatamente
percebido sem ter que recorrer à experiência.
Kant não avisa que está introduzindo uma novidade. Nesta nova
teoria do conhecimento não está incluída a simples apreensão. O
raciocínio é reduzido ao julgamento.
Kant acredita que os princípios da matemática e da física são
certos e perenes. São conhecimentos sintéticos a priori. Ele diz
que todas as operações aritméticas são sínteses a priori. 5+7=12.
O 12 não está embutido no 5+7, mas nós sabemos do resultado
a priori. [na verdade, o 12 está presente no 5+7. Este é um
julgamento analítico a priori]. Outro exemplo: dizer que a linha é
a menor distância entre dois pontos é um julgamento sintético a
priori, pois linha reta é uma coisa, menor distância entre dois
pontos é outra; junta-se as coisas distintas e faz-se um
julgamento [na verdade, é um juízo analítico a priori].
Outro exemplo: a lei de conservação de Lavoisier (nada se perde,
nada se cria, tudo se transforma) Kant acredita tratar-se de um
juízo sintético a priori. Além de não ser uma verdade universal,
trata-se de um juízo sintético a posteriori. O fato de que “em
toda troca de energia a matéria permanece invariada” é algo que
só se conhece experimentalmente, e foi assim que Lavoisier o
fez.
Outro exemplo: as leis de Newton são juízos sintéticos a priori,
evidentes, sem que seja necessário fazer experiências. A mente
humana já sabe que é uma verdade absoluta [a própria evolução
da física desmentiu essa crença]. A Lei de Newton que diz que
F=M.A (força = massa x aceleração) não é uma lei, é uma
definição a priori. A multiplicação da massa pela aceleração
sempre dá um resultado, e este resultado Newton resolveu
chamar de força. Como é uma definição a priori e não uma lei,
trata-se de um juízo analítico a priori.
Kant, com base na crença de que a física newtoniana é uma
verdade absoluta e evidente, vai investigar a mente humana para
saber como isso é possível. Como Newton não fez nenhuma
experiência para construir a sua mecânica e ela parecia
absolutamente certa, o filósofo alemão julgou que deveria haver
uma terceira forma de julgamento verdadeiro.
Para Kant, a análise do conhecimento começa pelo julgamento, e
não pelo conceito (simples apreensão). Conceito, para ele, é
julgamento.
Já que o espaço e o tempo são estruturas da mente, não
sabemos como as coisas são em si mesmas.
Coisa-em-si: noumenon.
Coisa-para-nós: fenômeno (modificado pelas formas da nossa
percepção).
Há três tipos de ciências: matemática, física e metafísica.
A matemática é um conhecimento certo porque é um
conhecimento sintético a priori, assim como a geometria. A
geometria é o que sobra das coisas quando retiramos todo o
fenômeno e deixamos o espaço. O espaço está na mente, e por
isso o que sobra é certeza absoluta. Se todo o espaço está na
mente, não é preciso fazer experiência para provar como são os
entes geométricos; é possível saber a priori. É uma síntese sem
experiência. A aritmética usa o tempo, ou pressupõe o tempo.
Não é possível fazer as contas sem usar o tempo e, como a
estrutura do tempo é interna, podemos fazer julgamentos
sintéticos a priori com base no tempo.
A física não lida apenas com o espaço e o tempo: há movimento,
massa, aceleração etc. É preciso, diz Kant, usar a inteligência, que
usa dados moldados pelas nossas projeções de espaço/tempo.
Como a inteligência é capaz de juízos sintéticos a priori, quando
despreza os fenômenos ela capta as verdades físicas pela análise
das estruturas da mente.

Kant confunde a simples apreensão (que é intelectual) com os


sentidos. A operação da inteligência começaria com os juízos,
que formariam os conceitos. Já para Aristóteles, os conceitos são
anteriores aos juízos, são abstrações. Os conceitos, para Kant,
são atribuições. Ele é, no fundo, um nominalista, que não
acredita em verdades abstratas. Para o nominalista o nome não
é um conceito abstrato, mas a associação de um nome a uma
coleção de objetos, ou seja: é uma atribuição.
Kant descarta as categorias de Aristóteles e cria 12 novas, que
são na verdade modos de associação: 1) quantidade: unidade,
pluralidade, totalidade; 2) qualidade: realidade, negação e
limitação; 3) relação: substância, causalidade e comunidade; 4)
modalidade: possibilidade, existência e necessidade.
A filosofia tradicional diz que os juízos podem ser: 1) universais –
todo homem é mortal; 2) particulares – algum homem e mortal;
3) singulares -Sócrates é mortal; 4) afirmativo; 5) negativo; 6)
infinito; 7) categórico; 8) hipotético; 9) disjuntivo; 10)
problemático, 11) apodíctico ou 12) assertivo.
Estimativa e cogitativa – a ovelha que nunca viu um lobo foge
quando vê um pela primeira vez. É uma função do imaginário.
Não é inteligência. Mas no ser humano existe uma influência da
inteligência na estimativa, que pode aprimorá-la. A cogitativa é
um aprimoramento da estimativa pela inteligência.
Kant provavelmente confunde a cogitativa com a inteligência,
como indicam as categorias que ele criou.
Ele diz que normalmente, na vida real, fazemos o silogismo ao
contrário: vendo a morte de Sócrates, começamos a procurar a
premissa maior que explique a sua morte, e quando a
encontramos nossa inteligência se satisfaz. Procuramos a lei
geral que explique um fato particular.
A inteligência, para Kant, coordena os fatos sensoriais e os
aglutina em um nome ou imagem, e forma um conceito. Os
conceitos são coleções de sensorialidade agrupadas em torno de
um nome.
Em seguida, fazemos um julgamento, mas a inteligência não se
contenta e quer uma explicação mais geral. Mas, neste ponto, a
explicação não tem mais nada a ver com a sensorialidade. São
criações da mente humana, como a alma, os cosmos, Deus etc. A
mente humana exige a existência dessas entidades, por uma
necessidade intrínseca.
Não há conceito de Ser na obra de Kant. Ele parte do Espaço e
Tempo e desenvolve todo o resto. É como um físico que faz um
diagrama e coloca espaço, tempo e referencial. É a filosofização
da física newtoniana, que toma como premissa que a física de
Newton seja verdade absoluta. Mas para fazer isso é necessário
admitir que existimos. Quem está colocando as coordenadas? Se
estamos colocando as coordenadas é porque algo existe. A ideia
do Ser precede o espaço/tempo, e não o contrário.
Kant não parte do conceito se Ser porque este não é sensorial.
Ele diz que existem três funções da inteligência humana: os
sentidos, que trabalham com o espaço/tempo; a inteligência,
que trabalha com as categorias; a razão, que trabalha com as
ideias.
O sentido molda o noumeno dentro do espaço e do tempo: aí
nasce a matemática e a geometria. Os dados dos sentidos vão
para a inteligência e ela faz os julgamentos. Dos julgamentos,
surgem conceitos, que são associações de nomes a uma coleção
de objetos captados pelos sentidos. Daí nasce a física.
O exercício da razão se dá quando, através dos dados da física,
que são sensoriais, mas categorizados, procura-se encontrar as
premissas maiores, que seriam a ideia de Deus, da alma, do
cosmos. Na Crítica da razão pura ele quer criticar a validade da
metafísica, pois ela vem da razão e das ideias que são puras
estruturas mentais.
Na inteligência ainda há uma relação com o noumeno, mas da
razão para cima é tudo uma construção mental que busca
encontrar as justificativas.
A obra de Kant já é um embrião de ideologia, pois foi toda
desenvolvida para justificar uma doutrina errada (de Newton).
Ele só não a fez como um programa de ação, apesar de também
ter projetos assim.
Kant postulou que existe um mundo fora da mente, que não
sabemos como é. Pensamos que existe o espaço/tempo, mas é
uma estrutura da nossa mente. Não sabemos como são as coisas
em si mesmas, apesar delas serem modeladas pelas nossas
estruturas de espaço/tempo. As leis da matemática e geometria
são exatas porque refletem as estruturas da mente, quando se
suprimem os fenômenos. A percepção inicial é a do
espaço/tempo, e não o ser.
Os conceitos são julgamentos. Para se fazer um julgamento a
priori, é preciso que a mente já tenha o esquema: a estrutura
espaço/tempo, se for a matemática, e os conceitos, se for algo
da física. Para se fazer uma associação é preciso elaborar um
conceito, depois outro conceito, e juntar os dois. Mas eles foram
elaborados em tempos diferentes, e é preciso lembrar que o
primeiro conceito foi feito por nós, senão não é possível uni-los.
Deve haver algo, em nós, que nos faz lembrar da nossa unidade e
continuidade, algum mecanismo da mente que junta os dados.
Kant associou esse mecanismo ao “eu penso” de Descartes. O
“eu penso” não é a autoconsciência, é a percepção
transcendental.
O raciocínio é uma necessidade da mente, mas os conceitos
abstratos não existem. A associação de conceitos abstratos, no
raciocínio, na busca de conceitos mais amplos, não tem
fundamento na realidade. É assim que surgem as grandes ideias,
como Deus, a alma e o cosmos, que são conceitos gratuitos.
De fato, tendo abandonado o conceito de ser, Kant não poderia
achar fundamento para a alma e para Deus. O máximo a que a
inteligência pode chegar é a ordenação da experiência sensorial.

Crítica da razão prática


Para Kant, os imperativos da moral e da ética são claros para
todos os seres humanos. A lei moral é um dado evidente para o
ser humano, tão evidente que ele se recusa a provar esta
afirmação. A evidência da lei moral não vem do espaço e do
tempo. É uma certeza imediata. Não é um fenômeno, não é
categorizada. A certeza da lei moral não vem dos sentidos, ela
vem de um noumenon, vem da própria realidade. O homem
também enxerga a liberdade, ou seja, é livre. A lei moral supõe a
liberdade, cujo conceito não passa pelo espaço/tempo. Se é um
dever, é porque o homem pode escolher não segui-lo.
Apesar de afirmar que o homem não pode acessar diretamente a
realidade, ele não acha necessário justificar a evidência das leis
morais: ela é como a visão beatífica, sem a necessidade de
intermediários. Na Crítica da razão pura, somos animais, na
Crítica da razão prática, somos como anjos.
Ao contrário da inteligência, a razão prática é poderosíssima e
alcança a realidade da coisas, segundo Kant, sem a
intermediação dos sentidos.

A Crítica da razão prática foi escrita um ano antes da Revolução


Francesa, e exalta a ideia de liberdade tão cara aos iluministas. A
liberdade é colocada acima da inteligência. A razão humana é
fraca, mas a vontade é livre e forte. O homem não é um animal
racional, é um animal livre. E, para ser livre, não precisa fazer
nada, não precisa educar-se: é livre ipso facto.
São as ideias politicamente corretas da época. É a Revolução
Francesa justificada filosoficamente, com uma ideia falaciosa de
liberdade.
Na filosofia tradicional, o homem é potencialmente livre: nasce
com a raiz da liberdade, mas precisa de uma educação para a
liberdade, para se libertar das paixões e praticar a virtude, e de
uma educação intelectual, para conseguir um grande nível de
abstração. Depois de vencer as paixões básicas – sexo, dinheiro,
poder – a paixão mais difícil de vencer é o medo do que os
outros pensam. É a paixão mais enraizada. Pelo pecado original,
o homem tem uma consciência decaída. Mas é na parte moral
que ela é menos decaída: a maioria das pessoas entende a lei
moral, mas poucos tem condições intelectuais de perceber a
existência de Deus.
Ao observar a ordem da natureza, abstraímos o conceito de bem
e o conceito de justo.
Kant, por ser nominalista, tem um baixo nível de abstração e por
isso não compreende o poder cognitivo humano. Mas
moralmente ainda não estava tão decaído, como Marx. Quando
Kant fazia uma introspecção e percebia a lei moral dentro dele,
estava fazendo um conceito verdadeiramente abstrato. Em
matéria moral ainda era capaz de abstração. Kant é um caso de
esquizofrenia, de ruptura estrutural entre as esferas
especulativas e moral. As teorias da educação na modernidade
assumiram essa esquizofrenia como princípio filosófico.

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