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CONTEXTO
A metafísica moderna tinha como principais teorias o Racionalismo, defendido por
autores como Descartes, que valorizava apenas o conhecimento racional, e o Empirismo,
que se baseava no conhecimento empírico, ou seja, na experiência, nos sentidos, e era
defendido por Hume.
Apesar de grandes avanços filosóficos obtidos pelo Racionalismo e Empirismo a
Filosofia não se desenvolvia e evoluía na mesma proporção que a Física e a Matemática
e muitos PROBLEMAS METAFÍSICOS permaneciam sem solução, como entender o que
é DEUS, ALMA, IMORTALIDADE.
Kant pretende superar a dicotomia entre Racionalismo e Empirismo, pois eles
ofereciam explicações diferentes para a realidade, portanto não eram seguros.
Para o autor, o conhecimento é obtido em parte pela relação entre o sujeito e o objeto, e
em parte, por algo que é produzido pelo próprio sujeito.
Essas duas formas de conhecer, são:
Kant chama de INTUIÇÃO as informações que vamos obtendo sobre o objeto por meio
dos sentidos (tato, visão, audição, paladar e olfato). Ao serem levadas ao cérebro deverá
ocorrer o Entendimento sobre o objeto, por meio de estruturas mentais que já possuímos,
e então poderemos produzir JUÍZOS.
TIPOS DE JUÍZOS
JUÍZOS ÁNALÍTICOS – Caracteriza-se como um conhecimento seguro, pois é universal
e verdadeiro. Nesse tipo de juízo o predicado está contido no sujeito. Isso significa que
esse juízo explicita, elucida o sujeito. Ex: “Todo triângulo tem 3 lados”. Ora, para ser
triângulo, ele necessariamente precisa ter 3 lados, é algo evidente, não há mais o que
explorar na afirmação, o predicado explicita o sujeito.
JUÍZOS SINTÉTICOS A POSTERIORI – São aqueles juízos em que o predicado não está
contido no sujeito e precisamos da experiência (sentidos) para serem conhecidos. Neste
sentido está condicionado as categorias de tempo e espaço. Ex: “Este livro tem capa
verde”. Ora, preciso saber o que é verde, o que é livro, o que é capa para depois avaliar
se “Este livro tem capa verde”. E estas informações só são possíveis por meio da
experiência, pois não há como saber “o que é verde” sem nunca ter visto algo verde.
Este juízo não é considerado um conhecimento seguro, pois diz respeito às coisas
em particular, pois nem todos os livros têm capa verde, nesse sentido esse conhecimento
não pode ser universalizado.