O documento descreve a sociedade do Antigo Regime nos séculos XVI-XVIII, caracterizada por:
1) Monarquias absolutas com reis detentores de poder total e sagrado;
2) Sociedade estratificada em ordens hierárquicas (clero, nobreza, povo) com direitos diferentes;
3) Luís XIV da França como exemplo máximo de monarca absoluto através do palácio de Versalhes.
O documento descreve a sociedade do Antigo Regime nos séculos XVI-XVIII, caracterizada por:
1) Monarquias absolutas com reis detentores de poder total e sagrado;
2) Sociedade estratificada em ordens hierárquicas (clero, nobreza, povo) com direitos diferentes;
3) Luís XIV da França como exemplo máximo de monarca absoluto através do palácio de Versalhes.
O documento descreve a sociedade do Antigo Regime nos séculos XVI-XVIII, caracterizada por:
1) Monarquias absolutas com reis detentores de poder total e sagrado;
2) Sociedade estratificada em ordens hierárquicas (clero, nobreza, povo) com direitos diferentes;
3) Luís XIV da França como exemplo máximo de monarca absoluto através do palácio de Versalhes.
Antigo Regime (século XVI até fim do século XVIII):
> Monarquias absolutas;
> Sociedade: hierarquizada em ordens ou estados; estratificada (divisão da sociedade em grupos hierarquicamente organizados, consoante o seu prestígio, poder ou riqueza) com direitos e deveres diferentes e específicos. no topo encontra-se o rei com poder supremo, absoluto e sacralizado. A ordem corresponde a uma categoria social (grau de prestígio associado à função social que desempenha) definida pelo nascimento, pelas funções sociais que os indivíduos desempenham e reforçados pela lei e pelos costumes. A cada ordem corresponde um estatuto jurídico e os elementos distinguem-se pelo traje e formas de tratamento.
- Sociedade de ordens assente no privilégio
3 ordens - clero, nobreza e terceiro Estado - Têm obrigações e direitos, ditados pelo nascimentos. Clero- 1º lugar na hierarquia (estado mais digno/mais perto de deus); reúne pessoas de todos os grupos sociais e possuem proteção dos monarcas absolutos e privilégios: o Isentos de imposto e da prestação do serviço militar, o Regem-se por um conjunto de leis específicas – o Direito Canónico, o São julgados por um tribunal próprio, o Recebem rendas, a dízima (1 décimo das colheitas retirados aos proprietários dos terrenos e dados à igreja) e ainda ofertas dos crentes. o Não são obrigados a permitirem o uso das casas aos soldados. Nobreza- 2º lugar na hierarquia (ordem de maior prestígio e riqueza) - elite militar e fundiária- situação privilegiada na política e sociedade: o Ocupa cargos de poder na administração e no exército, o Regime jurídico próprio que garante superioridade perante as classes populares, o Isentos de contribuições ao rei, exceto em caso de guerra, o Recebem rendas dos seus senhorios, o Forma de tratamento e vestuário próprio. Terceiro Estado- ordem não privilegiada (maioria da população) - produção para subsistência e impostos (classe mais heterogénea- tem vários níveis de rendimentos) – maior parte dos elementos são camponeses.
- Pluralidade de estratos sociais, comportamentos e valores
Estratificação social - há várias classes dentro da mesma ordem. Clero: clero secular - religiosos ligados às questões políticas e económicas (bispos, papas), claro regular (ordens religiosas – Mosteiros e Conventos), alto clero – filhos de nobreza, vive do luxo (bispos, cardeais), baixo claro – provém do povo (párocos e monges). Nobreza: alta (rei, príncipe, duque, marquês, conde) e baixa nobreza (visconde, fidalgo, cavaleiro, escudeiro); nobreza de toga (burguesia que recebeu um titulo de nobre por trabalhar na administração), nobreza de espada ou nobreza de sangue, e nobreza rural que vive nas suas propriedades. Terceiro Estado: diferenciam-se pela riqueza- burguesia (atividades mais lucrativas- comércio e banca); abaixo desta existiam os mais explorados: artífices, camponeses, vagabundos e mendigos: o Homens de letras muito respeitados, o Financeiros, Burguesia (elite do Terceiro Estado o Mercadores (boticários, joalheiros, chapeleiro), o Lavradores (muitos têm as suas próprias terras), o Artesãos, Assalariados, o Mendigos, Vagabundos e Indigentes. - A mobilidade social Hierarquia expressa-se pelos valores e comportamentos, que são indicadores de diferenciação, como o vestiário, alimentação, habitação, modos de tratamento e insígnias da sua condição. Aos nobres e ao clero lhe cabia os títulos de honra e um rígido protocolo. Esta diversidade de estatuto está relacionada no exercício da justiça. Apesar da mobilidade social embora reduzida verifica-se a ascensão do Terceiro Estado pela decadência dos critérios sociais baseados no nascimento. A burguesia conseguiu subir na hierarquia graças ao dinheiro juntamente com os casamentos, estudos e na dedicação aos cargos do Estado. - O exercício da autoridade Segundo Bossuet, o poder real é: Sagrado, porque tem origem divina e quem contestar o rei ou as suas decisões contesta deus; Paternal, tal como um pai o rei deve proteger os seus súbditos e satisfazer as suas necessidades; Absoluto, pois o rei assegura com o seu poder supremo o respeito pelas leis e normas da justiça; Submetido à razão, ou seja, à sabedoria, pois o rei possui capacidades que lhe permite decidir bem e fazer o povo feliz. Os reis tomam o lugar do Estado e concentram em si um poder total e absoluto: Não convocam cortes/têm poder total e absoluto sobre tudo e todos; Controlam o exército e as finanças; Elabora as leis (poder legislativo), aprova as leis (poder judicial) e aplica as leis (poder executivo); É o responsável pela ordem social estabelecida. - Modos estéticos da encenação do poder A centralização político-administrativa (monarquia absoluta) em que o rei toma o lugar de Estado + natureza sagrada do rei = construção de espaços físicos que mostravam a grandeza do rei (palácios). O absolutismo transformou a corte do espelho do poder, assim Luís XIV era o exemplo do rei absoluto como Versalhes era o exemplo da corte real. Grande palácio foi construído à imagem do Rei-Sol (o sol não descansava assim como o rei). Luís XIV encontrou formas de controlava a nobreza da corte: Mantinha a nobreza perto de si para a vigiar; Penalizava os nobres que não frequentavam Versalhes (não lhes dava terras, rendas…); Valorizava a sua pessoa ao dar honras aos nobres que o rodeavam; O luxo excessivo de Versalhes levava a nobreza a endividar-se (ficando mais dependentes do rei); Fazia da corte um espetáculo que seduzia a nobreza. A vida em Versalhes era uma encenação do poder e da grandeza do soberano: Grandes espetáculos; Esplendor dos banquetes; Riqueza do vestuário; Complicação do cerimonial. A Corte adquiriu uma grande dimensão como o poder absoluto. Esta centrava-se em 2 pilares:
Luxo dos espaços;
Hierarquia regulada pela etiqueta: maneiras de estar, vestir, falar, gesticular Luxo dos espaços; Hierarquia regulada pela etiqueta: maneiras de estar, vestir, falar, gesticular Luxo dos espaços; Hierarquia regulada pela etiqueta: maneiras de estar, vestir, falar, gesticular Luxo dos espaços; Hierarquia regulada pela etiqueta: maneiras de estar, vestir, falar, gesticular Luxo dos espaços; Hierarquia regulada pela etiqueta: maneiras de estar, vestir, falar, gesticular Luxo dos espaços; Hierarquia regulada pela etiqueta: maneiras de estar, vestir, falar, gesticular Luxo dos espaços; Hierarquia regulada pela etiqueta: maneiras de estar, vestir, falar, gesticular Luxo dos espaços; Protocolo (regras de etiqueta): maneiras de estar, vestir, falar…
-Sociedade e poder em Portugal: preponderância da nobreza fundiária e mercantilizada
Em Portugal, o absolutismo é representado com mais significado por D. João V. Durante a primeira metade do século XVIII, D. João V, graças ao ouro vindo do Brasil, reforçou a sua autoridade e o seu prestígio internacional, governando o reino de Portugal com grande luxo e ostentação, imitando a magnificência da corte de Luís XIV, rei de França. O monarca criou uma corte faustosa, patrocinou inúmeras obras de arte, promoveu inúmeros espetáculos e festividades públicas, com o intuito de impressionar a população. O principal símbolo de poder e de riqueza são as obras monumentais que mandou erigir, nomeadamente o aqueduto das Águas Livres, em Lisboa e o Palácio-Convento de Mafra. No entanto, o peso dos costumes e a influência dos grandes privilegiados era muita e, D. João V, não conseguiu impor a autoridade plena do Estado. Por toda a opulência evidenciada ficou conhecido pelo cognome de Magnânimo. Vida da sociedade portuguesa influenciada por: Expansão ultramarina- transformou Portugal numa potência comercial; Afirmação do absolutismo- teve alterações nos comportamentos sociais e na composição das ordens Até meados do século XVIII a nobreza de sangue manteve o acesso exclusivo aos cargos superiores da monarquia. Estes serviços permitiam garantir o usufruto dos bens da coroa e ordens militares e aumentar com rendas e tenças o património das grandes casas. Os cargos ligados ao comércio ultramarino foram sempre usados para enriquecer a nobreza que pouco percebia de negócios, deixando a burguesia esquecida para segunda plano (só se conseguiu afirmar na 2ª metade do séc. XVII com o Marquês de Pombal). A nobreza mercantiliza-se dando origem a um novo tipo social: o Cavaleiro-mercador: Nunca foi um verdadeiro mercador; A mercancia (comércio) é visto como uma forma rápida e fácil de enriquecer; Riqueza obtida da mercancia era aplicada: o Na aquisição de terras; o Em artigos de luxo e ostentação;
Nobreza mercantilizada (cavaleiro-
mercador), ligado ao comércio ultramarino; Os países como a Inglaterra e a Holanda foram uma exceção ao absolutismo já que procuraram outras formas de governo, em que os povos sejam ouvidos e o poder limitado.