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Diferentes perspectivas de

avaliação
Teresa B. Neto
Universidade de
Aveiro
Sumário
1. A avaliação. Razões de mudança.
2. Diferentes perspectivas de avaliação.
3. Avaliação formativa alternativa.

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Ao longo dos tempos, as conceptualizações
de avaliação tornarem-se mais complexas e
sofisticadas (Guba & Lincoln, 1989)

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Mudar a Avaliação

Desenvolvimento: Desenvolvimento: Democratização


Teorias de Aprend. Teorias do Currículo Sistemas Educativos

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Behaviorismo: Pressupostos das concepções
de aprendizagem (Shepard, 2001)
• As aprendizagens ocorrem através da
acumulação de pequenos elementos em que um
dado conhecimento se decompõe.
• As aprendizagens desenvolvem-se de forma
sequencial e hierárquica.

• As aprendizagens só se transferem para


contextos muito semelhantes àqueles em que
ocorreram.
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Behaviorismo: Pressupostos das concepções
de aprendizagem
• Os testes devem ser utilizados com frequência
como forma de garantir a maestria dos assuntos
antes de se prosseguir para o objectivo seguinte.
• Existe um isomorfismo entre os testes e a
aprendizagem.

• A motivação é determinada externamente.

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Teorias de aprendizagem cognitivistas,
construtivistas e socioculturais

• As aprendizagens são um processo activo de


construção mental e de atribuição de
significados.

• Aprender conceitos novos pode ser facilitado,


dificultado, pelo sistema de concepções das
pessoas e pelas suas estruturas de conhecimento
pré-existentes.
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Teorias de aprendizagem cognitivistas,
construtivistas e socioculturais
• O que se aprende é determinado social e
culturalmente.
• A metacognição, o autocontrolo e a auto-
regulação das competências são indispensáveis
para o desenvolvimento do pensamento
inteligente.
• Novas aprendizagens são determinadas pelos
conhecimentos prévios e pelas perspectivas
culturais que as sustentam.
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Torna-se necessário

- Recorrer a tarefas de avaliação mais abertas e


variadas;
- Diversificar estratégias, técnicas e instrumentos de
recolha de informação;
- Desenvolver uma avaliação que informe do que os
alunos precisam de saber e ser capazes de fazer;
- Analisar de forma sistemática a informação
avaliativa recolhida junto dos alunos.

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Desenvolvimento das teorias do currículo –
Visão Reformada do Currículo
• Todos os alunos podem aprender.

• Os conteúdos devem desafiar os alunos a estar


orientados para aresolução de problemas e para
os processos complexos de pensamento.
• Igualdade de oportunidades, independentemente
da diversidade dos alunos.

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Desenvolvimento das teorias do currículo –
Visão Reformada do Currículo
• Todos os alunos são socializados nos discursos e
nas práticas das disciplinas académicas.
• Os alunos adoptam hábitos de reflexão e atitudes
favoráveis ao desenvolvimento das
aprendizagens.

• Os alunos exercem práticas democráticas numa


comunidade responsável e empenhada.

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Visão reformada do currículo exige uma
avaliação de natureza diferente
• As tarefas sejam suficientemente desafiadoras.

• Haja uma clara preocupação com os processos


de aprendizagem.
• A avaliação seja contínua e integrada no
processo de ensino e aprendizagem.

• Os alunos participem activamente no processo


de avaliação.

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Democratização dos sistemas educativos

• A avaliação pode segregar ou pode integrar.

• Pode melhorar a auto-estima dos alunos, pode


piorá-la ou, em casos extremos, pode mesmo
destruí-la.
• Pode orientar o percurso escolar dos alunos ou
pode afastá-los de qualquer percurso.

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Impacto da avaliação(convenient. Planeada)
nos sistemas educativos
• Orienta os alunos acerca dos saberes,
capacidades e atitudes que têm que desenvolver.
• Influencia a sua motivação e percepção do que é
importante aprender.

• Estrutura a forma como os alunos estudam e o


tempo que dedicam ao trabalho escolar.

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Impacto da avaliação(convenient. Planeada)
nos sistemas educativos
• Melhora e consolida as aprendizagens.

• Promove o desenvolvimento dos processos de


análise, de síntese e de reflexão crítica.

• Desenvolve os processos metacognitivos, o


auto-controlo e a auto-regulação.

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Da avaliação como medida à avaliação
formativa alternativa

A avaliação A avaliação A avaliação


como medida como descrição como juízo de valor

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Da avaliação como medida à avaliação
formativa alternativa
A avaliação
como medida
Funções da avalição
classificar; seleccionar; certificar
Objecto de avaliação
Os conhecimentos

A avalição é , no geral, descontextualizada


e os alunos não participam no processo

Quantificação de resultados
A avaliação é referida a uma norma

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Da avaliação como medida à avaliação
formativa alternativa
A avaliação
como descrição

Não se limita a medir, vai mais além


ao descrever até que ponto os
alunos atingem os objectivos definidos.

Ralph Tyler, pai da Avaliação Educacional.

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Da avaliação como medida à avaliação
formativa alternativa
A avaliação
como juízo de valor

Idade do desenvolvimento (1958 - 1972)


Distinção entre avalição sumativa e formativa
(Scriven, 1967)

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Da avaliação como medida à avaliação
formativa alternativa
A avaliação
como juízo de valor

-A avalição deve induzir e/ou facilitar a tomada de decisões


que regulem o ensino e as aprendizagens;
- A recolha de informação deve ir para além dos resultados
Que os alunos obtém nos testes;
-A avaliação tem de envolver os professores, os pais, os al.
e outros intervenientes;
- Os contextos devem ser tidos em conta no processo de aval.
- A identificação de critérios é essencial para que se possa
apreciar o mérito e o valor de um dado objecto de avaliação.
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Da avaliação como medida à avaliação
formativa alternativa

A avaliação
como negociação e construção

Guba & Lincoln (1989), Perrenoud (2004), …

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A avaliação como negociação e construção

• Avaliação diversificada e partilhada.

• Avaliação integrada no processo de ensino e


aprendizagem.

• Modalidade privilegiada de avaliação-avaliação


formativa.

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A avaliação como negociação e construção

• O feedback processo indispensável e utilização


de métodos predominantemente qualitativos.

• Desenvolvimento das aprendizagens


Julgar ou classificar numa escala.

• A avaliação é uma construção social.

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A avaliação formativa alternativa
(Fernandes, 2005)

A avaliação formativa alternativa é uma construção


complexa, um processo eminentemente pedagógico,
plenamente integrado no ensino e na aprendizagem
dos alunos.

Os alunos aprendam melhor com compreensão.

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A avaliação formativa alternativa
(o papel do professor)

• Organizar o processo de ensino e propor tarefas


apropriadas aos alunos.

• Definir prévia e claramente os própósitos e a


natureza do processo de ensino e de avaliação.

• Diferenciar as suas estratégias.

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A avaliação formativa alternativa
(o papel do professor)

• Utilizar um sistema permanente de feedback que


apoie a regulação das aprendizagens.

• Ajustar o ensino às necessidades(de forma


sistemática)

• Criar um adequado clima de comunicação.

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A avaliação formativa alternativa
(o papel do professor)

• Organizar o processo de ensino e propor tarefas


apropriadas aos alunos.

• Definir prévia e claramente os propósitos e a


natureza do processo de ensino e de avaliação.

• Diferenciar as suas estratégias.

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Da avaliação como medida à avaliação
contextualizada
4ª geração de avaliação- Avaliação contextualizada
3ª geração de avaliação
Avaliação como juízo de valor

2ª geração de avaliação
Avaliação como descrição

1ª geração de avaliação
Avaliação como medida

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Modos e instrumentos de avaliação

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