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Ação humana: É uma interferência consciente e voluntária de um agente no decurso normal das coisas.
Intenção e motivo: A intenção trata-se do propósito ou para quê da ação. O motivo trata-se do porquê da ação, da
razão da mesma.
Ex.: Quando comemos uma maçã, quais são o motivo e a intenção?
- Motivo: porque temos fome.
- Intenção: para nos saciarmos.
Deliberação e decisão: A deliberação é o processo de reflexão e de ponderação que, em princípio, antecede a decisão.
A decisão consiste na escolha de alternativas possíveis em função de determinadas razões e motivações.
Livre arbítrio:
Possibilidade de escolha e de autodeterminação, ou ao ato voluntário, autónomo e independente de qualquer
constrangimento e coação externa ou interna, assim, o livre-arbítrio corresponde a uma vontade livre e responsável de
um agente racional.
A liberdade de que eventualmente dispomos não é absoluta, mas situada e condicionada. As condicionantes da ação
humana são todo o conjunto de constrangimentos e obstáculos que lhe impõem limites. Mas, ao mesmo tempo que
limitam, abrem de igual modo um horizonte de possibilidades, assumindo-se também, de certo modo, como condições
do agir.
Há condicionantes:
- Físico-biológicas: ligadas à nossa constituição morfológica e fisiológica;
- Psicológicas: ligadas à personalidade do agente, ao seu temperamento ou aos seus estados psicológicos temporários;
- Histórico-culturais: fatores de carácter histórico, cultural, social, económico, científico, tecnológico, religioso, etc.
O problema do livre-arbítrio consiste em saber se a liberdade humana, em termos de possibilidade de optar, é ou não
compatível com outras forças que a parecem anular, ou seja, para podermos escolher entre várias ações possíveis, é
necessário que não esteja tudo determinado, caso contrário poderíamos apenas fazer a ação que estivéssemos
determinados a fazer.
O determinismo radical / incompatibilismo que defende que não existe livre-arbítrio, o que implica a total
desresponsabilização do agente. Encarando a natureza como um conjunto de coisas e factos em que tudo resulta de
causas anteriores, a que se seguem efeitos inevitáveis, o determinista concebe o Universo como um vasto sistema que
obedece a leis causais invariáveis.
Há alguns tipos de determinismo: determinismo ambiental, hereditário e metafísico.
O compatibilismo / determinismo moderado aceita o determinismo no mundo natural, mas defende que há liberdade
e responsabilidade na esfera humana. Afirma também que um ato pode ser, em simultâneo, livre e determinado, ou
seja, defende que as nossas ações são livres, apesar de determinadas.
Assim, “livre” significa isento de coerção, o que não quer dizer que as ações sejam causadas (pelo passado, pelo
temperamento e até por fatores que não controlamos). Mesmo que as nossas ações sejam causadas, podemos sempre
agir de outro modo, o que significa que isto é o suficiente para sermos responsabilizados por uma ação.
O libertismo defende, de modo radical, o livre-arbítrio e a responsabilidade humana, considerando que o agente tem
poder de interferir no curso normal das coisas pela sua capacidade racional e deliberativa.