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A Xenofobia é um tipo de preconceito caracterizado pela aversão, hostilidade, repúdio ou

ódio aos estrangeiros, que pode estar fundamentado em diversos fatores históricos,
culturais, religiosos, dentre outros.

Trata-se de um problema social baseado na intolerância e/ou discriminação social, frente a


determinadas nacionalidades ou culturas.

Esse problema gera violência entre as nações do mundo, desde humilhação,


constrangimento e agressão física, moral e psicológica. Tudo isto, promovido,
principalmente, pela não aceitação das diferentes identidades culturais.

Em suma, a xenofobia é considerada um tipo de aversão irracional aos estrangeiros, o que


gera demasiada angústia e ansiedade nos pacientes. Nesses casos, o tratamento é feito por
meio de terapia comportamental.

Origem do Termo
Inicialmente, o termo “xenofobia” foi incorporado aos estudos da psicologia com o intuito
de nomear um transtorno psiquiátrico de pessoas que sofrem com o medo excessivo aos
estrangeiros.

Para o filósofo grego Sócrates (469 a.C-399 a.C.) o conceito de “estrangeiro” não existe:

“Não sou nem ateniense, nem grego, mas sim um cidadão do mundo”.

Sócrates define assim alguém que abdica de sua nacionalidade e pensa na humanidade
como um todo, não importando com a cultura, religião, costume, tradições, raça, etc.

Do grego, o termo "xenofobia" é formado por dois termos: “xénos” (estrangeiro, estranho
ou diferente) e “phóbos”, (medo), que corresponde literalmente, "o medo do diferente".

Etnocentrismo e Racismo
A xenofobia está relacionada com diversos tipos de conceitos que englobam a
discriminação, formada pelo sentimento de superioridade entre os seres humanos. Dessa
forma, o etnocentrismo e o racismo são dois conceitos associados a determinados tipos de
discriminações.

O etnocentrismo está pautado no pensamento de superioridade de uma cultura sobre a outra


(preconceito cultural). Já o racismo, designa um tipo de preconceito associado as raças,
etnias ou características físicas dos indivíduos (preconceito racial).

Veja também: Tipos de Preconceito


Xenofobia no Mundo
Na América, os Estados Unidos é considerado um dos países mais xenófobos, de forma que
dificulta a entrada de imigrantes no país, sobretudo, de mexicanos e dos latinos em geral.

Importante salientar que as migrações do século XXI, diferentemente do século anterior,


estão pautadas na busca de novas oportunidades em que o estrangeiro fixa-se no país de
destino.

Isso ocorre, em maior parte, nos países do hemisfério norte que recebem imigrantes vindos
do hemisfério sul em busca de trabalho e melhores condições de vida.

O imigrante pode ser coagido por diferentes atitudes hostis dos discriminadores, desde
desrespeito às suas crenças, hábitos, sotaques, aparência física, condições socioeconômicas,
etc.

Estudos recentes apontam que a Europa tem se destacado no tema da xenofobia, onde esta é
considerado crime e violação dos Direitos Humanos. Ocorrem ali ainda muitos casos de
discriminação, (mesmo entre os europeus), sendo alguns dos alvos de atos xenófobos os
imigrantes asiáticos, africanos e latinos.

Xenofobia na Europa
Estudos informam que os casos de Xenofobia na Europa têm aumentado consideravelmente
nos últimos anos. Muitos pesquisadores acreditam que a crise econômica, pelo qual muitos
países europeus estão passando, reflete diretamente no sentimento de rejeição e aversão ao
estrangeiro.

Assim, o excesso de estrangeiros, caracterizado pelos novos fluxos migratórios vindos de


diversos países, corroboram a busca por melhores oportunidades de estudos, trabalho,
moradia, etc.

Ao pensar no lado do residente, fica claro que a maior preocupação está no nacionalismo.
Alguns temem a perda de sua identidade nacional, como costumes e tradições.

Vale atentar para o holocausto, um dos acontecimentos de exterminação em massa de


judeus Alemanha Nazista, demostra o sentimento denominado “antissemitismo”, ou seja, o
ódio pela raça judia.

Veja também: Antissemitismo


Xenofobia no Brasil
O Brasil também não fica de fora quando o assunto é xenofobia, embora os brasileiros
demostrem curiosidade àquilo considerado diferente, ou seja, o que vem de fora.

Entretanto, se pensarmos que o País possui dimensões continentais, o sentimento de


superioridade ocorre entre as diversas regiões.

É possível, por exemplo, sulistas se considerarem superiores aos nordestinos, que


apresentam maior população negra, condições mais precárias de vida e acesso aos temas
básicos de saúde, cultura, educação.

Diante disso, podemos considerar o conceito de “bairrismo” que vai de encontro com o de
xenofobia, uma vez que representa o apego à sua cultura, discriminando, muitas vezes as
outras.
Xenofobia, ou medo de estranhos, é um termo amplo que pode ser aplicado ao medo e/ou à
aversão por pessoas ou hábitos estranhos ao país de origem do xenófobo. A palavra tem
origem na junção de dois vocábulos gregos: xénos (que significa “estranho”,
“desconhecido”, “estrangeiro”) e phóbos (“medo”). A xenofobia é um tipo de preconceito,
que se refere, em termos gerais, à discriminação contra estrangeiros.
A hostilidade e o repúdio contra indivíduos de outros países costuma ser uma reação ao
medo, provocada por ignorância sociocultural. Ela costuma envolver a crença de que existe
um conflito entre o grupo interno de um indivíduo e um grupo externo específico. No
sentido original, o termo xenofobia era utilizado na psicologia para descrever o medo
patológico do desconhecido (pessoas, situações, objetos etc.).

Com a intensificação dos fluxos migratórios e a interferência de grupos ao redor do mundo


que lutam pelos direitos humanos, o conceito evoluiu para descrever o preconceito contra
imigrantes, refugiados, estrangeiros e pessoas de culturas diferentes. Normalmente, a
xenofobia se associa a preconceitos de classe, raciais, étnicos e culturais, entre outros.

Tipos de xenofobia
Existem dois tipos principais de xenofobia:

Xenofobia cultural
Este tipo envolve a rejeição a objetos, tradições ou símbolos que estão associados a outro
grupo ou nacionalidade. Isso pode incluir idioma, roupas, música e outras tradições
associadas à cultura.

Xenofobia do imigrante

Este tipo envolve a rejeição de pessoas que o indivíduo xenófobo acredita não pertencer à
sociedade. Pode envolver a rejeição de pessoas de diferentes religiões ou nacionalidades e
pode levar à perseguição, hostilidade, violência e até ao genocídio.

História da xenofobia
A xenofobia tem desempenhado um papel significativo na formação da história humana por
milhares de anos. Os antigos gregos e romanos usavam suas crenças de que suas culturas
eram superiores para justificar a escravidão de outros. Diversos países em todo o mundo
têm uma história de atitudes xenófobas em relação a estrangeiros e imigrantes, por
motivações diversas.

Na contemporaneidade, são emblemáticos os casos de xenofobia na Europa, com o


crescimento do deslocamento de imigrantes, geralmente provocado por crises humanitárias,
guerras e falta de recursos naturais em seus países de origem.

Exemplos recentes nos Estados Unidos incluem discriminação contra pessoas de


ascendência do Oriente Médio (muitas vezes referida como “islamofobia”) e atitudes
xenófobas em relação a imigrantes mexicanos e latinos. Ao longo da história, muitos
eventos ficaram marcados como consequências nocivas da xenofobia para a humanidade,
como:

O Holocausto da Segunda Guerra Mundial


O internamento de nipo-americanos durante a Segunda Guerra Mundial
O genocídio de Ruanda
O genocídio Holodomor na Ucrânia
O genocídio cambojano
Racismo e xenofobia
A xenofobia frequentemente se sobrepõe a formas de preconceito, incluindo racismo e
homofobia, mas há distinções importantes. Enquanto racismo, homofobia e outras formas
de discriminação são baseadas em características específicas, a xenofobia geralmente está
enraizada na percepção de que os membros do grupo externo são estranhos à comunidade
interna.

O racismo tem uma gama um pouco mais ampla de significados do que a xenofobia,
incluindo “uma crença de que a raça é o principal fator determinante das características e
capacidades humanas e que as diferenças raciais produzem uma superioridade inerente a
uma raça específica” e “um sistema político ou social baseado no racismo”.
Dicas para combater a xenofobia
Se você luta contra os sentimentos de xenofobia, há coisas que você pode fazer para superar
essas atitudes.

Amplie suas experiências


Muitas pessoas que exibem xenofobia experimentam pouca exposição àqueles que são
diferentes delas. Viajar para diferentes partes do mundo, ou até mesmo passar um tempo
em uma cidade próxima, pode ajudar muito a enfrentar o problema.

Lute contra o medo e o preconceito


O medo do desconhecido é um dos medos mais poderosos de todos. Se você não foi
exposto a outras etnias, culturas e religiões, ganhar mais experiência pode ser útil para
vencer sua xenofobia. Se você notar alguma ação discriminatória por parte de outra pessoa,
manifeste-se. Diga o que pensa. A xenofobia pode ser combatida com o esforço conjunto de
toda a sociedade.

Se for preciso, procure ajuda


Se a sua xenofobia ou a de um ente querido é mais difundida, recorrente apesar da
exposição a uma ampla variedade de culturas, então um tratamento profissional pode ser
adequado. Escolha um terapeuta que tenha a mente aberta e esteja interessado em trabalhar
com você por um longo período de tempo.

O papel dos imigrantes para o meio ambiente


No debate sobre questões ambientais, os imigrantes são frequentemente responsabilizados
por agravar o problema, por exemplo, aumentando o congestionamento. De acordo com
uma pesquisa conduzida por estudiosos australianos, é importante quebrar esse circuito e
reconhecer a contribuição positiva dos migrantes para a proteção ambiental.

O estudo piloto qualitativo procurou fornecer uma imagem detalhada dos jovens imigrantes
australianos de primeira e segunda geração que se preocupam com o meio ambiente. A
pesquisa mostrou que as minorias étnicas estão frequentemente sub-representadas no
movimento ambientalista urbano.
Isso pode levar a sugestões de que os migrantes não cuidam ativamente do meio ambiente,
mas os resultados revelaram que imigrantes de primeira e segunda geração na Austrália
cuidam do meio ambiente de maneiras específicas, em grande parte com foco na frente
doméstica.

Os pesquisadores constataram que os imigrantes realizam de forma ativa e consciente


práticas de cuidado ambiental, principalmente no âmbito doméstico. Desde tenra idade, os
participantes da primeira e segunda geração continuaram a austeridade e a consciência do
desperdício herdadas de seus pais, com ações que incluem reciclagem e reaproveitamento
de itens de consumo, economia de água e energia, uso de hortas caseiras e compostagem
para compra e consumo ético.

Alguns migrantes de segunda geração disseram que seus pais eram “acidentalmente”
amigos do meio ambiente. Por exemplo, alguns pais que passaram por dificuldades
financeiras eram frugais com dinheiro e bens. Outros, com formação agrícola,
permaneceram ligados à terra por meio da jardinagem.

Alguns migrantes de segunda geração disseram que seus pais eram “acidentalmente”
amigos do ambiente. Por exemplo, alguns pais que passaram por dificuldades financeiras
eram frugais com dinheiro e bens. Outros, com formação agrícola, permaneceram ligados à
terra por meio da jardinagem.

Segundo os pesquisadores, os migrantes já estão altamente engajados em um


comportamento ambientalmente correto em casa. A próxima etapa é ajudá-los a se envolver
com as questões ambientais de forma mais ampla.
As descobertas sugerem que os migrantes estão interessados em encontrar novas maneiras
de proteger o meio ambiente. Para isso, o movimento verde deve ajudar os migrantes a
conseguir isso, tornando as iniciativas ambientais seguras, acolhedoras e acessíveis para
eles.
Xenofobia na africa de sul
Desta vez, aparece numa altura em que o jovem é desafiado por vários problemas, ao
mesmo tempo que o nosso distrito disponibiliza várias expectativas ao nível cultural bem
como do emprego, atendendo que o governo tem em manga muitos projectos e ainda este
ano será feita a conferencia distrital de investidores e agora decorrem negociações tendo já
sido confirmados alguns empreendimentos inéditos e de grande valor para a economia do
distrito e da província e que garantirão mais de três mil novos empregos de mão de obra
local. São noticia brilhantes para os jovens e criam mais confiança nos seus dirigentes, pois
os jovens são em tudo beneficiários privilegiados de todos resultados a serem desfrutados
dentro de dois anos segundo o timoneiro do distrito.

Para alem das lindas noticias, muitos jovens moçambicanos, e por assim dizer, de
Morrumbene estão afectados por uma calamidade “xenofobia” na Africa do sul. Este é um
comportamento não aceite em comunidades com uma longa história de convivência entre
os povos, de uma boa vizinhança e não agressão afirmados por Samora Machel nos
Acordos de Incomati nem pelos objectivos da fundação da extinta OUA. Curiosamente, a
OUA faria seu aniversário no mês de Maio e é neste mês que há uma instabilidade muito
séria em um dos países africanos afectando toda Africa, sua estima, economia e política.

Afinal, que será Xenofobia? Há muitas opiniões por ai, mas numa maneira de pensar mais
simples, pode se considerar que é uma aversão patológica pela pessoa que é diferente, pelo
outro, que geralmente nos assusta com sua diferença. É um transtorno psiquiátrico que gera
um medo excessivo, difícil de controlar pelo desconhecido, que podem ser objectos ou
pessoas. Este conceito também se estende, de forma polémica, a qualquer discriminação de
ordem racial, de grupo (em referência a grupos minoritários) ou cultural. Esta acepção
causa uma certa ausência de clareza, pois é assim confundida com preconceitos, e nem
todos eles são considerados fobias.

O repúdio a culturas diferentes geralmente traz em sua essência o ódio, a animosidade, o


preconceito, embora este possa provir também de outras raízes, como opiniões
preconcebidas sobre determinados grupos ou colectividades, por falta de informação sobre
eles; conflitos ideológicos que envolvem crenças em atrito, causados por um choque
conceitual; motivações políticas, económicas e outros tantos factores. É polémico, porém,
em alguns casos, definir se há preconceito ou xenofobia, e isso remonta de muito tempo na
História dos povos, basta reparar a situação do Hitler, os zulus, Boers, lutas tribais e mais.
A medida colonial chamada “Táctica de dividir para reinar” também está por detrás da
xenofobia, pois um individuo está sempre em desconfiança do outro seu semelhante. São
muitos anos de independência mas a ideia do “chefe”, “confiado”, “bem sucedido” deixou
marcas e corre ainda nas veias sanguíneas. Resultam neste acto chamado xenofobia.

Ora, é um acto condenável o drama que se vive na Africa do sul, um terror organizado
contra estrangeiros depois de tantos anos de convivência. Há registo de mortos,
desalojados, desfalque de bens, o que se resume numa tremenda violência que a não
encontrar resistência pacifica pode alastrar se num conflito generalizado, desde que em
muitos países africanos se encontrem sul-africanos e com muitas benfeitorias. Todavia, os
governos são chamados a tomarem uma atitude muito radical de repudio a este
comportamento e os jovens devem tomar mais uma vez a dianteira neste combate do mal
que emerge entre africanos, evitando participar neste tipo de conflitos e resistindo a
manipulação de pessoas mal intencionadas que pode querer utilizar a energia dos jovens
para destruir a sua integridade e seu espírito de unidade nacional, africana, etc. Os jovens
devem tomar uma atitude de sensibilização dos seus governos por forma a solicitar uma
repressão total e uma limpeza dos medos e receios que alguns povos têm de conviver com
outros.

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Os moçambicanos nunca tiveram razões para serem maltratados fora de Moçambique, basta
pensar que existem até estrangeiros que entraram como refugiados e foram acolhidos e
integrados no País, maior parte deles estão bem sucedidos e ninguém alguma vez teve
medo deles a ponto de repudiar a sua permanência em Moçambique. Há muitos
estrangeiros sul-africanos, alguns dos quais praticam até mesmo actos de descriminação de
cor ou raça dentro do Pais e ocupam as melhores partes, marginalizam moçambicanos,
privam instâncias e praias a favor de estrangeiros, impedem o uso de vias de acesso, e
muito mais, nós sempre sensibilizamos lhes pacificamente e convivemos com eles
cortesmente no nosso belo País. Mas, em oposição, os moçambicanos e outros que são
cruelmente tratados na Africa do Sul, vivem nas zonas menos atractivas e sem condições.

Há também que apelar os jovens moçambicanos, principalmente de Morrumbene para


analisar melhor as motivações da partida para uma aventura no estrangeiro, pois, alguns
órgãos de comunicação social nacionais, mostraram declarações dos serviços de migração
que davam conta de milhares de regressados que estavam na Africa do Sul sem nenhum
documento de identificação, isto é, seriam culpados antes de mais nada por violação de
fronteira e, seguramente na Africa do Sul viviam ilegalmente e nunca poderiam ser
empregados formais o que resultaria no crescimento de criminalidade descontrolada nos
locais de chegada. Apelo muito sério e fraterno é que jovens iguais aos outros e iguais a
mim, procurem manter se nas escolas e aproveitem os recursos de que o distrito dispõe para
desenvolve-lo, produzindo comida na machamba e no mar. O presidente da república
propõe sempre nas suas intervenções públicas o sentimento de auto estima, e o que alguns
jovens fazem tira esse valor de amor-próprio e auto estima. É verdade que o nosso Pais é
pobre mas não é de mendigos e existe Paz, condições suficientes para estar no País e
produzir comida até criar emprego.
É por isso que muitos empresários estrangeiros investem suas economias aqui porque têm
certeza das potencialidades existentes, desde mão-de-obra qualificada e dedica, terras
férteis, recursos para pesca e turismo e tantos outros. Porque sofrer em casa do padrasto se
o pai tem tudo e te dá tudo? Voltem irmãos e comportem se como filhos arrependidos, o
vosso país, vossos irmãos e famílias vos esperam. Aos prejudicados, que talvez sejam todos
que se encontravam lá. A esses todos vítimas, endereçamos palavras de conforto e
encorajamento. Há que ter muita força e determinação neste momento de tristeza e
lágrimas. As lágrimas moçambicanas sempre foram transformadas em coragem, força e
determinação para superar as crises e lutar por dias melhores. É esse espírito que
caracteriza o moçambicano e o povo de Inhambane, e tem que ser de verdade o espírito de
Morrumbene.

Notem que estamos todos envolvidos, de uma forma directa e indirectamente todo povo
moçambicano, basta olhar para o investimento que o governo fez e vai fazer no sentido de
minimizar os efeitos desta catástrofe. São viagens, tendas, comida, saúde, e muito mais. Por
isso, esperamos mesmo que as famílias façam um exame de consciência com seus irmãos
de forma a assumir um comportamento de maturidade e auto estima evitando
comportamentos errados como agressões as esposas, filhos, pais, vizinhos e amigos; o
roubo, a droga, a violência de que espécie, a prostituição e outros males que são contra o
bom-nome do Pais.

Xenofobia e racismo: há relação?


É importante reconhecer que, apesar de a xenofobia afetar a maior parte de grupos
migrantes, há uma questão de interseccionalidade presente: diferentes fatores devem ser
levados em consideração ao se analisar a xenofobia contra determinado grupo, não se
devendo considerar que todos os estrangeiros experenciam a xenofobia do mesmo modo em
uma região considerada xenófoba. Cada um sofre experiências diferentes, a depender de
sua origem geográfica, sua cultura, gênero, cor, etnia, classe social, entre outros fatores.
Um migrante europeu no Brasil, por exemplo, é recebido de modo diferente do que um
migrante africano. As diferenciações no tratamento estão diretamente atreladas ao racismo
presente no país.

Alguns teóricos inclusive falam em um “novo racismo”, que foca, em seu discurso, na
perda de identidade nacional e cultural que viria com o aumento da imigração. Ao exagerar
as diferenças culturais em relação a outros grupos étnicos e não citar diretamente as
diferenças genéticas, o discurso parece menos censurável moralmente, apesar de estar
centralmente pautado no preconceito de raça.
A xenofobia é um dos fenômenos mais comuns na história da humanidade, podendo-se
dizer que corresponde a um tipo de nacionalismo exagerado, que repele os que se
apresentam diferentes, podendo assumir diversos tipos de aversão.

A palavra xenofobia vem do grego e significa “medo do estrangeiro”, uma forma de


discriminação muito utilizada atualmente por causa do grande movimento imigratório que
está ocorrendo em todo o mundo, motivado por guerras, fome, perseguições políticas e
religiosas.

Essa discriminação não tem relação com o racismo, que não aceita determinadas etnias e
tem grande rejeição, inclusive, pela cor de pele. A xenofobia, apesar de não estar
diretamente relacionada a essa questão racial, sofre uma forte influência do racismo, visto
que, muitas vezes, apenas determinado grupo de imigrantes é hostilizado, enquanto outros
grupos podem não sofrer xenofobia por serem de determinados lugares.

Exemplos de xenofobia no mundo


Nas últimas três décadas, principalmente, a questão da xenofobia ganha destaque em
diversas áreas do espaço mundial.

Em um movimento aparentemente contrário ao que se poderia esperar, com o estágio cada


vez mais avançado do processo de globalização (o que, ao menos em teoria, representaria
uma possibilidade de maior conhecimento de outras culturas e, portanto, de maior
tolerância com o “outro”), o que se percebe é o recrudescimento da aversão ao estrangeiro,
potencializada pela relevante magnitude de movimentos migratórios em escala global.

Em vários países, principalmente na Europa, parcela significativa dos habitantes locais


sentiu-se ameaçada pela concorrência da mão de obra abundante e barata oferecida pelos
imigrantes, o que resultou na escalada de movimentos xenofóbicos.

Tal fato propiciou, em alguns países, o surgimento de grupos radicais, inclusive partidos
políticos que defendem bandeiras que propõem a exclusão dos imigrantes em seus
territórios e a instituição de leis mais rígidas para a entrada deles em seus países.

Com os ataques terroristas em 11 de setembro de 2001 nos EUA, povos muçulmanos


começaram a sofrer grande perseguição, principalmente na Europa e nos Estados Unidos,
como se fossem um perigo à segurança dos cidadãos, já que seriam fundamentalistas
antiocidentais.

Infelizmente, casos de violência contra imigrantes não são tão raros. Em países como a
Alemanha, grupos neonazistas (skinheads) evocam ideias ligadas à superioridade racial
para justificar agressões e até mortes de imigrantes. No caso alemão, imigrantes de origem
turca são os mais afetados pela xenofobia.

Podemos citar ainda questões xenofóbicas na Itália (afetando albaneses e africanos), França
(africanos das ex-colônias), República Tcheca e Hungria (ciganos), entre muitos outros
casos.

Embora a ideologia desses partidos seja bastante variável, em sua maioria eles pregam o
combate sistemático à imigração, seja para evitá-la ou para retirar, por exemplo, benefícios
sociais que sejam extensivos aos imigrantes.

Tais partidos vêm conseguindo aumentar sucessivamente seus resultados nas urnas. Em
2014, a Frente Nacional (França), o Partido da Independência (Reino Unido) e o Partido
Popular (Dinamarca) foram os mais votados em seus países. Vale lembrar que todos os
partidos citados elegeram representantes em seus países e para o Parlamento Europeu,
mostrando que importante parcela da população identifica-se com as ideias associadas à
xenofobia.

As causas do aumento da xenofobia


Falta de conhecimento histórico sobre outros povos e culturas, já que em muitos países o
ensino da história de outros lugares é muito superficial ou simplesmente não existe.
Um sentimento de superioridade em relação a outros povos, principalmente no que diz
respeito ao desenvolvimento econômico e à disponibilidade de tecnologia.
Medo da concorrência no mercado de trabalho, o que muitas vezes é um erro, pois muitos
deles trabalham em funções desprezadas por moradores locais, em entrega, lavagem de
carros, faxina etc.
A ideia de perder sua identidade cultural com a chegada de pessoas com culturas diversas.
Para muitos, a entrada daqueles com culturas diferentes dentro de seus país pode fazer que
a identidade cultural corrente seja deixada de lado pela adoção de novos hábitos e gostos
culturais.

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