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Universidade Federal de Pernambuco

Centro Acadêmico de Vitória-CAV


Professora: Keyla Marques
Disciplina: Bases sociais, filosóficas e antropológicas da saúde
Alunas: Ana Carolaine dos Santos Silva
Ana Elisa Vasconcelos Santos
Estefany Mendes de Araújo
Kássia Taylanne da Silva
Maísha da Silva Sales
Maria Geovana da Silva
Mariana Evellyn da Cruz Oliveira

ETNOCENTRISMO
O que é etnocentrismo?
O etnocentrismo é a visão preconceituosa e unilateralmente formada sobre outros povos,
culturas, religiões e etnias. Esse conceito refere-se, portanto, ao hábito de julgar inferior
uma cultura diferente da sua própria cultura, considerando absurdo tudo que dela deriva e
considerando a sua como a única correta. O extremo oposto do etnocentrismo é o
relativismo cultural, que tende a olhar com extrema noção de alteridade para as diferenças
e peculiaridades das outras culturas e reconhecê-las como sendo tão legítimas quanto a sua
própria.

Etnocentrismo e outras formas de preconceito.


O etnocentrismo também está relacionado a outras formas de preconceito que,
infelizmente, ainda estão enraizadas em nossa cultura. Podemos achar relações estreitas do
etnocentrismo com o racismo, a xenofobia e a intolerância religiosa.
A religião é um dos traços culturais de um povo, e, talvez, na relação policêntrica do
mundo globalizado, ela seja o ponto mais polêmico. Em suma, é notório que por uma
interpretação radical dos indivíduos, acaba gerando uma tendência ao preconceito religioso.
Nesse sentido, classifica-se como o etnocentrismo religioso, ou seja, uma intolerância
religiosa.
A antropologia é uma ciência que, apesar dos avanços e da importância social que tem
hoje, fundou-se sob pilares etnocentristas e racistas.
Nesse sentido, fundaram-se teorias etnocentristas e racistas, consideravam a cultura
europeia branca como superior e melhor. A questão racial apontava justamente os povos
negros como “inferiores” e os brancos como “superiores”.
Entre as formas de preconceito de origem etnocentrista, talvez a mais evidente seja a
xenofobia. A aversão aos estrangeiros dá-se de um modo a causar o estranhamento daquele
que veio de fora e é diferente justamente porque essa análise parte de alguém que vê o
outro com base em si mesmo.

Etnocentrismo e relativismo cultural.


O relativismo cultural é a maleabilidade para entender-se as peculiaridades de outras
culturas. Relativizar é desprender-se de uma rigidez para analisar questões e avalia-las a
cada caso.
O relativismo não pode ser um meio para defender todo tipo de barbárie. Porém, é
necessário para enfrentar-se o etnocentrismo.
O etnocentrismo e relativismo cultural são relações contrária. É necessário registar a
história da antropologia para entender essa relação. A antropologia foi se transformando
com estudos, como os do geógrafo e antropólogo judeu alemão Franz Boas, que passaram a
mudar a visão antropológica sobre os povos que habitavam outros continentes fora da
Europa. Enquanto as teorias preconceituosas dos primeiros antropólogos pautavam-se em
visões não científicas. Boas, ao conviver durante um tempo com povos que habitavam o
extremo norte do Canadá, na Ilha de Baffin, percebeu a riqueza cultural daquele povo e a
necessidade de entender-se a língua e a cultura de um povo para realmente compreendê-
lo.
É necessário entender que existem diferenças culturais entre os povos, mas quando essas
diferenças são usadas para diminuir, classificar e subjugar os outros, cai-se numa visão
etnocentrista.
A maior força de combate ao etnocentrismo e a qualquer tipo de preconceito é o
incentivo ao estudo e o investimento em educação.

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