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Lévi-Strauss
Introdução
"As diferenças culturais não podem ser explicadas em termos de raça, pois a
raça é uma construção social e não tem fundamento biológico. As diferenças
culturais resultam principalmente de fatores ambientais, históricos e sociais."
(BOAS, 2004, p. 33)
Fazendo então a refutação a ideia de raça como uma categoria fixa, Boas
argumenta e faz a defesa que as características físicas e mentais atribuídas a
grupos raciais são mais resultado de influências ambientais, históricas e sociais do
que de fatores biológicos, em nível pragmático para empanamento de tais
concepções, inclusive, realizou pesquisas entre povos indígenas na América do
Norte, como os esquimós e os nativos americanos, com o objetivo de documentar
sua diversidade cultural e refutar noções baseadas em raças superiores ou
inferiores.
"Não há, na realidade, qualquer razão para crer que a passagem de um tipo
de organização social para outro seja invariavelmente sinônimo de progresso"
(LÉVI-STRAUSS, 1993, p. 121).
Geertz faz argumentações ao fato de que cada cultura possui seu próprio
sistema simbólico e suas próprias formas de compreender o mundo, sendo então
que a cultura é um sistema de significados compartilhados e simbólicos, que molda
a experiência humana de maneira única, fazendo a compreensão da cultura deve
ser feita considerando o contexto específico de cada sociedade. Geertz vem a
destacar a importância de uma abordagem interpretativa da cultura, buscando
compreender os significados e valores que as pessoas atribuem às suas ações e
práticas culturais, há uma ênfase portanto que a cultura não é um fenômeno estático
ou determinado, mas um processo dinâmico e em constante mudança. Em Geertz:
"A cultura é um emaranhado de significados, um conjunto de mecanismos
para dar sentido à experiência" (GEERTZ, 2008, p. 94).