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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

FACULDADE ESTÁCIO DO AMAZONAS

RELATÓRIO: AULA PRÁTICA DE PARASITOLOGIA CLÍNICA

REALIZAÇÃO DE COPROCULTARA, COLORAÇÃO DE GRAM E


IDENTIFICAÇÃO EM LÂMINAS

ALUNO: JUNIEL ASSIS CRESPO NETO

PROFESSOR (A): THAIS CARNEIRO LACERDA

MANAUS-AM

2022
RESUMO

A coprocultura é um exame laboratorial que tem como objetivo identificar a


presença de microrganismos patogênicos ou não em fezes humanas ou de animais. Neste
exame é realizado a cultura de microrganismos a partir das amostras de fezes e então
espera-se que apareçam a formação de colônias ou não de certas bactérias ou fungos. Este
exame é solicitado pelo médico quando há a suspeita de infecções intestinais, diarreias
persistentes ou para monitorar a eficácia de um tratamento. Realizamos a pratica deste
método no laboratório de microbiologia da Faculdade Estácio do Amazonas onde
realizamos a confecção do meio de cultura e o método de semeadura por esgotamento,
após isso realizamos também a coloração das laminas por meio da técnica de Gram para
identificar a presença de bactérias nas fezes a partir da cultura. Como esperado
conseguimos identificar a presença de dois tipos de microrganismos, as bactérias gram
positivas e as bactérias gram negativas nas duas culturas que fizemos.

Palavras-chave: Coprocultura, Gram, parasitológico, microrganismos.


1. INTRODUÇÃO

A coprocultura é um exame laboratorial que tem como objetivo identificar a


presença de micro-organismos patogênicos ou não patogênicos nas fezes humanas ou
animais. Também é conhecido como exame microbiológico das fezes.

O procedimento envolve a coleta de uma amostra de fezes do paciente, que é


então enviada ao laboratório para análise. No laboratório, a amostra é cultivada em meios
de cultura específicos que permitem o crescimento e identificação dos micro-organismos
presentes. Após um período de incubação, os microbiologistas examinam as culturas para
identificar os microrganismos presentes e realizar testes de sensibilidade aos antibióticos,
quando necessário.

A coprocultura é um exame importante para auxiliar no diagnóstico de doenças


gastrointestinais e auxiliar no direcionamento do tratamento adequado. É importante
ressaltar que a interpretação dos resultados da coprocultura deve ser feita por um
profissional de saúde qualificado, como médico ou microbiologista, levando em
consideração o quadro clínico do paciente e outros exames complementares.

Além do método de coprocultura foi realizado a coloração de lâminas por meio


da técnica de Gram para a identificação dos tipos de bactérias presentes nas amostras de
fezes. Esta técnica é amplamente utilizada para diferenciar e classificar as bactérias em
dois grupos principais: As Gram-positivas e as Gram-negativas, desenvolvida pelo
bacteriologias Hans Christian Gram em 1884.

Após a cultura e a confecção das lâminas juntamente com a coloração de Gram


e então realizamos a identificação destes microrganismos com a utilização de
microscópios ópticos no laboratório de química da instituição.

2. MATERIAL E MÉTODOS

2.1 Modelo de estudo

Trata-se de um estudo observacional, a fim de investigar a presença de


microrganismos na cultura de fezes e aprender o método de coprocultura.
2.2 Amostragem

Foram utilizados 1 amostra de fezes para a realização da coprocultura, a amostra


foi obtida a partir de livre demanda onde uma das alunas da turma se disponibilizou em
levar.

2.3 Aspectos éticos

As amostras foram provenientes de alunos que se disponibilizam a oferecer para


a realização da aula prática e além disso as placas utilizadas na confecção das laminas
eram de origem de outra turma que já estavam com colônias crescidas e a viragem do
meio de cultura já havia sido notada

2.4 Coprocultura

Para a realização da coprocultura é realizado a coleta das fezes do paciente


seguindo as instruções afim de garantir uma amostra adequada. É realizada a
identificação do paciente. No laboratório a bancada foi preparada e devidamente limpa
para a realização da técnica, todo o processo foi realizado próximo a uma fonte de calor,
o bico de Bunsen, para impedir a contaminação e proporcionar uma área de segurança
para os alunos. Com o auxilio de uma alça de Henle e feito uma raspagem sutil de uma
fina camada da amostra de fezes e então pegamos a placa de petri já preparada com o
meio macconkey e então realizamos a semeadura pelo método de esgotamento e outra
placa realizamos a semeadura por meio do método de estria simples. Após isso as placas
devidamente semeadas foram levadas a estufa (Figura 1).
Figura 1. Realização de coprocultura

2.5 Coloração de Gram

O processo de coloração de Gram envolve vários passos e reagentes. Aqui está


uma descrição simplificada do procedimento:

Preparação da amostra: Uma pequena amostra da cultura bacteriana é transferida


para uma lâmina de vidro limpa e seca. A amostra é espalhada uniformemente na
superfície da lâmina para formar um esfregaço. Fixação: O esfregaço é fixado, geralmente
aquecido suavemente ou deixado secar ao ar, para fixar as bactérias na lâmina. Coloração
primária: O corante violeta de cristal é aplicado sobre o esfregaço fixado. O violeta de
cristal é um corante básico que se liga às estruturas internas das bactérias. Iodeto de
potássio: Em seguida, é aplicado o iodeto de potássio, que atua como um mordente. O
iodeto de potássio forma um complexo com o corante violeta, ajudando a fixá-lo nas
células bacterianas. Descoloração: A descoloração é um passo crítico no procedimento
de coloração de Gram. É usado um agente descolorante, como o álcool-acetona ou uma
mistura de álcool e acetona, para remover o excesso de corante das bactérias Gram-
negativas. As bactérias Gram-positivas retêm o corante violeta, enquanto as Gram-
negativas perdem a coloração. Coloração de contraste: Após a descoloração, é aplicado
um corante de contraste, como a Safranina ou fucsina básica, sobre o esfregaço. Esse
corante cora as bactérias Gram-negativas de rosa ou vermelho. Lavagem e secagem: Após
a coloração de contraste, a lâmina é lavada suavemente com água destilada para remover
o excesso de corante. A lâmina é então deixada secar ao ar antes de ser examinada ao
microscópio. Ao final do procedimento, as bactérias Gram-positivas aparecem com uma
coloração violeta ou azul, enquanto as Gram-negativas aparecem rosa ou vermelhas.

Figura 2. Corantes utilizados na Coloração de Gram

2.6 Análise Microscópica

A leitura das lâminas foi realizada por meio de microscópio óptico com lente de
40x e 100x com o auxílio de óleo de imersão.

3. RESULTADOS

3.1. Características da população em estudo

A partir da da leitura das laminas confeccionadas pelos alunos, realizamos a


leitura no microscópio e observamos a presença de várias bactérias. A placa em que a
cultura foi realizada com o método de semeadura simples por estria ocorreu a viragem do
meio de cultura, o meio MacConkey de aspecto vermelho mudou de cor para o um
marrom com aspecto amarelado, enquanto a cultura realizada com o método de picada
não ocasionou a viragem de cor, conforme a figura 3.
Figura 3. Placas de coprocultura utilizadas.

3.2 Leitura das lâminas parasitológicas

Quando observamos no microscópio as laminas foi observado uma grande


quantidade de bactérias Gram Positivas em ambas as placas, principalmente na placa onde
a semeadura foi por estria simples, com a viragem do meio. Além das Gram Positivas
também foi possível observar a presença de bactérias Gram Negativas, entretanto com
uma concentração bem menor conforme as figuras 4 e 5.

Figura 4. Lâmina da placa semeada por estria com virada do meio

Figura 5. Lâmina da placa semeada por picada sem viragem do meio


.
Conforme o observado também foi possível identificar a presença de Gram
Negativas. Não foi possível continuar a identificação dessas bactérias como os testes de
catalase e entre outros.

4. CONCLUSÃO

Ao término deste estudo, podemos concluir que:

• Foi possível observar a presença de bactérias Gram negativas e gram positivas


nas amostras provenientes da coprocultura

• Foi difundido como conhecimento aos alunos as técnicas de coprocultura e


coloração de Gram além disso a identificação de microrganismos, entretanto
não foi possível continuar com os testes de identificação

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