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FACULDADE ÚNICA DE IPATINGA

GRADUAÇÃO EM BIOMEDICINA

LETÍCIA COELHO DUARTE


LÍVIA FERNANDA DA SILVA VIEIRA

RELATÓRIO DA TÉCNICA DE COLORAÇÃO DE GRAM

IPATINGA
2018
1. INTRODUÇÃO

Coloração de Gram é uma técnica de coloração para diferenciação de


microrganismos através das cores, para serem observados em microscópio óptico.
Essa técnica é simples, rápida e tem capacidade de resolução, permitindo o correto
diagnóstico em cerca de 80% dos pacientes em caráter de pronto atendimento em
nível local. (1)

A coloração de Gram recebeu este nome em homenagem a seu descobridor,


o médico dinamarquês Hans Cristian Joaquim Gram. Em 1884, Gram observou que
as bactérias adquiriram cores diferentes, quando tratadas com diferentes corantes.
Isso permitiu classificá-las em dois grupos distintos: as que ficavam roxas, que foram
chamadas de Gram-positivas, e as que ficavam vermelhas, chamadas de Gram-
negativas. (1)

A coloração de Gram consiste em tratar bactérias sucessivamente com cristal


violeta, lugol, álcool-acetona e fucsina (ou safranina).

2. OBJETIVO

A aula prática teve como objetivo observar e diferenciar bactérias Gram-


positivas e Gram-negativas, de amostras de locais ou aparelhos específicos dos
próprios alunos, através da técnica de Coloração de Gram.

3. MATERIAIS UTILIZADOS
 Amostra da cultura sólida;

 Lâminas de vidro;

 Algodão para limpeza das lentes do microscópio;

 Pia com torneira;

 Bico de Bunsen;

 Álcool 70º;
 Solução de álcool-acetona;

 Papel toalha;

 Cristal Violeta;

 Lugol;

 Fucsina;

 Óleo para imersão;

 Microscópio óptico;

 Frasco com água;

 Alça de platina;

 Água estéril;

 Suporte para as lâminas.

4. METODOLOGIA
4.1. COLETA DA AMOSTRA

A primeira amostra foi coletada na aula prática do dia 24 de agosto de


2018, por meio de exposição. Com todos os procedimentos já relatados, a Placa de
Petri foi exposta dentro de uma mochila fechada, durante 15 a 20 minutos e depois
levada para a estufa.

Na última aula prática realizada no dia 11 de setembro de 2018, no


Laboratório de Microbiologia, notamos que no meio de cultura exposto, só havia
crescido fungos, o que não era necessário para realizar a Coloração de Gram.

Em decorrência disso, fomos orientadas pelo professor Luiz, a pegar uma


segunda amostra na bancada, já cultivada e que possivelmente os microrganismos
foram coletados na cantina da faculdade. Nessa amostra, havia crescido bactérias e
fungos, o que era o ideal para conseguirmos realizar a técnica de Coloração de
Gram.
4.2. ESFREGAÇO DE CULTURA BACTERIANA SÓLIDA

Os procedimentos do esfregaço consistem em flambar uma alça e deixa-la


esfriar perto da chama do bico de Bunsen antes de colocá-la na água; após a alça
de platina esfriar, se retira uma gota de água estéril e deposita sobre a lâmina;
flamba-se novamente a alça e deixa a mesma esfriar e então retira-se uma amostra
da cultura sólida; leva-se a amostra até a gota de água depositada sobre a lâmina, e
deixa-se homogêneo com movimentos circulares; passa-se a lâmina na chama do
bico de Bunsen, como se cortando a chama, repetindo este procedimento 3 vezes,
para que fixe o esfregaço.

4.3. COLORAÇÃO DE GRAM

A lâmina com o esfregaço deve ser colocada em um suporte dentro da pia;


primeiro deve-se cobrir a lâmina com o Cristal Violeta (Gram l) e deixa agir durante 1
minuto; lava-se a lâmina em um jato fraco de água corrente; cobre-se a lâmina com
Lugol (Gram ll) e deixa agir por 1 minuto e depois lava-se novamente a lâmina.

O Cristal Violeta e o Lugol formam um complexo chamado iodo-pararosanilina,


o qual confere coloração roxa para as bactérias Gram-positivas e Gram-negativas.

Seguindo com a coloração, com a lâmina lavada, cobre-se a mesma com a


solução de álcool-acetona (Gram III) e deixa agir durante 20 segundos.

Com a adição da solução de álcool-acetona, as bactérias Gram-negativas


liberam o complexo formado.

Por último, cobre-se a lâmina com Fucsina (Gram IV), deixa agir por mais 30
segundos e lava-se novamente a lâmina.

Após a coloração, a lâmina deve ser secada com papel toalha e levada para
o microscópio para ser observada com a objetiva de imersão.

4.4. VISUALIZAÇÃO NO MICROSCÓPIO ÓPTICO

A lâmina já preparada com o esfregaço e com a coloração realizada, é levada


ao microscópio para ser observada e chegar à conclusão de qual tipo de bactéria foi
retirada da amostra.
A lâmina primeiro foi observada sem o óleo de imersão, e não obtivemos o
foco necessário para observar a bactéria. Após colocar uma gota do óleo de
imersão, ainda tivemos dificuldades para visualizar já que o esfregaço não havia
sido fixado completamente, então com a ajuda do responsável do laboratório,
Warley, foi colocado mais uma gota do óleo, e por fim conseguimos visualizar com
precisão as bactérias.

5. RESULTADO E DISCUSSÃO

A amostra que foi coletada da cantina da faculdade, se tratava de uma


bactéria em forma de bacilos Gram-positivos, já que toda a coloração era da cor
roxa. Em toda a turma, o gênero especifico de bactérias que predominou, foi o
Staphylococcus, que tem seus representantes esféricos (cocos), agrupados em
forma de cachos e também são colorados Gram-positivos.

6. CONCLUSÃO

Todos os passos e procedimentos necessários para o método de Coloração


de Gram foram feitos, com auxilio e supervisão do professor Luiz e responsável pelo
laboratório, Warley. Os objetivos foram alcançados, pois todos conseguiram corar as
bactérias, observa-las e classifica-las.

7. REFERÊNCIAS
1. FERNANDES MARTINS, Cláudia Renata et al. Técnica de : Coloração de Gram. [2001?]. 67
p. Relatório (Ministério da Saúde)- Secretaria de Políticas de Saúde, Brasilia, 2001.
Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/115_03gram.pdf>. Acesso em: 14
set. 2018.

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