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Microbiologia – 11ºAno
INTRODUÇÃO
A coloração de Gram é uma técnica de coloração que permite, após exposição a diferentes
corantes e soluções, a diferenciação de espécies bacterianas com base na coloração que
apresentam, azul arroxeada ou vermelha.
A diferente coloração resulta das diferentes propriedades químicas e físicas das paredes celulares
bacterianas. Mais especificamente, nas bactérias Gram positivas, a parede celular é constituída
por uma espessa camada de peptidoglicano, enquanto que nas Gram negativas, a parede celular
é constituída por uma fina camada de peptidoglicano e por uma membrana fosfolipídica externa.
Gram-negativas
Gram-positivas
No final da experiência, as bactérias Gram positivas são visualizadas com a coloração azul
arroxeada devido ao facto de não serem descoloradas pelo álcool, uma vez que possuem uma
camada de peptidoglicano mais espessa. O álcool desidrata a parede celular destas bactérias,
havendo contração dos seus poros e tornando-as impermeáveis, retendo o complexo formado
entre o cristal violeta e o lugol.
As bactérias Gram negativas, que são visualizadas com a coloração vermelha já que o álcool é
responsável por dissolver a membrana de lipídios constituinte destas bactérias e, assim, remover
o complexo formado entre o cristal violeta e o lugol, descolorando essas bactérias, que são,
posteriormente, coradas pela safranina.
A técnica de Gram é utilizada na área da medicina, uma vez que é um método rápido, prático e
barato para uma identificação primária de bactérias responsáveis por infeções. Desta forma, é útil
para os médicos poderem indicar o antibiótico adequado para tratar uma infeção bacteriana que
possa estar a ocorrer, já que se conhecem características específicas destes grupos de bactérias
(Gram positivas e Gram negativas), nomeadamente da sua parede celular.
MATERIAL E REAGENTES
● Amostra bacteriana ● Solução de álcool/acetona
● Lâminas ● Pipeta de pasteur
● Lamelas ● Óleo de imersão
● Soluto de lugol ● Lamparina
● Cristal violeta ● Caneta de acetato
● Safranina ● MOC
● Água destilada
PROCEDIMENTO
1. Colocar a amostra bacteriana na lâmina, podendo ser acrescentada uma gota de água para
facilitar a homogeneização das colónias;
(Se necessário, realizar a técnica do esfregaço com a amostra bacteriana)
2. Deixar secar um pouco, podendo passar a lâmina rapidamente pela chama da lamparina,
para favorecer a secagem;
(No entanto é importante ter atenção à temperatura, já que se a temperatura for muito alta é
possível que haja alteração na estrutura da bactéria ou até levar à sua morte, o que pode
interferir no resultado da experiência)
3. Quando a lâmina estiver seca, colocar numa tina de coloração com o corante cristal violeta e
deixar atuar por cerca de 1 minuto;
4. Lavar a lâmina com um pouco de água destilada;
5. Colocar a lâmina numa tina de coloração com soluto de lugol e deixar atuar por 1 minuto;
6. Em seguida, lavar a lâmina com água destilada e aplicar a solução de álcool/acetona,
deixando atuar por 30 segundos;
7. Depois, lavar novamente com água destilada e cobrir a lâmina com o terceiro corante, a
safranina, e deixar atuar por 30 segundos;
8. Em seguida, lavar a lâmina com água destilada e deixar secar à temperatura ambiente;
9. Assim que a lâmina estiver seca, observar ao MOC, na objetiva de 100x, colocando uma gota
de óleo de imersão.
RESULTADOS
Cristal Violeta
Soluto de lugol
Solução de álcool/acetona
Safranina