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CENTRO UNIVRSITÁRIO AUTÔNOMO DO BRASIL – UNIBRASIL

CURSO DE GRADUAÇÃO DE BIOMEDICINA

MAYARA LEMOS
THAINARA NAINDORF

ANÁLISE BIOQUÍMICA DA URINA

Curitiba
2021
MAYARA LEMOS
THAINARA NAINDORF

ANÁLISE BIOQUÍMICA DA URINA

Relatório de aula pratica apresentado ao Curso de


Biomedicina do Centro Universitário Autônomo do
Brasil – Unibrasil.

Orientadora: Professora Michelle Zibetti Tadra Sfeir

Curitiba

2021
INTRODUÇÃO

A amostra de urina pode ser considerada como uma biopsia do trato urinário, obtida
sem a necessidade de procedimentos invasivo. A amostra tem que ser o primeiro jato
logo pelo amanhã, jato médio, após período inferior a 4 horas de permanência da urina
na bexiga. É recomendado que a coleta seja realizada após 8 horas de repousos, isto
é, antes da realização de atividades físicas e principalmente em jejum.

O exame de análise da urina serve para detectar várias substâncias que possam estar
presentes nela e indicar se há alguma doença ou alteração no sistema. No exame são
examinados componentes como pH, densidade, glicose, corpos cetônicos, proteínas,
entre outras.

A glicosuria, indica a presença de glicose na urina que pode ser um indicador de


diabetes ou alguma disfunção renal. A proteinúria indica a presença de proteínas que
pode, também, estar ligada a alguma disfunção nos rins, mas não são todos os casos
pois a fita usada para indicar a presença de proteínas é extremamente sensível a
albumina, que é encontrada na urina. E a indicação de corpos cetônicos que, também,
pode ter seu aparecimento por causa da diabetes.
OBEJETIVOS

Testar a urina para saber se há presença de proteína, glicose ou corpos cetônicos.


MATERIAIS E MÉTODOS

• 5 Becker de 100 mL
• 12 tubos de ensaio
• Pipeta graduada
• Pipeta de pasteur
• Banho-maria

REAGENTES:
• Reagente de Benedict
• Urina
• Glicose 1%
• Ácido nítrico
• Ácido sulfossalicílico 20%
• Reagente de Imbert
• H2O destilada

MÉTODOS:
Para esse experimento foram feitos 3 testes de análise da urina.
1) O primeiro teste foi a o teste de Benedict para analisar se havia presença de
glicose. Foram feitos 3 tubos de teste:
1A – com 5 mL do reagente de Benedict mais 5 gotas de H 2O destilada, posto para
ferver por 10 mintos;
1B – com 5 mL de reagente de Benedict mais 5 gotas de glicose e posto para ferver
por 10 minutos, após isso retirou e colocou mais 1 mL de glicose pois a quantidade
anterior colocada foi pouca para ter a reação desejada e colocado mais 10 minutos
para ferver;
1C – com 5 mL de reagente de Benedict mais 5 gotas de urina e colocado 10 minutos
para ferver.
2) O segundo teste, teste de Heller, foi feito para identificar a presença de
albumina com ácido nítrico como agente e o teste de sulfossalicílico para a
identificação da albumina, também. Foram feitos 6 6 tubos de teste:
2A – adicionou 3 mL de H2O destilada mais 2 mL de ácido nítrico;
2B – adicionou 3 mL de urina mais 2 mL de ácido nítrico
2C – adicionou 3 gotas de albumina mais 2 mL de ácido nítrico e completou a solução
adicionando 3 mL de água destilada;
2D – adicionou 5 mL de água mais 5 gotas de ácido sulfossalicílico;
2E – adicionou 5 mL de urina mais 5 gotas de ácido sulfossalicílico;
2F – adicionou 3 gotas de albumina mais 5 mL de água destilada e 5 gotas de ácido
sulfossalicílico;
3) O terceiro teste foi para identificar a presença de corpos cetônicos onde foram
feitos 3 tubos de ensaio:
3A – foram colocados 5 mL de H2O mais 1 mL do reagente Imbert:
3B – foram colocados 5 mL de urina mais 1 mL do reagente de Imbert:
3C – foram colocados 1 mL de acetona mais 1 mL do reagente de Imbert mais 4 mL
de H2O.
RESULTADOS E DISCUSSÃO

O reagente de Benedict usado no primeiro teste funciona na conversão de açucares


redutores ao ser aquecido que em meio alcalino reduzem os compostos férricos que
são precipitados como óxidos de ferro que tem a cor avermelhada. No tubo 1-A
contendo a presença somente de água o reagente mesmo após aquecido não
apresentou mudança de cor, ou seja, deu negativo para a presença de glicose. No
tubo 1B onde foi colocado a glicose após aquecido a cor da substância analisada
ficou vermelha. E no último tubo 1-C contendo a urina, após aquecer não houve
mudança de cor, resultando assim em um resultado negativo para a presença de
glicose na urina analisada.

No segundo teste para analisar a presença de proteína na urina foram feitos dois
tipos de testes. O teste de Heller consiste na desnaturação das proteínas por meio
do ácido nítrico, onde pode se observar um precipitado quando há a presença delas,
formando um alo branco. No tubo 2-A de teste, foi colocado somente a água e o
ácido e não observou nenhuma alteração. No tubo 2-B onde foi colocado a albumina
(proteína) após a adição do ácido nítrico pode se observar a precipitação da
proteína, mesmo que colocada em pouca quantidade, onde formou-se um alo
branco na superfície no líquido. No tubo 2-C onde tinha a presença de urina mesmo
após colocar o ácido não formou nenhum precipitado, sendo como no teste com
água, portanto não foi identificado a presença de proteína na urina analisada.

Ainda no segundo teste feito para analisar a presença de proteínas foi feito o teste
com ácido sulfossalicílico que tem como objetivo desnaturalizar a proteína,
apresentando uma aparência turva do líquido, evidenciando a proteína
desnaturalizada. No tubo 2-A onde foi colocado a água e o ácido sulfossalicilico não
teve nenhuma alteração, a água continuou transparente. No tubo 2-E onde foi
colocado a urina e o ácido, também não houve alteração. No tubo 2-F onde a água
continha albumina após colocar o ácido pode se perceber que o líquido ficou com
uma aparência turva, esbranquiçada. O que pode concluir que não continha proteína
na urina analisada.

O terceiro teste para analisar a presença de corpos cetônicos foi feito com o
reagente de Imbert que contêm nitroprussiato de sódio que reagem com a corpos
cetônicos adquirindo uma coloração formando um anel acima da substância
analisada. Esse teste não deu certo em nenhum dos tubos.

1) A presença de glicose na urina (glicosúria) é determinada por agentes redutores


não-específicos, como na reação de Benedict, ou com tiras com reagentes
específicos para a glicose. Os primeiros, além de menos sensíveis, produzem
reação falso-positivo em presença de vários açúcares, ácidos e alguns
medicamentos. Explique a reação de Benedict, identificando os agentes
responsáveis pelo processo de oxidação-redução.

2) Com o passar do tempo, além da eventual alteração de pH devido à fermentação


da urina, que outra alteração podemos esperar no tubo positivo para a reação de
Benedict?
3) A determinação do teor de glicose circulante (glicemia) é o elemento básico para o
diagnóstico de diabetes, não sendo fundamental a pesquisa de glicosúria, pois
resultados falsamente positivos ou negativos podem ser encontrados. Exemplifique
estas situações.
4) Concentrações elevadas de glicose na urina estão associadas a algumas condições
não necessariamente patológicas. Exemplifique situações fisiológicas em que
podemos encontrar glicosúria.
dietas ricas em glicose antes da coleta, uso de glicose parenteral, feocromocitoma, glicosúria
renal, pancreatite aguda, hipertireoidismo, acromegalia, síndrome de Cushing. Normalmente
glicosúria só é detectada quando a glicemia é superior a 160mg/dL. Falso-negativo pode
ocorrer no uso de ácido ascórbico.

5) Qual o papel do nitroprussiato de sódio, presente no reativo de Imbert, na


caracterização de corpos cetônicos na urina?
6) Em que condição a cetonúria pode estar presente mesmo que não seja detectada
pela análise da urina?
7) Presença de cetonúria em pacientes diabéticos indica descompensação metabólica
grave. Por outro lado, indivíduos normais após jejum prolongado também podem
apresentar cetonúria. Explique os mecanismos envolvidos nas duas situações.
8) O que representa o anel branco leitoso formado no tubo positivo para a reação de
Heller?
Representa a proteína desnaturada pelo ácido nítrico.

9) Explique o método sulfossalicílico para detecção de proteinúria (proteína na


urina).
10) Qual a importância clínica da detecção precoce de microalbuminúria (excreção
urinária de albumina entre 30 e 300mg/24h ou entre 20 e 200μg/min, na ausência de
infecção urinária ou doenças agudas) em pacientes diabéticos e ou hipertensos
CONCLUSÃO:

A prática foi essencial para aplicar todo o conhecimento em laboratório para


identificações de glicose, proteína e corpos cetônicos na urina.

Teste 1: Não foi encontrado glicose na urina, teste 2: Não teve sinal de proteína e nem
houve precipitação, teste 3 não deu certo por motivo que a acetona não estava
precipitada.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS:

WILLIAMSON, Mary A.; SNYDER, Michael L. Wallach | Interpretação de Exames Laboratoriais, 10ª
edição. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2015.

MUNDT, Lilian A.; SHANAHAN, Kristy. Exame de urina e de fluidos corporais de Graff. 2.ed. Porto
Alegre: Artmed, 2012.

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