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UNIVERSIDADE FEDERAL DO NORTE DO TOCANTINS

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS - CAMPUS ARAGUAÍNA


CURSO DE GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA
DISCIPLINA DE QUÍMICA GERAL

ANA BEATRIZ MONTEIRO


FERNANDA RODRIGUES SOARES
KAILANY VICTÓRIA SILVA DE CARVALHO
KEVIN SILVA PINHEIRO
LYLLIAN RIBEIRO MAIOR DE OLIVEIRA
MARCOS FELIPE LIANO RIBEIRO
MARCOS RIBEIRO BRAZ
MATEUS RIBEIRO BRAZ
NATHIELI RODRIGUES BARBOSA
VICTOR LOHAN CRUZ SANTOS

CARACTERIZAÇÃO DE CARBOIDRATOS

ARAGUAÍNA-TO
2023
ANA BEATRIZ MONTEIRO
FERNANDA RODRIGUES SOARES
KAILANY VICTÓRIA SILVA DE CARVALHO
KEVIN SILVA PINHEIRO
LYLLIAN RIBEIRO MAIOR DE OLIVEIRA
MARCOS FELIPE LIANO RIBEIRO
MARCOS RIBEIRO BRAZ
MATEUS RIBEIRO BRAZ
NATHIELI RODRIGUES BARBOSA
VICTOR LOHAN CRUZ SANTOS

CARACTERIZAÇÃO DE CARBOIDRATOS

Trabalho apresentado à disciplina de Bioquímica 1 (BQ-I)


como requisito parcial para obtenção de notas no 1° Período.
Sob orientação da docente Marilú Santos Sousa.

ARAGUAÍNA-TO
2023
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - – - - - - - - - - - - - 4
2. OBJETIVO- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -- - - - - - -4
3. MATERIAIS E MÉTODOS- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -5
3.1 Materiais- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -5
3.2. Metodologia laboratorial- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -6
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -7
5. CONCLUSÃO- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 10
6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 11

TABELAS

Tabela 1: Tubos de ensaio com suas soluções (experimento 1).- - - - - - - - - - - - - – - - - - 7


Tabela 2: Tubos e suas respectivas soluções (experimento 2).- - - - - - - - - - - - - - - - - - - – 8
Tabela 3:Tubos com soluções (experimento 3). - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 9

FIGURAS

Figura 1 :Resultados dos tubos no teste de Seliwanoff. - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -7


Figura 2: Resultados dos tubos no teste de Benedict.- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -8
Figura 3:Resultados dos tubos no teste de Lugol.- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -9
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1. INTRODUÇÃO

Para Nelson e Cox (2014, p. 243): “Carboidratos são poli-hidroxialdeídos ou


poli-hidroxicetonas, ou substâncias que geram esses compostos quando hidrolisadas.".
Os carboidratos apresentam diversas funções nos organismos vivos. Evidenciando-às: Função
energética: Função utilizada pela célula para produção de ATP, fornecendo, assim, energia
para a realização das atividades celulares. Função estrutural: Tendo caráter estrutural. Nesse
caso utiliza-se como exemplo a celulose que é o principal componente da parede celular dos
vegetais, e a quitina um carboidrato encontrado na exoesqueleto de artrópodes. Função de
reserva energética: Os carboidratos podem ser armazenados de diferentes formas. Nos
vegetais, a reserva é o amido; nos animais, o carboidrato de reserva é o glicogênio
(NELSON; COX, 2014).
O método de Benedict é uma técnica usada para identificar a presença de carboidratos
redutores, como glicose, frutose e maltose. Ele se baseia na reação desses açúcares com o
reagente de Benedict, que contém uma solução de íons de cobre (II) (cobre com um estado de
oxidação de +2). Os carboidratos redutores reagem com os íons de cobre (II), reduzindo-os a
cobre (I), resultando na formação de um precipitado de óxido de cobre (I) de cor variável,
dependendo da quantidade de açúcar presente. Essa reação permite uma caracterização
qualitativa e quantitativa dos carboidratos redutores ( BARREIROS, 2012).
O método de Seliwanoff, por outro lado, é usado para diferenciar entre açúcares com
cadeias carbônicas diferentes, como aldoses e cetoses. Ele é baseado na reação desses
açúcares com o reagente de Seliwanoff, que contém uma solução de ácido clorídrico
concentrado e resorcinol. O ácido clorídrico desidrata o açúcar, formando uma cetona. Em
seguida, a cetona reage com o resorcinol, formando um composto vermelho intenso. As
aldoses (carboidratos com grupos aldeídos) reagem mais lentamente do que as cetoses
(carboidratos com grupos cetona), resultando em diferentes intensidades de cor. Essa reação
permite a diferenciação qualitativa entre os dois tipos de açúcares (CUNHA et al., 2009).
Ambos os métodos, o de Benedict e o de Seliwanoff, são amplamente utilizados em
laboratórios para a caracterização e identificação de carboidratos com base em suas
propriedades químicas (CUNHA et al., 2009).

2. OBJETIVO

2.1 Identificar a presença de cetoses presentes nas soluções pela reação de Seliwanoff.
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2.2. Caracterizar a presença de açúcares redutores através da reação de Benedict em soluções


de carboidratos.
2.3. Identificar a presença do amido pela formação de complexos com iodo presentes no
reativo de lugol.

3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1. Utensílios e vidrarias:
- Banho Maria;
- 3 Balões volumétricos de 250 ml;
- 2 Balões volumétrico de 500 ml;
- 2 Béqueres de 100 ml;
- 1 Béquer de 140 ml;
- 3 Béqueres de 250 ml;
- 1 Espátula;
- 1 Estante para tubos de ensaio;
- Papel toalha;
- 3 Pêras de sucção;
- 2 Pincéis de quadro branco;
- 3 Pipetas graduada 10 ml;
- 3 Pipetas de Pasteur;
- Pisseta de plástico de 500 ml;
- 8 Tubos de ensaio de ± 25 ml.

Reagentes:
- Ácido clorídrico (HCl);
- Água destilada;
- Lugol;
- Reagente de Benedict;
- Reagente de Seliwanoff;
- Solução de amido;
- Solução de frutose 1%;
- Solução de glicose 1%;
- Solução de sacarose 1%.
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3.2 Metodologia laboratorial

Foram dispostos 8 tubos de ensaio com capacidade de 25mL em um suporte para tubos de
ensaio, estes foram separados em 3 fileiras, com 3, 3 e 2 tubos em cada fileira,
respectivamente, de acordo com a ordem dos experimentos a serem realizados (Reação de
Seliwanoff, Reação De Benedict e por fim, Teste do Lugol .
Os tubos da primeira fileira foram numerados de 1 a 3. Com o auxílio de uma pipeta de
pasteur, pipetou-se 1ml de glicose no tubo 1, 1 ml de frutose no tubo 2 e 1 ml de água
destilada no tubo 3. Em seguida, adicionou-se a todos os tubos de ensaio 1,5 ml de HCl e 0,5
ml de reativo de Seliwanoff. Posteriormente, todos os tubos foram agitados cuidadosamente,
sendo levados no momento seguinte para o banho-maria a 100° C até que a reação fosse
completada. Logo em seguida, os resultados foram registrados.
O segundo experimento foi realizado nos três tubos da segunda fileira, sendo os mesmos
identificados com a numeração de 1 a 3. Pipetou-se a cada um dos 3 tubos de ensaio, 5 ml do
reativo de Benedict. Em seguida foi acrescentado 5 ml de glicose ao tubo 1, 5 ml de sacarose
ao tubo 2 e 5 ml de água destilada no tubo 3. No momento seguinte os tubos foram agitados
até que houvesse a completa homogeneização. Em seguida, os mesmos foram levados para o
banho-maria a 100°C por cinco minutos. Após isto, foram observados e registrados.
O terceiro experimento foi realizado com os dois tubos restantes da terceira fileira, onde
os mesmos foram identificados com as letras C e S. No tubo de ensaio C colocou-se 1 ml de
solução de amido e no tubo S colocou-se 1 ml de água destilada. Posteriormente com o
auxílio de uma pipeta de pasteur foram adicionadas 5 gotas de lugol e observou-se os
resultados, registrando os mesmos em seguida.
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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 Reação de Seliwanoff (distinção entre aldoses e cetoses).


Tabela 1: Tubos de ensaio com suas soluções (experimento 1).

Tubos Solução Resultados

Tubo 1 Glicose Aldose

Tubo 2 Frutose Cetose

Tubo 3 Água Destilada Tubo Controle - Negativo

Fonte: Discente, 2023


Figura 1: Resultados dos tubos no teste de Seliwanoff.

Fonte: Discente, 2023.


O tubo 1 continha uma solução de glicose. A glicose faz parte da família das aldoses, pois o
grupo carbonil está na extremidade da cadeia. O tubo 2 continha uma solução de frutose. A
frutose faz parte da família das cetoses, pois a carbonila está em qualquer posição, menos nas
extremidades da cadeia (NELSON; COX, 2014).
Analisando os resultados apresentados na tabela 1 e na figura 1, é possível observar a
diferença entre aldoses e cetoses pela velocidade, intensidade de reação e diferença de
coloração. No tubo 1 o teste deu positivo e, após o aquecimento no banho maria, a solução
apresentou uma coloração alaranjada, bem clara. No tubo 2 o teste também apresentou um
resultado positivo. A solução deixou de ser incolor e passou a apresentar uma coloração mais
escura, mais intensa. Nesse teste, a reação das aldoses acontece de forma mais rápida e
intensa, já que as cetoses desidratam de forma mais rápida que as aldoses. As cetoses
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desidratam mais rápido pois elas já estão na forma furanosídica, o que facilita o processo. As
aldoses estão arranjadas na forma piranosídica e, para que desidratem, é necessário que estas
se rearranjem para a forma furanosídica, o que torna o processo mais lento (BARREIROS,
2012).
4.2 Reação de Benedict (identificação de açúcares redutores).
Tabela 2: Tubos e suas respectivas soluções (experimento 2).

Tubos Solução Resultados

Tubo 1 Glicose Positivo

Tubo 2 Sacarose Positivo

Tubo 3 Água destilada Tubo Controle

Fonte: Discentes, 2023.


Figura 2: Resultados dos tubos no teste de Benedict.

Fonte: Discentes, 2023.


A partir da análise dos resultados demonstrados na tabela 2, é possível confirmar a presença
de açúcares redutores nas amostras de glicose e sacarose (tubos 1 e 2, respectivamente), com
a aplicação do teste de Benedict. Isso se deve a ação dos açúcares redutores quando entram
em contato com o sulfato de cobre (CuSO4), formando o óxido cuproso (Cu2O), já que
açúcares redutores tendem a reagir com substâncias metálicas, sofrendo um processo de
oxidação (SILVA e QUEIROZ, 2021).
Antes do processo de oxidação, o reagente de Benedict possui coloração azulada, no
entanto, quando um carboidrato redutor é adicionado à substância, após o processo de
aquecimento, esta substância tomará uma tonalidade castanha ou poderá formar um
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precipitado semelhante. Em relação ao presente trabalho (Figura 2), foi possível observar
uma forte coloração castanho-avermelhado no tubo 1, além da formação de precipitado
similar no tubo 2 (OLIVEIRA et al., 2006).

4.3 Reação de Lugol ( Identificação de polissacarídeos).


Tabela 3: Tubos com soluções (experimento 3).

Tubos Solução Resultados

Tubo C Solução de amido Positivo

Tubo S Água destilada Negativo

Fonte: Discente, 2023.


No último experimento, foram adicionados 1 ml de amido no tubo C e 1 ml de água
destilada no tubo S. Após adicionar a solução na vidraria C e no S, foi acrescentado 5 gotas
de lugol em ambas e realizada a homogeneização.
Após um tempo homogeneizando o material contido no tubo C, foi possível observar
mudanças na coloração, isso se dá porque o lugol em contato com o amido (amilose), que são
glicoses ligadas por ligações α-1,4, ou seja, uma ligação linear, formam uma cadeia extensa
em forma de espiral e o iodo proveniente do lugol fica contido em sua estrutura, resultando
em uma mudança na coloração, no caso, uma coloração marrom escuro (Figura 3) (LEE,
2021).
Já no tubo S (controle), após a homogeneização do material ser feita, obteve-se sua
coloração típica, um marrom mais claro (figura 3), já que o lugol é solúvel em água, onde o
iodo fica livre na solução (MONTE, 2011).
Figura 3: Resultados dos tubos no teste de Lugol.

Fonte: Discente, 2023.


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4. CONCLUSÃO

No primeiro experimento, três substâncias incolores semelhantes foram diferenciadas


depois de acrescentar o reagente de seliwanoff e logo em seguida colocadas em banho maria.
Assim, pode ser diferenciada a glicose (aldose) da frutose (cetose) através da diferença de
coloração. Deste modo, o tubo 1 que possui glicose ficou com a cor dourada, demonstrando a
presença de aldose, enquanto o tubo 2 de frutose apresentou coloração marrom,
demonstrando a presença de cetose . O tubo 3 foi utilizado como controle.
No segundo experimento, houve erro no resultado em relação ao tubo 2, foi observado a
presença de um precipitado de coloração similar a coloração encontrada no tubo 1 contendo
solução de glicose, demonstrando uma contaminação da amostra, já que a sacarose não é um
açúcar redutor, considerando que ambos os carbonos anoméricos de seus monossacarídeos
estão ocupados, pois realizam ligação alfa-1,2 (NELSON; COX, 2014). Existem hipóteses do
que pode ter acarretado neste erro, como por exemplo a utilização de uma pipeta graduada
contaminada com solução de glicose, já que as pipetas foram lavadas entre as inserções em
cada solução; também deve ser considerada a presença de açúcares redutores na solução de
sacarose utilizada, o que pode afetar na pureza e resultados da amostra analisada.
Dessa forma, o tubo que obteve resultado positivo para açúcar redutor foi o tubo 1 contendo
glicose, já que quando aquecido, acontece a oxidação do açúcar com o reativo de Benedict,
logo, foi formado uma coloração forte de castanho-avermelhado, apresentando um
precipitado de mesma cor, já no tubo 2 foi observada a presença de precipitado e uma forte
coloração de castanho-avermelhado, já que ocorreu um erro no processamento do
experimento abortado.
No último experimento, observa-se a coloração do tubo C que resulta na cor marrom
escuro, isso pela ligação do iodo do reativo de lugol ligado a estrutura da amilose proveniente
do amido por ligação α 1-4, demonstrando a presença de carboidratos na amostra. O tubo S
foi utilizado como controle.
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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARREIROS, A. L. B. S. et al. CARBOIDRATOS EXPERIMENTAL. In: Química de


Biomoléculas. São Cristóvão: Universidade Federal de Sergipe: CESAD, 2012. cap. 2, p.
36-54. Disponível em:
https://cesad.ufs.br/ORBI/public/uploadCatalago/11250927032012Quimica_Biomoleculas_A
ula_02.pdf Acesso em 22/05/2023.

BERNARDES, C. F. Bioquímica Experimental. Campinas, 2018. [Apostila da Disciplina de


Bioquímica - Curso de Química - PUC-Campinas]. Disponível em:
https://web.archive.org/web/20210226060407id_/http://bioquimica.org.br/revista/ojs/index.p
hp/REB/article . Acesso em: 25/05/2023.

CUNHA, C. P. et al. Caracterização de carboidratos , [S. l.], p. 25-35, 9 mar. 2009.


Disponível em:
www.repositorio.ufma.br:8080/jspui/bitstream/1/445/1/Livro%20de%20Bioquimica%20Prati
ca.pdf Acesso em 25/05/2023.

NELSON, D. L., M. COX. Princípios de Bioquímica de Lehninger - 6° Ed. Porto Alegre:


Artmed, 2014. 1298 p. ISBN 978-85-8271-072-2.

OLIVEIRA, R. O. et al. Preparo e Emprego do Reagente de Benedict na Análise de


Açúcares: Uma Proposta para o Ensino de Química Orgânica. [S. l.]: QUÍMICA NOVA
NA ESCOLA, 2006. Disponível em:
https://cabecadepapel.com/sites/colecaoaiq2011/QNEsc23/a10.pdf. Acesso em: 20/05/2023.

SILVA, E. F., QUEIROZ. Y. AÇÚCARES REDUTORES PELA REAÇÃO DE


BENEDICT. Editora Realize, [s. l.], 2021. Disponível em:
https://editorarealize.com.br/editora/anais/conedu/2021/TRABALHO_EV150_MD4_SA116_
ID2384_28072021212142.pdf. Acesso em: 20/05/2023.
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