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FACULDADE DE TECNOLOGIA DE DIADEMA – LUIGI PAPAIZ

TECNOLOGIA EM COSMÉTICOS

LUCAS GOMES DA SILVA

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE CARBOIDRATOS

DIADEMA
2023
FACULDADE DE TECNOLOGIA DE DIADEMA – LUIGI PAPAIZ
TECNOLOGIA EM COSMÉTICOS

LUCAS GOMES DA SILVA

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE CARBOIDRATOS

Relatório da Aula Prática 3 de Bioquímica Aplicada


Prof.ª Rosilene Kinue Ito

DIADEMA
2023
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................... 4
2 OBJETIVO..........................................................................................................6
3 EQUIPAMENTOS, MATERIAIS E REAGENTES...............................................7
3.1 EQUIPAMENTOS............................................................................................7
3.2 MATERIAIS.....................................................................................................7
3.3 REAGENTES.................................................................................................. 7
4 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAL...............................................................8
4.1 TESTE LABORATORIAL – REAÇÃO DE MOLISH.........................................8
4.2 TESTE LABORATORIAL – REAÇÃO DE SELIWANOFF...............................9
4.3 TESTE LABORATORIAL – REAÇÃO DE BENEDICT....................................9
4.4 TESTE LABORATORIAL – REAÇÃO DE LUGOL..........................................10
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES.......................................................................10
5.1 RESULTADO TESTE LABORATORIAL – REAÇÃO DE MOLISH..................10
5.2 RESULTADO TESTE LABORATORIAL – REAÇÃO DE SELIWANOFF........11
5.3 RESULTADO TESTE LABORATORIAL – REAÇÃO DE BENEDICT.............13
5.4 RESULTADO TESTE LABORATORIAL – REAÇÃO DE LUGOL...................14
6 CONCLUSÃO.....................................................................................................15
7 QUESTIONÁRIO RESOLVIDO..........................................................................16
8 ESTRUTURAS QUÍMICAS................................................................................18
8.1 ESTRUTURA – TESTE DE MOLISH..............................................................18
8.2 ESTRUTURA – TESTE DE SELIWANOFF.....................................................19
8.3 ESTRUTURA – TESTE DE BENEDICT..........................................................20
8.4 ESTRUTURA – TESTE DE LUGOL................................................................21
8.5 DEMAIS ESTRUTURAS CITADAS DURANTE O RELATÓRIO.....................21
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................22
4

1 INTRODUÇÃO

Carboidratos são poli-hidroxialdeídos (cetoses) ou poli-hidroxicetonas (aldoses),


ou que possuem substâncias que geram estes compostos quando hidrolisadas, tendo
em geral a fórmula empírica (CH2O)n e sendo classificados em três principais classes:
monossacarídeos, dissacarídeos e polissacarídeos.
Monossacarídeos (açúcares simples) possuem apenas uma unidade de cetose e
aldose, sendo o mais comum a D-glicose, constituída de 6 carbonos. Enquanto os
dissacarídeos possuem duas unidades de monossacarídeos, sendo reconhecidos pelo
sufixo “-ose” e tendo como exemplo a sacarose (açúcar da cana), constituinte dos
açúcares D-glicose e D-frutose. Por fim, os polissacarídeos são polímeros de açúcar
que contém no mínimo 20 unidades de monossacarídeos, tendo como exemplo a
celulose (estruturados linearmente) e glicogênio (estruturas ramificadas), em que
ambos possuem unidades repetidas de D-Glicose, entretanto com ligações glicosídicas
diferenciadas. (Nelson; Cox, 2014).
O teste de Molish se baseia na desidratação de um carboidrato pelo ácido
sulfúrico concentrado, no qual é formado o furfural nas pentoses ou hidroximetilfurfural
(HMF) nas hexoses, o que gera resultado positivo para presença de carboidrato. Em
casos de polissacarídeos, oligossacarídeos e dissacarídeos, ocorre uma reação mais
lenta, pois é necessário que o ácido primeiramente hidrolise as ligações glicosídicas
dos carboidratos, para somente assim gerar o monossacarídeo e ocorrer a
desidratação, caso o teste seja positivo para a formação de furfural ou HMF. (Barreiros,
2021).
O teste de Seliwanoff visa diferenciar aldoses de cetoses quando submetidas a
adição de HCl concentrado, sendo estas transformadas em derivados de furfural e
posteriormente em fenol empregado no resorcinol por condensação, no qual geram um
subproduto de coloração vermelha. A reação de cetose é intensa e rápida, devido a
facilidade na formação do derivado de furfural, em comparação a de aldose que é mais
lenta e menos eficaz. A frutose reage positivamente no teste, assim como o mel, por
conter a substância. (Júnior, 2008).
O teste de Benedict está baseado na redução de Cu2+ para Cu+, isso devido
poder oxirredutor das carbonilas ao estar em solução alcalina. O Cu + (íon cuproso)
5

produz Cu2O (composto de coloração vermelha). Todos os monossacarídeos sofrem


reações e apresentam reações positivas, como exemplo, glicose, frutose e o mel de
abelha, no qual este teste identifica os açúcares que sofreram redução. Já os
dissacarídeos somente sofrem reação e geram resultados positivos, se houver a
presença de uma extremidade redutora, logo a sacarose pode reagir se sofrer hidrólise
previamente. (Júnior, 2008).
O teste de Lugol (combinação de Iodo Metaloide e Iodeto de Potássio) serve
para determinar, através da coloração, a presença de polissacarídeos, em que o Iodo
interage com os polissacarídeos, que são a ramificação e comprimento da cadeira
sacarídea. Esta coloração ocorre em razão do aprisionamento do Iodo no interior da
cadeia de amilose do amido. As moléculas de Iodo quando estão na presença de amido
e de íons Iodeto (I-), as moléculas de iodo formam cadeias de I6, que se alocam no
centro da hélice formada pela amilose contida no amido. A formação deste complexo
amilose-I6 é responsável pela coloração azul intensa, e quanto maior for ramificação da
cadeia polissacarídica, menos intensa será a coloração observada, devido ao fato de
que menor será a interação entre o Iodo e a cadeia. Já os complexos iodo-glicogênio
(iodo-dextrina) apresentam coloração avermelhada menos intensa do que a azul,
quando compara com o complexo iodo-amido. (Júnior, 2008).
6

2 OBJETIVO

Identificar se as substâncias empregadas durante os experimentos são ou não


carboidratos, assim como diferenciar entre aldoses e cetoses, tal qual distinguir entre os
açúcares redutores e não-redutores. Também diferenciar entre os monossacarídeos e
polissacarídeos, caracterizando o amido, pela coloração apresentada, do mesmo modo
que todos os outros experimentos.
7

3 EQUIPAMENTOS, MATERIAIS E REAGENTES

Abaixo serão apresentados os subsídios para a realização durante o ensaio


experimental.

3.1 EQUIPAMENTOS

Os equipamentos usados foram:

 Capela de Exaustão de Gases;


 Banho-Maria.

3.2 MATERIAIS

Os materiais utilizados foram:

 Estante para tubos de ensaio;


 Tubos de ensaio de vidro;
 Pinça para Tubo de ensaio de madeira;
 Pipetas Pasteur descartável 3mL;
 Pêra de sucção;
 Pipetas graduadas de 10mL;
 Cronômetro.

3.3 REAGENTES

Os reagentes empregados foram:

1. Ácido Clorídrico (HCl) 37% P.A.


2. Ácido Sulfúrico (H2SO4) P.A.
3. Água deionizada;
4. Reativo de Benedict;
5. Reativo de Seliwanoff;
6. Solução de Alfa-Naftol;
8

7. Solução de Amido;
8. Solução de Frutose;
9. Solução de Glicose;
10. Solução de Lugol;
11. Solução de Sacarose.

4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
A seguir serão descritos os ensaios realizados no teste a fim de averiguar as
interações entre os reagentes.

4.1 TESTE LABORATORIAL – REAÇÃO DE MOLISH

Utilizando-se de pipetas Pasteur adicionou-se em no tubo de ensaio (T1–E1)


2mL de Glicose e 5 gotas de solução de alfa-naftol, homogeneizou-se os reagentes no
tubo e observou-se os fenômenos na sequência. Em seguida, com o tubo inclinado,
adicionou-se por meio de uma pipeta graduada 2mL de H2SO4 P.A. (dentro da capela
de exaustão), de modo que o ácido escorresse pelas paredes internas do tubo.
Reservou-o sem homogeneizá-lo.
Em outro tudo de ensaio (T2–E1) acrescentou-se por meio da pipeta Pasteur
2mL de Frutose e 5 gotas de solução de alfa-naftol, agitou-se os reagentes no tubo e
presenciou-se os acontecimentos na sequência. Em seguida, com o tubo inclinado,
adicionou-se por meio de uma pipeta graduada 2mL de H2SO4 P.A. (dentro da capela
de exaustão), de modo que o ácido escorresse pelas paredes internas do tubo.
Reservou-o sem agitá-lo.
Por fim, no tubo de ensaio (T3–E1) inseriu-se, mediante uma pipeta Pasteur,
2mL de Água deionizada e 5 gotas de solução de alfa-naftol, agitou-se os reagentes no
tubo e analisou-se os fenômenos na sequência. Em seguida, com o tubo inclinado,
adicionou-se por meio de uma pipeta graduada 2mL de H2SO4 P.A. (dentro da capela
de exaustão), de modo que o ácido escorresse pelas paredes internas do tubo.
Reservou-o sem agitá-lo.
9

4.2 TESTE LABORATORIAL – REAÇÃO DE SELIWANOFF

Por meio de pipetas Pasteur adicionou-se em no tubo de ensaio (T1–E2) 1mL de


Glicose e por meio de uma pipeta graduada 1,5mL de HCl 37% P.A. (dentro da capela
de exaustão), sem homogeneizar. Sequencialmente, fora da capela, adicionou-se
0,5mL de reativo de Seliwanoff, de dentro do tubo, seguido de homogeneização e
inserção do tubo no banho-maria ambientado em 90.5ºC, aguardando-se até a
finalização da reação. Retirou-se os tubos mediante ao uso da pinça de madeira.
Em outro tudo de ensaio (T2–E2) acrescentou-se por meio da pipeta Pasteur
1mL de Frutose e por meio de uma pipeta graduada 1,5mL de HCl 37% P.A. (dentro da
capela de exaustão), sem homogeneizar. Na sequência, fora da capela, inseriu-se
0,5mL de reativo de Seliwanoff, de dentro do tubo, seguido de agitação e inserção do
tubo no banho-maria ambientado em 90.5ºC, aguardando-se até a completa reação.
Retirou-se os tubos mediante ao uso da pinça de madeira.
Por último, no tubo de ensaio (T3–E2) inseriu-se, mediante uma pipeta Pasteur,
1mL de Água deionizada e por meio de uma pipeta graduada 1,5mL de HCl 37% P.A.
(dentro da capela de exaustão), sem homogeneizar. Subsequentemente, fora da
capela, inseriu-se 0,5mL de reativo de Seliwanoff, de dentro do tubo, seguido de
agitação e inserção do tubo no banho-maria ambientado em 90.5ºC, aguardando-se até
a completa reação. Retirou-se os tubos mediante ao uso da pinça de madeira.

4.3 TESTE LABORATORIAL – REAÇÃO DE BENEDICT

Por meio de pipetas Pasteur adicionou-se em no tubo de ensaio (T1–E3) 5mL do


reativo de Benedict e 5mL de Glicose, seguido de homogeneização completa e
inserção do tubo no banho-maria ambientado em 90.5ºC, durante 5 minutos,
observando-se constantemente a reação e retirou-se o tubo mediante ao uso da pinça
de madeira.
Em outro tudo de ensaio (T2–E3) acrescentou-se por meio da pipeta Pasteur
5mL de do reativo de Benedict e 5mL de Sacarose, homogeneizando-os. Na sequência,
10

inseriu-se o tubo no banho-maria ambientado em 90.5ºC, observou-se a reação durante


5 minutos e retirou-se o tubo mediante ao uso da pinça de madeira.
Por fim, no tubo de ensaio (T3–E3) inseriu-se, mediante uma pipeta Pasteur,
5mL do reativo de Benedict e 5mL de Água, homogeneizando-os. Na sequência,
inseriu-se o tubo no banho-maria ambientado em 90.5ºC, observou-se a reação durante
5 minutos e retirou-se o tubo mediante ao uso da pinça de madeira. Este ensaio do T3-
E3 serviu como controle negativo da reação.

4.4 TESTE LABORATORIAL – REAÇÃO DE LUGOL

Utilizando-se de pipetas Pasteur adicionou-se em no tubo de ensaio (T1–E4)


1mL de Amido de milho e 5 gotas de solução de Lugol, homogeneizou-se os reagentes
no tubo e observou-se os fenômenos na sequência.
Em outro tudo de ensaio (T2–E4) acrescentou-se por meio da pipeta Pasteur
1mL de Água deionizada e 5 gotas de solução de Lugol, agitou-se os reagentes no tubo
e presenciou-se os acontecimentos na sequência. Este ensaio do T2-E4 serviu como
controle negativo da reação.
Por fim, no tubo de ensaio (T3–E4) inseriu-se, mediante uma pipeta Pasteur,
1mL de Água deionizada e 5 gotas de Lugol, agitou-se os reagentes no tubo e analisou-
se os fenômenos na sequência.

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

5.1 RESULTADO TESTE LABORATORIAL – REAÇÃO DE MOLISH

Ao adicionar à solução de alfa-naftol e H2SO4 concentrado no tubo de ensaio


(T1–E1) com a Glicose, observou-se a formação de várias fases não homogêneas, em
que inicialmente formou-se um anel roxo, e posteriormente formou-se várias fases
imiscíveis, conforme a Imagem 1, resultando positivamente para a formação de
monossacarídeo.
11

Ao adicionar à solução de alfa-naftol e H2SO4 concentrado no tubo de ensaio


(T2–E1) com a Frutose, observou-se a formação de várias fases não homogêneas, em
que inicialmente formou-se um anel roxo, e posteriormente formou-se várias fases
imiscíveis, conforme a Imagem 1, resultando positivamente para a formação de
monossacarídeo.
Ao adicionar à solução de alfa-naftol e H2SO4 concentrado no tubo de ensaio
(T3–E1) com a água deionizada, observou-se a formação de duas fases não
homogêneas, resultando negativamente para a formação de monossacarídeo,
conforme a Imagem 1, pois a água era um contraprova para o experimento.

T1 T2 T3

Imagem 1: Teste de Molish

RESULTADOS COMPILADOS – TESTE DE MOLISH


PRESENÇA DE
TUBOS DE
Substância CARBOIDRATOS Observações
ENSAIO
Positivo Negativo
Formação de várias camadas e
Glicose
T1-E1 SIM - de um produto de cor púrpura
(C6H12O6)
(anel roxo) na interface destas.
Formação de várias camadas,
Frutose além de um produto de cor
T2-E1 SIM -
(C6H12O6) púrpura (anel roxo) na interface
destas e precipitado.
Água
Formação bifásica, com ausência
T3-E1 Deionizada - SIM
de anel roxo na interface destas.
(H2O)

5.2 RESULTADO TESTE LABORATORIAL – REAÇÃO DE SELIWANOFF


12

Ao adicionar à solução de HCl concentrado e reativo de Seliwanoff no tubo de


ensaio (T1–E2) com a Glicose, e submeter ao aquecimento do meio, observou-se a
formação de uma fase homogênea (miscível), de coloração vermelha (com nuance
alaranjada) translúcida, conforme a Imagem 2, resultando positivamente para a
formação de cetoses.
Ao adicionar à solução de HCl concentrado e reativo de Seliwanoff no tubo de
ensaio (T2–E2) com a Frutose, e submeter ao aquecimento do meio, observou-se a
formação de uma fase homogênea (miscível), de coloração vermelha escura (marrom)
e opaca, conforme a Imagem 2, resultando positivamente para a formação de cetoses.
Ao adicionar à solução de HCl concentrado e reativo de Seliwanoff no tubo de
ensaio (T3–E2) com a água deionizada, e submeter ao aquecimento do meio,
observou-se a formação de uma fase homogênea (miscível), de coloração levemente
amarelada translúcida, conforme a Imagem 2, resultando negativamente para a
formação de cetoses, pois a água era um contraprova para o experimento.
T1 T2 T3

Imagem 2: Teste de Seliwanoff


13
14

RESULTADOS COMPILADOS – TESTE DE SELIWANOFF


PRESENÇA DE
TUBOS DE
Substância CARBOIDRATOS Observações
ENSAIO
Positivo Negativo
Glicose Coloração vermelha (alaranjada)
T1-E2 SIM -
(C6H12O6) e translúcida.
Frutose Coloração vermelha escura
T2-E2 SIM -
(C6H12O6) (marrom) e opaca.
Água
Coloração levemente amarelada
T3-E2 Deionizada - SIM
e translúcida.
(H2O)

5.3 RESULTADO TESTE LABORATORIAL – REAÇÃO DE BENEDICT

Ao adicionar à solução de reativo de Benedict no tubo de ensaio (T1–E3) com a


Glicose, e submeter ao aquecimento do meio, observou-se a formação de uma fase
homogênea (miscível), de coloração vermelha escuro (com nuance marrom) e opaco,
conforme a Imagem 3, resultando positivamente para a formação de açúcares que
sofreram redução.
Ao adicionar à solução de reativo de Benedict no tubo de ensaio (T2–E3) com a
Sacarose, e submeter ao aquecimento do meio, observou-se a formação de uma fase
homogênea (miscível), de coloração azul escuro e opaco com precipitado avermelhado,
conforme a Imagem 3, resultando positivamente, mas com pouca presença, na
formação de açúcares que sofreram redução.
Ao adicionar à solução de reativo de Benedict no tubo de ensaio (T3–E3) com a
água deionizada, e submeter ao aquecimento do meio, observou-se a formação de uma
fase homogênea (miscível), de coloração azul clara (da cor do reativo de
Benedict)002C conforme a Imagem 3, resultando negativamente para a formação de
açúcares redutores, pois a água era um contraprova para o experimento.
15

T3 T2 T1

Imagem 3: Teste de Benedict

RESULTADOS COMPILADOS – TESTE DE BENEDICT


PRESENÇA DE
TUBOS DE
Substância CARBOIDRATOS Observações
ENSAIO
Positivo Negativo
Glicose Coloração vermelha escura
T1-E3 SIM -
(C6H12O6) (marrom) e opaca.
Pouca presença de carboidratos.
Sacarose
T2-E3 SIM - Coloração azul escuro e opaco
(C12H22O11)
com precipitado avermelhado.
Água
Coloração azul clara e
T3-E3 Deionizada - SIM
translúcida.
(H2O)

5.4 RESULTADO TESTE LABORATORIAL – REAÇÃO DE LUGOL

Ao adicionar à solução de Lugol no tubo de ensaio (T1–E4) com o Amido,


observou-se a formação de uma fase homogênea (miscível), de coloração azul escuro
e opaco, conforme a Imagem 4, resultando positivamente para a presença de
polissacarídeo.
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Ao adicionar à solução de Lugol no tubo de ensaio (T2–E4) com a água


deionizada, observou-se a formação de uma fase homogênea (miscível), de coloração
amarelo-alaranjado, conforme a Imagem 4, resultando negativamente para a formação
de polissacarídeos, pois a água era um contraprova para o experimento.
Ao adicionar à solução de Lugol no tubo de ensaio (T3–E4) com a Sacarose,
observou-se a formação de uma fase homogênea (miscível), de coloração amarelo-
alaranjado, conforme a Imagem 4, resultando negativamente para a presença de
polissacarídeo.

T1 T2 T3

Imagem 4: Teste de Lugol

RESULTADOS COMPILADOS – TESTE DE LUGOL


PRESENÇA DE
TUBOS DE
Substância CARBOIDRATOS Observações
ENSAIO
Positivo Negativo
Amido
T1-E4 SIM - Coloração azul escuro e opaco
(C6H10O5)n
Água
T2-E4 Deionizada - SIM Coloração amarelo-alaranjado
(H2O)
Sacarose
T3-E4 - SIM Coloração amarelo-alaranjado
(C12H22O11)

6 CONCLUSÃO

Após finalizar os experimentos de Molish, Seliwanoff, Benedict e Lugol, pode-se


concluir que os testes obtiveram o resultado esperado para as identificações e
caracterizações dos carboidratos, em que mediante ao teste de Molish obteve-se como
a presença de uma interface da reação (anel roxo) tanto na glicose quanto na frutose.
17

No teste de Seliwanoff permitiu-se identificar a formação de cetoses nos carboidratos


testados (glicose e frutose), através da coloração vermelho escuro (marrom) observada.
No teste de Benedict constatou-se a presença de carboidratos, mediante a
coloração avermelhada (marrom), sendo mais acentuado com a solução de glicose, e
menos marcante com a de sacarose, no qual essa apresentou coloração azul escuro,
opaco e com precipitado avermelhado, indicado ambos a formação de açúcares
redutores. Por fim, no teste de reação com Lugol permitiu-se identificar a substância
contendo polissacarídeo, devido a coloração azul escura que se formou após adição do
iodo.

7 QUESTIONÁRIO RESOLVIDO

7.1 COM UMA SOLUÇÃO DE LACTOSE, QUAL SERIA O RESULTADO DA REAÇÃO


DE MOLISH? JUSTIFIQUE.
Visto que a lactose é um carboidrato e sendo um dissacarídeo, pela reação de
Molish forneceria um resultado positivo para a identificação desta substância, porém
como é um dissacarídeo, logo a reação seria mais lenta, mesmo com a adição do
H2SO4, pelo fato de que o ácido primeiramente precisaria hidrolisar as ligações
glicosídicas da lactose, para que assim gerasse o monossacarídeo e ocorresse a
desidratação, contemplando em um resultado positivo para a formação de furfural ou
HMF. Este teste poderia ocorrer falha caso não ocorra a hidrólise, assim como também
falha para tetroses e trioses, pois estas não formam furfural por desidratação.
18

7.2 SE TESTAR MEL DE ABELHA NA REAÇÃO DE SELIWANOFF, QUAL SERIA O


RESULTADO? JUSTIFIQUE.
Segundo Arauco, como o mel é uma mistura de sacarose (1,3%), glicose (31%),
frutose (38%) e outros açúcares, o resultado seria positivo para a formação de cetoses,
indicando uma coloração mais clara para a sacarose, pois precisaria sofrer hidrólise
previamente (liberando frutose), para que assim gerasse um indicativo positivo na
reação. Para a glicose, formaria uma solução homogênea vermelha mais clara
(translúcida) e para a frutose geraria uma coloração vermelha escura.

7.3 EXPLIQUE O QUE SÃO AÇÚCARES REDUTORES E PORQUE A REAÇÃO


SERIA POSITIVA PARA MALTOSE E NEGATIVA PARA SACAROSE.
Açúcares redutores são monossacarídeos e alguns dissacarídeos, como a
maltose e a lactose, por serem capazes de se oxidarem na presença de alguns agentes
oxidantes em soluções alcalinas. A reação seria positiva para a maltose, pois esse
dissacarídeo é formado pela junção de glicoses, o que indicaria em uma solução
homogênea avermelhada e translúcida. E seria negativa para a sacarose, pois para
esse caso precisaria sofrer previamente uma hidrólise, ocorrendo a presença de uma
extremidade redutora, ou seja, sem essa redução o resultado não seria positivo.

7.4 AMIDO E CELULOSE SÃO CARBOIDRATOS POLISSACARÍDEOS, APONTE


SEMELHANÇA E DIFERENÇA ENTRE ELES.
Amido Celulose
1. Constituído por unidades repetidas de 1. Constituído por unidades repetidas de
D-glicose; D-glicose;
Semelhanças 2. Estrutura linear; 2. Estrutura linear;
3. Insolúvel em H2O. 3. Insolúvel em H2O.
1. Não possui enzimas para hidrólise, em
que somente os animais produzem
1. Possui enzimas para hidrólise, enzimas a partir da celulose;
denominadas amilases;
2. Componente da parede celular dos
2. Principal reservatório de energia das vegetais, que promove rigidez e permite
plantas; resistência às plantas em habitats a que
Diferenças 3. Subunidades estão ligadas por pontes
estão expostas, por ser uma substância
fibrosa;
de acetal α (resíduos de glicose) - α (1-4)
e α (1-6); 3. Estrutura obtida por meio da união de
moléculas β-glicose (uma hexosana) e de
4. Difere no tipo de ligação glicosídica.
ligações β-1,4-glicosídicas (resíduos de
glicose);
4. Difere no tipo de ligação glicosídica.
19

8 ESTRUTURAS QUÍMICAS

8.1 ESTRUTURA – TESTE DE MOLISH


20

Mecanismo da reação de Molish, segundo Barreiros (2021).

8.2 ESTRUTURA – TESTE DE SELIWANOFF


21

Mecanismo da reação de Seliwanoff, segundo Barreiros (2021).

8.3 ESTRUTURA – TESTE DE BENEDICT


22

8.4 ESTRUTURA – TESTE DE LUGOL

8.5 DEMAIS ESTRUTURAS CITADAS DURANTE O RELATÓRIO

ALFA-NAFTOL
AMIDO
CELULOSE

FRUTOSE GLICOSE

SACAROSE

MALTOSE
23

9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES, L. M. C. A. Carboidratos: Estrutura e função. Disponível em:


https://www.fcav.unesp.br/Home/departamentos/tecnologia/luciamariacararetoalves/
aula-2--mono-e-dissacarideos.pdf. Acesso em 13 out. 2023.

ARAUCO, E. M. R. Mel. Disponível em:


https://www.fca.unesp.br/Home/Instituicao/Departamentos/Gestaoetecnologia/Teses/
Roca318.pdf. Acesso em 16 out. 2023.

BARREIROS, A. L. B. S.; BARREIROS, M. L. CARBOIDRATOS EXPERIMENTAL.


Disponível em:
https://cesad.ufs.br/ORBI/public/uploadCatalago/11250927032012Quimica_Biomolecula
s_Aula_02.pdf. Acesso em: 10 out. 2023.

CARVALHO, M. E. A. Teoria da Prática: Propriedades Químicas de Glicídios. 2012.


Disponível em: http://www.debiq.eel.usp.br/~eleonora/1-%20Glicidios.pdf. Acesso em
13 out. 2023.

JUNIOR, W. E. F. Carboidratos: Estrutura, Propriedades e Funções. Disponível em:


http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc29/03-CCD-2907.pdf. Aceso em 10 out. 2023.

NELSON, D.L.; COX M. M. Princípios de Bioquímica de Lehninger. 6. ed. São


Paulo: Artmed, 2014.

TECNAL. Açúcares redutores em alimentos e bebidas. Disponível em:


https://tecnal.com.br/pt-BR/blog/262_acucares_redutores_em_alimentos_e_bebidas.
Aceso em 16 out. 2023.

UFP. PRÁTICA – CARACTERIZAÇÃO DE CARBOIDRATOS. Disponível em:


http://plone.ufpb.br/ldb/contents/documentos/caracterizacao-de-carboidratos. Aceso em
13 out. 2023.

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