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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E

MUCURI
Faculdade de Farmácia de Diamantina

GUILHERME ARAÚJO ANDRADE


JHESSICA JESUS FERNANDES
MARCO JOSÉ FERREIRA REIS
THAÍS AMORIM LIMA

AULA PRÁTICA II
REAÇÕES DE CARBOIDRATOS

DIAMANTINA/MG
2023

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Sumário
INTRODUÇÃO..........................................................................................................................3
REVISÃO DA LITERATURA...................................................................................................3
OBJETIVOS...............................................................................................................................4
REAGENTES.............................................................................................................................4
MATERIAL................................................................................................................................5
MÉTODOS.................................................................................................................................6
RESULTADOS E DISCURSSÃO..............................................................................................8
CONCLUSÃO..........................................................................................................................13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................14

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INTRODUÇÃO

Os carboidratos são as biomoléculas mais abundantes na natureza, formadas

fundamentalmente por carbono, hidrogênio e oxigênio, que se apresentam como fórmula

geral: [C(H2O)]n, daí o nome carboidrato, ou "hidratos de carbono". Suas funções são fontes

de energia; reserva de energia estrutural e matéria-prima para a biossíntese de outras

biomoléculas. Os carboidratos podem ser classificados de acordo com seu tamanho e,

consequentemente, complexidade de sua cadeia.

Para identificar se uma substância é ou não um carboidrato existe uma reação simples

denominada de Teste de Molish, depois de confirmado se a substância é um carboidrato,

podemos diferenciar entre açúcares redutores e não redutores pelos testes de Fehling,

Benedict e Tollens. Os carboidratos também podem ser separados em aldoses e cetoses pelos

testes de bromo e de Seliwanoff. É possível também identificar a presença de polissacarídeos

pelo teste de lugol.

REVISÃO DA LITERATURA

De acordo com Cox (2014), os monossacarídeos podem agir como agentes redutores,

para agentes oxidantes relativamente suaves, como o íon cúprico (Cu ). Estes tipos de açúcar,
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que sofrem oxidação pelo íon Cúprico (Cu ) são chamados de açúcar redutores, essa reação
2+

ocorre a uma mistura de ácidos carboxílicos. A partir disso, essa reação foi a base da reação

de Fehling, teste semiquantitativo para a presença de açúcar redutor, esse princípio foi

inclusive uma base da medição de altos índice de glicose na Diabetes Mellitus. Entretanto,

não é mais usado, pois tem testes mais sensíveis atualmente, com o mesmo objetivo.

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De acordo com Berg (2014) Como os isômeros α e β da glicose a forma de equilíbrio

do composto é em cadeia aberta, e isso possibilita que a glicose apresenta algumas das

propriedades químicas dos aldeídos livres, como a capacidade de reagir com agentes

oxidantes. Os açúcares que reagem são denominados açúcares redutores, e os que não

realizam são chamados açúcares não redutores. Com alguma frequência, os carbonos podem

reagir como redutores, com outras moléculas, como a hemoglobina, formando hemoglobina

glicosídica

OBJETIVOS

Compreender o conteúdo sobre os Açúcares redutores, que foi apreendido durante a

aula teórica, através de práticas acerca do assunto abordado.

REAGENTES
Solução de glicose 0,1 M;

Solução de galactose 0,1 M;

Solução de maltose 0,1 M;

Solução de lactose 0,1 M;

Solução de sacarose 0,1 M;

Solução de amido solúvel 1%;

Reagente de Benedict;

Solução de iodo 0,1 N;

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Solução de KOH 5%;

Solução de NaOH 12%;

Solução de NaOH 0,1 M;

Solução de HCl 0,1 M;

Solução de alfa-naftol 1% em etanol;

Ácido sulfúrico concentrado;

MATERIAL

Béquer de 10 ou 20 ml;

Tubos de 15 ml;

Pipetas graduadas 1 ml;

Pipetas graduadas 2 ml;

Pipetas graduadas 5 ml;

Conta gotas;

Estante para tubos de ensaio;

Banho de água fervente.

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MÉTODOS

A primeira prática envolvia a pesquisa de açúcares redutores com o reagente de Benedict. O

reagente de Benedict tem a cor azulada, e dependendo do açúcar, pode-se tornar amarelo,

verde ou vermelho. Os açúcares utilizados foram a glicose, a frutose, a maltose, a lactose, a

sacarose e o amido. Em sete tubos de ensaio e com o auxílio de pipetas de 1 ml e o pipetador,

a seguinte divisão foi feita:

Tubo 1: 1,0 ml de água destilada; 

Tubo 2: 1,0 ml de solução de glicose a 0,1 M;

Tubo 3: 1,0 ml de solução de galactose a 0,1 M;

Tubo 4: 1,0 ml de solução de maltose a 0,1 M;

Tubo 5: 1,0 ml de solução de lactose a 0,1 M;

Tubo 6: 1,0 ml de solução de sacarose a 0,1 M;

Tubo 7: 1,0 ml de solução de amido 1%.

O tubo 1 será o controle negativo. Em seguida, com o auxílio de um pipetador e uma

pipeta de 2 ml, do reagente de Benedict foi adicionado a todos os tubos de ensaio, e em

seguida, os tubos foram colocados em uma estante para tubos de ensaio e colocada em um

banho-fervente (também conhecido como banho-maria) pelo tempo de cinco minutos. Após

esse tempo, foi constatado que a maioria dos tubos teve a sua coloração mudada e houve a

formação de precipitado. Apenas os tubos 1 e 6 permaneceram com a cor azulada do reagente

de Benedict.

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A segunda prática envolvia a hidrólise da sacarose; em dois tubos de ensaio limpos e

devidamente identificados, foi pipetado 2,5 ml de solução de sacarose a 0,1 M e, no tubo 1 foi

adicionado 0,5 ml de HCl a 0,1M e no tubo 2, 0,5 ml NaOH a 0,1 M. Ambos os tubos foram

levados para o banho-fervente pelo tempo de três minutos. Após o banho e a retirada dos

tubos de ensaio, foi esperado um bom tempo para que as soluções alcançassem a temperatura

ambiente e assim, podendo ser possível adicionar no tubo 1 três gotas de NaOH a 12% e no

tubo 2, 2 ml de reagente de Benedict. Após essas adições, os tubos foram levados novamente

para o banho-fervente pelo tempo de cinco minutos, para posteriormente ser feito a análise

dos resultados.

A terceira prática envolve a pesquisa de amido com o iodo. Três tubos de ensaio foram

separados e devidamente identificados com os nomes das soluções que iriam receber, cada um

deles recebeu 5 ml de uma solução diferente. As soluções eram: água destilada (no tubo 1),

glicose a 0,1 M (no tubo 2) e amido a 1% (no tubo 3). Nesses três tubos de ensaio, cada um

recebeu três gotas de solução de iodo a 0,1 M.

A quarta e última prática foi sobre a pesquisa de glicose pelo método de Molish, que

consistia em preparar um tubo com 1 ml de água destilada, este tubo foi o controle do

experimento. Em seguida, dois tubos de ensaio foram identificados como tubo 1 e tubo 2. No

tubo 1 foi adicionado 1 ml de glicose a 0,1 M, enquanto que no tubo 2 foi adicionado 1 ml de

sacarose a 0,1M. Em cada um dos três tubos, cinco gotas da solução alcoólica de alfa-naftol a

1% foram adicionadas e em seguida, agitados. Em seguida, dentro de uma capela de exaustão,

os tubos foram inclinados e cerca de 1 ml de ácido sulfúrico concentrado foi escoado de

maneira cuidadosa pelas paredes do tubo. Essa parte da prática foi feita pelo técnico de

laboratório com o auxílio de uma micropipeta, a fim de evitar quaisquer acidentes. Com os

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tubos contendo o ácido sulfúrico concentrado em repouso pelo tempo de quinze minutos e

agitados logo após o término de tal tempo. 

RESULTADOS E DISCURSSÃO

PARTE 1:

Ao se adicionar sal de cobre aos açúcares, e aquecê-los em banho maria foi possível observar

que alguns açúcares mudaram a coloração da solução, além de terem formado um precipitado,

e outros não. O fato de alguns carboidratos terem sido visivelmente alterados e outros não se

deve ao fato de os açúcares redutores serem mais facilmente oxidados pelo íon cobre presente

na solução. Já os açúcares não redutores não reagiram com o sal de cobre, e, portanto, não

alteram sua coloração. A seguir seguem os resultados obtidos em cada tubo:

Tubo 1 (água): Como já era esperado, não iria haver uma reação, portanto não teve sua

coloração alterada;

Tubo 2 (glicose): A glicose, por ser um monossacarídeo, ficou com uma coloração, marrom

escura, já que em sua estrutura, observa-se um carbono anomérico livre, que torna a estrutura

capaz de reduzir sais de cobre;

Tubo 3 (galactose): A galactose, que também é um monossacarídeo, também ficou com uma

coloração marrom escuro, por isso trata-se de um açúcar redutor;

Tubo 4 (maltose): Assim como os demais carboidratos citados, a maltose, que é um

dissacarídeo reagiu positivamente com o sal de cobre, gerando uma cor amarronzada.

Tubo 5 (lactose): Também mudou a coloração, para amarronzado, sendo um dissacarídeo,

tratando-se então de um açúcar redutor

Tubo 6 (sacarose): Diferentemente dos açúcares analisados anteriormente, a sacarose não

reagiu com o sal de cobre. Isso se deve ao fato de esse carboidrato não possuir carbono

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anomérico livre em sua estrutura, já que ambos estão em ligação glicosídica, e, portanto, não

ser capaz de reduzir sais de cobre.

tubo 7 (amido): o amido mudou levemente sua coloração. Isso se deve ao fato de este

carboidrato possuir uma cadeia muito longa, e por isso sua polaridade é reduzida, diminuindo

assim sua capacidade de reduzir sais de cobre

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PARTE 2:

Na segunda parte do experimento, foi realizada a hidrólise da sacarose em meio ácido e

básico. Como resultado, foi possível observar que em meio ácido a solução alterou sua cor

para um violeta escuro. O motivo que explica a mudança de cor da solução em meio ácido é

que a sacarose ao ser hidrolisada se converte em glicose e frutose, ambos açúcares redutores

que reagem positivamente ao regente inserido, e em meio básico não houveram alterações

significativas, já

que não houve o

processo de

hidrólise da

ligação.

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PARTE 3:

Na terceira parte do experimento foi possível observar que o Amido ao reagir com o

iodo formou-se uma solução de coloração azul intenso, enquanto com a glicose nenhuma

mudança ocorreu. Essa mudança na coloração da solução com amido se dá pois o iodo

interage com as hélices da cadeia de amilose formando um complexo de cor azul. Já a glicose,

por se tratar de um monossacarídeo não forma cadeias longas em forma de hélice, e sendo

assim não consegue interagir com o amido.

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PARTE 4:

Por último então foi feita a pesquisa de glicose pelo método de Molish. Ao final do

experimento foi observado a formação de anéis entre as soluções de glicose e sacarose com o

ácido sulfúrico concentrado. Tais anéis podiam variar da cor magenta para o vermelho no tubo

de glicose, e lilás para roxo no tubo de sacarose (embora no fundo, como mostrada na foto, dá

para notar uma faixa amarronzada), e apresentaram uma reação exotérmica. exceto no tubo

controle. No tubo 1 da glicose a cor ficou violeta, enquanto o tubo 2 da sacarose ficou um

roxo extremamente escuro.

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CONCLUSÃO

Diante do exposto, percebe-se que há diferentes tipos de métodos de identificação para

os carboidratos, percebemos que cada açúcar tem uma forma diferente de ser identificado,

como por exemplo a identificação de amido por iodo, formando um complexo. Percebe-se

também a particularidade da sacarose, que é necessária a hidrólise da ligação glicosídica, para

sua identificação, e por fim, a identificação dos carbonos anoméricos livres, que possuem a

capacidade de reduzir os íons cúprico (Cu ), sendo uma propriedade de uma forma geral de
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todo açúcar, exceto a sacarose.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

https://qnint.sbq.org.br/qni/popup_visualizarMolecula.php?id=--

bixYN7ZKIYqzAcYM9D_Re5ezAnm0TMO-

SHhA0WKCxN23Vb9CWlqXbzRFylI99YKoYBvxqMzPrqbc-8k3FFYg, acesso dia 20 de

abril, ás 18:39.

https://www.biologianet.com/biologia-celular/carboidratos.htm, acesso dia 21 de abril as

13:45.

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