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Curso de Farmácia

Bioquímica prática: Carboidratos: 1ª parte

NOME: ________________________________________________________________
Turma de laboratório_______________________Bancada nº ( )
Colegas de bancada: _______________________________________________________________

1 OBJETIVOS

Análise qualitativa carboidratos referentes à presença destes glicídios em solução (reação de Molisch), à presença de
açúcares redutores (reação de Benedict), à presença de monossacarídeos (reação de Barfoed), à presença de
cetoses (reação de Seliwanoff).

2 INTRODUÇÃO

Os carboidratos, ou sacarídeos, são mais simplesmente definidos como poliidroxialdeídos ou cetonas e seus
derivados. Muitos possuem a fórmula empírica [CH2O]n, que originalmente sugere “hidratos” de carbono. Os
monossacarídeos, também chamados de açúcares simples, consistem numa só unidade poliidroxialdeídica ou
cetônica, de fórmula empírica [CH2O]n, onde n = 3 ou um número maior. O esqueleto de carbono dos
monossacarídeos comuns é não-ramificado e cada átomo de carbono, exceto um, possui um grupo hidroxílico no
átomo de carbono remanescente, há um oxigênio carbonílico. Se o grupo carbonílico estiver na extremidade da
cadeia, o monossacarídeo é um aldeído derivado, denominado aldose; se estiver em qualquer outra posição, o
monossacarídeo é uma cetona derivada, denominada cetose.

Figura 1. Exemplos de aldose (D-glucose) e cetose (D-frutose) com seis átomos de carbono, mostradas em
fórmulas estruturais de cadeia aberta.

Os sacarídeos cujo grupo hidroxila ligado ao carbono anomérico está livre (ou seja, não está envolvido em
ligações químicas), possuem a capacidade de reduzir íons metálicos, tais com: Cu 2+, Ag+ ou ferrocianeto, em meio
alcalino. Os açúcares capazes de reduzir tais agentes são denominados açúcares redutores. De modo geral, os
monossacarídeos são açúcares redutores, enquanto os sacarídeos de cadeia maior nem sempre apresentam essa
propriedade. O dissacarídeo lactose é encontrado no leite, não tendo outra ocorrência na natureza e sua hidrólise
produz galactose e glucose. A lactose é um dissacarídeo redutor, uma vez que possui um carbono anomérico livre na
unidade de glucose.

3 DESENVOLVIMENTO
3.1 Material

EPIs
Máscara Jaleco óculos
Em cada bancada
Água destilada Reagente de Benedict Solução de sucralose
Algodão Tubos de ensaio Reagente Seliwanorff
Solução de amido 2% Soluções de carboidratos Solução de iodo
Reagente de molisch Solução de sucralose reagente de Barfoed
HCL 3 mol/L NaOH 3 mol/L H2SO4 conc
3.2 Procedimentos

3.2.1 - Teste de Molisch: teste geral para carboidratos.

Adicione 10 gotas das soluções 1 a 10 em tubos de ensaio distintos. Dilua cada solução com 2 mL de água.
Adicione duas gotas de solução de α-naftol em cada um dos tubos e agite. Incline o tubo de ensaio e adicione lenta e
cuidadosamente 3 mL de ácido sulfúrico concentrado para formar uma fase abaixo da solução de açúcar. Não agite o
tubo de ensaio! A formação de um anel púrpura na interface indica a presença de carboidrato.

Preparação da solução de α-naftol: dissolva 10 g de alfa naftol em 100 mL de etanol 95%.

a) Resultados

Lactose Maltose Amido Sacarose Frutose Dextrose Sorbitol Ração

Positivo (+) negativo (-)

b) Desenhe as estruturas de dois compostos que apresentaram resultado positivo para carboidratos. (5 pontos)

3.2.2 - Teste de Barfoed: teste geral para distinguir monossacarídeos de dissacarídeos.

Adicione 2,5 mL do reagente de Barfoed a diferentes tubos de ensaio e junte a estes tubos 2,5 mL de solução 1%
dos carboidratos identificados no item anterior. Agite e coloque os tubos (todos ao mesmo tempo) em banho de água
fervente! Aqueça os tubos por cerca de 3 min. Durante este tempo observe os tubos e anote qualquer mudança de
cor. Teste positivo para monossacarídeos indica a formação de precipitado vermelho tijolo de Cu 2O dentro de 1 a 2
min! A não formação de precipitado neste tempo indica a presença de dissacarídeo. Anote os tempos em que as
mudanças 1 de coloração aconteceram!

Preparação do reagente de Barfoed: dissolva 66,5 g de acetato de cobre II em 800 mL de água, adicione 6,0 mL
de ácido acético glacial e complete, com água destilada, o volume até 1000 mL.

c) Resultados

Amostras Lactose Maltose Amido Sacarose Frutose Dextrose Sucralose Ração

Cor

Tempo
+ ou -

Positivo (+) negativo (-). Tempo percorrido.

3.2.3 - Reação com reagente de Benedict: açucares redutores e não redutores.


1ª parte: Faça os testes usando soluções de carboidrato a 1%. Adicione 2,5 mL do reagente de Benedict e 1 mL
da solução de cada carboidrato em diferentes tubos de ensaio e agite. Coloque os tubos em banho-maria (todos ao
mesmo tempo). Após 5-6 min observe o que aconteceu. Anote qualquer mudança de coloração (turbidez) ou
formação de precipitado.

A ação redutora de açúcares em meio alcalino é bastante utilizada para a determinação quantitativa e qualitativa
de açúcares. Com o aquecimento do açúcar com aumento redutor, em presença dos íons Cu2+ e OH-, o Cu2+ é
reduzido a Cu+ e o açúcar é oxidado, e ocorre a formação de recipitados de Cu2O (óxido cuproso). A cor do
precipitado depende do conteúdo de açúcar redutor.

Precipitado esverdeado -------- traços


Precipitado amarelado --------- 10 g/L
Precipitado vermelho -----------20 g/L

Preparação do reagente de Benedict: dissolver 85 g de citrato de sódio e 50 g de carbonato de sódio anidro em cerca
de 350 mL de água quente. Dissolver à parte, em 50 mL de água quente, 0,5 g de sulfato de cobre cristalizado.
Transferir lentamente, com agitação constante, a solução cúprica para a primeira. Completar o volume para 500 mL
com água destilada, e filtrar se necessário.

Amostras Lactose Maltose Amido Sacarose Frutose Dextrose


Cor

+ ou -

4 RELATÓRIO

4.1 Qual o papel dos monossacarídeos a bioquímica celular.

4.2 Construa a fórmula cíclica em que se encontram normalmente as aldohexoxes e as cetohexoses.

4.3 Pesquise e descreva um procedimento atual de dosagem de presença de glicose em urina.


Bibliografia
CISTERNAS, José Raul. Fundamentos de bioquímica experimental. 2. ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2001. 275
p.

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