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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

INSTITUTO DE QUÍMICA

DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA DE PROCESSOS


QUÍMICOS

LABORATÓRIO DE BIOTECNOLOGIA EXPERIMENAL

EXPERIMENTO: PODER REDUTOR DOS GLICÍDIOS

PROFESSORA: TAMIRES CARVALHO


ALUNA: KAREN DE SÁ GOMES
TURMA: 2
 MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

- 24 tubos de ensaio;

- 2 estantes;

- 4 Reagentes (Benedict, Fehling, Tollens e solução de DNS)

- 2 soluções aquosas de 1% v/v (Glicose e Frutose)

- 3 soluções aquosas de 2% v/v (Sacarose, Maltose e Lactose)

- água destilada

- 10 pipetas graduadas de 1 mL;

- Pêra

- Sistema de banho-maria

- Solução de Hidróxido de amônio

 METODOLOGIA

Separou-se 6 tubos de ensaio por série. Cada série foi representada por um
reagente e os tubos foram identificados pelas respectivas iniciais dos reagentes e
dos glicídios, além da água destilada (branco). Após a identificação, adicionou-se 1
mL do reagente em seus respectivos tubos e 1 mL das respectivas soluções de
glicídios e do branco. Posteriormente, os tubos foram imersos no banho-maria por
10 min. Os tubos contendo o reagente de Tollens foram adicionadas uma gota de
solução de hidróxido de amônio. Essa última etapa foi realizada dentro da capela.

E por fim, foi possível observar a formação de precipitado, mudança de cor ou


formação de espelho prata.
 RESULTADOS

Reagente/Glicídio Água Glicose Frutose Sacaros Maltose Lactose


destilada e
Benedict (1° série) - + + - + +
Fehling (2° série) - + + - + +
Tollens (3° série) - + + - + +
Solução DNS (4° - + + - + +
série)
Tabela 1: Resultados após interação entre os reagentes e os glicídios/água destilada

Legenda:
Poder redutor: +
Poder não redutor: -

 CONCLUSÃO

Os açúcares redutores são carboidratos monossacarídeos, capazes reduzir os


sais de cobre, prata e bromo em soluções alcalinas, pois possuem grupos aldeídos
ou cetonas livres. Os demais açúcares como os dissacarídeos não possuem grupos
aldeídos ou cetonas, por isso não são capazes de reduzir sais, e são denominados
não redutores.

O uso dos reagentes de Fehling, Benedict, Tollens e DNS permitiu um teste


qualitativo para a detecção dos glicídios que apresentam poder redutor, isto é,
doadores de elétrons. Grupos aldeídico e cetônicos (ou hemicetal) livres ou
potencialmente livres são necessários para que o teste seja positivo. A hidroxila
heterosídica livre é capaz de se oxidar na presença de agentes oxidantes em
soluções alcalinas.

Observou-se a partir da tabela 1 que o glicídio sacarose apresentou resultado


negativo em todos os testes, o que caracteriza a sacarose como um açúcar não
redutor. Isso ocorreu, pois apenas a sacarose não possui, em sua estrutura
molecular, a hidroxila heterosídica livre conforme a figura 1.
Figura 1: Estrutura molecular sacarose

Então, os outros açúcares analisados possuem a hidroxila heterosídica livre


conforme a figura 2.

Figura 2: Estruturas moleculares de frutose, maltose, glicose e lactose


1. Reagente de Fehling

Fórmula de preparação:

Sulfato Cúprico (CuSO4) 17,5 g/L

Ácido Sulfúrico Concentrado 2,5 mL/L

Tartarato Duplo 75 g/L

NaOH 60 g/L

O reagente de Fehling é um íon bivalente de cobre de intensa cor azul,


complexado com tartarato. Os glícidios que contenham um grupo aldeído ou cetona
potencialmente livre existem em solução aquosa em equilíbrio com uma forma
enodiol, que é um agente redutor ativo. Em meio ligeiramente alcalino esta forma é
favorecida e a sua presença assegura a redução de íons cobre (II) a cobre (I) com a
formação de hidróxido cuproso que, por aquecimento, se converte em óxido
cuproso, um composto insolúvel de cor vermelha que precipita. Para manter os íons
cobre (II) em solução em meio alcalino o reagente de Fehling contém um agente
complexante, o íon tartarato. Essa redução dos íons cobre pode ser observada na
reação abaixo:

R-CHO + 2 Cu2+ + 2 H2O  R-COOH(aq) + Cu2O + 4 H+

2. Reagente de Tollens

Fórmula de preparação:

AgNO3 (nitrato de prata) 10 g/L;

NH4OH (amônia) 20 gotas.

*Alcalinizar levemente durante a reação.


O reagente de Tollens consiste numa solução amoniacal de nitrato de prata
obtida a partir de uma reação entre as soluções de nitrato de prata e hidróxido de
sódio com formação de óxido de prata que, por sua vez, reage com o amoníaco
originando o íon complexo diaminoprata [Ag(NH3)2]+.

As reações que ocorrem na preparação no reagente de Tollens podem ser


traduzidas pelas seguintes equações químicas:

2 AgNO3 (aq) + 2 NaOH (aq) → Ag2O (s) + H2O (l) + 2 NaNO3 (aq)

Ag2O (s) + 4 NH3 (aq) + H2O (l) → 2 Ag(NH3)2OH (aq) (Reagente de Tollens)

O glicídio quando em contato com o reagente de Tollens oxida-se a um ácido


carboxílico, reduzindo, por sua vez, o íon prata do complexo [Ag(NH 3)2]+. Esta
reação química pode ser traduzida pela seguinte equação química:

R-CHO + 2[Ag(NH3)2]+(aq) + 2OH-(aq) → R-COOH (aq) + 2 Ag(s) + 4NH3(aq) + H2O(l)

Esta reação é a essência de um processo de fabricação de espelhos.

3. Reagente Benedict

Fórmula de preparação:

Citrato trissódico (NaC6H5O7.2H2O) 209 g/L;

Carbonato de sódio (Na2CO3) 100 g/L;

Sulfato de cobre (CuSO4.3H2O) 17,3 g/L


O reativo de Benedict (sulfato de cobre em meio alcalino) é reduzido pelos
glicídios redutores, produzindo um precipitado alaranjado de óxido cuproso. Para
manter os íons cobre (II) em solução em meio alcalino o reagente de Benedict
contém um agente complexante, o íon citrato. É uma solução que não se deteriora
com tanta facilidade como as de Fehling.

4. DNS

Fórmula de preparação:

DNS 10 g/L;

Tartarato duplo Na+ e K+ 300g/L;

NaOH 16 g/L.

Neste teste há a redução do 3,5 dinitrosalicilato para dar um derivado


monoaminado de cor vermelha ao mesmo tempo em que o grupo aldeído do açúcar
é oxidado a grupo carboxílico.

Figura 3: Redução do 3,5 dinitrosalicilato para dar um derivado monoaminado

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