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APOSTILA
Aula 01 – Entendendo o
Metabolismo dos
Carboidratos
Prof. Luan Lisboa
Sumário
Glicogênese ...................................................................................................... 8
Glicogenólise ............................................................................................... 10
Glicólise ............................................................................................................ 12
Gliconeogênese .............................................................................................. 18
Glicogênese e glicogenólise
Glicogênese
Talvez você não tenha percebido, mas isso significa dizer que ninguém
precisa ter medo de ingerir carboidrato desde que sua quantidade esteja
equilibrada com sua necessidade e gasto energético diário; aliás,
podemos dizer com base bioquímica que quem pratica atividade física
realmente necessita fazer uma adequação das quantidades de
carboidrato na dieta, principalmente quando estão visando manter ótima
performance.
Glicogenólise
Você deve lembrar que no tópico anterior foi comentado que um dos
efeitos biológicos das ramificações seria aumentar o número de sítios
ativos para a ação da glicogênio fosforilase, enzima responsável por
degradar ligações do tipo alfa 1-4 até que restem quatro unidades de
glicose em cada cadeia antes do ponto de ramificação. Quando
chegamos neste ponto, os três resíduos mais externos são removidos e
transferidos para a extremidade não redutora de outra cadeia através de
uma transferase e o ponto de ramificação que possui ligação alfa 1-6
pode ser degradado pela enzima desramificadora (liberando glicose
livre). Todo esse processo é necessário para que ocorra o alongamento
da cadeia poliglicosídica, facilitando a ação da glicogênio fosforilase que
poderá agir e encurtar novamente a cadeia até o seu próximo ponto de
ramificação.
Glicólise
Certamente este é o momento central deste módulo; afinal, a glicólise,
muitas vezes mencionada pela sua contribuição na produção de energia,
é uma via de muito maior importância pro funcionamento metabólico do
nosso organismo. Neste capítulo vamos entender o valor da principal via
do metabolismo da glicose, que pode ou não acontecer na presença de
oxigênio e ocorre no citosol de TODAS as células. Didaticamente, a
glicólise é subdividida em dois momentos:
Observe que estamos falando de uma via complexa que utiliza glicose-6-
fosfato como ponto de partida. Na fase oxidativa (mostrada na figura) o
objetivo é pegar uma molécula de 6 carbonos (glicose-6-fosfato) e
transforma-la em uma molécula de 5 carbonos (ribulose-5-fosfato). O
processo consiste em três reações que levam à formação de ribulose-5-
fosfato, CO2 e duas moléculas de NADPH para cada molécula de glicose-
6-fosfato oxidada.
Metabolismo da frutose
Compreender o metabolismo da frutose é um passo importante na
construção do conhecimento da bioquímica direcionada à nutrição. No
capítulo de digestão e absorção dos carboidratos você já foi apresentado
a forma que a frutose fica disponível ao nosso organismo; sendo assim,
o objetivo a partir deste momento será compreender todo o seu
processamento metabólico e fazer associações com raciocínios práticos
dentro do âmbito nutricional.
Metabolismo da galactose
Neste capítulo vamos falar um pouco sobre o metabolismo da galactose;
um monossacarídeo que pode ser obtido através da ingestão da lactose
presente no leite ou em seus derivados. Da mesma maneira que a
frutose, a galactose também é fosforilada em seu C-1 (dessa vez através
da ação da enzima galactocinase) antes de ser metabolizada. A ação da
galactocinase leva a produção de galactose-1-fosfato, sendo o ATP o
doador desse grupamento fosfato; A galactose-1-fosfato ainda não pode
entrar na via glicolítica e para que isso ocorra ela precisa ser convertida
em UDP-galactose; ocorrendo então uma troca onde o UDP da UDP-
glicose "passa" para a galactose-1-fosfato que por sua vez também
"passa" o seu fosfato para a glicose; dando origem a glicose-1-fosfato.
Agora que a a UDP-galactose já foi formada, ela pode ser isomerizada
Gliconeogênese
A gliconeogênese é o processo de síntese de glicose a partir de
precursores não glicídicos. Os principais substratos são os aminoácidos
glicogênicos, o lactato e o glicerol. O fígado e os rins são os principais
tecidos gliconeogênicos do nosso organismo. Entenda a gliconeogênese
como uma forma útil de manter SEMPRE a glicemia em condições
aceitáveis à vida quando estamos em condições de jejum ou baixa oferta;
sendo assim, qualquer falha nesse processo metabólico é geralmente
fatal. É uma via que se torna cada vez mais importante à medida que as
reservas de glicogênio são depletadas; dessa forma, a "falta" da
gliconeogênese levaria à hipoglicemia; já o seu "excesso" (comum em
diabéticos tipo II ou pacientes em estado crítico) levaria à hiperglicemia.
da fosfoenolpiruvato-carboxicinase.
Todo o conteúdo deste módulo foi elaborado com base nos livros: