Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Carboidratos são biomoléculas nas quais atuam como principal fonte molecular, são não redutores e se diferem em identidade de
de energia pela oxidação (principalmente da glicose). Eles podem atuar monossacarídeos repetidos, comprimento das cadeias, tipos de ligações
como substâncias de adesão e reconhecimento. São definidos como unindo as unidades e grau de ramificação. Quando eles são formados por
poliidroxialdeídos ou poliidroxicetonas, ou como substâncias que geram apenas um tipo de monossacarídeo (amido e glicogênio) são chamados de
compostos quando são hidrolisados. homopolissacarídeos. Já quando são formados por diferentes
seja por glicose, galactose e frutose. São monômeros que glicosídica x1-4) e amilopectina (região ramificada - ligação
glicose) e sacarose (frutose + glicose). São carboidratos formados - Celulose: homopolissacarídeo com ligações glicosídicas B1-4 (por
por duas moléculas de monossacarídeos, sendo ligadas por isso não digerimos)
Eles são formados pela junção de moléculas de monossacarídeos, - Glicolipídeos: lipídeos ligados a carboidratos
grau de ramificação.
Digestão e Absorção de CHO
- lactase: quebra lactose, liberando glicose e galactose
- sacarase: quebra sacarose, liberando glicose e frutose
O processo de digestão e absorção inclui: Absorção e transporte de glicose, frutose e galactose para a
- Homogeneização mecânica (mastigação aumenta a superfície corrente sanguínea:
de contato com o alimento, mistura com a saliva que contém
enzimas amilases salivares);
- Secreção de enzimas digestivas, ácidos e bases (deixam o
local de digestão mais apropriado);
- Secreção de ácidos biliares;
- Hidrólise de oligômeros e dímeros;
- Transporte de nutrientes e eletrólito do lúmen intestinal até o
sangue;
O processo de digestão de CHO se inicia na boca a
partir da homogeneização mecânica e ação da enzima
amilase salivar, na qual atua no pH específico da boca. No A galactose e glicose seguem o mesmo caminho. Elas têm
estômago ela tem sua ação inativada devido ao pH ácido do afinidade pelo transportador SGLT1, mas só passam por ele na
ácido clorídrico, o qual será efetivo para o combate de presença de uma molécula de sódio. Dentro do enterócito, elas
patógenos sendo uma barreira de proteção. Em seguida, no independem de sódio para sair e saem pelo GLUT 2. Mas o sódio
intestino temos um pH mais básico e a enzima amilase precisa sair e começa a se acumular no citosol e então, o potássio
pancreática começa a hidrolisar ainda mais as moléculas de (K+) entra e há gasto de uma molécula de ATP, essa é a bomba de
CHO. Por fim, os CHO sofrem ação das dissacaridases sódio/potássio. Então a glicose e ou a galactose podem sair pelo
presentes no lúmen intestinal. Elas são: transportador GLUT 2. Já a frutose tem afinidade pelo transportador
- x-glicosidase: quebra compostos e libera glicose GLUT-5 e passa por ele sem a presença do sódio. Dentro do
(medicamentos hipoglicemiantes impedem a ação das enterócito ela também sai pelo GLUT 2 e cai na corrente sanguínea.
x-glicosidades) A glicose e a galactose envolvem um transporte ativo (com gasto de
ATP), já a frutose envolve um transporte passivo (sem gasto de GLUT 2 e liberação de Insulina:
ATP).
-Transporte ativo primário: apenas o sódio é transportado, ele
independe de outra molécula (como quando ele sai do enterócito)
-Transporte ativo secundário: o sódio só entra na célula se ele estiver
com outra molécula (como na presença de glicose e galactose)
O GLUT 4 é um transportador de glicose que se encontra no estímulo para a liberação de glucagon pelas células alfa
interior das células de miócitos e adipócitos. Ele deve sofrer uma pancreáticas. O aumento de sua concentração ocorre quando
sinalização para que se direcione até a membrana celular e promova há baixa disponibilidade de glicose na corrente sanguínea, por
o transporte de glicose para o interior da célula. A insulina liberada estímulo de alguns aminoácidos e devido a presença de
Via Glicolítica
É uma via CATABÓLICA que ocorre na presença ou ausência
de O2. Ela busca fornecer energia por meio da síntese de ATP. Seu
substrato é a GLICOSE. A via ocorre no CITOSOL das células.
Ela envolve duas fases e 10 reações bioquímicas:
- 1 fase preparatória
- 2 fase de pagamento
Na fase preparatória, a intenção é fazer com que a molécula
de glicose se mantenha dentro da célula.
FASE PREPARATÓRIA
1: fosforilação da glicose - hexoquinase, irreversível, gasta 1 ATP -
glicose → glicose-6-fosfato.
2: Glicose-6-fosfato → frutose-6-fosfato. Reversível.
3: Frutose-6-fosfato → frutose-1,6-bifosfato. Gasto de 1 ATP. Produto final da via glicolítica: piruvato
Irreversível. Enzima PFK1 Saldo total via glicolítiva: 2 ATPs
4: Clivagem (quebra) frutose-1,6-bifosfato em didroxicetona fosfato e Gastos 2 ATPs (primeira e terceira reação)
gliceroldeído-3-fosfato. Produz 4 ATPs (sétima e décima reação)
5: Didroxicetona fosfato em gliceroldeído-3-fosfato (ele sente ciúmes) Produz 2 NADH (cada um equivale a 2,5 ATPs na cadeia respiratória)
Destinos do Piruvato
Até aqui, tivemos o gasto de 2 moléculas de ATP. Portanto, nosso
saldo é negativo (-2).
Fermentação Alcóolica
É realizada pela enzima piruvato descarboxilase que pega o
piruvato e transforma em acetaldeído, depois a enzima álcool
desidrogenase transforma o acetaldeído em etanol. Primeiro, o piruvato deve ser convertido em Acetil-CoA, pois
somente o Acetil-CoA consegue entrar no ciclo. O Acetil-Coa pode
ser proveniente de moléculas de glicose, alguns aminoácidos e
ácidos graxos. Essa reação ocorre por meio do complexo enzimático
piruvato desidrogenase e há produção de NADH, liberação de CO2
e é uma reação irreversível. É uma reação bem complexa que
envolve algumas VITAMINAS como cofatores.
Ciclo de Krebs
O ciclo acontece na matriz MITOCONDRIAL, na presença de
O2, depende da cadeia respiratória e tem papel central no
metabolismo. Ele envolve algumas reações enzimáticas muito
complexas.
1- Condensação de Acetil-CoA com oxalacetato em CITRATO
2- Conversão de citrato em ISOCITRATO (mudou a posição
da hidroxila OH)
3- Conversão de isocitrato em ALFA-CETOGLUTARATO.
Produz 1 NADH (enzima alfacetodesidrogenase)
4- Descarboxilação de alfacetoglutarato em Succinil-CoA.
Produção de 1 NADH
5- Fosforilação a nível de substrato Succinil-CoA em
Succinato. Produz GTP a partir do GDP
6- Desidrogenação de Succinato em Fumarato. Produção de
O ciclo envolve 8 reações, tudo é multiplicado por 2, pois 1 FADH2
temos 2 moléculas de piruvato que foram consumidas. 7- Hidratação de Fumarato para Malato
8- Desidrogenação de Malato para Acetado. Produz 1 NADH
III - É transmembrano
ACOPLAMENTO
Quanto mais elétrons estiverem sendo transportados, mais malato libera seus é elétrons, que se liga ao NAD+ e ele é convertido
síntese de ATP terá. em oxaloacetato e depois em aspartado (que sai pela lancadeira
DESACOPLAMENTO malato aspartato).
Algumas moléculas capazes de desviar parte dos H+ da ATP A regulação da fosforilação oxidativa se dá pela
Sintase e assim, há baixa produção de ATP. disponibilidade de ADP dentro da mitocôndria, necessidade de
Proteínas Termogeninas energia celular e relação ATP/ADP.
Presentes no tecido adiposo marrom, permitem o desvio de
Se o complexos forem inibidos: via glicolítica. Mas, em outras situações a glicose-6-fosfato entra na
Transporte do ATP: Magnésio e NADP. O NADP vira NADPH. Ele é importante pois ao
Ele é transportado da mitocôndria pelas translocases, que são sintetizar lipídios e colesterol, nós precisamos de NADPH. No tecido
Lançadeira Malato-Aspartato: Reoxidação do NADH produzido no há necessidade de NADPH. Então essa via está ocorrendo muito.
Como o NADH entra na matriz mitocondrial: No espaço →2. 6-fofoglicono betalactono em 6 fosfogliconato. Mg Cofator
passam pela lançadeira Malato-Aspartato. Já dentro da matriz, o Magnésio e NADP que vira NADPH. A reação é reversível. Se atentar
que o produto final da fase oxidativa da via das pentoses fosfato é a
ribose-5-fosfato.
A ribose-5-fosfato é utilizada para síntese de DNA e RNA
(ácido desoxido nucleico e ácido ribonucleico). Para sintetizar DNA e
RNA, ATP, NADH, NADP e coenzima A é necessário a
ribose-5-fosfato.
Em tecidos com grande proliferação celular, como intestino,
pele, medula óssea ou no tumor, a concentração de ribose-5-fosfato
deve estar alta.
2° reação catalisada pela transcetolase: ➢ Se na célula eu preciso de muita ribose-5-fosfato e não precisa
de NADPH, a fase mais ativa é a não oxidativa, pois nela não
há produção de NADPH.
➢ Se precisa de muita Ribose-5-fosfato e muito NADPH a via Função do NADPH no sistema antioxidante:
mais ativa é a oxidativa. Glutationa: Uma proteína tem 2 enxofres ligados um ao outro,
➢ Se precisa de muito NADPH e não precisa de ribose-5-fosfato A glutationa está oxidada assim ela não funciona pois está no estado
→ a fase mais ativa é a oxidativa. Mas, há produção de oxidado. O NADPH dá seus 2 H + para ela, ela fica na forma
ribose-5-fosfato e para não desperdiçar seus carbonos, na fase reduzida. Com isso, a glutationa reduzida transforma uma outra
não oxidativa ela pode ser convertida em proteína em estado oxidado e assim essa proteína fica reduzida e a
gliceraldeído-6-fosfato ou frutose-6-fosfato que podem ir para glutationa fica oxidada. Essa proteína em sua forma reduzida
glicose-6-fosfato. Desse modo há produção de carbonos e não consegue dimunuir a concentração de espécies reativas de O2.
desperdício. Para essa proteína fazes isso, ela tem que ficar reduzida, ela
➢ Se precisa de muito NADPH e ATP, faz-se as duas fases só consegue isso por meio da glutationa.
(oxidativa e não oxidativa). Oxidativa para produzir NADPH e
ribose-5-fosfato. Com a necessidade de produção de ATP na
fase não oxidativa a ribose pode virar tanto
gliceraldeído-6-fosfato ou frutose-6-fosfato que pode dar
continuidade a via glicolítica e produzir ATP.
esteróides e colesterol. manifestação clínica, mas que ela pode vir a desenvolver.
Essa doença é hereditária e é caracterizada por anemia - Uso de drogas oxidantes: antibióticos, antimaláricos e
hemolítica onde as hemácias se rompem antes da hora. antibióticos tem como ação e efeito colateral um aumento na
Uma deficiência de glicose-6-fosfato gera a não produção de concentração de espécies reativas de O2. O sistema
NADPH, o sistema antioxidante fica menos ativo e na hemácia a antioxidante já não está funcionando bem devido a deficiência
capacidade de reduzir espécies reativas fica reduzida e há oxidação de glicose-6-fosfato e falta de NAPDH e há aumento de
da hemácia, ela se rompe e tem um tempo reduzido (normalmente ela radicais livres há oxidação e a hemácia pode começar a
Anemia hemolítica: há ruptura das hemácias. Essa hemólise pode chamado de divicina que aumenta concentração de radicais
ser por algumas situações como congênita e defeitos na membrana livres e têm todo o processo.
plasmática, pode haver produção defeituosa de Hb dentro das - Infecção: ativação de macrófagos e aumento de radicais livres.
hemácias, pode haver metabolismo defeituoso de eritrócitos. - Icterícia neonatal: aumento de espécies reativas de O2
Caso haja essa deficiência da glicose-6-fosfato desidrogenase, Em todos esses casos, há deficiência de glicose-6-fosfato.
(Síntese de Glicogênio) glicosídica alfa-1,4 e faz uma ligação glicosídica alfa-1,6 dando
O glicogênio é uma estrutura altamente ramificada que contém origem a uma ramificação.
milhares de unidades de glicose ligadas umas às outras por meio de A ramificação é importante para promover uma maior
ligações glicosídicas. Ele é uma forma de reserva de glicose, no qual compactação do glicogênio, interfere menos na osmolaridade e
será utilizada em estado de jejum ou quando há gasto de energia e aumenta a velocidade de degradação do glicogênio, pois ele só é
não há aporte de glicose via dieta. sintetizado e degradado pelas extremidades não redutoras.
Gliconeogênese
essa glicose-1-fosfato é convertida em glicose-6-fosfato.
No fígado, as moléculas de glicose-6-fosfato sofreram ação da
enzima glicose-6-fosfatase na qual retira seu grupo fosfato e a
É a síntese de uma nova molécula de glicose a partir de
glicose é liberada para a corrente sanguínea. No músculo, NÃO HÁ
compostos não carboidratos, ocorre quando há redução da insulina e
presença da glicose-6-fosfatase, assim a glicose não consegue sair
aumento de glucagon. A partir de 12 horas de jejum, as reservas de
da célula muscular, entrando na via glicolítica, posteriormente ciclo de
glicogênio hepático já estão baixas e o organismo começa a
krebs até sua completa oxidação a fim de fornecer energia para o
gliconeogênese a fim de promover a manutenção da glicemia. Ela
músculo.
ocorre no fígado e nos rins.
Substâncias gliconeogênicas:
Jejum curto: glicogênio hepático → glicose-1-fosfato →
- piruvato: vem da quebra de aminoácidos glicogênicos,
(glicose-6-fosfatase)→ glicose → sangue → manutenção da glicemia
que perdem seu grupamento amina.
- lactato: presente no músculo devido a baixa Gliconeogênese a partir do PIRUVATO (que vem de aminoácidos)
concentração de O2 e nas hemácias, pois elas não têm
mitocôndrias.
- aminoácidos: alguns são glicogênicos e após perder
seu grupamento amina, eles se transformam em
piruvato.
- glicerol: o TGL é degradado em ácidos graxos e
glicerol
- intermediários do CK: vem da quebra de aminoácidos
em situações de jejum prolongado.
Essa via, ocorre em sentido contrário a via glicolítica, porém ela não
realiza as reações irreversíveis (1, 3, 10), o que se faz necessário a
presença de outras enzimas.
- via glicolítica: reações irreversíveis e enzimas → (1º -
hexoquinase), (3º - PFK-1) e (10º - piruvato quinase).
Em estado de jejum prolongado, o glucagon sinaliza para o o organismo precisa sintetizar glicose para promover a manutenção
tecido adiposo liberar triacilglicerol que será quebrado em ácidos da glicemia. Porém, ao mesmo tempo está ocorrendo a
graxos e glicerol. Então, o glicerol pode ser encaminhado ao fígado e metabolização do etanol, o qual gera um alto consumo de NAD+. O
lá ele sofre ação da enzima glicerol quinase que transforma ele em NAD+ é utilizado na síntese de glicose, seja pela utilização de
glicerol-3-fosfato havendo gasto de ATP. Depois, a glicerol-3-fosfato piruvato, lactato ou aminoácidos. Então, devido a metabolização do
desidrogenase transforma em didroxicetona fosfato. Então, o etanol, não é possível produzir uma quantidade adequada de glicose,