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INTRODUÇÃO O fluxo natural esperado seria sair do

hepatócito (mais concentrado) para a


corrente sanguínea, menos concentrada.

Glicemia do jejum não é zero, existe


um nível basal de glicose.
No momento de alimentação a
glicemia aumenta seu nível, quase chega a
dobrar.
A água também vai para o local que
está mais concentrado a partir do menos
Km de glicemia e tecidual iguais,
concentrado, gerando um processo
permite a capitação de glicose.
osmótico de liso do hepatócito
No estado alimentado, o valor de Km
sobe, permitindo que o fígado e as células
beta pancreática capitem glicose. => evita
competição com os tecidos nobres, que
necessitam mais da glicose!

O uso da glicose auxilia na resolução


de ambos os problemas.

ARMAZENAMENTO

Os grânulos são várias moléculas de


glicogênio, contém as enzimas de síntese e
degradação junto.
A contração no sangue gira em torno Na primeira imagem, com o animal
de 5mM enquanto que nos hepatócitos, em jejum, apresentam-se poucos grânulos
400mM. de glicogênio. Na segunda imagem vê -se o
armazenamento em momento de Cada cadeia tem de 12 a 14 resíduos de
alimentação. glicose

GLICOGENINA

É substrato, enzima e produto da


reação que catalisa.
UDP-glucose no sítio ativo.
ASP162 – aspartato, aminoácido
É um dímetro, com UDP-Glucose nos
dois lados.
A ligação de interesse no momento
ocorre no aminoácido tirosina 194

ENZIMA RAMIFICADORA

Transformação de um polímero linear


em um polímero ramificado, por meio da
ligação alfa-1,6.

ESTRUTURA DO GLICOGÊNIO
A glicogenina é sinalizada pelo sinal
roxo na imagem.
Ligação entre os carbonos 1 e 4 em
ausência das ramificações.
Nas ramificações, a ligação está entre
o carbono 1 e 6.
Problema de glicogênio linear: só teria
uma frente de ataque para gerar glicose
livre, reserva pouco eficiente no quesito de
entrega.
As ramificações permitem diversas
pontas na estrutura do glicogênio, as Rearranjo da glicose 1-fosfato,
enzimas podem atuar em todas ao mesmo mudando a posição do fosfato, por catálise
temposs, fornecendo de forma mais rápida com a enzima fosfoglicomutase, formando
uma maior quantidade de glicose livre, glicose 6-fosfato.
facilitando o acesso.

VIA

Participação do UTP, liberando PPi


(pirofosfáto)

A geração do PPi é uma estratégia


termodinâmica, por meio da quebra desta
molécula obtém-se um delta G negativo e
um fosfato inorgânico, posteriormente
utilizado na formação de ATP.
O acoplamento de ambas as reações
forma uma reação praticamente
irreversível.
A base nitrogenada da UTP é uracila, a Via que gasta 2 ATP ( ATP + UTP) por
uracila ligada a pentose ribose forma a molécula de glicose.
uridina.
REGULAÇÃO

A insulina remove os fosfatos do


glicogênio sintase b, formando sua forma
ativa, glicogênio-sintase a
A insulina inibe a GSK3

A glicose 6 fosfato ativa a PP1 e a


glicogênio-sintase a
A insulina, glicose 6-fosfato e a glicose
ativam a PP1

SÍNTESE DE GLICOGÊNIO

Função: manter a glicemia


ESTRUTURA DE CARBOIDRATOS

Também conhecidos como hidratos de


carbono, são poliidroxialdeídos ou
poliidroxicetonas.
Carboidratos com sabor doce, como
sacarose, glicose e frutose, comuns na
alimentação humana, são chamados
açucares.

MONOSSACARÍDIOS: São as aldoses ou


cetoses. Segundo o número de átomos de
carbono, são designados trioses, tetroses,
pentoses, hexoses ou heptoses.

OLIGOSSACARÍDEOS: Formados pela união


de dois monossacarídeos.
- Sacarose, formada por glicose e
frutose, unidas por ligações alfa-1,2.
- Lactose, constituída de glicose e
galactose, unidas por ligação b-1,4.

POLISSACARÍDIOS: Centenas ou milhares


de resíduos de monossacarídeos. Podem
formar cadeias lineares, como na celulose,
ou cadeias ramificadas, como no amido e
no glicogênio.
- Celulose, as unidades de glicose são
O glicogênio do músculo nunca chega unidas por ligações glicosídicas entre os
a corrente sanguínea. É utilizado pelo carbonos 1 e 4, ligações B-1,4.
músculo, uso futuro do tecido. - O amigo e o glicogênio contêm
Hexoquinase tem km baixo, alta cadeias similares, com grau de ramificação
afinidade, a glicoquinase tem km alta, com maior no glicogênio.
baixa afinidade.
O glut dois é insulina independente, As funções dos carboidratos são
possuindo sempre esta proteína na diversificadas, incluindo a sustentação e a
membrana. reserva (glicogênio nos animais, amido nos
Necessidade da glicose 6 fosfatase vegetais), além de poderem estar ligados a
para lançar glicose na corrente sanguínea. lipídios e proteínas.
LIGAÇÃO GLICOSÍDICA

A ligação glicosídica não se forma


diretamente entre dois monossacarídeos.
A equação a seguir resumo um processo
composto de várias reações.

METABOLISMO DO GLICOGÊNIO

O glicogênio é um polímero de glicose


e constitui uma forma de reserva deste
açúcar.
A vantagem biológica de armazenar
glicose polimerizada é a redução da
osmolaridade, resultante do menor
número de particular em solução.

RESERVAS: fígado e músculos esqueléticos

O glicogênio é sintetizado por estes


órgãos quando a oferta de glicose
aumenta, como ocorre após as refeições.
A degradação de glicogênio hepático é
responsável pela manutenção da glicemia
nos períodos entre as refeições, sobretudo
durante o jejum noturno.
O fígado não aproveita o glicogênio
que armazena, sempre que a hipoglicemia
induz a degradação do polímero, a glicose
resultante é exportada e consumida por
S
outros órgãos ou tecidos.
Nos tecidos aeróbios, a glicose é
totalmente oxidada a CO2 e H2O. em
células anaeróbicas como as hemácias, a ramificação para uma extremidade não
glicose é degradada a lactato redutora da cadeia de glicogênio,
Em contraposição, o glicogênio dos formando uma ligação alfa 1,4.
músculos esqueléticos provê energia para
as próprias fibras musculares e a glicose
resultante de sua degradação não é
exportada.
As enzimas que catalisam a síntese e a
degradação do glicogênio, além de
proteínas reguladores destes processos,
estão intimamente associadas ao polímero,
encontrado no citosol na forma de
grânulos.

A DEGRADAÇÃO DO GLICOGÊNIO PRODUZ


GLICOSE 1-FOSFATO

Consiste na remoção sucessiva de


resíduos de glicose, a partir das suas
extremidades não redutoras.
A reação é semelhante à hidrólise,
com a diferença de usar fosfato inorgânico
no lugar de água.

O resíduo da glicose restante está ligado à


cadeia principal por ligação a-1,6.

A SÍNTESE DE GLICOGÊNIO UTILIZA COMO


PRECURSOR UMA FORMA ATIVADA DE
GLICOSE E GASTA 2 ATP POR GLICOSE
INCORPORADA

O glicogênio é sintetizado pela


glicogênese, uma via diferente da via de
degradação. A síntese consiste na repetida
adição de unidades de glicose às
A ação da enzima glicogênio
extremidades não redutoras de um
fosforilase prossegue ao longo da cadeia,
fragmento de glicogênio.
liberando um a um os resíduos de glicose,
A glicose a ser incorporada deve estar
mas termina 4 resíduos antes de uma
sob uma forma ativada, ligada a um
ramificação.
nucleotídeo de uracila, constituindo
A degradação pode continuar por
uridina difosfato glicose (UDP-G)
ação de outra enzima, a enzima
desramificadora, que atua como
1) Fosforilação de glicose, com consumo de
glicosiltransferase, transferindo 3 dos 4
ATP, catalisada pela glicoquinase no fígado
resíduos de glicose remanescentes na
ou hexoquinase no músculo.
2) Isomerização da glicose 6-fosfato a
glicose 1-fosfato pela fosfoglicomutase

3) Reação deste açúcar com UTP formando


UDP-G e pirofosfato PPi (HP2O7 3-),
promovida por UDP-glicose pirofosforilase.

Glicose + ATP => Glicose 6-fosfato + ADP +


H+

Glicose 6-fosfato  Glicose 1-fosfato


A hidrólise de pirofosfato é altamente
Glicose 1-fosfato + UTP  UDP-G + PPi irreversível, sendo importante fator para
impedir a reversibilidade dos processos
que produzem pirofosfato.
UDP-G é substrato da enzima
glicogênio sintase, que, efetivamente, A glicogênio sintase catalisa apenas a
catalisa a síntese – ela transfere a unidade síntese de ligação a-1,4. As ramificações
glicosil do UDP-G para uma das são feitas pela enzima ramificadora que
extremidades não redutoras do glicogênio, transfere uma pequena cadeia de 6 ou 7
formando uma ligação a-1,4. resíduos de glicose da extremidade para
uma parte mais interna da molécula,
criando uma ligação a-1,6. A síntese
UDP-G + Glicogênio de n resíduos de prossegue por adição de resíduos de
glicose + H2O => Glicogênio de n+1 glicose às extremidades não redutoras,
resíduos de glicose + UDP catalisada pela glicogênio sintase.

O UDP produzido nesta reação é


reconvertido a UTP à custa de ATP, pela
nucleosídio difosfato quinase

UDP + ATP  UTP + ADP

O pirofosfato formado na reação é


hidrolisado por ação da pirofosfatase,
produzindo fosfato inorgânico (H2PO4 2-
ou Pi)
A reação promovida pela glicogênio sintase
PPi + H2O => 2Pi + H+ prevê a existência de uma cadeia de
glicogênio já constituída (primer), à qual
são agregadas novas unidades de glicose –
a enzima não é capaz de promover a união
das duas primeiras unidades de glicose
para iniciar o polímero. Quando, na às do fígado. No entanto, no músculo, a
degradação anterior, não houver glicose 6-fosfato não pode originar glicose,
permanecido um núcleo de glicogênio que devido à ausência de glicose 6-fosfatase;
dê suporte para a extensão da cadeia, além disso, a fosforilação da glicose é feita
faz-se necessária a atuação de outra pela hexoquinase.
enzima, a glicogenina, que catalisa duas
reações.

Ela inicia a síntese com autoglicosilação,


transferindo o primeiro resíduo de glicose,
derivado de UDP-Glicose, ao grupo OH da
cadeia lateral de um dos seus resíduos de
tirosina. Em seguida, a glicogenina catalisa
a incorporação de novos resíduos de
glicose, unidos por ligações α­1,4 e sempre
provenientes de UDP-Glicose, até formar
uma pequena cadeia de 10-20 resíduos.

Neste momento entra em ação a glicogênio


sintase, que prossegue a polimerização, e a
glicogenina desliga-se do polímero em
crescimento. A glicogenina é uma enzima
com atuação pouco usual: é o substrato,
o catalisador e o produto da reação.

No músculo, reações que interconvertem


glicogênio e glicose 6-fosfato são idênticas

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