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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM ALIMENTOS


DISCIPLINA: TÓPICOS EMERGENTES EM TECNOLOGIA EM ALIMENTOS
DOCENTE: MSC. ANA KAROLINE NOGUEIRA FREITAS

METABOLISMO DE
CARBOIDRATOS E PROTEÍNAS

SÃO BENTO, MA
2023
INTRODUÇÃO

 Processo digestivo representa a degradação mecânica e química


dos alimentos em componentes menores ou nutrientes individuais.
 Nutrientes são absorvidos através da mucosa intestinal para o
sangue – serão armazenados ou sofrerão modificações químicas
adicionais.
 Para um individuo saudável - processo de digestão, absorção e
excreção requer, em geral, entre 24 e 72 horas.
INTRODUÇÃO

 Digestão - processo quase complementarmente involuntário e em


harmonia com regulações hormonais e neurais finais pra estabilizar
continuamente o ambiente intracelular.
 Sistema nervoso autônomo controla todo o sistema digestório.
 Sistema nervoso parassimpático aumenta a atividade intestinal.
 Sistema nervoso simpático exerce efeito inibitório da digestão.
INTRODUÇÃO

SISTEMA
GASTROINTESTINAL

Serve para digerir proteínas, carboidratos e lipídios dos alimentos e


bebidas ingeridos

Absorver fluidos, micronutrientes e oligoelementos.


Fornecer uma barreira física e imunológica para micro-organismos,
corpos estranhos e possíveis antígenos consumidos com os alimentos ou
formados durante a passagem do alimento pelo sistema
INTRODUÇÃO

Sistema
gastrointestinal
METABOLISMO DE CARBOIDRATOS
DIGESTÃO DE CARBOIDRATOS

 Maioria dos carboidratos dietéticos – ingerida sob a forma de


amidos, dissacarídeos e monossacarídeos.
 Invariavelmente serão transformados em glicose, frutose e galactose.
 Fibras alimentares – exceção devido suas moléculas se
encontrarem unidas por ligações tipo beta, as quais não existem
enzimas no trato digestivo de mamíferos.
DIGESTÃO DE CARBOIDRATOS

 Processo digestivo inicia na boca – participação da enzima salivar


alfa-amilase ptialina.

 Inicia a ação digestiva pela hidrolise de pequena quantidade de


moléculas de amido em fragmentos menores.
 Inativada após contato com ácido clorídrico.
DIGESTÃO DE CARBOIDRATOS

 Estômago – não reduz os carboidratos maiores a monossacarídeos.


 pH do estômago (entre 1 e 2) – impede a proliferação de
bactérias que poderia ocorrer devido ao longo tempo em que o
alimento permanece no estômago.
 Gastrina – hormônio que estimula a produção do suco digestivo.
Controlada por estimulação nervosa.
 Suco gástrico – composto por água, enzimas e ácido clorídrico.
DIGESTÃO DE CARBOIDRATOS

 Estômago – não reduz os carboidratos maiores a monossacarídeos.


 pH do estômago (entre 1 e 2) – impede a proliferação de
bactérias que poderia ocorrer devido ao longo tempo em que o
alimento permanece no estômago. Pepsina, renina e
lipase gástrica
 Gastrina – hormônio que estimula a produção do suco digestivo.
Controlada por estimulação nervosa.
 Suco gástrico – composto por água, enzimas e ácido clorídrico.
DIGESTÃO DE CARBOIDRATOS

 Polissacarídeos que não sofreram ação da ptialina – iniciam sua


hidrólise no intestino delgado.
 Amilases do pâncreas e do intestino – estimuladas pelo hormônio
secretina.

 Desdobram o amido, o glicogênio e a dextrina em maltose e


maltotriose.
DIGESTÃO DE CARBOIDRATOS

 Bicarbonato de sódio – produzido pelo suco pancreático.


 Neutraliza o bolo ácido que veio do estômago e favorece a
atuação da amilosina (responsável pela degradação do amido
em maltose.
 Suco entérico – produzido pela mucosa intestinal.
 Contém as enzimas maltase, lactase e invertase – responsáveis
pela degradação dos dissacarídeos em glicose, frutose e
galactose.
DIGESTÃO DE CARBOIDRATOS

 Pessoas com doença congênita – não conseguem sintetizar


maltase, lactase ou invertase.
 Não dirigem os dissacarídeos.
 Os açúcares serão fermentados no intestino – causa diarreia e
pode acarretar a morte.
 Coeficiente médio de digestibilidade dos carboidratos – 97%.
ABSORÇÃO DE CARBOIDRATOS

 Monossacarídeos resultantes da digestão dos polissacarídeos


atravessam as células da mucosa intestinal e da corrente
sanguínea para serem carreados pela veia porta para o fígado.
 A velocidade de absorção é diferente entre as hexoses.
Velocidade
 Glicose galactose manose arabinose decrescente
de absorção
ABSORÇÃO DE CARBOIDRATOS

 Baixas concentrações – glicose e galactose são absorvidas por


transporte ativo (demanda energia).
 Provocado por impulsos nervosos gerados pela diferença de carga –
facilita a entrada da glicose e aminoácidos na célula.
 Transporte depende de proteínas especiais, as ATPases, que se
combinam com a substância de um lado da célula, soltando-a do
outro lado.
ABSORÇÃO DE CARBOIDRATOS

 Grandes concentrações de glicose – transportador de glicose


(GLUT) 2 se torna o principal transportador facilitador para a célula
intestinal.
 Frutose – absorção não dependente de energia, porém mais lenta
e feita por difusão facilitada.
 Transporte feito por outro transportador de glicose (GLUT) 5.
ABSORÇÃO DE CARBOIDRATOS

Feito por proteínas especializadas no


reconhecimento da substância -
 Grandes concentrações de glicose – transportador
permeasesde glicose
(GLUT) 2 se torna o principal transportador facilitador para a célula
intestinal.
 Frutose – absorção não dependente de energia, porém mais lenta
e feita por difusão facilitada.
 Transporte feito por outro transportador de glicose (GLUT) 5.
ABSORÇÃO DE CARBOIDRATOS

 Frutose – absorção da frutose livre é mais lenta do que a derivada


da digestão da sacarose.
 Instantemente convertida em glicose conforme atravessa o
epitélio intestinal – passa a ser aproveitada pelo organismo.
 Monossacarídeos absorvidos atravessam o enterócito e vão para a
circulação por difusão facilitada através de uma isoforma do GLUT
2.
ABSORÇÃO DE CARBOIDRATOS

 Frutose – absorção da frutose livre é mais lenta do que a derivada


da digestão da sacarose.
 Instantemente convertida em glicose conforme atravessa o
epitélio intestinal – passa a ser aproveitada pelo organismo.
 Monossacarídeos absorvidos atravessam o enterócito e vão para a
circulação por difusão facilitada através de uma isoforma do GLUT
2.
ABSORÇÃO DE CARBOIDRATOS

 Frutose – absorção da frutose livre é mais lenta do que a derivada


da digestão da sacarose.
 Instantemente convertida em glicose conforme atravessa o
epitélio intestinal – passa a ser aproveitada pelo organismo.
 Monossacarídeos absorvidos atravessam o enterócito e vão para a
circulação por difusão facilitada através de uma isoforma do GLUT
Quanto mais difícil for a transformação do monossacarídeo em glicose =
2. mais demorada é a absorção.
Degradação de moléculas de
amido a glicose
PROCESSO
DE
ABSORÇÃO
DA GLICOSE
TRANSPORTE DA GLICOSE

 Uma das vias de utilização da glicose – formação de glicogênio


hepático e muscular.
 Glicose retirada do sangue pelas células é constantemente
substituída pela glicose derivada do glicogênio do fígado – o nível
de açúcar no sague se mantém dentro de limites bem reduzidos.
 Glicose no plasma sanguíneo (jejum) ao aumentar sua
concentração até 180 a 240 mg% - açúcar aparecerá na urina.
TRANSPORTE DA GLICOSE

 Taxa normal da glicose no sangue – glicemia.


 Hiperglicemia – concentração de glicose no sangue acima do
normal. Característica da diabetes.
 Hipoglicemia – concentração de glicose abaixo do normal.
 Insulina é produzida em quantidades excessivas pelo pâncreas.
 Hipoglicemia prolongada resulta na danificação funcional do
tecido cerebral pela falta de glicose para produção de energia.
TRANSPORTE DA GLICOSE

 Taxa normal da glicose no sangue – glicemia.

 Taxa de glicose no sangue em jejum (pessoa sadia) – varia de 70 a


90 mg%.
 Após a refeição - até 140 mg%.
TRANSPORTE DA GLICOSE

 Insulina – proteína formada por 51 aminoácidos.


 Único hormônio com função de diminuir a taxa de açúcar
sanguíneo – através da síntese de glicogênio e/ou promovendo o
transporte de glicose para os músculos esqueléticos e do coração
para as células do tecido adiposo.
 Aumenta a taxa de utilização da glicose com os propósitos de
oxidação, de glicogênese e de lipogênese.
TRANSPORTE DA GLICOSE

 Glucagon – proteína formada por 29 aminoácidos.


 Responsável pelo controle da glicose sanguínea por estimular a
glicogenólise, a gliconeogênese e liberação de insulina pelo
pâncreas.
 Aumenta a concentração de glicose no sague.
TRANSPORTE DA GLICOSE

 Adrenalina – hormônio produzido pelo córtex da suprarrenal.


 Promove a hidrolise do glicogênio hepático e muscular – fornece
glicose ao sangue.
 Atua na diminuição da liberação de insulina do pâncreas e
aumenta a glicose sanguínea.
 Situações de defesa – glicose liberada serve como energia extra
para responder crises de raiva e de medo ou de fuga.
TRANSPORTE DA GLICOSE

 Adrenalina – aumenta a taxa de mobilização de gordura pela


liberação de ácidos graxos livres das células adiposas para o
metabolismo.
 No organismo ocorre:
 Taquicardia – permite a fuga rápida com mais sangue chegando
aos músculos.
 Aumento de glicose no sangue com aproveitamento de
glicogênio para produção de mais energia.
TRANSPORTE DA GLICOSE

 No organismo ocorre:
 Aumento da frequência dos movimentos respiratórios obtendo
mais oxigênio para as células oxidarem a glicose (aumenta a
temperatura corporal interna)
TRANSPORTE DA GLICOSE

 Glicogênio muscular – não pode ser usado diretamente para


formar glicose.
 Desdobramento do carboidrato muscular produz ácido láctico.
 Inexistência da enzima glicose-6-fosfatase.
 Fonte de energia somente para processos que ocorrem no interior
das células musculares.
TRANSPORTE DA GLICOSE

 Glicogênio hepático – fonte de energia para qualquer tipo de


célula do organismo.
 Cortisol e hidrocortisol – hormônios que aumentam a mobilização
de lipídios do tecido adiposo e de proteínas para serem utilizados
como energia.
 Controlam a síntese de glicose.
GLICOSE – UTILIZAÇÃO PELO ORGANISMO

 Vários processos no organismo utilizam a glicose:


 Gliconeogênese – síntese de glicogênio a partir de ácidos graxos e
proteínas.
 Glicogênese – síntese de glicogênio partir da glicose.
 Glicólise – oxidação da glicose para produção de energia.
 Glicogenólise – catabolismo de glicogênio para produção de
glicose.
GLICOSE – UTILIZAÇÃO PELO ORGANISMO

 Célula viva realiza trabalho de forma constante – a energia


provém da transformação de combustíveis como a glicose (alto
valor energético) em resíduos de menor teor energético.
 A energia é armazenada na adenosina trifosfato (ATP) – utilizada
para o trabalho celular em qualquer ser vivo.
 Principal função da glicose no organismo – 85 g de ATP
armazenados no músculo.
GLICOSE – UTILIZAÇÃO PELO ORGANISMO

 Célula viva realiza trabalho de forma constante – a energia


provém da transformação de combustíveis como a glicose (alto
valor energético) em resíduos de menor teor energético.
 A energia é armazenada na adenosina trifosfato (ATP) – utilizada
para o trabalho celular em qualquer ser vivo.
 Principal função da glicose no organismo – 85 g de ATP
armazenados no músculo.
GLICOSE – UTILIZAÇÃO PELO ORGANISMO

 Hemácias e neurônios – utilizam a glicose como substrato


energético.
 Células do sistema imunológico – consomem a glicose para
manter sua proliferação, formação de anticorpos e atividade
fagocitária.
GLICOSE – UTILIZAÇÃO PELO ORGANISMO

 Captação de glicose do plasma para o espaço intracelular –


realizada por meio de transportadores (GLUTs)
 Diferenciam-se a respeito do alvo intracelular, cinética de
transporte, a especificidade pelo substrato e a distribuição no
organismo.
GLICOSE – UTILIZAÇÃO PELO ORGANISMO

GLUT-1 – aparece em grande quantidade nas células


cerebrais, na placenta, nos olhos e no testículo, além
das células musculares.
GLUT-2 – encontrado em grande quantidade no fígado,
no intestino delgado, nos rins e nas células B do
pâncreas.

GLUT-3 – principal transportador de glicose nas células


do parênquima cerebral.
GLICOSE – UTILIZAÇÃO PELO ORGANISMO

 GLUT-4 – característico de células com metabolismo de


carboidratos dependente da presença de insulina e de células
musculoesqueléticas cardíacas e adipócitos.
 A insulina estimula o transporte de glicose em até 30 vezes.
 GLUT-5 – encontrado no intestino delgado e em menor
concentração nas células do rim, do cérebro, do tecido adiposo e
do testículo.
 Maior afinidade pela frutose do que pela glicose.
GLICOSE – UTILIZAÇÃO PELO ORGANISMO

 GLUT-4 – característico de células com metabolismo de


carboidratos dependente da presença de insulina e de células
musculoesqueléticas cardíacas e adipócitos.
 A insulina estimula o transporte de glicose em até 30 vezes.
 GLUT-5 – encontrado no intestino delgado e em menor
concentração nas células do rim, do cérebro, do tecido adiposo e
do testículo.
 Maior afinidade pela frutose do que pela glicose.
GLICOSE – UTILIZAÇÃO PELO ORGANISMO
DISTRIBUIÇÃO DA GLICOSE NO
ORGANISMO
CARBOIDRATOS E EXERCÍCIOS FÍSICOS

 Principal fonte de energia para realização de exercícios físicos, de


estresse ou de emergência.
 Demanda de energia no musculo maior que a capacidade de
regenerar ATP:
 Utiliza a creatina-fosfato armazenada no músculo, glicogenólise ou
conversão de glicose em ácido láctico.
 Esforço físico de longa duração – glicogênio e ácidos graxos são
os principais combustíveis.
CARBOIDRATOS E EXERCÍCIOS FÍSICOS

 Principal fonte de energia para realização de exercícios físicos, de


estresse ou de emergência.
 DemandaDuração depende
de energia nodamusculo
quantidade de suor
maior queproduzido
a capacidade de
e do
regenerar esgotamento das reservas de nutrientes, glicose
ATP:
e glicogênio
 Utiliza a creatina-fosfato armazenada no músculo, glicogenólise ou
conversão de glicose em ácido láctico.
 Esforço físico de longa duração – glicogênio e ácidos graxos são
os principais combustíveis.
CARBOIDRATOS E EXERCÍCIOS FÍSICOS

Contribuições dos
substratos para o aumento
de energia em exercício
Alimentos ricos
em índice
glicêmico

Alimentos com baixo


índice glicêmico
Alimentos ricos
em índice
glicêmico

Alimentos com índice


glicêmico moderado
METABOLISMO DE PROTEÍNAS
DIGESTÃO DAS PROTEÍNAS

 Ingestão de proteínas no mundo ocidental – 50 a 100 g/dia.


 Grande parte oriunda de produtos de origem animal.
 Ao longo do sistema gastrointestinal – proteínas são adicionadas a
partir de secreções e células desprendidas de tecidos
gastrointestinais.
 Proteínas animais são digeridas de forma mais eficiente que as
proteínas vegetais.
DIGESTÃO DAS PROTEÍNAS

 Eficiência digestiva – bastante alta (3% presentes nas fezes).


 Componentes indigeríveis – tecido conectivo fibroso das carnes,
algumas casas de grãos e partículas das oleaginosas que
escapam das enzimas digestivas.
 Digestão libera aminoácidos simples e dipeptídeo ou tri peptídeos
para serem absorvidos através da mucosa intestinal.
DIGESTÃO DAS PROTEÍNAS

 Forma ativa do seu precursor


pepsinogênio.
 Gera principalmente
 Digestão inicia-se no polipeptídeos de cadeia
estômago – pepsina. curta no estomago.
 Ativada quando em contato
com ácido clorídrico.
 Digere colágeno.
DIGESTÃO DAS PROTEÍNAS

 Gastrina – controla a liberação de pepsina a partir das células na


parede gástrica.
 Secretada em resposta a informações ambientais externas (visão
ou olfato do alimento) ou informações internas (pensar no
alimento).
 Estimula a secreção de ácido clorídrico gástrico – acidificação do
meio.
DIGESTÃO DAS PROTEÍNAS

Acidificação dos alimentos


• Ativa a pepsina
• Mata organismos patogênicos
• Melhora absorção de ferro e
cálcio
• Inativa hormônios de origem
vegetal e animal
• Desnatura as proteínas dos
alimentos
DIGESTÃO DAS PROTEÍNAS

 Acidificação no estômago – provoca desnaturação protéica.


 A quebra das estruturas quaternárias e terciarias permite a ação das
enzimas digestivas – as ligações peptídicas precisam estar expostas.

 Enzimas endopeptidases – hidrolisam ligações peptídicas do interior


da cadeia de aminoácidos formando moléculas menores de
polipeptídeos que seguirão para o intestino delgado.
DIGESTÃO ENZIMÁTICA
DIGESTÃO DAS PROTEÍNAS

 Digestão completada no intestino delgado (duodeno).


 Polipeptídeos provenientes do estômago sofrem no intestino a
ação de três sucos digestivos (alcalinos):
 Do pâncreas
 Do intestino delgado
 Do fígado
DIGESTÃO DAS PROTEÍNAS

 Polipeptídeos sofrem primeiramente ação das enzimas:


 Tripsina – age na ligação peptídica onde a carboxila seja
fornecida por um aminoácidos dibásico.
 Elastase – seletiva para cadeias laterais menores.
 Quimotripsina – seletiva para ligações peptídicas no lado carboxila
de cadeias laterais aromáticos dos aminoácidos aromáticos e de
grandes radicais hidrofóbicos (metionina).
DIGESTÃO DAS PROTEÍNAS

DIGESTÃO NO INTESTINO DELGADO


DIGESTÃO DAS PROTEÍNAS

 Intestino delgado – peptídeos menores sofrem ação de


dipeptidases e exopeptidases.
 Exopeptidases – enzimas que hidrolisam as ligações peptídicas
terminais (ponta da cadeia).
 Carboxipeptidase e aminopeptidase.
DIGESTÃO DAS PROTEÍNAS

 Carboxipeptidase – ataca a parte terminal da cadeia que possui o


grupo carboxílico livre – libera o aminoácido terminal da cadeia
peptídica.
 Aminopeptidase – ataca a parte terminal da cadeia que possui
grupo amino livre.
 Dipeptidase – responsável pela quebra ao final da hidrolise
proteica se sobrar um dipeptídeo.
DIGESTÃO DAS PROTEÍNAS

Digestão de um tetrapeptídeo
DIGESTÃO DAS PROTEÍNAS

Ativação das
enzimas
proteolíticas no
intestino delgado.
DIGESTÃO DAS PROTEÍNAS

 Após atuação das enzimas digestivas – proteínas ingeridas


totalmente hidrolisadas obtendo-se aminoácidos livres e peptídeos
não digeríveis.
 Fatores antinutricionais das proteínas devem ser inativados por
tratamento térmico – não afetar a digestibilidade e
aproveitamento pelo organismo.
DIGESTÃO DAS PROTEÍNAS

Digestibilidade da
proteína

Condições do Fatores
Estrutura
tratamento térmico antinutricionais
DIGESTÃO DAS PROTEÍNAS

 Após atuação das enzimas digestivas – proteínas ingeridas


totalmente hidrolisadas obtendo-se aminoácidos livres e peptídeos
não digeríveis.
 Fatores antinutricionais das proteínas devem ser inativados por
tratamento térmico – não afetar a digestibilidade e
aproveitamento pelo organismo.
ABSORÇÃO DAS PROTEÍNAS
Digestão e
absorção de
proteínas
ABSORÇÃO DAS PROTEÍNAS

 Aminoácidos livres que atravessam as paredes do intestino


delgado são absorvidos e passam para circulação.
 Utilizados para a síntese das proteínas necessárias ao organismo.
 Peptídeos não digeridos – não podem ser absorvidos e eliminados
através das fezes.
ABSORÇÃO DAS PROTEÍNAS

 Absorção ocorre no interior do jejuno e do íleo (partes do intestino


delgado) – projeções semelhantes a tufos de pelos (vilosidades).
 Aminoácidos livres – absorvidos por transporte ativo.
 Utiliza-se o mecanismo de cotransporte de sódio (consumo de
energia) e levados pela corrente sanguínea até o fígado para
posterior distribuição celular.
ABSORÇÃO DAS PROTEÍNAS

 Concentração de aminoácidos no sague – 30 mg%.


 Os aminoácidos são prontamente absorvidos.
 Fígado – armazena temporiamente aminoácido para regular a
concentração no sague.
 Principal regulador do catabolismo de aminoácidos essenciais.
ABSORÇÃO DAS PROTEÍNAS

 Síntese e degradação de proteínas – constantes no organismo.


 Proteínas que não são vaso linfáticos utilizadas são eliminadas.
 Taxa média diária de um adulto de renovação proteína - ~3% do
total corpóreo de proteína.
 Pele – 5 g
 Sangue – 20 g
 Trato intestinal – 70 g
 Massa muscular – 25 g
ABSORÇÃO DAS PROTEÍNAS

 Amônia – produzida pela oxidação dos aminoácidos. Eliminada


através da ureia.
 Ciclo da ureia ocorre no fígado.
 Retirada do nitrogênio do aminoácido – cadeia carbônica segue
para o ciclo de Krebs.
 Ocorre oxidação total do aminoácido produzido energia.
METABOLISMO DAS PROTEÍNAS

 Reações envolvidas no metabolismo dos aminoácidos que


acontecem nas células musculares e hepáticas:
 Desaminação – acontece no fígado.
 Grupo NH2 é retirado do aminoácido através de desaminases.
 Serve para coletar aminoácidos de outros aminoácidos sob a
forma de ácido glutâmico.

Responsável por formar novos aminoácidos no


citoplasma
METABOLISMO DAS PROTEÍNAS

Desaminação
METABOLISMO DAS PROTEÍNAS

 Transaminase – nitrogênio transferido de um α-aminoácido para


um α-cetoácido.
 Resulta no ácido glutâmico – desaminado para produzir amônia.
 Ocorre tanto no citoplasma quanto na mitocôndria.
 Permite a síntese de aminoácidos não essenciais a partir de uma
cadeia carbônica proveniente da glicose.
METABOLISMO DAS PROTEÍNAS
METABOLISMO DAS PROTEÍNAS

 Descarboxilação – produção de compostos aminos


farmacologicamente ativos:
 Dopaminas – neurotransmissores sintetizados a partir da tirosina.
Importantes na síntese de adrenalina.
 Histamina – vasodilatador, sintetizado a partir da histidina.
Responde às reações alérgicas e inflamatórias.
METABOLISMO DAS PROTEÍNAS

 Serotonina – inibidor sináptico das terminações nervosas,


sintetizado a partir do triptofano.
 Responsável pela percepção da dor, distúrbios afetivos, regulação
do sono, temperatura e pressão
 Endorfina – responsável pela supressão da dor no hipotálamo.
SÍNTESE DAS PROTEÍNAS

 Dirigida pelo DNA que contém a informação necessária para


determinar a sequência especifica dos aminoácidos constituintes
de cada proteína.
 Maior parte da síntese proteica ocorre no citoplasma.
SÍNTESE DAS PROTEÍNAS

Proteínas Mais importantes são colágeno e elastina,


estruturais encontradas na pele, na cartilagem e nos ossos.

Proteínas Encontradas nos tecidos dos animais (actina e


contráteis miosina), principalmente no músculo.

Anticorpos Proteínas que participam do mecanismos de defesa


dos animais em resposta a qualquer material estranho
que invada o corpo.
SÍNTESE DAS PROTEÍNAS

 Proteínas sanguíneas
 Albuminas – mantêm a capacidade tampão do sangue, estrutura
das lipoproteínas.
 Fibrinogênio – desempenha papel na coagulação do sangue.
 Hemoglobina – carrega o oxigênio dos pulmões para todas as
células do corpo.
 Hormônios – regulam muitas reações metabólicas.
 Enzimas – catalisam reações de degradação e síntese no
organismo.
PROTEÍNAS

 Eficiência da proteína utilizada para crescimento e manutenção


dos tecidos – determina sua qualidade nutricional.
 Qualidade de uma proteína – determinada pela quantidade de
aminoácidos essenciais em sua composição, disponibilidade e
balanço dos aminoácidos essenciais.
 Baixa digestibilidade da proteína – torna os aminoácidos
indisponíveis para absorção.
PROTEÍNAS
PROTEÍNAS

Balanço
nitrogenado
OBRIGADA
PELA
ATENÇÃO

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