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Regulação da Absorção
Intestinal de Glicose
Modelo clássico...................................................................................................................6
Conclusão............................................................................................................................11
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INTRODUÇÃO
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GLICOSE: IMPORTÂNCIA E TRANSPORTE MEMBRANAR
O epitélio intestinal desde o duodeno até ao cólon, é constituído por enterócitos
ligados entre si por junções apertadas. Este é responsável por várias funções, como por
exemplo o transporte e metabolismo de nutrientes, tais como: monossacarídeos,
aminoácidos, ácidos gordos, minerais (sódio, potássio, bicarbonato e cloreto), protões
e água.
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Figura 3 Intestino delgado: Vilosidades, microvilosidades e lumén
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ligar-se aos iões de sódio, e então três iões de sódio são libertados para
fora da célula.
Com a saída do grupo fosfato, a bomba vai mudar novamente para a sua
forma original, abrindo-se em direção ao interior da célula.
MODELO CLÁSSICO
O modelo clássico de absorção intestinal de glicose, diz que a glicose é captada
ativamente do lúmen intestinal para o interior do enterócito pelo SGLT1, que se
encontra na membrana apical. O SGLT1 contém um local de ligação ao sódio, e essa
ligação leva a que ocorra uma mudança na forma do transportador, tornando-o
acessível à glicose. Desta forma, por cada molécula de glicose que é transportada, 2
iões de sódio (que possuem um gradiente transmembranar, que é gerado pela ATPase
Na/K localizada na membrana basolateral) são transportados na mesma direção.
Depois disso, a glicose que se acumulou é libertada do enterócito para a circulação
sanguínea através de 2 vias diferentes: uma delas envolve o GLUT2 e a outra, por
transporte que envolve vesículas intracelulares ( este transporte precisa da fosforilação
da glicose, a glicose-6-fosfato; transferência da glicose-6-fosfato para o retículo
endoplasmático e posterior libertação da glicose livre desfosforilada para a corrente
sanguínea).
O modelo clássico de absorção intestinal de glicose explica a sua absorção numa vasta
variedade de condições, principalmente perante baixas concentrações luminais de
glicose, ou seja, quando a concentração de glicose no lúmen intestinal é inferior à
plasmática, sendo assim característica de um período antes da refeição.
Qualquer molécula de glicose é captada de forma rápida pelo SGLT1 pois este é um
transportador de alta afinidade e baixa capacidade e o único capaz de transportar a
glicose contra o seu gradiente de concentração. No entanto, este modelo não explica a
absorção intestinal perante altas concentrações luminais de glicose, que ocorrem após
a ingestão de uma refeição, onde o SGLT1 se encontra saturado. In vivo, o que se
verifica é que a absorção intestinal de glicose aumenta de forma linear, parecendo não
ser saturável com o aumento da concentração da glicose luminal. Por isso, este modelo
tem sido posto em causa por vários investigadores.
-Transportador por difusão facilitada com baixa afinidade e alta capacidade, não
dependendo do sódio e insensível à floridzina;
-Transportador ativo, com alta afinidade e baixa capacidade e sensível à floridzina (no
entanto, este ainda não explica o que se passa in vivo e, pode ser ainda um mecanismo
que envolve vesículas intracelulares e endocitose).
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O mecanismo em conjunto entre o SGLT1 e GLUT2 funciona somente quando estão
presentes altas concentrações de glicose no lúmen intestinal, ou seja, durante a
digestão de uma refeição com grandes quantidades de glícidos, fazendo assim uma
absorção facilitada de glicose várias vezes superior àquela que é proporcionada apenas
pelo SGLT1. Nesta situação, o GLUT2 constitui a principal via de absorção intestinal de
glicose. Em contrapartida, antes de uma refeição, quando os níveis de glicose luminais
se apresentam baixos, a presença de GLUT2 apical é reduzida e o GLUT2 basolateral
faz uma operação na direção oposta, fornecendo glicose da corrente sanguínea para o
enterócito, o que contribui para o equilíbrio energético do mesmo.
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REGULAÇÃO DA ABSORÇÃO INTESTINAL DE GLICOSE
Por exemplo, no período que vem após uma refeição não existe uma relação linear
entre os níveis proteicos de SGLT1 membranar e a concentração de glicose luminal,
sendo que a atividade do GLUT2 e os seus níveis na membrana apical, aumentam
proporcionalmente a essa concentração. Logo, temos de nos referir à regulação de cada
um destes transportadores separadamente.
-Pela ingestão de glícidos, sendo ativado por dietas ricas em glícidos simples e com
elevado índice glicémico, ao contrário do que se passa com as dietas de baixo índice
glicémico, pois diminuem a absorção que este transportador proporciona;
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-Pelo stresse, diminuindo em resposta ao stress ambiental e aumentando em resposta
ao stress psicológico, metabólico e stress induzido pela ausência de ingestão de água;
-Por compostos polifenólicos (que são uma classe de compostos químicos, que
consistem em um grupo hidroxilo ligado diretamente a um grupo hidrocarboneto
aromático), sendo inibido por alguns destes componentes presentes na dieta;
Sendo, por isto, o GLUT2 um transportador com uma importante função fisiológica, a
regulação a curto e longo prazo do SGLT1 também tem sido documentada.
-Pela ingestão de glícidos simples e dietas com alto índice glicémico (ao contrário das
dietas de baixo índice glicémico), que diminuem a absorção proporcionada por este
transportador;
-Pelo stress, diminuindo em resposta ao stress psicológico, sendo inibido por alguns
destes componentes presentes na dieta;
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CONCLUSÃO
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BIBLIOGRAFIA
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