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Bioquímica Humana

Aplicada à Nutrição
MARIA JORDANNA SANTOS MONTEIRO

Unidade 04
UNIDADE 4 | Objetivos

1. Compreender como funciona a gliconeogênese e síntese de glicogênio;


2. Saber como é o metabolismo dos lipídios;
3. Compreender o metabolismo das proteínas ;
4. Saber como ocorre o metabolismo e as funções dos minerais.
UNIDADE 4|METABOLISMO ENERGÉTICO

• Aprenderemos mais
sobre o metabolismo
dos carboidratos.
• Estudaremos o
metabolismo das
proteínas, lipídios e
minerais.
GLICONEOGÊNESE

É a síntese de glicose, que ocorre


preferencialmente no fígado e no córtex
renal, embora o jejum também ocorra no
intestino delgado.
A gliconeogênese é fabricada com
precursores não glicídicos e satisfaz as
necessidades de glicose quando sua
disponibilidade derivada da dieta e/ ou
estoque de glicogênio é escassa.
GLICONEOGÊNESE

• Gliconeogênese é o processo através do qual precursores como


lactato, piruvato, glicerol e aminoácidos são convertidos em glicose.
• A maioria dos precursores deve entrar no Ciclo de Krebs em algum
ponto para ser convertida em oxaloacetato.
• O oxaloacetato é o material de partida para a gliconeogênese.
GLICONEOGÊNESE

A gliconeogênese não é simplesmente o inverso da glicólise.


Alguns passos são diferentes de tal forma que o controle de uma via não inativa a
outra. Contudo, muitos passos são os mesmos. Três passos são diferentes da glicólise:

1. Piruvato para fosfofenolpiruvato


2. Frutose-1,6- bisfosfato para Frutose-6-fosfato
3. Glicose-6-Fosfato para Glicose
GLICONEOGENÊSE

As setas vermelhas no mapa metabólico ao


lado indicam os passos diferentes da
glicólise e da gliconeogênese.
METABOLISMO DO GLICOGÊNIO

A glicose, o principal combustível metabólico das


células, é um metabólito essencial para tecidos como
o cérebro e os eritrócitos, que têm um requisito
absoluto de glicose como fonte de energia,
responsável por aproximadamente 80% da glicose
consumida diariamente.
METABOLISMO DO GLICOGÊNIO

• O glicogênio é o principal
polissacarídeo de reserva de
glicose em nosso corpo.
• É um polissacarídeo facilmente
e rapidamente hidrolisado em
situações em que a demanda
por glicose excede a
contribuição externa e também
é rapidamente sintetizado após
a ingestão de carboidratos.
METABOLISMO DO GLICOGÊNIO
VIA DAS PENTOSES FOSFATO

● Via alternativa para a oxidação da glicose, embora não seja sua


função principal.
● A principal diferença da via das pentoses em relação a outras
vias metabólicas é que as reações que ela compreende não
possuem uma sequência única, mas podem ser ordenadas de
diferentes maneiras, dependendo de órgãos ou situações
fisiológicas.
● Não é um caminho que leva a um único produto final, mas,
graças a uma organização em ramos divergentes, possui grande
flexibilidade metabólica.
VIA DAS PENTOSES FOSFATO
METABOLISMO DOS LÍPIDIOS
Oxidação dos ácidos graxos

A oxidação beta dos ácidos graxos é a


principal via de catabolismo
(degradação/síntese) dos ácidos graxos, e
unidades de dois átomos de carbono na
forma de acetil-CoA são liberadas
sequencialmente a partir do terminal
carboxílico.
METABOLISMO DOS LÍPIDIOS
Beta oxidação dos ácidos graxos
METABOLISMO DOS LIPIDIOS
Síntese De Lípidios
METABOLISMO DAS PROTEÍNAS

• Alguns aminoácidos servem produzir moléculas ativas,


como hormônios e neurotransmissores; outros são usados
diretamente para sintetizar proteínas novas.
• Tendo cumprido essas finalidades, os aminoácidos
excedentes não são armazenados como tal ou como
proteínas de reserva.
• Isso faz uma diferença notável em relação aos carboidratos
e lipídios, dos quais existem depósitos importantes em
alguns tecidos (glicogênio e triglicerídeos).
METABOLISMO DAS PROTEINAS
• A primeira reação que os aminoácidos sofrem no seu catabolismo
consiste na separação do seu grupo amino.
• Em termos quantitativos, isso ocorre principalmente no fígado, onde
os aminoácidos liberados nos tecidos diferentes.
• Há uma boa razão para isso: quando o grupo amino é separado do
aminoácido convertido transitoriamente em amônio.
• Esta é uma espécie neurotóxica que somente o fígado pode
efetivamente se transformar em uréia, substância não tóxica que é
excretada na urina.
CICLO DA URÉIA
CICLO DA URÉIA
• A síntese de uréia ocorre através de um conjunto de reações
que formam um ciclo metabólico.
• A maioria das enzimas envolvidos no ciclo é expresso tanto no
fígado quanto nos tecidos extra-hepáticos, mas neste último
as enzimas desempenham funções diferentes da ureogênese,
pois, por exemplo, a síntese de arginina.
• O ciclo completo da uréia ocorre quase exclusivamente no
fígado desde que uma das enzimas necessárias, arginase, é
expressa apenas de uma maneira notável nos hepatócitos,
especialmente nos periportais.
CICLO DA URÉIA
• Parte da ureogênese ocorre nas mitocôndrias e outro no
citosol.
• A primeira reação não pertence adequadamente ao ciclo da
uréia, mas é um processo crucial pois origina o substrato que
o inicia e, além disso, constitui uma etapa fundamental para
sua regulamentação.
• Ao final a uréia produzida se espalha para o sangue e atinge
os rins para ser excretado.
CATABOLISMO DA CADEIA CARBONADA
• Apenas 11 aminoácidos são sintetizados no organismo, porém a
arginina é sintetizada, mas totalmente consumida no ciclo da
uréia o que a torna indispensável na dieta e a cisteína e a
tirosina são sintetizadas a partir da metionina e fenilalanina
(aminoácidos essenciais).
• O catabolismo dos aminoácidos é intenso após uma refeição
protéica, permitindo a formação de grande quantidade de
uréia, resultado da degradação do grupamento amino, como
visto anteriormente.
CATABOLISMO DA CADEIA CARBONADA

Metabolismo cetoácido resultado das reações de transaminação e


desaminação., entretanto, possuem diversos destinos metabólicos
que podem ser reunidos em dois grandes grupos:
1) os cetogênicos;
2) os glicogênicos.
O primeiro grupo (os cetogênicos) corresponde aos que são
degradados em acetil-CoA (de forma direta ou indireta, na forma de
acetoacetil-CoA) e fornecem energia de forma imediata no ciclo de
Krebs.
SÍNTESE DE AMINOÁCIDOS

• O glutamato, glutamina e prolina são sitentizados a partir do


α-cetoglutarato.
• O aspartato é sintetizado a partir do oxalacetato (recebendo o
grupo amino do glutamato).
• A asparagina é sintetizada a partir do aspartato e o grupo
amino provém da glutamina.
• A alanina é oriunda da transaminação do piruvato e glutamato.
SÍNTESE DE AMINOÁCIDOS
• A serina é sintetizada a partir do gliceraldeído-3-fosfato,
sendo que a glicina e a cisteína derivam da serina.
• A arginina é utilizada durante o ciclo da uréia.
• A tirosina origina-se a partir da hidroxilação da
fenilalanina.
METABOLISMO MINERAL

Os principais minerais constituem 60 a 80% de


todo o material inorgânico do corpo e são cálcio
(Ca2+), fósforo (P), magnésio (Mg2), sódio (Na+),
cloro (Cl-), potássio (K+), enxofre e lítio.
METABOLISMO MINERAL

• Os oligoelementos ou estão presentes em quantidades de


mg / g ou menos e são ferro, cobalto, cobre, cromo, flúor,
manganês, molibdênio, silício e zinco.
• Foi sugerido que elementos traços (arsênico, boro, níquel,
silício e vanádio) são essenciais para o ser humano, embora
sua importância nutricional não tenha sido claramente
estabelecida.
CÁLCIO
• Leite e produtos lácteos são as principais fontes de
cálcio. A maioria dos vegetais é rica em cálcio, mas a
presença de certos compostos (ácidos fítico e
oxálico) os faz formar sais de cálcio insolúveis que
impedem sua absorção.
• Também um excesso de magnésio na dieta diminui
a absorção de cálcio.
• Águas ricas em cálcio (águas duras) constituem uma
importante contribuição desse mineral.
CÁLCIO
FÓSFORO

• O fósforo é normalmente encontrado em tecidos animais e


vegetais apenas na forma de radicais fosfato, mas nunca
como fosfito, fósforo elementar ou outra forma.
• Os termos fósforo e fosfato são frequentemente usados ​de
forma intercambiável, mas o termo fosfato (Pi) na verdade
indica a forma inorgânica disponível gratuitamente.
FÓSFORO
• As principais fontes de fósforo são leite, laticínios, ovos,
peixe e carne. Entre os vegetais, feijão, cenoura, trigo,
ervilha, batata e banana são ricos nesse elemento.
• Sob condições normais, é alcançada uma absorção de 80 a
90% do fósforo ingerido.
• A fosfatase alcalina do intestino degrada os ésteres de
fosfato da dieta.
• O fósforo é absorvido no intestino delgado,
predominantemente no jejuno, por processos transcelulares
e paracelulares.
MAGNÉSIO
• O Mg2+ é encontrado principalmente em cereais integrais,
nozes, legumes, carne, frutos do mar, derivados de cacau e
leite (4 e 12 mg de Mg2+/100 ml no leite humano e de vaca,
respectivamente).
• O Mg2+ é crucial para a função de enzimas importantes,
incluindo as da transferência do grupo fosfato.
• o Mg2+ participa da síntese de proteínas, síntese e
estabilidade de ácidos nucléicos e excitabilidade
neuromuscular.
SÓDIO

• O Na+ é normalmente ingerido com alimentos como sal comum (NaCl) e,


portanto, está sujeito a grandes flutuações.
• Muitos dos alimentos e bebidas industrializados e que sofrem processamento
contêm quantidades consideráveis ​de Na+.
• Uma fonte, muitas vezes esquecida, de Na+ é o bicarbonato de sódio.
• O Na+ é o principal cátion do liquido extracelular e intervém, entre outros, nas
seguintes funções: balanço ácido-base; excitabilidade celular; fluxos de solutos
transmembranares; como também na pressão osmótica e volume extracelular.
POTÁSSIO
• O K+ está presente nos alimentos, tanto de origem animal quanto vegetal.
• Carne e leite são fontes adequadas de K+. A maioria das frutas, tomates e
vegetais de folhas verdes são fontes excepcionais de K+.
• A maior parte do K+ do organismo (três quartos do total) está localizada no
tecido muscular.
• As funções do potássio são essenciais para certas funções celulares, incluindo
a regulação do volume e pH celular, síntese de DNA e proteínas, crescimento,
potencial de repouso da membrana e atividade neuromuscular e cardíaca.
FERRO
• Nos alimentos, há o ferro
heme (10%) e o ferro não
heme (90% iônico).
• O ferro não-heme da dieta
existe principalmente na
forma oxidada (Fe3+), que
deve ser reduzida para Fe2+
pela enzima redutase férrica.
FERRO
Obrigada!

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