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METABÓLICOS DOS
CARBOIDRATOS
Christian Grassl
Fonte: Shutterstock.
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por todos os organismos, por isso, o conhecimento das reações químicas
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que retiram a energia da glicose é tão importante para nós, sem contar as
implicações desses processos metabólicos na fisiopatologia de muitas
doenças.
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Há muitos desafios que a oncologia apresenta em relação aos
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conhecimentos dos mecanismos bioquímicos, fisiopatológicos e
farmacológicos; diante disso, será que os conceitos que serão aprendidos
nesta seção serão úteis nesse tipo de segmento de atuação? Pois bem,
teremos um vislumbre disso na situação-problema deste material.
Como você é uma pessoa curiosa e tem desejo por novos aprendizados,
resolveu pesquisar sobre o assunto. A taxa de crescimento do número de
células cancerígenas é muito alta, maior que a taxa de vascularização do
tumor em crescimento, dessa maneira, a maior parte das células do
tumor cresce em condições de hipóxia, pois essas células estão afastadas
dos vasos sanguíneos formados no tumor e, portanto, recebem pouco
gás oxigênio. Ao mesmo tempo, essas células tumorais têm grande
atividade metabólica devido ao grande número de mitoses para o
crescimento do tumor, e essa atividade metabólica alta demanda maior
quantidade de energia. Nesse momento, você se questiona em relação
aos aspectos bioquímicos do crescimento do tumor; você sabe que, em
situação de hipóxia, as células utilizam a fermentação para a manutenção
da glicólise, porém essa via metabólica gera pouca energia quando
comparada à oxidação completa da glicose.
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Como você explica a relação entre essa situação metabólica das células
tumorais e o quadro clínico de hipoglicemia e acidose metabólica?
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Essa questão é apenas o ponto de partida para mais questionamentos e
para estimular a sua procura por mais conhecimentos. A situação-
problema proposta é uma pequena amostra da importância das vias
metabólicas na prática clínica e nas pesquisas na área da Saúde.
CONCEITO-CHAVE
Nesta seção, iniciamos os nossos estudos das vias metabólicas
produtoras de energia, que também fornecem intermediários para várias
vias de biossíntese no organismo. As primeiras etapas da oxidação da
glicose (a fermentação, a glicogênese, a glicogenólise e a gliconeogênese)
são as vias metabólicas que estão presentes nesta seção. Vamos abordar,
também, a digestão e absorção dos carboidratos, bem como o transporte
transmembrana da glicose.
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As vias metabólicas podem ser divididas em catabólicas e anabólicas. As
vias catabólicas ou catabolismo envolvem as reações químicas que
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decompõem moléculas complexas em moléculas mais simples. Como
exemplo, podemos citar a digestão dos carboidratos e a oxidação da
glicose, e ambas serão vistas nesta seção. As reações catabólicas são
importantes para a produção de energia. Já as vias anabólicas ou
anabolismo envolvem as reações que sintetizam moléculas mais
complexas a partir de moléculas mais simples, com utilização de energia
no processo. Como exemplo de anabolismo, podemos citar a síntese de
peptídeos e proteínas a partir dos aminoácidos, como vimos na unidade
anterior.
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glicose. Esse tipo de ligação está presente tanto no amido quanto no
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glicogênio. A celulose, também presente nos vegetais, é composta por
moléculas de D-glicose ligadas entre si por ligações do tipo (beta 1 –> 4),
que não são reconhecidas pelas enzimas alfa-glicosidases, como a alfa-
amilase salivar e alfa-amilase pancreática, portanto, a celulose não é
digerida por nós e nem por outros animais.
EXEMPLIFICANDO
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dos carboidratos, além da absorção dos monossacarídeos pela mucosa
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duodenal.
EXEMPLIFICANDO
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No duodeno e na parte inicial do jejuno, ocorre a absorção dos
monossacarídeos resultantes da digestão dos carboidratos,
especialmente a glicose, que corresponde a mais de 80% de todos os
monossacarídeos absorvidos. O transporte da glicose e da galactose para
o interior das células da mucosa intestinal é concomitante à entrada de
íons sódio com o auxílio de uma proteína transportadora: o
cotransportador de glicose dependente de sódio tipo 1 (SGLT-1), e a
frutose entra nas células da mucosa intestinal com o auxílio de uma
proteína transportadora de glicose tipo (ou isoforma) 5, GLUT-5. Já
digestão dos carboidratos e a absorção dos monossacarídeos no
duodeno estão representados no esquema da Figura 2.11.
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produção de energia, além de atuar como substrato de outras vias
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metabólicas, como a via da pentose-fosfato. O problema é que a glicose é
uma molécula polar e, portanto, não consegue atravessar a barreira
lipídica da membrana plasmática. Então, para entrar na célula, a glicose
necessita do auxílio de uma família de proteínas transmembranas,
chamadas de transportadores de glicose ou GLUT (do inglês glucose
transporter). Muitas isoformas de GLUT já foram identificadas, mas cinco
delas têm importância fisiológica melhor descrita. As isoformas GLUT-1 e
GLUT-3 estão presentes em quase todas as células e são responsáveis
pela captação basal de glicose, independentemente da ação da insulina. A
isoforma GLUT-2 está presente nos hepatócitos e nas células beta-
pancreáticas, e diferentemente das outras isoformas, ela possui um valor
de Km (constante de Michaelis, visto na Seção 3 da Unidade 1) muito alto
para a glicose, ou seja, é necessária uma concentração muito alta de
glicose para ocupar a metade dos sítios ativos das proteínas GLUT-2.
Devido à essa baixa afinidade de GLUT-2 pela glicose, essa isoforma só
capta glicose em quantidade significativa em situação de hiperglicemia,
como ocorre logo após as refeições.
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glicose, o que resulta em maior produção de energia armazenada nas
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moléculas ATP (trifosfato de adenosina). Nas membranas plasmáticas
dessas células, existem os canais de potássio (K+) que são sensíveis ao
ATP, permitindo a saída (ou efluxo) dos íons potássio das células, e na
presença de maior quantidade de ATP na célula, os canais de K+ sensíveis
ao ATP assumem uma conformação fechada, impedindo a saída de íons
potássio da célula. A consequência disso é o acúmulo de cargas positivas
na célula beta-pancreática, o que leva à despolarização dessa célula, logo,
os canais cálcio-voltagem dependentes são ativados, permitindo a
entrada (ou influxo) de íons cálcio na célula. O aumento da concentração
intracelular de íons cálcio resulta na exocitose das vesículas que contêm
as moléculas de insulina, dessa forma, a insulina é liberada para a
corrente sanguínea para exercer seus efeitos hipoglicemiantes, como será
visto adiante. Na figura 2.12, podemos ver um esquema ilustrativo do
mecanismo de secreção da insulina pelas células beta-pancreáticas
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consome energia. A etapa da fosforilação é essencial para reter a glicose
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dentro da célula, pois a glicose fosforilada não interage com GLUT,
portanto, não tem como sair da célula. Além disso, a fosforilação
desestabiliza a estrutura da glicose, facilitando as outras reações químicas
que utilizam a glicose como substrato.
A glicose 6-fosfato pode ser utilizada por várias vias metabólicas, como a
glicogênese (formação do glicogênio), a oxidação pela via da pentose-
fosfato para a síntese de ribose 5-fosfato (carboidrato essencial para a
síntese dos ácidos nucleicos RNA e DNA) e a oxidação pela glicólise para
produção de energia.
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visto que essas células consomem muita energia nos processos de
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contração muscular. No caso dos hepatócitos, o glicogênio é usado para a
manutenção da glicemia, pois são as únicas células que possuem a
enzima glicose 6-fosfatase, que catalisa a clivagem do grupo fosfato da
glicose 6-fosfato, o que resulta na formação da glicose livre, que interage
com GLUT e consegue sair da célula. Dessa forma, os hepatócitos
conseguem liberar a glicose dos seus estoques de glicogênio para a
corrente sanguínea, mantendo a normoglicemia nos períodos entre
refeições e jejum.
REFLITA
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uma cadeia de glicose já existente, podendo ser um fragmento de
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glicogênio ou a proteína glicogenina. Essa proteína catalisa a formação de
uma pequena cadeia de glicose a partir das moléculas de glicose
fornecidas por UDP-glicose, assim, a associação entre a glicogenina e a
curta cadeia de glicose serve como um iniciador de glicogênio para a ação
da enzima glicogênio sintase. As ramificações do glicogênio são
catalisadas pela enzima ramificadora e, depois, alongadas pela enzima
glicogênio sintase.
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de glicose do glicogênio, liberando a glicose 1-fosfato, que, em seguida,
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sofre a ação da enzima fosfoglicomutase para ser convertida em glicose 6-
fosfato. O metabolismo do glicogênio depende de um equilíbrio entre as
atividades das enzimas glicogênio sintase e glicogênio fosforilase, sendo
que ambas as atividades enzimáticas são reguladas por hormônios. A
insulina estimula a atividade da enzima glicogênio sintase e, portanto,
estimula a glicogênese, enquanto a adrenalina e o glucagon estimulam a
atividade da enzima glicogênio fosforilase e, consequentemente,
aumentam a taxa de glicogenólise. Podemos ver na figura 2.15 o esquema
da glicogenólise.
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carbonos, o piruvato. Essa via catabólica ocorre no citosol, fazendo parte
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da respiração celular anaeróbica, isto é, reações oxidativas que produzem
energia na ausência do gás oxigênio.
ASSIMILE
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duas moléculas de três carbonos, gliceraldeído-3-fosfato e di-
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hidroxiacetona-fosfato. Essa reação química é catalisada pela enzima
aldolase e, assim, encerramos a primeira fase da glicólise: a preparatória,
que se encontra esquematizada, para melhor compreensão, na Figura
2.16.
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reação catalisada pela enzima triose-fosfato-isomerase, é convertida em
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gliceraldeído-3-fosfato, portanto, na fase de pagamento, temos duas vias
metabólicas acontecendo em paralelo, ambas iniciando com
gliceraldeído-3-fosfato. A primeira reação química da fase de pagamento
é justamente a de oxidorredução. Nessa reação catalisada pela enzima
gliceraldeído-3-fosfato-desidrogenase, o gliceraldeído-3-fosfato é oxidado,
resultando em 1,3-bifosfoglicerato; os elétrons resultantes da oxidação
são transferidos para NAD+ (nicotinamida adenina dinucleotídeo), uma
molécula carreadora de elétrons, originando a forma reduzida dessa
molécula: NADH, que transporta os elétrons para a cadeia respiratória da
mitocôndria para o processo de fosforilação oxidativa (conceito que será
desenvolvido na próxima seção).
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Figura 2.17 | Esquema da fase de pagamento da glicólise
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Fonte: elaborada pelo autor.
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uma molécula de dois carbonos. Nessa reação química também ocorre a
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transferência de elétrons para uma molécula NAD+, formando NADH,
que, em seguida, transporta esses elétrons para a cadeia respiratória
para o processo de fosforilação oxidativa. Na Figura 2.18, temos um
esquema representativo da oxidação do piruvato.
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regenerar NAD+: a fermentação.
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Na fermentação, o piruvato é reduzido à lactato em uma reação
catalisada pela enzima lactato desidrogenase. Os elétrons, para a redução
do piruvato, são provenientes de NADH, que, por sua vez, sofre oxidação,
tomando a forma de NAD+. Dessa maneira, a fermentação permite que a
glicólise continue funcionando em situações de anóxia ou hipóxia, por
meio da regeneração da forma NADH à forma NAD+. A maioria dos
organismos realizam a fermentação láctica, porém existem espécies de
fungos e bactérias que são capazes de realizar a fermentação alcoólica. A
finalidade da fermentação alcoólica é a mesma, ou seja, regenerar NAD
para manter a glicólise funcionando. Nesse tipo de fermentação, há duas
reações químicas, sendo a primeira a conversão do piruvato em
acetaldeído (reação catalisada pela enzima piruvato-descarboxilase e com
a produção de uma molécula de CO ); na segunda reação, ocorre a
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Os aminoácidos, antes de serem utilizados em várias vias metabólicas,
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têm os seus grupos amino removidos, resultando em alfa-cetoácidos,
como alfa-cetoglutarato, e muitos desses alfa-cetoácidos são precursores
de intermediários do ciclo do ácido cítrico e originam as moléculas de
oxaloacetato, que é precursor do fosfoenolpiruvato, um dos
intermediários da gliconeogênese, e o lactato, que é convertido em
piruvato, outro intermediário da gliconeogênese.
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O ciclo de Cori está representado na Figura 2.21.
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Figura 2.21 | Esquema representativo do ciclo de Cori
EXEMPLIFICANDO
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para esse paradoxo da ação do lactato está na reação química
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da fermentação láctica, que é reversível e catalisada pela
enzima lactato desidrogenase.
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Aqui terminamos esta seção dedicada ao estudo da digestão e absorção
de carboidratos, bem como das vias metabólicas glicólise, oxidação do
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piruvato, fermentação, glicogênese, glicogenólise e gliconeogênese. Na
próxima seção, estudaremos a bioenergética, destacando os conceitos de
função e síntese de ATP, fosforilação oxidativa e via da pentose-fosfato.
Questão 2
A glicose é uma molécula polar e, portanto, não consegue atravessar a
barreira lipídica da membrana plasmática, logo, para entrar na célula, ela
necessita do auxílio de uma família de proteínas transmembranas,
chamadas de transportadores de glicose (GLUT). Existem várias isoformas
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de GLUT com diferenças espaciais, físico-químicas e funcionais.
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Em relação às diferentes isoformas de GLUT, assinale a alternativa
correta.
a. As isoformas GLUT-1 e GLUT-3 estão presentes em quase todas as células e são responsáveis
pela captação basal de glicose. A quantidade e a atividade dessas isoformas de GLUT dependem
da ação da insulina.
b. GLUT-2 das células beta pancreáticas serve como sensor de glicemia; só é ativo em casos de
hiperglicemia, como ocorre logo após as refeições, e sua ativação leva à liberação de insulina
pelas células beta pancreáticas.
d. A isoforma GLUT-4 está presente nas fibras musculares e adipócitos, permitindo a captação
basal de glicose por essas células. A quantidade dessa isoforma nas células não depende da
ação da insulina.
Questão 3
Em caso de parada cardíaca, cessa o fluxo sanguíneo aos tecidos e,
portanto, estabelece-se uma situação de anóxia ou hipóxia. Após a
ressuscitação cardiopulmonar (RCP), a função cardiovascular é retomada,
permitindo o retorno da circulação sanguínea e, portanto, da oferta de
gás oxigênio aos tecidos. Porém, verifica-se que o paciente apresenta
acidose metabólica pós-RCP.
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c. O gás oxigênio não é importante para a produção de energia, pois a respiração anaeróbica,
representada pela glicólise, é a principal fornecedora de ATPs para as necessidades das células.
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d. Na parada cardíaca, ocorre aumento das taxas de glicogenólise e gliconeogênese, o que
possibilita maior oferta de glicose para a fermentação. Nessa via metabólica, a glicose é
convertida em lactato, que, em excesso, provoca acidose metabólica.
REFERÊNCIAS
ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de química: questionando a vida
moderna e o meio ambiente. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2012.
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NELSON, D. L.; COX, M. M. Ciclo do ácido cítrico. In: NELSON, D. L.; COX, M.
M. (Org.). Princípios de bioquímica de Lehninger. 6. ed. Porto Alegre:
s e õ ç at o n a r e V
Artmed, 2014.