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24/09/2022

Bioquímica
Profª:Veronica Campos
Enfermeira
Especialista em Pediatria e Neonatologia
com aperfeiçoamento em gestão do SUS

Plano de Ensino

 Ementa
A disciplina fornecerá subsídios para o reconhecimento e compreensão da importância biológica
dos carboidratos e lipídios.

 Objetivos Gerais

A disciplina visa fornecer conhecimentos a respeito da:


 Estrutura química das biomoléculas de carboidratos;
 Metabolismo de carboidratos;
 Estrutura química das biomoléculas de lipídeos;
 Metabolismo de lipídeos
24/09/2022

Plano de Ensino

 Objetivos Específicos
 Levar ao aluno a reconhecer as diferentes biomoléculas, suas funções mais
importantes e conhecer o metabolismo de carboidratos e lipídeos visando o seu
bom desempenho nas disciplinas subsequentes.

 Competências
 Reconhecer as estruturas e funções de Carboidratos e Lipídeos, conhecer
seu metabolismo e a interação existente entre o metabolismo energético

Conteúdo Programático

1 - INTRODUÇÃO A BIOQUÍMICA
 Conceitos de vias metabólicas de síntese (anabólicas) e de degradação (catabólica);
 Sistema tampão e equilíbrio ácido-base
 Enzimas – conceito geral e processos de inibição enzimática.

2- ESTRUTURA DOS CARBOIDRATOS

• Conceito e importância;
• Estrutura química e classificação;
• Digestão de carboidratos absorção e transporte
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Conteúdo Programático

 CADEIA RESPIRATÓRIA
 Cadeia de transporte de elétrons e fosforilação oxidativa;

 CICLO DE KREBS ou CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO


 Reações do ciclo e produção de energia;
 Regulação do ciclo de Krebs;

• METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS


 Glicólise aeróbica e anaeróbica;
 Metabolismo do Glicogênio;
 Gliconeogênese (incluindo Ciclo de Cori);
 Via das Pentoses;
 Regulação hormonal da glicemia, vias hiperglicemiantes e vias
hipoglicemiantes;

 ESTRUTURA DOS LIPÍDEOS


 Estrutura e classificação e função dos lipídeos;
 Ácidos Graxos essenciais e não essenciais;
 Digestão dos lipídeos e absorção
 Transporte de lipídeos;

METABOLISMO DOS LIPÍDEOS:


• Degradação de Ácidos graxos e Triacilglicerol;
• Síntese de Ácidos graxos e Triacilglicerol;
• Metabolismo do Colesterol (síntese, degradação e excreção)
• Cetogênese e Cetólise;
• Regulação hormonal da Lipemia.
• Interrelaçãodo metabolismo energético.
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Básica

 AREAS, Ana Paula. Bioquímica humana. São Paulo: Pearson, 2015.


 BELLÉ, LuzianePotrich. Bioquímica Aplicada: reconhecimento e
caracterização de biomoléculas. São Paulo: Érica, 2014.
 BERG, Jeremy Mark. Bioquímica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
 Complementar
 BENDER, D. et al. Bioquímica ilustrada de Harper (Lange).30 ed. Porto
Alegre: AMGH, 2017.
 BETTELHEIM, Frederick A. Introdução à bioquímica. São Paulo: Cengage
Learning Editores, 2016.
 BETTELHEIM, Frederick A. Introdução à química geral, orgânica e
bioquímica. São Paulo: Cengage Learning Editores, 2016.
 CAMPBELL, Mary K..Bioquímica. São Paulo: Cengage Learning Editores,
2016.

Introdução a Bioquimica

 A bioquímica é o estudo da base molecular da vida.


 Os mecanismos químicos de muitos processos centrais da vida são agora
conhecidos.

A descoberta da estrutura em dupla hélice do ácido


desoxirribonucléico (DNA), a elucidação do fluxo de
informação do gene para proteína, a determinação da
estrutura tridimensional e dos mecanismos de ação de
muitas moléculas protéicas, o esclarecimento das vias
metabólicas centrais são alguns dos mais destacados
feitos da bioquímica.
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Introdução a Bioquímica

A disciplina de Bioquímica irá discutir o metabolismo de carboidratos e lipídios e


permitirá que você tenha uma visão crítica sobre as informações veiculadas, além
de possibilitar a aquisição de conhecimentos importantes para as matérias
subsequentes e para a atuação profissional.

Você verá que a matéria está repleto de reações químicas, pois a Bioquímica
estuda como o organismo funciona como um sistema químico; o importante é
que você tenha uma visão ampla de como essas reações estão interligadas.
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24/09/2022

• É encontrado nos líquidos intercelulares e no plasma sangüíneo.


(PO4 —-) Íon No esqueleto, o íon fosfato, sob a forma de fosfato de cálcio,
Fosfato confere rigidez aos ossos. São fundamentais nos processos de
transferência de energia na célular.
• É o átomo central das moléculas de clorofila. Essa substância é
fundamental na captação da energia solar, indispensável para a realização
(Mg ++) íon do processo de fotossíntese. (Cl-) Íon Cloreto - É um dos componentes
Magnésio do suco gástrico de animais sob a forma de ácido clorídrico HCl.
Participa dos processos de equilíbrio hídrico celular.

(Fe++) Íon • É um dos constituintes das moléculas da hemoglobina presente


Ferro nas hemácias, responsável pelo transporte de gases da respiração
pelo sangue. Também atua na fotossíntese.
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Carboidratos

Carboidratos
Estrutura e função dos carboidratos

 Os carboidratos são compostos que têm na sua estrutura os elementos químicos carbono,
hidrogênio e oxigênio.
 Geralmente, eles apresentam como fórmula geral (CH2 O)n, sendo n ≥ 3. A maioria dos
carboidratos pode ser representada dessa forma, mas não todos, pois alguns contêm nitrogênio,
fósforo ou enxofre, que não estão incluídos nessa fórmula.

O nome carboidrato indica que eles são hidratos de carbono

A terminação ose é frequentemente utilizada na


nomenclatura dos carboidratos, mas nem todos têm o
nome terminado dessa forma.
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 Os carboidratos também podem ser chamados de:


 Açúcares, Glicídios, Sacarídeos, Hidratos de Carbono.
 São composto orgânicos formados por: C, H,O (N*, P*, S*).
 Função: Energetica e estrutural
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 Moléculas orgânicas mais abundantes na natureza


 Constitui cerca de 75% de matéria seca das forragens, sendo a principal
fonte de energia para os ruminantes.
 Destaca-se o amido e a celulose
 Associada a celulose esta a lignina = indigesta
 Fórmula empírica (carboidratos simples) = (CH2O)n
 Incolores, sólidos cristalinos, solúveis e adocicados
 Variedade de funções

• Adesão, reconhecimento, comunicação celular, imunidade, etc

Glicoproteínas Proteoglicanos
Glicolipídios
Glicanos

Proteína

Outras glicoproteínas:
- imunoglobulinas, hormônios
Outros glicolipídios:
- glicoesfingolipídios (grupos
sanguíneos),
Proteína
central
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Carboidratos

 São compostos formados por uma cadeia carbônica não-ramificada, contendo um grupo aldeído ou
um grupo cetona e dois ou + grupos hidroxilas

Grupo Aldeído

Grupo Cetona

ALDOTRIOSE
(Gliceraldeído)
CETOTRIOSE
(Diidroxiacetona)

carboidratos
 Todos os monossacarídeos, exceto a diidroxiacetona, contêm 1 ou + carbonos assimétricos (quirais)
e, assim, ocorrem em formas isoméricas opticamente ativas = enantiômeros.

espelho

D-gliceraldeído L-gliceraldeído

 nº isômeros ópticos diferentes = 2n (n = nº centros quirais)


 a maioria das hexoses encontradas nos organismos vivos são D-isômeros
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 Classificação:
 Monossacarideos: 1 molécula
 Oligosacarideos: 2 a 7 moléculas juntas
 Polissacarideos: acima de 10 moleculas

Ligação glicosídica  formada quando o carbono de 1


monossacarídeo reage com o grupo hidroxila de outro
monossacarídeo
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Classificação dos monossacarídeos

 As funções orgânicas encontradas em carboidratos são aldeído e cetona.


 Aqueles que apresentam a função orgânica aldeído são chamados aldoses e os que apresentam
cetona são chamados cetoses.

 Denomina-se aldeído todo composto orgânico que tem o grupo carbonila ligado a 1 hidrogênio;
e cetona o que tem o grupo carbonila entre 2 carbonos (figura a seguir).
 O grupo funcional aldeído está sempre em uma extremidade da cadeia; já o grupo funcional
cetona está sempre em uma porção interna da cadeia.

Formula Geral: Cn H2n On


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(CH2O)n  n = 300 - 700

Dissacarídeos
(2 unidades)

Oligossacarídeos
(3-10 unidades)

Polissacarídeos
(+10 unidades) Celulose, amilopectinas
e pectinas
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Glicogênio
 Principal polissacarídeo de armazenamento das células animais.
 Subunidades de glicose, ramificado, mais compacto que o amido.
 Abundante no fígado e presente também no músculo esquelético

O catabolismo, também chamadas de vias de degradação, são


as que quebram moléculas complexas nos seus constituintes,
ou seja, em moléculas mais simples. Nelas, ocorre a liberação
de energia, como por exemplo a produção de aminoácidos a
partir de proteínas, que serão utilizados em outros processos do
organismo.

Anabolismo, conhecidas também como


vias de síntese, são as que formam
moléculas complexas a partir de
moléculas simples e, nesse processo, há
consumo de energia. O anabolismo é
chamado de reação de síntese ou de
reconstrução e tem como principal
consequência a formação de moléculas
complexas a partir de moléculas simples.
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24/09/2022

Digestão

Enzimas

• Para que o metabolismo funcione de maneira compatível com as


nossas necessidades fisiológicas, as reações precisam acontecer de
maneira rápida e isso só é possível devido à ação de moléculas
catalisadoras que são as enzimas.
• A maior parte das enzimas são moléculas de natureza proteica, ou
seja, são formadas por aminoácidos.
• As enzimas são sintetizadas pelo nosso próprio organismo pelas
informações contidas na molécula de DNA, portanto, o
funcionamento correto do nosso metabolismo está diretamente
ligado ao nosso material genético.

 A digestão que ocorre na boca é breve, pois o alimento permanece


na boca apenas durante a mastigação.
 Quando o bolo alimentar, juntamente com a enzima α-amilase
salivar, chega ao estômago, a enzima é inativada devido à acidez do
estômago.
 O conteúdo do estômago chega ao intestino delgado, o qual recebe
do pâncreas bicarbonato de sódio, o qual neutraliza a acidez do
estômago e a enzima α-amilase pancreática, a qual continua o
processo de digestão quebrando as ligações glicosídicas α-1,4.
 A digestão continua no jejuno superior pelas enzimas sintetizadas
pelas células da mucosa intestinal, como a isomaltase, a maltase, a
sacarase e a lactase.
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 Como resultado da digestão dos carboidratos, são formados


monossacarídeos.
 Predominantemente, os monossacarídeos são absorvidos pela
mucosa intestinal.
 O duodeno e o jejuno superior absorvem a maior parte.
 Existem dois processos para a absorção de monossacarídeos.
 Um deles é dependente de íons sódio e de uma classe de proteína
cuja sigla é SGLT. Esse processo envolve o gasto de energia.
 O outro transporte não envolve gasto de energia, mas envolve uma
classe de proteínas transportadoras de glicose designadas pela
sigla GLUT.

 Como o processo de absorção ocorre predominantemente


para os monossacarídeos, qualquer defeito nas
dissacaridases causa problemas.
 O dissacarídeo não digerido passa para o intestino grosso e,
como consequência disso, ocorre a passagem de água para
o intestino grosso.
 As bactérias, presentes no intestino grosso, fazem a
fermentação, utilizando o dissacarídeo como substrato.
 Nesse processo são formados ácido lático, CO2 e H2;
causando cólicas abdominais, diarreia e flatulência.
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 Deficiência de dissacaridases específicas = intolerância a dissacarídeos

 Intolerância a lactose
 -  quantidade de enzima lactase (doenças hereditárias, má-absorção, diarréia, fármacos)

Sacarose: é encontrada em abundância nas frutas,


na cana-de-açúcar, na beterraba e no mel. Lactose:
está presente no leite e em seus derivados. Maltose: é
encontrada em vegetais, porém está presente em
alimentos como pães, doces e na fabricação de cerveja

 Para que o metabolismo funcione de maneira compatível com as nossas necessidades


fisiológicas, as reações químicas precisam acontecer de maneira rápida, o que só é
possível devido à ação de moléculas catalisadoras, que são as enzimas. Elas catalisam as
reações que constroem e destroem as moléculas. A insuficiência na produção ou na remoção
de substâncias pode levar a condições patológicas.
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Transporte de glicose para dentro da célula

 A glicose entra nas células através dos transportadores de glicose (GLUTs).


 Quatorze transportadores de glicose são conhecidos: eles são numerados de 1 a
14. Essa numeração indica a ordem de descoberta.
 Com a ligação da glicose extracelular, ocorre uma mudança na conformação do
transportador, o que permite a entrada da glicose para o meio intracelular.

 A glicose não pode difundir diretamente para dentro das células; portanto ela utiliza um dos
dois mecanismos de transporte: difusão facilitada ou um sistema de co-transporte.

A difusão facilitada é o transporte passivo de


substâncias pela membrana plasmática, sem
gasto de energia metabólica da célula

Outras substâncias podem se


aproveitar desse gradiente de
concentração e serem transportadas
juntamente com o sódio. Quando
forem transportadas na mesma
direção, chama-se co-transporte ou
simporte.
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 Esse é processo requer energia e que transporta glicose contra um gradiente de concentração –
de concentrações menores de glicose, fora da célula, para um meio com concentrações
maiores, no interior da célula.

GLICÓLISE
• É a via pela qual na maioria das células, ocorre o maior fluxo de carbono.
• Em certos tecidos e tipos celulares de mamíferos, a glicose por meio da glicólise é
a principal fonte de energia metabólica.

 Dentro das células, a glicose pode ter vários destinos, dependendo da condição
fisiológica do organismo e da disponibilidade de oxigênio.
 Caso o organismo necessite de energia e tenha oxigênio disponível, a glicose pode ser
quebrada liberando CO2 , H2 O e energia.
 Essa quebra envolve cinco etapas: a via glicolítica, também chamada de glicólise; a
conversão de piruvato em acetil-CoA; o Ciclo de Krebs; a cadeia de transporte de
elétrons e a fosforilação oxidativa. Todos esses processos são chamados de respiração
celular.

Todos esses processos são chamados de respiração


celular.

Caso o organismo não necessite de energia, a glicose


pode ser armazenada na forma de glicogênio, utilizado
nos momentos de necessidade.
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Via glicolítica ou glicólise

 A glicólise pode acontecer tanto na presença de oxigênio (e nessa condição é chamada de


glicólise aeróbica) quanto na ausência de oxigênio (quando é denominada glicólise
anaeróbica).
 A glicólise aeróbica tem como produto final o piruvato, porém ele é convertido em acetil-
CoA, passando posteriormente pelo Ciclo de Krebs, pela cadeia de transporte de elétrons
e pela fosforilação oxidativa.
 Portanto, na presença de oxigênio, a glicólise é apenas o primeiro passo da degradação da
glicose.
 A glicólise anaeróbica tem como produto final o lactato, que vai para a corrente
sanguínea.

 A primeira fase é chamada de fase de investimento ou fase preparatória; nela os compostos


intermediários são fosfosforilados por intermédio do grupo fosfato obtido do ATP.
 Ela compreende as cinco primeiras reações da glicólise e são gastas 2 moléculas de ATP.
 As cinco reações subsequentes fazem parte da fase de produção ou fase de pagamento;
nela são produzidas 4 moléculas de ATP e 2 moléculas de NADH (nicotinamida adenina di
nucleotídeo).
 Em termos de produção de energia, a glicólise aeróbica contribui com 2 moléculas de ATP,
pois 4 moléculas de ATP são produzidas na fase de produção, mas 2 moléculas foram
consumidas na fase de investimento.
24/09/2022
24/09/2022

CONHECEM O ATP?

INVESTIMENTO $$ = 2 ATP
(síntese de formas fosforiladas)

PRODUÇÃO $$= 4 ATP e 2 NADH

PAGAMENTO $$ =
2 ATP + 2 NADH
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Fase de “investimento” de E!

1. Fosforilação da glicose (irreversível)


• Na primeira reação da glicólise, ocorre sua
fosforilação, ou seja, a adição de um grupo
6 fosfato adquirido por intermédio de uma
molécula de ATP.

• Essa reação é catalisada por duas enzimas, a


Hexoquinase
hexoquinase (maioria dos tecidos, que atua no
fígado e nas células b do pâncreas)

• O grupo fosfato é adicionado ao carbono de


número 6 da glicose : obtida a glicose 6-fosfato

Fase de “investimento” de E!

2. Conversão da glicose-6-fosfato em frutose-6-fosfato

Essa reação é reversível, sendo que tanto


a glicose 6-fosfato pode formar frutose 6-
fosfato quanto o inverso pode acontecer.
O que dita qual reação ocorrerá é a
quantidade de cada substância.
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Fase de “investimento” de E!
3. Fosforilação da frutose-6-fosfato em frutose 1,6-A fosforilação da frutose 6-fosfato é
6
bifosfato (irreversível)
1
similar à da glicose. A frutose 6-fosfato
recebe um grupo fosfato, que é transferido
da molécula de ATP através da ação de
Fosfofrutoquinase-1 uma quinase: a fosfofrutoquinase. Essa
(PFK-1)
reação é irreversível e é considerada a
segunda ativação da glicólise

6 1

4. Quebra da frutose 1,6-bifosfato em:


Diidroxiacetona-fosfato + Gliceraldeído-3-fosfato

A próxima reação da glicólise é a


quebra da frutose 1,6-difosfato em duas
moléculas: gliceraldeído 3-fosfato e
diidroxiacetona fosfato. Essa reação é
Aldolase
catalisada pela enzima aldolase e é
reversível
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5. Conversão de diidroxiacetona fosfato em gliceraldeído 3-fosfato

A diidroxiacetona fosfato é transformada em


gliceraldeído 3-fosfato por meio da enzima triose Essa reação é de extrema importância
fosfato isomerase. A enzima que faz essa para a continuação da via glicolítica,
conversão é uma isomerase, pois gliceraldeído 3- pois apenas o gliceraldeído 3-fosfato é
fosfato e diidroxiacetona fosfato são isômeros substrato para a próxima enzima.

 As cinco primeiras reações da glicólise são: fosforilação da glicose, isomerização


da glicose 6-fosfato, fosforilação da frutose 6-fosfato, quebra da molécula frutose
1,6-difosfato e conversão de diidroxiacetona fosfato em gliceraldeído 3-fosfato.

Essas reações fazem parte da primeira etapa da glicólise,


que é a de investimento ou preparatória.
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6. Oxidação do gliceraldeído-3-fosfato em 1,3-bifosfoglicerato

A primeira reação da fase de produção


gliceraldeído 3-fosfato desidrogenase é a transformação das duas moléculas
de gliceraldeído 3-fosfato, geradas na
fase de investimento, em duas
moléculas de 1,3-difosfoglicerato.

Quando se associam a moléculas


orgânicas não proteicas, recebem o
nome de coenzimas. Elas podem
atuar de duas maneiras:
associando-se no momento da
catálise ou encontrando-se
covalentemente ligadas à enzima

7. Transferência de Pi do 1,3-bifosfoglicerato para o ADP

A segunda reação da fase de produção é a transformação de 1,3-difosfoglicerato em 3-


fosfoglicerato através da ação da enzima fosfoglicerato quinase.
Nessa reação, ocorre a produção de uma molécula de ATP por molécula de 1,3-difosfoglicerato
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8. Conversão do 3-fosfoglicerato em 2-fosfoglicerato

fosfoglicerato
mutase

9. Desidratação do 2-fosfoglicerato em fosfoenolpiruvato

enolase
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10. Transferência do grupo fosfato do fosfoenolpiruvato para ADP (irreversível)

+
piruvato
quinase

As reações de 6 a 10 fazem parte da +


fase de produção da glicólise e têm
como principais produtos a formação de
quatro moléculas de ATP, duas
moléculas de NADH e duas moléculas
de piruvato
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BALANÇO FINAL DA GLICÓLISE

Glicose + 2NAD+ + 2ADP + 2Pi 2 Piruvato + 2NADH + 2H+ + 2ATP + 2H2O

Destino do piruvato em condições anaeróbicas

FERMENTAÇÃO (hipóxia)

células
musculares
muito ativas

Via glicolítica

Eritrócitos
(desprovidos de mitocôndria)
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Destino do piruvato em condições anaeróbicas

Leveduras de
FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA
cervejaria e
(microrganismos, algumas plantas) padaria

piruvato
descarboxilase

Ausente nos tecidos


animais

álcool
desidrogenase

Relembrando a glicólise....

Glicose
(6 carbonos) 2 ATPs
G
L 2 NADH
I
C
Ó 2 PIRUVATOS
L (3 carbonos)
I
S
E
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Destino do piruvato em condições anaeróbicas: HOMEM

Ciclo Do Ácido Cítrico


 Desempenha diversos papéis no metabolismo
 É a via final para qual converge o metabolismo oxidativo dos carboidratos,
amimoácidos, ácidos graxos, onde os seus esqueletos de C são convertidos em
CO2 e H2O.
 Essa oxidação fornece a maior parte do ATP

2 piruvatos
ONDE OCORRE?
NA MATRIZ MITOCONDRIAL

Matriz mitocondrial
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Produção de Acetil-CoA

lipoato CoA TPP FAD CO2


+
CO2 +
H+
NADH
NAD+ NADH

2 piruvatos E1
E3
E2
Complexo CoA = coenzima A
piruvato TPP = tiamina pirofosfato
desidrogenase FAD = flavina adenina
dinucleotídeo
NAD = nicotinamida adenina
dinucleotídeo

Regulação da produção de Acetil-CoA


Regulação alostérica do complexo da piruvato desidrogenase

-  [AMP] -  Acetil-CoA
E1
E3 -  [ATP]
-  [ADP] (+) E2 (-)
-  [NADH]
-  [NAD+] Complexo piruvato
desidrogenase
- ácidos graxos
-  [CoA]

Quantidade suficiente
Quantidade insuficiente de E!
de E! está sendo produzida
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Deficiência da Piruvato desidrogenase

 Acidose láctica congênita


 A deficiência dessa enzima resulta na incapacidade de converter piruvato em
acetil-CoA, desviando o piruvato para para a reação de formação ácido láctico,
via lactato desidrogenase.
 Problemas no encéfalo – dependente ATP, sensível acidose /morte neonatal,
retardo psicomotor.

CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO


Acetil-CoA sofre oxidação no ciclo do ácido cítrico
• 1ªEtapa: Condensação do grupo acetila (2C)
com oxaloacetato Oxalacetato
(4C)=CITRATO (6C)
• 2ªEtapa: citrato transforma-se em
H2O
ISOCITRATO (6C)
• 3ªEtapa: descarboxilação e oxidação do
isocitrato = -CETOGLUTARATO (5C) NAD+

NAD+
• 4ªEtapa: descarboxilação e oxidação do -
cetoglutarato = SUCCINIL-CoA

• 5ªEtapa: transformação de succinil-CoA a


SUCCINATO
GDP
 6ª a 8ªEtapa: conversão do succinato a FAD+
OXALOACETATO
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As principais etapas do ciclo do ácido cítrico

+H+
 1°: Oxalacetato (4 carbonos) → Citrato (6 carbonos)
 O ácido acético proveniente
NAD+ das vias de oxidaçao de glicídios, lipídios e proteínas, combinam-se

com a coenzima a formando o Acetil - CoA.


 A entrada deste composto no ciclo de Krebs ocorre pela combinação do ácido acético com o
oxalacetato presente na matriz mitocondrial.
 Esta etapa resulta na formação do primeiro produto do ciclo de Krebs, o citrato. O coenzima A,
sai da reação como CoASH.

 2°: Citrato (6 carbonos) Isocitrato (6 carbonos)


 O citrato sofre uma desidratação originando o isocitrato. Esta etapa acontece, para que
a molécula de citrato seja preparada para as reações de oxidação seguintes
 3°: Isocitrato → á cetoglutarato (5 carbonos)
 Nesta reação há participaçao de NAD, o isocitrato sofre uma descaborxilação e uma
desidrogenação transformando o NAD em NADH, liberando um CO2 e origina como
produto o alfacetoglutarato
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 4°: á cetoglutarato → Succinato (4 carbonos)


 O á-cetoglutarato sofre uma descarboxilação, liberando um CO2.
 Também ocorre uma desidrogenação com um NAD originando um NADH, e o
produto da reação acaba sendo o Succinato
 5°: Succinato → Succinil - CoA
 O succinato combina-se imediatamente com a coenzima A, originando um composto
de potencial energético mais alto, o succionil-Coa.

 6°: Succinil-Coa → Succinato


 Nesta reação houve entrada de GDP+Pi, e liberação de CoA-SH.
 O succinil-CoA libera grande quantidade de energia quando perde a CoA, originando succinato. A energia liberada é
aproveitada para fazer a ligação do GDP com o Pi (fosfato inorgânico), formando o GTP, como o GTP não é utilizado
para realizar trabalho deve ser convertido em ATP, assim esta é a única etapa do ciclo de Krebs (CK) que forma ATP.
 7°: Succinato → Fumarato
 Nesta estapa entra FAD O succinato sofre oxidaçao através de uma desidrogenação originando fumarato e FADH2. O
FADH2 é formado a partir da redução do FAD.
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 8°: Fumarato Malato


 O fumarato é hidratado formando malato.
 9°: Malato Oxalacetato
 Nesta etapa entra NAD. O malato sofre uma desidrogenacão originando NADH,
a partir do NAD, e regenerando o oxalacetato.

H2O

+H+ NAD+

+H+
NAD+

NAD+
+H+

GDP + Pi
FAD+

acetil-CoA+NAD++FAD++GDP+Pi+H2O 2CO2+3NADH+3H++FADH2+GTP+CoA
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Os intermediários do ciclo do ácido cítrico são utilizados como precursores de muitas


vias Biosintética (aminoácidos, nucleotídeos, carboidratos, ácidos graxos,etc.)
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CICLO DO ACIDO CÍTRICO

Se ocorre produção de 1 única molécula de ATP, qual a importância desse ciclo?

1. Gera grande fluxo de elétrons para cadeia


respiratória (NADH e FADH2), a qual leva a
formação de grande número de ATPs
durante a fosforilação oxidativa

CADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS E FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA

GLICÓLISE
2 NADHs CICLO DO 10 NADHs
ÁCIDO CÍTRICO 2 FADH2
24/09/2022

 Os 12 pares de elétrons envolvidos na oxidação da glicose não são transferidos


diretamente ao O2. Antes, eles são transferidos para as coenzimas NAD+
(Nicotinamida Adenina Dinucleotídeo) e FAD (Flavina adenina Dinucleotídeo)
para formar 10 NADH + 2 FADH2 nas reações catalisadas pelas enzimas
glicolíticas e enzimas do ciclo do ácido cítrico.

Os elétrons passam, então, para uma cadeia transportadora de elétrons onde, através da
reoxidação do NADH e FADH2, participam de redução-oxidação de cerca de 10 centros
redox até reduzir O2 em H2O.

Cadeia De Transporte De Elétrons e Fosforilação Oxidativa

NAD (nicotinamida adenina dinucleotídeo - vitamina niacina)


FAD (flavina adenina dinucleotídeo – vitamina riboflavina)

SOFREM REAÇÕES DE OXIDAÇÃO-REDUÇÃO

OXIDAÇÃO = perda de elétrons por uma espécie química  NAD+, FAD+


REDUÇÃO = ganho de elétrons por uma espécie química  NADH + H+, FADH + H+ ou FADH2
24/09/2022

COENZIMAS NAD+ e FAD+


Transportadores de elétrons ricos em E! E íons H+ que foram extraídos da matéria
orgânica, através da oxidação de compostos ricos em E!, Como a glicose, os ácidos graxos,
aminoácidos e nucleotídeos.
 Presente na membrana interna da
mitocôndria (cristas mitocondriais)

E! dos elétrons

ATP e H2O

 Formada por: 4 complexos proteícos (I a IV) outros carreadores de elétrons móveis


(coenzima Q ou ubiquinona e citocromos)
• Complexos I, III e IV = bombeiam H+ para o espaço entre a membrana externa e interna
 diferença de carga e de pH entre espaço intramembranar e a matriz

Espaço entre a membrana externa e interna

Matriz mitocondrial
24/09/2022

 A medida que os elétrons fluem através da cadeia transportadora de elétrons, eles


perdem muita energia livre.
 Parte dessa energia pode ser captada e armazenada para produção de ATP, a
partir de ADP e fosfato inorgânico (Pi).
 Esse processo é denominado de Fosforilação Oxidativa

Membrana
interna
impermeável aos
prótons  H+
voltam a matriz
passando pela ATP
sintase

 Para cada NADH que transporta seus elétrons pelos complexos I, III e IV, há síntese de três
moléculas de ATP e, para cada succinato que reduz FAD a FADH2 , há síntese de duas
moléculas de ATP.
 Sabendo quantas moléculas de ATP são produzidas a partir de NADH e FADH2, e sabendo o
quanto dessas moléculas é gerado na cadeia respiratória, pode-se calcular a quantidade total
de ATP formado.
 Somando todas as moléculas de ATP produzidas e subtraindo as duas moléculas de ATP que
foram gastas na fase de investimento, obtém-se um rendimento de 38 moléculas de ATP.
24/09/2022

C6H12O6 + 6 O2 + 38 ADP + 38 Pi → 6 CO2 + 6 H2O + 38 ATP


24/09/2022

Gliconeogênese

 Podemos obter glicose de três maneiras: pela dieta, pelo glicogênio hepático e pela gliconeogênese.
 É uma via que forma glicose a partir dos seguintes precursores: glicerol, lactato e aminoácidos.
 Ocorre no fígado e nos rins.
 A contribuição do fígado para esse processo é maior, porém, dependendo do tempo de jejum, a
contribuição dos rins pode chegar até a 40%.
 A existência do estoque de glicogênio e de um via para obter glicose a partir de outros compostos nos
mostra a importância desse composto no nosso organismo.

 A maioria dos tecidos animais é capaz de obter energia a partir de vários compostos como
açúcares e ácidos graxos, porém alguns tecidos utilizam exclusivamente glicose como fonte de
energia.
24/09/2022

Substratos da gliconeogênese

 O glicerol é obtido pela hidrólise de triacilglicerol, estocado no tecido adiposo e levado até o
fígado pela corrente sanguínea.
 O lactato é liberado pelos músculos esqueléticos em exercício e pelas células que não possuem
mitocôndria.
 Os aminoácidos, com exceção de lisina e leucina, são provenientes da degradação de proteínas
endógenas, principalmente durante o jejum.
 Os substratos da gliconeogênese são transformados em intermediários da glicólise. O lactato e
os aminoácidos são transformados em piruvato e o glicerol, em diidroxiacetona fosfato.

O glicogênio fica armazenado principalmente no fígado e nos músculos esqueléticos. A


função do glicogênio muscular é gerar ATP exclusivamente para a contração muscular. O
glicogênio hepático tem como função a manutenção da glicemia, ou seja, a quantidade de
glicose na corrente sanguínea.
24/09/2022

 Existem algumas doenças hereditárias relacionadas à deficiência de enzimas do metabolismo do


glicogênio como mostra o quadro a seguir:
24/09/2022

Os substratos da gliconeogênese

 O glicerol é obtido pela hidrólise de triacilglicerol, estocado no tecido adiposo, e levado até o fígado
pela corrente sanguínea. O lactato é liberado pelo músculo esquelético em exercício e pelas células que
não têm mitocôndrias.
 Ele é liberado na corrente sanguínea, captado pelo fígado, transformado em piruvato e posteriormente
transformado em glicose, que retorna à corrente sanguínea e pode novamente ser utilizada pelo músculo,
formando o lactato. Essas transformações são chamadas de Ciclo de Cori

Questão 1. Complete a frase a seguir marcando em seguida a opção que contém as palavras corretas. Os
carboidratos, também chamados de __________ ou hidratos de carbono, são moléculas orgânicas que
constituem a principal fonte de energia para os seres vivos. Com exceção do(a) __________ todos os
carboidratos são de origem vegetal, e eles podem ser classificados em monossacarídeos, dissacarídeos e
__________. O (a)s __________ apresentam átomos de carbono em sua molécula e seus principais
representantes são glicose, frutose e __________.

A) Energéticos, carne, polissacarídeos, dissacarídeos, lactose.


B) Açúcares, mel, polissacarídeos, monossacarídeos, galactose.
C) Hidratos, ovos, oligossacarídeos, polissacarídeos, ácidos nucleicos.
D) Substâncias estruturais, peixes, polissacarídeos, monossacarídeos, galactose.
E) Polímeros, ovos, polissacarídeos, monossacarídeos, lactose

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