Você está na página 1de 96

Digestão e absorção

dos diferentes tipos Fundamentos de Bioquímica


de carboidratos e
índice glicêmico
 Os carboidratos são considerados
Digestão e a fonte primária de energia para o
absorção dos organismo, uma vez que seu
catabolismo possibilita a liberação
diferentes tipos
de energia química para a
de carboidratos formação de ATP (energia).
Digestão e absorção dos diferentes tipos de
carboidratos
 Os carboidratos são classificados, segundo a sua
estrutura molecular, numa série de grupos dos
quais alguns são de muita importância, como
os: monossacarídeos que são os açucares
simples (glicose, frutose e galactose),
Digestão e absorção dos diferentes tipos de
carboidratos
 os dissacarídeos que são a combinação de dois
monossacarídeos (sacarose, maltose e lactose) e
os polissacarídeos que são formados a partir da
junção de três ou mais monossacarídeos e se
dividem em dois grupos, os polissacarídeos
vegetais (amido e fibras) e os polissacarídeos
animais (glicogênio).
Digestão e absorção dos diferentes tipos de carboidratos

 O processo de digestão refere-se às reações que


ocorrem na luz do trato gastrointestinal e que
hidrolisam nutrientes complexos em substâncias
menores, tais como monossacarídeos,
aminoácidos ou ácidos graxos.
Saliva
 A saliva é secretada principalmente por três pares de glândulas.
A saliva da glândula parótida não é viscosa, enquanto a saliva
sublingual e submaxilar o é, devido ao seu conteúdo de mucina.
 O processo de digestão inicia-se na boca com a mastigação, que
fraciona o alimento e o mistura com a saliva. Não há
necessidade de nenhum estímulo hormonal para a secreção
salivar no homem.
 O fluxo de saliva pode ser estimulado por reflexos colinérgicos
determinados por fatores mecânicos, ou por reflexos
condicionados como, por exemplo visão e odor dos alimentos.
Saliva

 O neurotransmissor que transporta essa mensagem é a


acetilcolina, que interage com receptores colinérgicos
muscarínicos presentes na membrana plasmática das
glândulas salivares.
Secreções gástricas
 O liquido (“suco”) secretado pelas
células da mucosa gástrica apresenta
quatro componentes importantes :o
ácido clorídrico, a enzima pepsina,
muco e fator intrínseco. O muco
atua como lubrificante, protegendo a
mucosa contra lesões.
 O fator intrínseco é uma
glicoproteína produzida pelas
células parietais do estômago. É
necessário para a absorção de
Vitamina B12 no íleo terminal.
Muco gástrico

 As células epiteliais do estômago, as células principais dos ductos das


glândulas fúndicas e as células do piloro e da cárdia secretam muco
de composição complexa.

 muco gástrico proporciona um revestimento protetor às células da


mucosa
Secreção pancreática
 A secreção pancreática contém tripsinogênio,
quimiotripsinogênio, proelastase,
procarboxipeptidases, fosfolipase e uma lipase
especificamente responsável pela hidrólise de
triacilglicerois, uma -amilase, desoxirribonuclease e
ribonuclease.
 O líquido também contém colipase, uma proteína que
estabiliza a interação da interação da lipase com
gotículas de gordura na luz intestinal.
Digestão e absorção
 A digestão é a soma das
hidrólises enzimáticas da
moléculas grandes a
componentes menores, que
podem ser absorvidos e, em
seguida, metabolizados. Após a
ingestão do alimento, a
digestão ocorre
sequencialmente na luz do
trato gastrointestinal.
Digestão e
absorção de
carboidratos
Amilase salivar

 A digestão do amido inicia durante a mastigação


pela
 ação α-amilase salivar (ptialina) que hidrolisa as
ligações glicosídicas α(1→4),
 com a liberação de maltose e oligossacarídeos.
Contudo, a α-amilase salivar não contribui
significativamente para a hidrólise dos
polissacarídeos, devido ao breve contato entre a
enzima e o substrato. Ao atingir o estômago, a
enzima é inativada pelo baixo pH gástrico.
 A maior parte do carboidrato utilizável da
dieta é ingerida na forma de amido,
Digestão dos glicogênio ou dissacarídeos.
 O principal local de digestão do amido e
carboidratos glicogênio é o intestino delgado, e a enzima
mais importante envolvida no processo é a
amilase pancreática.
 Trata-se de uma endoenzima, que hidrolisa
-1,4 internas de polissacarideos.
Amilase pancreática

O amido e o glicogênio são hidrolisados no

duodeno em presença da α-amilase pancreática que produz


maltose como

produto principal e oligossacarídeos chamados dextrinas –


contendo em média

oito unidades de glicose com uma ou mais ligações


glicosídicas α(1→6).

Certa quantidade de isomaltose (dissacarídeo) também é


formada.
Digestão e absorção de carboidratos
A amilase pancreática

 Duodeno: A amilase pancreática é capaz de realizar à


digestão completa do amido, transformando-o em
maltose e dextrina.
 Intestino Delgado: Temos a ação das dissacaridases
(enzimas que hidrolisam os dissacarídeos), que estão
na borda das células intestinais.
digestão de polissacarídeos
 Em humanos, a digestão do amido se inicia na boca. Com a mastigação há
liberação da enzima α-amilase, presente na saliva. Ela catalisará a hidrólise,
resultando em maltose, glicose e amilopectina; e das ligações (α1 → 4) da
amilopectina, resultando em dextrina, mistura de polissacarídeos.
 No suco pancreático também haverá atividade de amilases. A β-amilase catalisará a quebra de ligações
(α1 → 4) dos polissacarídeos resultantes da hidrólise da amilopectina e esta última reação terá como
produto o dissacarídeo maltose.
 Para obtenção de glicose, monossacarídeo de vital importância no
metabolismo, entra a atividade da enzima maltase, agindo na
hidrólise das ligações da maltose.
Obs:(A maltodextrina é um carboidrato complexo proveniente do amido, normalmente de milho. Mas
também pode ser encontrada em outros alimentos, como a mandioca. Ela é constituída por polímeros de
glicose e, apesar de ser um carboidrato complexo, esses compostos de açúcar são mais facilmente absorvidos
pelo organismo.)
Enzimas da superfície intestinal

 A hidrólise final da maltose e dextrina é realizada


pela maltase e a dextrinase, presentes na superfície
das células epiteliais do intestino delgado. Outras
enzimas também atuam na superfície das células
intestinais: a isomaltase, que hidrolisa as ligações
α(1→6) da isomaltose, a sacarase, que hidrolisa as
ligações α,β(1→2) da sacarose em glicose e frutose,
a lactase que fornece glicose e galactose pela
hidrolise das ligações β(1→4) da lactose.
 A digestão dos dissacarídeos da
dieta(lactose e sacarose) e dos
oligossacarídeos resultantes da ação da -
amilase completa-se no intestino delgado.
Esta atividade é evidente no duodeno distal,
Digestão de torna-se máxima no jejuno e continua
oligossacarídeos através do íleo proximal.
 Todavia, a hidrólise de oligossacarídeos e
dissacarídeos não ocorre na luz intestinal,
mas por glicosidases (enzimas) ligadas à
membrana das células da mucosa, na
interface da luz e da célula.
Digestão de oligossacarídeos

 A sacarose e a lactose são hidrolisadas a


monossacarídeos pela sacarase e lactase, ou
seja, as enzimas 2 e 4, respectivamente. As -
dextrinas são digeridas pelas ações sequenciais
de enzimas com a atividade de maltase, que
atuam nas ligações -1,4, e com atividade de
isomaltase, que hidrolisam as ligações -1,4.
Enzimas
Enzima digestória Local de produção Substância-alvo Ação

ptialina glândulas salivares amido Decompõe amido em maltoses

pepsina estômago proteínas Decompõe proteínas em fragmentos menores

sacarase intestino delgado sacarose Decompõe a sacarose em glicose e frutose.

Decompõe a lactose em glicose e galactose.


lactase intestino delgado lactose

lipase pâncreas lipídios Decompões lipídios em ácidos graxos e gliceróis.

tripsina pâncreas proteínas Decompõe proteínas em fragmentos menores

amilase pancreática pâncreas amido Decompõe amido em maltoses

maltase intestino delgado maltoses Decompõe maltose em glicoses livres

peptidase intestino delgado fragmentos de proteínas Decompõe os fragmentos prtéicos em aminoácidos.


Absorção intestinal de carboidratos
 A etapa final na assimilação de carboidratos da dieta
consiste na absorção dos monossacarídeos produzidos
pelas oligo- e dissacaridases na borda em escova das
células da mucosa intestinal. Tal processo é efetuado
por vários tipos de mecanismos de transporte.

 A glicose e a galactose são transportadas por um


carregador distinto, que compartilham e pelo qual
competem .Trata-se de um exemplo de transporte
ativo, efetuado por um sistema de co-transporte de
Na+.
Enzimas da superfície intestinal.
 Enzimas da superfície intestinal.

A hidrólise final da maltose e dextrina é realizada pela maltase e a


dextrinase, presentes na superfície das células epiteliais do intestino
delgado.

Outras enzimas também atuam na superfície das células intestinais: a


isomaltase, que hidrolisa as ligações α(1→6) da isomaltose, a sacarase,
que hidrolisa as ligações α,β(1→2) da sacarose em glicose e frutose, a
lactase que fornece glicose e galactose pela hidrolise das ligações β(1→4)
da lactose.
A captação de monossacarídeos do lúmen para a célula intestinal é
efetuada por dois mecanismos:
A captação de monossacarídeos do lúmen para a
célula intestinal é efetuada
por dois mecanismos:

 Transporte passivo (difusão facilitada).O


movimento da glicose está “a favor” do
gradiente de concentração (de um
compartimento de maior concentração de
glicose para um compartimento de menor
concentração).
 A difusão facilitada é mediada por um
sistema de transporte de monossacarídeos
do tipo Na+− independente. O mecanismo
tem alta especificidade para D−frutose.
Difusão simples: glicose
 Para poder entrar na célula por difusão simples a substância
precisa possuir um baixo peso molecular e/ou ser lipossolúvel
para poder passar pela bicamada lipídica da célula. De uma
forma mais simples, ela deve ser pequena e/ou ter afinidade com
lipídios para poder passar por difusão simples para dentro da
célula.
 Entretanto a glicose por ser pesada e não ter afinidade
com lipídeos, ela precisa de uma proteína carreadora
na membrana que a leve para o interior da célula.
A captação de monossacarídeos do
lúmen para a célula intestinal é
efetuada
por dois mecanismos:

 Transporte ativo. A glicose é


captada do lúmen para a célula
epitelial do intestino por um co−
transportador Na+
−monossacarídeo (SGLT). É um
processo ativo indireto cujo
mecanismo é envolve a (Na+−K+)
−ATPase (bomba de (Na+−K+),
que remove o Na+ da célula, em
troca de K+, com a hidrólise
concomitante de ATP.
 O mecanismo tem alta
especificidade por D−glicose e
D−galactose.
 • Transporte ativo.

A glicose é captada do lúmen para a célula epitelial do


intestino por um co− transportador Na+
−monossacarídeo (SGLT). É um processo ativo indireto
cujo mecanismo é envolve a (Na+−K+)−ATPase
(bomba de (Na+−K+), que remove o Na+ da célula, em
troca de K+, com a hidrólise concomitante de ATP. O
mecanismo tem alta especificidade por D−glicose e
D−galactose.
 Após a absorção, a glicose no sangue aumenta e as células β das ilhotas
pancreáticas secretam insulina que estimula a captação de glicose
principalmente pelo tecido adiposo e muscular. O fígado, o cérebro e os
eritrócitos, não necessitam de insulina para captação de glicose por suas
células (tecidos insulino−independentes). Outros hormônios e enzimas, além
de vários mecanismos de controle, são importantes na regulação da glicemia.

A frutose e a galactose somente são convertidas em glicose no


fígado.

Obs: O transporte da frutose (através do GLUT 5) não é muito


eficiente, não permitindo sua total absorção. Sendo assim, uma
grande quantidade de frutose na dieta pode causar diarreia.
 A insulina é o hormônio que
coloca a glicose (produto dos
carboidratos) para dentro das
Insulina células, onde elas participam
dos processos de produção de
energia.
Índice glicêmico mede o tempo que o
carboidrato de um alimento demora
Índice
para ser absorvido pelo intestino.
glicêmico
Quanto mais rápida essa absorção,
maior a capacidade desse alimento de
gerar picos de insulina no organismo.
Índice glicêmico

 O índice glicêmico pode ser classificado como baixo,


médio e alto. Essa medida pode aparecer na tabela com
números. Normalmente eles indicam:
 IG baixo: menor do que 50
 IG médio: entre 50 e 70
 IG alto: acima de 70
Valores de referência de glicemia

 É a taxa de glicose no sangue.


 Varia em função da nossa alimentação e nossa atividade.
 Uma pessoa em situação de equilíbrio glicêmico ou homeostase
possui uma glicemia que varia, em geral, de 80 a 110 mg/dL.
 Segundo recente sugestão da Associação Americana de Diabetes,
a glicemia normal seria de 70 a 99 mg/dL.
HIPERGLICEMIA

 Estimula a secreção da insulina pelo pâncreas.


 Esse hormônio estimula as células do nosso organismo a
absorver a glicose presente no sangue.

 Se essas células não necessitam imediatamente do açúcar


disponível, as células do fígado se responsabilizam pela
transformação da glicose, estocando-a sob a forma de
glicogênio.
HIPOGLICEMIA

 Estimula o pâncreas a secretar outro hormônio: o


glucagon.
 O fígado transforma o glicogênio em glicose e libera a
glicose no sangue.
 A glicemia retorna, então, ao valor de referência.
Respiração celular é um processo pelo qual os
organismos obtêm energia para realizar as
mais diversas atividades. A respiração celular
ocorre nas mitocôndrias, em presença de
oxigênio, e é divida em três etapas: a glicólise, o
ciclo do ácido cítrico (ou ciclo de Krebs) e a
fosforilação oxidativa. A seguir, detalharemos
como ela ocorre, suas etapas e importância.
Respiração celular é o processo pelo qual os organismos
obtêm energia para realizar as mais diversas atividades. Esse
procedimento pode ocorrer tanto na presença de oxigênio, sendo
aeróbio, quanto em sua ausência, anaeróbio. No entanto, tal
termo é normalmente utilizado para referir-se
ao processo aeróbio, como faremos também aqui.
Na respiração celular, a obtenção de energia ocorre com
a oxidação de uma molécula orgânica, geralmente a glicose,
liberando energia. Parte dessa energia é armazenada na forma de
moléculas de ATP (adenosina trifosfato), e parte é liberada na
forma de calor.
Esse processo pode ser dividido em três etapas: a
glicólise, o ciclo do ácido cítrico (ou ciclo de Krebs) e a
fosforilação oxidativa. Em geral, o termo respiração
celular é utilizado pelos bioquímicos para representar as
fases dois e três, etapas que ocorrem nas mitocôndrias.
Entretanto, a glicólise acaba sendo incluída por muitos
autores devido a sua importância na produção de matéria-
prima para a próxima etapa. Podemos representar o
processo de respiração celular por meio da fórmula
geral apresentada a seguir:
C6H12O6(glicose) + 6O2 → 6CO2 + 6H2O + Energia (ATP +
calor)
Respiração celular e fotossíntese
A respiração celular e a fotossíntese são processos diferentes, mas interligados.
Na respiração celular, ocorre a liberação de energia para ser utilizada pelo
organismo, no entanto, essa energia é produzida por outro processo, a fotossíntese.
A fotossíntese produz moléculas orgânicas nos organismos produtores
fotossintetizantes, como plantas e algas. Assim, os organismos heterotróficos,
como os animais, obtêm essas moléculas por meio da alimentação, seja
alimentando-se de organismos produtores, seja de outros heterotróficos.
Na fotossíntese, os organismos produtores captam a energia luminosa
através de moléculas denominadas cloroplastos. Em seguida, essa
energia é convertida em energia química e utilizada para a síntese de
compostos orgânicos, como as moléculas de glicose. Essa energia
química fica armazenada nessas moléculas e é liberada durante o
processo de respiração celular.
Além disso, a fotossíntese também apresenta como produto final
oxigênio, que também será utilizado na respiração celular, um
processo aeróbio. Já a respiração celular apresenta como produto
final gás carbônico e água, que serão utilizados pelos organismos
produtores para a realização da fotossíntese.
O processo de fotossíntese pode ser resumido na equação
apresentada no quadro a seguir. No entanto, é importante
destacar que as primeiras moléculas produzidas são de açúcares
mais simples, com apenas três átomos de carbono
6 CO2 + 12 H2O + energia luminosa → C6H12O6 + 6 O2 + 6 H2O
Respiração celular
Os seres vivos precisam de energia para o
seu metabolismo. Essa energia, proveniente das
moléculas dos alimentos, é liberada em processos que
ocorrem de diferentes maneiras em
organismos aeróbios e anaeróbios.
Uma dos principais processos de obtenção de energia é a
respiração celular, um processo aeróbio dividido em três
etapas:
•Glicólise: etapa que inicia não apenas a
respiração celular, mas também faz parte de outros
processos, como a fermentação. Nela ocorre a degradação
parcial da glicose e apresenta como saldo final duas
moléculas com três átomos de carbono, denominadas
piruvato, duas moléculas de NADH e duas moléculas de
ATP.
Etapas da respiração celular
A respiração celular é um processo que pode ser dividido
em três etapas. Vamos conferir quais são elas.
•Glicólise
Embora a respiração celular seja considerada um processo que
ocorre na presença de oxigênio, este não é essencial para essa
etapa, assim a glicólise pode ocorrer tanto na presença quanto
na ausência desse elemento. Na glicólise ocorre a degradação
da molécula de glicose, com seis carbonos, em duas moléculas
contendo três carbonos cada uma, o piruvato. Essa etapa ocorre
no citosol das células.
A glicólise consiste em 10 reações que ocorrem em duas etapas.
Na primeira, denominada fase de ativação, ocorre a
fosforilação da glicose, que, ao receber fosfato proveniente de
duas moléculas de ATP, torna-se quimicamente ativa. Nessa fase
há gasto de energia.
Na segunda etapa, a fase de
rendimento, ocorre a oxidação da
glicose. A energia liberada nesse
processo é utilizada para a produção
de quatro moléculas de ATP. Os
elétrons liberados na oxidação da
glicose levam à redução de NAD
(dinucleotídeo nicotinamida-adenina)
em NADH.
glicolise-1.webp
Na presença de oxigênio, as moléculas de piruvato
entram nas mitocôndrias, a partir daí, passam por três
etapas para a formação de um novo composto, o acetil
coenzima-A (acetil-CoA). Na primeira etapa, ocorre
a remoção e a liberação do grupo carboxila do
piruvato na forma de CO2.
Na segunda etapa, ocorre a formação de acetato e os
elétrons liberados ligam-se ao NAD+, ficando
armazenados na forma de energia em NADH. Na
terceira fase, o acetato liga-se à coenzima A, composto
derivado da vitamina B, formando o acetil coenzima-A
(acetil-CoA).
Em seguida, inicia-se o ciclo do ácido cítrico, também
conhecido por ciclo de Krebs. Aqui ocorre a oxidação
completa da glicose por meio de oito etapas. O acetil-CoA
reage com o oxaloacetato, um ácido constituído por
quatro carbonos, formando o citrato, uma forma oxidada
do ácido cítrico constituída por seis carbonos.
A seguir ocorrerão reações que levarão à degradação do
citrato, dois dos seis carbonos são removidos e oxidados
a CO2, formando novamente oxaloacetato. O oxaloacetato
reagirá com outro acetil-CoA, iniciando novamente o
ciclo.
O ciclo de Krebs, também chamado
de ciclo do ácido cítrico, ou ciclo do
ácido tricarboxílico, é uma das fases
da respiração celular descoberta pelo
bioquímico Hans Adolf Krebs, no ano
de 1938. Essa fase da respiração ocorre
na matriz mitocondrial e é considerada
uma rota anfibólica, catabólica e
anabólica.
No ciclo de Krebs, o ácido pirúvico (C3H4O3) proveniente da
glicólise sofre uma descarboxilação oxidativa pela ação da enzima
piruvato desidrogenase, existente no interior das mitocôndrias dos
seres eucariontes, e reage com a coenzima A (CoA).
O resultado dessa reação é a produção de acetilcoenzima
A (acetilCoA) e de uma molécula de gás carbônico (CO2). Em
seguida, o acetilCoA reage com o oxaloacetato, ou ácido
oxalacético, liberando a molécula de coenzima A, que não
permanece no ciclo, formando ácido cítrico.
Para cada acetil-CoA, 3 NAD+ são reduzidos a NADH. Os
elétrons são transferidos ao FAD (dinucleótidio de flavina-
adenina), formando FADH2. Nessa etapa também pode ser
formado GTP (trifosfato de guanosina) por fosforilação, uma
molécula semelhante em estrutura e ação ao ATP e que pode
ser também utilizada para a produção de ATP. Além do GTP,
também é formada uma molécula de ATP. O saldo
final desse ciclo, como cada glicose produz dois acetil-CoA,
é:
Desde oito reações onde ocorrerá a liberação de duas
moléculas de gás carbônico, elétrons e íons H+. Ao
final das reações, o ácido oxalacético é restaurado e
devolvido à matriz mitocondrial, onde estará pronto
para se unir a outra molécula de acetilCoA e recomeçar
o ciclo.
Os elétrons e íons H+ que foram liberados nas
reações são apreendidos por moléculas de NAD, que
se convertem em moléculas de NADH, e também
pelo FAD (dinucleotídeo de flavina-adenina), outro
aceptor de elétrons.
Depois de formar o ácido cítrico, haverá uma
sequência.
No ciclo de Krebs, a energia liberada em
uma das etapas forma, a partir
do GDP (difosfato de guanosina) e de um
grupo fosfato inorgânico (Pi), uma
molécula de GTP (trifosfato de
guanosina) que difere do ATP apenas por
conter a guanina como base nitrogenada
ao invés da adenina. O GTP é o
responsável por fornecer a energia
necessária a alguns processos celulares,
como a síntese de proteínas
Podemos concluir que o ciclo de Krebs é uma reação catabólica porque promove
a oxidação do acetilCoA, a duas moléculas de CO2, e conserva parte da energia
livre dessa reação na forma de coenzimas reduzidas, que serão utilizadas na
produção de ATP na fosforilação oxidativa, a última etapa da respiração celular.
O ciclo de Krebs também tem função anabólica, sendo por isso classificado
como um ciclo anfibólico. Para que esse ciclo tenha, ao mesmo tempo, a função
anabólica e catabólica, as concentrações dos compostos intermediários formados
são mantidas e controladas através de um complexo sistema de reações auxiliares
que chamamos de reações anapleróticas. Um exemplo de reação anaplerótica é a
carboxilação de piruvato para se obter oxalacetato, catalisado pela enzima
piruvato carboxilase.
Ciclo de Krebs ou ciclo do ácido cítrico: etapa
em que ocorre a degradação total da glicose. Ao
final, são produzidas seis moléculas de NADH,
duas moléculas de FADH2, duas moléculas de ATP
e quatro moléculas de CO2.
• No ciclo de Krebs, são produzidos por 1ciclo:
• 2 CO2
• 3NADH
• 1FADH2
• 1GTP (ATP)
• Como são duas moléculas de piruvato derivadas da quebra da de uma
molécula de glicose, o ciclo completo produz 2 ATP( saldo final).
• CICLO COMPLETO
• 4 CO2
• 6NADH
• 2FADH2
• 2GTP (ATP)
3ª etapa-Fosforilação oxidativa: etapa final
do processo de respiração celular, na qual
ocorre a maior produção de ATP. Ao final,
são produzidas entre 26 e 28 moléculas de
ATP.
A respiração celular apresenta um saldo
energético de cerca de 34 moléculas de ATP,
a maioria produzida na etapa de
fosforilação oxidativa.
A fosforilação oxidativa é um processo em que a energia
obtida por meio da degradação das moléculas provenientes
dos alimentos, como a glicose, é convertida em ligações nas
moléculas de adenosina trifosfato (ATP). Trata-se da etapa
final da respiração celular – um processo de obtenção de
energia realizado por alguns organismos na presença de
oxigênio (processo aeróbio) – e onde ocorre a maior
produção de ATP na maioria das células.
O que é a fosforilação oxidativa?
A fosforilação oxidativa é uma das vias metabólicas da
respiração celular. Nessa etapa, que ocorre na membrana
interna das mitocôndrias de células eucarióticas e na
membrana plasmática de células procarióticas, há a maior
produção de ATP a partir de moléculas de adenosina
difosfato (ADP). Ela envolve dois processos, o transporte de
oxigênio e a quimiosmose.
Processos da fosforilação oxidativa
•Transporte de elétrons
Nessa etapa, as moléculas carreadoras de elétrons NADH
(nicotinamida adenina dinucleotídeo reduzido) e FADH2 (flavina
adenina nucleotídeo reduzido) transferem seus elétrons, provenientes
do processo de degradação da glicose nas etapas anteriores da
respiração celular, para a cadeia transportadora de elétrons.
A cadeia transportadora de elétrons é constituída por moléculas
carreadoras de elétrons enfileiradas na membrana interna da
mitocôndria (em eucariontes) e da membrana plasmática (em
procariontes). As moléculas de NADH transferem seus elétrons
para a primeira molécula, uma flavoproteína denominada flavina
mononucleotídeo.
Fosforilação oxidativa
Já as moléculas de FADH2 transferem seus elétrons para uma quinona denominada
ubiquinona ou coenzima Q, o único composto não proteico da cadeia, em um nível
energético mais baixo. Estão presentes na cadeia também outras moléculas carreadoras,
as proteínas ferro-enxofre e citocromos.
Já na cadeia transportadora, os elétrons passam de molécula a molécula, fluindo em
direção a um nível de energia mais baixo. Nesse processo, ocorre também
o bombeamento de prótons da matriz mitocondrial, em eucariontes, para o espaço
intermembranoso, formando um gradiente. Nos procariontes, o gradiente é formado por
meio da membrana plasmática.
Esse gradiente apresenta uma energia potencial armazenada, que é utilizada na
produção de ATP. Em seguida, os elétrons ligam-se ao oxigênio e a íons H + (prótons),
formando água.
Na membrana interna da mitocôndria (eucariontes) e na
membrana plasmática (procariontes), está presente
um complexo enzimático, a ATP-sintase, que atua na
produção de ATP. A ATP-sintase promove o retorno dos
prótons no gradiente citado anteriormente, liberando energia,
e utiliza essa energia para a produção de ATP, por meio da
fosforilação do ADP. A fosforilação oxidativa produz
um saldo energético de cerca de 26 a 28 moléculas de ATP.
•Fosforilação oxidativa
Nessa etapa, as moléculas NADH e FADH2, transportadoras de elétrons
produzidas no ciclo de ácido cítrico, doarão elétrons para a cadeia de
transporte de elétrons ou cadeia respiratória. Na cadeia, a transferência de
elétrons acontece através de uma série de transportadores, como algumas
proteínas, por exemplo, os citocromos. Esses elétrons vão perdendo energia
em cada etapa da cadeia, sendo captados pelo oxigênio, aceptor final,
reduzindo-os a H20.
O transporte de elétrons pela cadeia na membrana interna da mitocôndria
também leva a um transporte ativo de prótons na cadeia. Esses irão retornar
à matriz da mitocôndria e, simultaneamente, por meio da fosforilação
oxidativa do ADP, será formado ATP. Essa etapa é
denominada quimiosmose. Ao final de todo o processo de respiração
celular, terão sido produzidos, no máximo, 32 ATP.
Diferença entre respiração celular e fermentação
Respiração celular e fermentação são processos realizados
para obtenção de energia, no entanto, ambos apresentam
algumas diferenças.

Respiração celular – processo aeróbico 38 ATP


ETAPAS:
Glicólise, o ciclo do ácido cítrico (ou ciclo de Krebs) e a
fosforilação oxidativa

FERMENTAÇÃO- anaeróbico – GLICÓLISE -2ATP


 COMO OCORRE A DIGESTÃO DE CARBOIDRATOS?
 COMO OCORRE A ABSORÇÃO DOS MONOSSACARÍDEOS PELAS CÉLULAS?
 ONDE OCORRE O PROCESSO DE RESPIRAÇÃO CELULAR? QUAIS AS ETAPAS,
EXPLIQUE.
https://www.youtube.com/watch?v=TxK8aoUpyhM RESPIRAÇÃO 1º
https://www.youtube.com/watch?v=uQkPeluFV6k GLICOLISE 1º

https://www.youtube.com/watch?v=LAAUlu7DDus ciclo de krebs

https://www.youtube.com/watch?v=LxFoeMo-pjI fosforilação oxidativa


https://www.youtube.com/watch?v=TxK8aoUpyhM RESPIRAÇÃO 1º
https://www.youtube.com/watch?v=uQkPeluFV6k GLICOLISE 1º

https://www.youtube.com/watch?v=LAAUlu7DDus ciclo de krebs

https://www.youtube.com/watch?v=LxFoeMo-pjI fosforilação
oxidativa
https://www.youtube.com/watch?v=TxK8aoUpyhM

https://www.youtube.com/watch?v=mZ7dv3UKIGo

https://www.youtube.com/watch?v=uQkPeluFV6k

https://www.youtube.com/watch?v=1jMu142iAzw

https://www.youtube.com/watch?v=LAAUlu7DDus

https://www.youtube.com/watch?v=Fm2Ydd2ArT0

https://www.youtube.com/watch?v=LxFoeMo-pjI

https://www.youtube.com/watch?v=0K7Ixbs8lBQ
https://pt.khanacademy.org/science/biology/cellular-respiration-and-
fermentation/oxidative-phosphorylation/a/oxidative-phosphorylation-
etc

Você também pode gostar