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Fisiologia

Digestão e Absorção de Macronutrientes


Por @anandav.med

Carboidratos
Inicia-se na Cavidade Oral – ação da amilase salivar (não é essencial para a digestão do
amido)
Assimila-se no Intestino Delgado (Duodeno) – ação da amilase pancreática
** O intestino só absorve monossacarídeos
**A amilase pancreática transforma o amido em maltose, maltotriose e dextrinas
(oligossacarídeos)

→ 1° fase: ocorre no lúmen intestinal


→ 2° fase: ocorre na superfície dos enterócitos (digestão da borda em escova)
** Os oligossacarídeos são digeridos pelas oligossacaridases (hidrolases de carboidratos)
na borda em escova do duodeno

Hidrolases (localizadas na superfície das microvilosidades)


Hidrolase Substrato Produto
Maltase e isomaltase Maltose, alfa dextrina e Glicose
(dextrinase) maltotriose
Sacarase Sacarose Glicose e Frutose
Lactase Lactose Glicose e Galactose
Trealase Trealose Glicose

Absorção de Carboidratos
Monossacarídeos resultantes da Digestão são transportados através da membrana
hidrofóbica do enterócito
→ Absorção da GLICOSE e GALACTOSE
- Mecanismo: transporte ativo mediado pela proteína 1 transportadora de sódio-glicose
(SGLT1)
- Como acontece:
1. O SGLT1 conduz a glicose e a galactose contra o seu gradiente de concentração
2. Acopla o seu transporte com o de Na+
3. Pode ser retida para as necessidades metabólicas do epitélio ou sair da célula por meio
da membrana basolateral por difusão facilitada pelo transportador GLUT-2
→ Absorção da FRUTOSE
- Mecanismo: difusão facilitada mediada pelo transportador GLUT-5
- Condução por meio da membrana apical
- Não é acoplado ao transporte de Na+ e, por isso, sua absorção é relativamente ineficaz
e pode ser facilmente interrompida

Proteínas
→ 1° fase – ocorre no lúmen gástrico – mediada pela pepsina – cliva proteínas em sítios
de aminoácidos neutros (digestão incompleta)
→ 2° fase – ocorre quando atravessa o jejuno – mediada pelas proteases pancreáticas
(secretadas na forma inativa)
Ativação:
- Enzima ativadora – enteroquinase
- Enteroquinase cliva o tripsinogênio
- Tripsinogênio produz a tripsina ativa
- Tripsina cliva os precursores de proteases secretados pelo pâncreas
- Resulta em mistura de enzimas que podem digerir as proteínas
**A tripsina cliva proteínas apenas nas ligações internas da cadeia peptídica e é específica
para clivagem de aminoácidos básicos
**A quimiotripsina cliva em sítios de aminoácidos neutros
→ 3° fase: borda de escova – enterócitos expressam peptidases
Aminoácidos, dipeptídeos, tripeptídeos e tetrapeptídeos são absorvidos na membrana
luminal pelo simporte de transportadores de peptídeos do tipo 1 (PEPT1)
acoplados ao gradiente de H+
**O gradiente de prótons é produzido pela ação dos trocadores de sódio/hidrogênio
(NHE) na membrana apical

Lipídeos
Inicia-se no Estômago – mediada pela lipase gástrica – hidrolisa os triglicerídeos em
diglicerídeos e ácidos graxos livres
**A lipólise é incompleta – a lipase não é capaz de degradar o 2° éster triglicerídeo
Assimila-se no Intestino Delgado – mediada por enzimas lipolíticas contidas no suco
pancreático
→ Lipase Pancreática: hidrolisa as posições 1 e 2 dos triglicerídeos para produzir grande
quantidade de ácidos graxos livres (pH neutro = tem carga = migram para superfície das
gotículas de óleo) e monoglicerídeos
**A lipase pancreática é inibida pelos ácidos biliares, que se adsorvem à superfície das
gotículas de óleo e causam dissociação da lipase. Porém, a atividade da lipase é mantida
pela colipase (cofator)
-- A colipase ancora a lipase às gotículas de óleo,
mesmo na presença de ácidos biliares
→ Fosfolipase A2: hidrolisa fosfolipídios (principalmente de membrana)
→ Colesterol esterase (hidrolase de éster de colesterol): não específica e pode degradar
os ésteres de colesterol e ésteres de vitaminas lipossolúveis. Requer ácidos biliares para
sua atividade
Produtos da hidrólise lipídicas e sais biliares: formam as micelas (aumentam a solubilidade
lipídica no conteúdo intestinal)
**Dissociadas próximo à membrana luminal e alcançar o citoplasma por difusão
Os produtos da hidrólise lipídica são reesterificados, formando os quilomícrons que são
exportados por meio da exocitose

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