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Faculdade de Ciências da Saúde e Bem-Estar

Licenciatura em Análises Clínicas e Saúde Pública

Bacteriologia e Virologia I

2º Ano

RELATÓRIO

Método de coloração de Gram

LUANDA, 2023
INTEGRANTES DO GRUPO
NOME COMPLETO ORDEM COTAÇÃO INDIVIDUAL
Antónia Manuel 50580
Balbina Kassinda Marcelino 50987
Luisa Ermelinda Fernando David 50859
Suzana Luis Vunge 51321
Yolemba Francisco 53067

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ÍNDICE

Introdução ......................................................................................................................... 4

Objectivos: .................................................................................................................... 5

Método tintorial ................................................................................................................ 8

CONCLUSÃO ................................................................................................................ 11

BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................ 12

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Introdução

A técnica de Gram, também conhecida como coloração de Gram, é um método de


coloração bacteriana, desenvolvida em 1884, pelo Dinamarquês HANS CHRISTIAN JOACHIM
GRAM (1853-1938), o qual permite diferenciar bactérias com diferentes estruturas de parede
celular a partir das colorações que estas adquirem após tratamento com agentes químicos
específicos.

O método consiste em tratar sucessivamente um esfregaço bacteriano, fixado pelo calor,


com os reagentes Cristal Violeta, Lugol, Álcool-Acetona a 70% e Fuscina básica ou Safranina.

Este método de coloração é baseado na capacidade das paredes celulares de bactérias


Gram-Positivas de reterem o corante cristal violeta no citoplasma durante um tratamento com
etano-acetona, enquanto que as paredes celulares de bactérias Gram-Negativo não o fazem.

As bactérias que adquirem a coloração Azul Violeta são chamadas de Gram-Positivo,


as que adquirem a coloração Vermelha são chamadas de Gram-Negativa.

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Objectivos:
1. Preparar o esfregaço
2. Efectuar a técnica de coloração.
3. Aprender o fundamento do método de coloração de Gram.
4. Observar a morfologia bacteriana ao microscópio óptico.
Matérial:
1. Reagentes
a) Cristal Violeta;
b) Lugol;
c) Álcool-Acetona a 70%;
d) Fuscina básica ou Safranina.

2. Lâminas.
3. Zaragatoa.
4. Alça de inoculação
5. Amostra biológica.
6. Lamparina e fosforo.
7. Luvas.
8. Microscópios.
9. Esguicho de água.
10. Óleo de imersão.
11. Bandeja de preparo.

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CONSIDERÇÕES GERAIS

Desde o trabalho original de Hans Gram, vários pesquisadores tentaram, com


pouco sucesso, determinar o mecanismo envolvido no método de coloração. Conceitos
diversos têm sido apresentados, tais como:

1. A existência de um substrato Gram-positivo e específico;

2.As bactérias Gram-positivas e Gram-negativas possuiriam

diferentes afinidades com o corante primário cristal de violeta; e

3.A existência de diferentes graus de permeabilidade na parede dos


microrganismos Gram-positivos e Gram-negativos.

Este último é o mais aceito atualmente. Tanto a espessura da pare- de celular,


quanto as dimensões dos espaços intersticiais, por exemplo, “diâmetro do poro”, parecem
ser determinantes do resultado final da coloração de Gram.

Segundo esse conceito, quando as estruturas celulares são cobertas pela violeta-
de-metila, todas se coram em roxo. Com a adição do lugol, também chamado de
mordente, ocorre a formação do completo iodo-pararosanilina. Esta reação tem a
propriedade de fixar o corante primário nas estruturas coradas. Algumas estruturas
perdem a cor violeta rapidamente, quando se aplica um agente descorante, como álcool
etílico, enquanto outras perdem sua cor mais lentamente ou não perdem a cor. A safranina
cora as estruturas que foram coradas

Procedimentos:

1. Com ajuda de uma zaragatoa retira uma porção da amostra biológica.

2. Em uma lâmina esterilizada realize o esfregaço.

3. Fixar a lâmina com contendo o material biológico, no bico de bunsen ou numa


lamparina em chama.

4. Cobrir a preparação com o Cristal-violeta por 1 minuto.

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5. Lavar a lâmina com esguicho de água.

6. Cobrir a preparação com Lugol por 1 minuto.

7. Lavar a lâmina com esguicho de água.

8. Descorar a lâmina com Álcool- Acetona a 70% por 20-30 segundos.

9. Lavar a lâmina com esguicho de água.

10. Cobrir a lâmina com a Safranina ou Fuscina básica por 1 minuto.

11. Lavar a lâmina com esguicho de água.

12. Secar a preparação a temperatura ambiente.

13. Levar a preparação ao microscópio. Colocar uma gota de óleo de imersão e


observar com a objectiva de 100x.

14. Anotar o observado.

15. Elaborar um relatório.

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Método tintorial
Predominante utilizado em bacteriologia é o método de Gram. A bacterioscopia,
após coloração pelo método de Gram com diagnóstico presuntivo, de triagem, ou até
mesmo confirmatório em alguns casos, constitui peça importante e fundamental na
erradicação e no controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST). Essa técnica
é simples, rápida e tem capacidade de resolução, permitindo o correto diagnóstico em
cerca de 80% dos pacientes em caráter de pronto atendimento em nível local.

Os custos com investimento e manutenção são consideravelmente baixos diante


da eficácia alcançada com os resultados imediatos dos testes. Essa técnica requer
instalação simples, necessitando apenas de uma sala pequena com disponibilidade de água
e gás, onde deverá ser instalado um balcão com pia e um bico de Busen, eventualmente
substituído por uma lamparina ou espiriteira.

São ainda necessários: microscópio com objetiva de imersão e bateria para a


coloração de Gram. Os corantes devem ser preparados pelo próprio laboratório ou por um
laboratório habitado que assegure a qualidade do produto.

Finalmente, e mais importante, são necessários técnicos de laboratório treinados,


responsáveis e conscientes do valor do seu trabalho.

A coloração de Gram recebeu este nome em homefunciona a coloração de Gram?

Desde o trabalho original de Hans Gram, vários pesquisadores tentaram, com


pouco sucesso, determinar o mecanismo envolvido no método de coloração. Conceitos
diversos têm sido apresentados, tais como:

a) A existência de um substrato Gram-positivo e específico;


b) As bactérias Gram-positivas e Gram-negativas possuiriam diferentes afinidades com
o corante primário cristal de violeta;
c) A existência de diferentes graus de permeabilidade na parede dos microrganismos
Gram-positivos e Gram-negativos.

Este último é o mais aceito atualmente. Tanto a espessura da pare- de celular,


quanto as dimensões dos espaços intersticiais, por exemplo, “diâmetro do poro”, parecem
ser determinantes do resultado final da coloração de Gram.

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Segundo esse conceito, quando as estruturas celulares são cobertas pela violeta-
de-metila, todas se coram em roxo. Com a adição do lugol, também chamado de
mordente, ocorre a formação do completo iodo-pararosanilina. Esta reação tem a
propriedade de fixar o corante primário nas estruturas coradas. Algumas estruturas
perdem a cor violeta rapidamente, quando se aplica um agente descorante, como álcool
etílico, enquanto outras perdem sua cor mais lentamente ou não perdem a cor. A safranina
cora as estruturas que foram descoradas.

As bactérias que têm a parede celular composta por mureína (peptídeoglicano -


peptídeo de ácido n-acetil murâmico), durante o proces- so de descoloração com álcool
etílico, retém o corante. Já as bactérias com parede celular composta predominantemente
por ácidos graxos (lipopolissacarídeos e lipoproteínas) perdem o complexo iodo-
pararosanilina, assumindo a cor do corante de fundo. Veja as figuras 1 e 2.

• Gram +
• Gram -
• peptídeoglicano (MUREÍNA)
• membrana citoplasmática
• espaço periplasmático
• membrana externa lipopolissacarídeo

Figura 2. Esquema da parede das bacterias Gram-negativas

• Técnica de coloração de GRAM


• peptídeoglicano (MUREÍNA)
• membrana citoplasmática

Figura 1. Esquema da parede das bactérias Gram-positivas

• PN-DST/AIDS/Ministério da Saúde

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Figura 1. Diplococos Gram-negativo

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%A9cnica_de_Gram

Figura 2. Cocos em cacho Gram-positivo

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%A9cnica_de_Gram

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CONCLUSÃO
As bactérias com a forma de côcos são sugestivas porque elas são capazes de se
dividirem e se multiplicarem rapidamente. Isso ocorre porque a forma esférica das
bactérias facilita a divisão celular. Quando uma célula bacteriana se divide, as duas células
filhas são idênticas à célula mãe. Isso significa que as bactérias com a forma de côcos têm
um grande potencial de crescimento e expansão.

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BIBLIOGRAFIA

1) Hollanda, C.de C.X., Arimateia, D. S. e Neto, R.M. Manual de Bacteriologia ede


Entoparasitos. Natal: Edufrn; 2014.
2) Murray PR, Rosenthal KS, Kobayashi GS, Pfaller MA. Medical microbiology.6th ed.
3) St. Louis: Mosby; 2010.
4) https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%A9cnica_de_Gram

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