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V Seminário de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Mato-grossense

Alta Floresta, MT
24 a 29 de outubro de 2018

IDENTIFICAÇÃO DE CONTAMINANTES EM MEIOS DE CULTURA


ALTERNATIVOS NA GERMINAÇÃO DE Catleya violacea (Kunth) Rolfe

Zélia Marques da Silva Radons Prestes1*; Cyntia Beatriz Magalhães Farias2; Leila Pereira Neves
Ramos3; Lucimar de Oliveira1; Enelisia Rodrigues Ramos1; Isane Vera Karsburg4

1Graduandosem Licenciatura Plena e Bacharelado em Ciências Biológicas, Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT, Alta Floresta, MT;
2Bióloga, formada pela Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT, Alta Floresta, MT;
3Pós-Graduandos em Genética e Melhoramento de Plantas, Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT, Alta Floresta, MT;
4Docente da Faculdade de Ciências Biológicas e Agrárias, Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT, Alta Floresta, MT

*zeliamarques20@hotmail.com

INTRODUÇÃO Nos três meios de cultura foram constatados frascos


Nas orquídeas, a germinação das sementes via cultura de contaminados com bactérias e/ou fungos (Tabela 1). Verificou-se que
tecidos permite acelerar e elevar a taxa de germinação, visto que, no 20% dos experimentos com o meio 1 estavam contaminados por
meio natural somente 5% das milhares de sementes existentes em . bactérias. O meio 3 apresentou um percentual inferior ao meio 1 com
uma cápsula germinam devido as intempéries do ambiente e da 10% de contaminação por bactérias; já no meio 2 não houve
necessidade de associação com o fungo micorrízico[1]. ocorrência de contaminação por bactérias, mas 30% deste meio
No entanto, um dos problemas de perdas das culturas in vitro é apresentou contaminação por fungos.
a contaminação do meio nutritivo com fungos e bactérias que se
TABELA 1: Avaliação do índice de contaminação dos meios de cultura e
encontram no ar e nas sementes. As perdas podem variar de 5 a identificação dos contaminantes.

10% de toda a cultura[2].


O presente estudo teve por objetivo verificar na germinação da
orquídea Cattleya violacea em diferentes meios de cultura
alternativos a ocorrência de contaminantes e identificá-los.

METODOLOGIA
Este trabalho foi realizado no campus da UNEMAT (Universidade
Estadual do Mato Grosso), nas coordenadas geográficas de 55°30’ a
57°00’ longitude W e 9°00’ e 11°00’ latitude S.
As cápsulas de sementes de Cattleya violacea foram coletadas
no município de Alta Floresta, sendo armazenadas em saquinho de
papel em refrigerador até a data de inoculação no meio.
Cinco meses após a data de inoculação o material foi retirado dos
frascos a identificação dos fungos dos meios de cultura foi realizada
A B
por meio da observação de lâminas feitas com fita adesiva e corante
FIGURA 1: Fungo encontrado no meio 2 – A: Penicillum. B: Rhizopus sp
Azul de Algodão ACDsee®. Os resultados obtidos foram analisados
pelo Teste Tukey ao nível de 5% pelo programa Sisvar (2003).
CONCLUSÕES
RESULTADOS E DISCUSSÃO A contaminação constatada nos meios de cultura pode ter ocorrido
pelas condições desfavoráveis do ambiente no momento em que foram
Um dos maiores problemas da cultura in vitro é a contaminação
realizadas as atividades, estando presentes no meio de cultura os
do meio nutritivo por fungos e bactérias mesmo tomando-se todos os
fungos Aspergillus niger, Penicillum e Rhizopus sp.
cuidados de assepsia, pois os microorganismos contaminantes
competem com os explantes pelos nutrientes, eliminando metabólitos AGRADECIMENTOS
tóxicos no meio, podendo ocasionar a morte da plântula[3]. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoas de Nível Superior-
Brasil (CAPES) – Cod de Financiamento 001.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] STANCATO, G.C.; FARIA R.T. In vitro growth and mineral nutrition of the [3] WRIGHT N.; ALDERSON, P. G.; DULLFORCE W. M. (Ed.). Micropropagation in
lithophytic rchid Laelia cinnabarina Batem. (Orchidaceae). Lindleyana, West horticulture: pratice and commercial problems. London: Institute of Horticulture,
Palm Beach, v. 11, n. 1, p. 41-43, 1996. p.200, 1986.
[2] WRIGHT N.; ALDERSON, P. G.; DULLFORCE W. M. (Ed.).
Micropropagation in horticulture: pratice and commercial problems.
London: Institute of Horticulture, p.200, 1986.

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