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Fatores

Antinutricionais
Herymá Giovane de Oliveira Silva
DTRA/UESB
• Compostos de origem vegetal que quando ingerido pode reduzir ou impedir a
utilização de um elemento nutritivo

• Produzidos pelas plantas e pertencem à classe dos metabólicos secundários

Fatores • NÃO LIGADOS A FUNÇÃO DE CRESCIMENTO, DESENVOLVIMENTO E


REPRODUÇÃO
Antinutricionais: • não aos processos vitais

Definição • FUNÇÃO DE DEFESA CONTRA FUNGOS, BACTÉRIAS E HERBÍVOROS


• interação com o meio ambiente

Obs: Podem ter dupla ação no organismo: Usado às vezes na


farmacologia como algo benéfico, pode também prejudicar o corpo
humano
• A produção < de 1% de peso seco das planta

Obs:
• Depende muito do estágio fisiológico e de
desenvolvimento da planta
Ciclo biossintético dos metabólitos secundários
Polissacarídeos
GLICOSE heterosídeos

Àcido chiquímico Acetil-CoA

Triptofano Ácido Gálico Via Mevalonato


Ciclo do Ácido Condensação
Alcalóides Indólicos e Taninos Hidrolizáveis Cíclico
Quinolínicos Antraquinonas Isoprenóides
Fenilalanina/tirosina Flavonóides
Terpenóides
Taninos Condensados

Protoalcalóides, Ácido cinâmico


alcalóides, Ac. Graxos e
Fenilpropanóides Ornitina e Lisina
Isoquinolínicos e Acetogeninas
benzilsoquinolinicos Lignanas e ligninas cumarinas Alcalóides

SANTOS, 1999
Compostos fenólicos de maior representatividade
na alimentação animal
“Muitos alimentos, apesar de apresentarem
alto valor nutricional, como sorgo, soja,
algodão, mamona e café, quando analisados
bromatologicamente ainda possuem baixa
biodisponibilidade, ou seja, o valor destes
Importância alimentos como forma de precursores para
reações metabólicas, digestão e absorção é
do tema baixa. Assim, o valor nutricional de uma
matéria-prima ou alimento processado e
pronto não se limita a sua composição
química”
Patra e Saxena (2009, 2010)
A crescente preocupação do público com os
Importância resíduos químicos em alimentos de origem
animal e as ameaças de bactérias resistentes a
do tema antibióticos traz outras perspectivas como na
modulação da fermentação ruminal
“Metabólitos secundários podem ser
explorado para mitigar a emissão de metano
em ruminantes. Possível redução ou inibição
das atividades dos metanógenos diretamente
Importância ou reduzindo o crescimento de protozoários”
do tema
Ex: Saponinas, taninos, óleos essenciais,
compostos organossulfurados, flavonóides e
muitos outros metabólicos”
Gossipol
C30H30O8
Gossipol

• Composto polifenólico de cor amarela


• Peso molecular de 518,55 Dalton,

• Cristalino,

• Insolúvel em água

• Solúvel em acetona, clorofórmio, éter e metil-etil-cetona (butanona)


• Produzido por glândulas de pigmento
presente nas hastes, folhas e sementes do
algodão.
Gossipol
• > concentração é nas sementes
• Das condições climáticas
• Relação positiva com a precipitação e negativa
com a temperatura
Produção de
gossipol • Espécies de algodão
DEPENDE:
• O armazenamento do algodão diminui
ligeiramente o conteúdo de gossipol livre
• O conteúdo de gossipol livre em sementes
de algodão inteiras varia entre 0,02 a 6,64%

• O caroço de algodão pode conter >14.000


mg / kg de gossipol total e 7.000 mg / kg de
Extração do gossipol livre (suficiente para intoxicação
óleo aguda)

• Após extração do óleo das sementes


• 0,6% extração com solvente
• 0,06% extração envolver pressão mecânica e
tratamento térmico
• “in vitro” contra alguns vírus
• vírus da imunodeficiência humana e o vírus da
influenza H5N1
• várias bactérias e leveduras

Potencial de • Promissor para combate a leucemia,


uso linfoma, carcinoma de cólon, câncer de
mama, mioma, câncer de próstata e outras
terapêutico doenças malignas

• China, em 1970, usado para tratar miomas


uterinos, endometriose e sangramento
uterino
Intoxicação pelo gossipol
• Pode causar:
• esterilidade dos reprodutores,
• debilidade muscular,
• edema cardíaco
• e outros prejuízos econômicos decorrentes da queda do desempenho,
• a toxicidade pode ocorrer após o período de ingestão, variando de um a três
meses

• relatada em frangos de corte, porcos , cães, ovelhas, e caprinos


Intoxicação pelo gossipol
• Tóxico para ruminantes e não ruminantes:
• em concentrações elevadas

• por meio da ingestão prolongada


• Os efeitos do gossipol são cumulativos, e podem surgir abruptamente após um período
variável de ingestão (1 a 3 meses)

• > para monogástricos como para os pré-ruminantes


• Redução da capacidade carreadora de oxigênio no sangue, resultando em respirações
curtas e edemas pulmonares
• Dificuldade respiração,
• Dispnéia
• Diminuição da taxa de crescimento
Sintomas • Anorexia
• Fraqueza
• Apatia
• Morte depois de vários dias
Efeitos: Machos
Dose
Animal Efeitos
mg/kg PC/dia
Hamsters 10 Degeneração de espermatócitos
Ratos 20 Degeneração de espermatócitos
Ratos 40 No degeneração
Reduziu a espermatogênese, célula de Sertoli e danos nos túbulos
Efeitos do Ratos 25 seminíferos
gossipol em Degeneração tubular, redução na concentração de testosterona, e
machos Ratos 10 involução da ptróstata ventral e vesículas seminais
reprodutores Diminui número de espermatozoides e motilidade, > n° de
Ratos 5,10 e 20 espermatozoides anormais, redução de níveis séricos de
testosterona, LH e FSH
< a produção de espermatozoides e motilidade e aumenta a
Touros 16,4 proporção de anormalidades
Anormalidades espermáticas primárias e secundárias e aumento de
Touros 8 espermatozoides com inchaço na junção da cabeça e cauda do
esperma (Proximal droplets)
Revisão: Gadelha et al. (2014)
Efeitos: Fêmeas
Animal Dose Efeitos

Ratas 5 mg/kg PC/dia Diestro mais longo

25 mg/kg
Ratas Níveis mais baixos de estradiol-17𝛽
PC/dia
Efeitos do 20 mg/kg
Ciclos estrais irregulares e mais longos, prolongamento do
gossipol em Ratas tempo para acasalamento, redução da taxa de prenhes e
PC/dia
no número de embriões viáveis
fêmeas
51 mg/kg Não interferiu no ciclo, primeiro serviço, taxa de
Novilhas
PC/dia concepção e morfologia ovariana

5 g gossipol
Novilhas Reduziu o número de folículos ovarianso > 5mm
livre/animal/dia

Revisão: Gadelha et al. (2014)


Procedimentos

• Calor • Suplementação
• Assar ou extrusão Nutricional
• Sulfato férrico
• Selenito de sódio
• Irradiação
• Vitamina E
• Gama
Redução do • Feixe de elétrons

gossipol toxico • Fermentação fúngica


• Aspergillus niger
• Aspergillus oryzae
• Candida tropicalis
• Saccharomyces cerevisiae
• Geotrichum candidum
Concentração máxima de gossipol livre
• Sementes de algodão 5.000 ppm

• Farelo ou bolo de algodão 1.200 ppm

• Rações completas:

• 20 ppm para galinhas poedeiras e leitões


• 60 ppm para coelhos e porcos
• 100 ppm para aves e bezerros
• 500 ppm para bovinos, ovinos e caprinos

UNIÃO EUROPEIA (2002L0032 - EN - 26.02.2013 - 017.001)


TANINOS
(“tanning”: Curtimento)

• “Qualquer grande composto polifenólico contendo


suficientes grupos hidroxila e outros para poder
formar complexos fortes com proteínas e outras
macromomléculas”
TANINOS
(“tanning”: Curtimento)

• O grupo mais importante de polifenóis na nutrição animal

Efeitos deletérios no aproveitamento das rações e no desempenho


produtivo dos animais

...formação de ligações cruzadas com proteínas


TANINOS
(“tanning”: Curtimento)
• Compostos fenólicos

• Elevado peso molecular (500-3000 Da)

• Armazenados em grandes quantidades nos vacúolos das


células das plantas

• Depósitos na epiderme das folhas


Immunocytochemical studies on the origin and
deposition sites of hydrolyzable tannins

• Não observaram “vacúolos tânicos”

• Encontraram regiões nos cloroplastos, nos amiloplastos, na parede


celular e em espaços intercelulares que apresentaram locais de
formação e deposição de taninos hidrolisáveis nas folhas

Grundhöfer e Gross (2001)


Grundhöfer et al. (2001)
Compostos fenólicos
• Normalmente não é encontrada no estado livre na natureza, mas sob
forma de ésteres ou de heterosídeos sendo, portanto, solúveis em água e
em solventes orgânicos polares

• São muito reativos quimicamente, formam pontes de hidrogênio, intra e


intermoleculares

• Um mol de taninos pode ligar-se a doze moles de proteínas

• Estes compostos são facilmente oxidáveis, tanto através de enzimas


vegetais específicas quanto por influência de metais
≠ de outros polifenóis
• Pela sua capacidade de precipitar:

• proteínas

• íons metálicos

• aminoácidos

• polissacarídeos
• Apresentam odor repulsivo,
gosto amargo, atuam como
fatores antinutricionais, e tem
Taninos potencial em provocar
intoxicações nos animais
(MUIR, 2011)
TANINOS
Classificação conforme estrutura química e propriedades

Taninos Taninos
hidrolisável condensa
Taninos condensados ou não hidrolisáveis
• Oligômeros e polímeros flava-3-ols

• formados pela ligação de dois ou mais


monômeros de flavan-3-ol (catequina) e/ou
flavan-3-4diol (leucoantocianinas)
flavan-3-4diol
• produtos do metabolismo do fenilpropanol
Taninos condensados ou não hidrolisáveis
Interação com proteínas
• Reversíveis
• Via pontes de hidrogênio
• Entre as hidroxilas fenólicas dos taninos e as funções
carbonílicas das ligações peptídicas das proteínas
• Interações hidrofóbicas
• Núcleos aromáticos dos taninos e as cadeias laterais
alifáticas ou aromáticas dos aminoácidos proteicos
• Irreversíveis
• Reações oxidativas via ligações covalentes
Taninos
condensados
ou não • Irreversíveis
hidrolisáveis • Reações oxidativas via ligações
covalentes
Interação com
proteínas
• o aumento na relação
prodelfinidina/procianidina
Taninos
condensados ou • (∆ de 10:80 a 65:35) nos
taninos condensados eleva
não hidrolisáveis sua capacidade em se ligar
às proteínas
Tanino é bom
Tanino antinutricional
Influência nutricional dos taninos em
ruminantes
• A presença de proteínas ricas em prolina na saliva constitui-se na
principal forma de defesa contra os taninos presentes na dieta.
• Não encontrada na saliva de bovinos, ovinos ou caprinos
• Um longo tempo de ingestão de taninos pode induzir ao aumento no
tamanho das glândulas salivares, embora esse aumento não seja constante
em todas as espécies.
• A saliva de bovinos apresenta alta afinidade por ácido tânico, formando
complexos solúveis tanino-proteína
• excessiva salivação
Influência nutricional dos taninos em
ruminantes
• O Streptococcus caprinus , um específico microrganismo encontrado
no rúmen de caprinos, possui a capacidade de degradar complexos
taninoproteína (BROOKER ., 1994),
Influência nutricional dos taninos em
ruminantes
• 2-4% na MS
• Não afeta a ingestão e digestibilidade da MS
• Melhora o aproveitamento de aminoácidos essenciais (> PNDR no Intetino
delgado)
• Estável em pH 3,5-7,0

• < concentração de amônia ruminal


• < ácido graxos voláteis } Dietas com 1,8% de taninos
(Waghorn et al., 1997).
Influência nutricional dos taninos em
ruminantes: Caprinos
• Pastagens contendo taninos condensados

• Cabras > recuperação do peso após o parto

• Cabritos:
• > peso ao nascer,
• > ganho de peso
• < mortalidade dos recém nascidos.
Kabasa et al. (2004)
Influência nutricional dos taninos em
ruminantes

• Ligação dos taninos condensados a proteínas e/ou enzimas


associados com a elevada concentração de taninos ou a efeitos após a
absorção de taninos hidrolisáveis
Influência nutricional dos taninos em
ruminantes
Em resumo os efeitos positivos estão diretamente relacionadas a
quantidade de proteína digerida no rúmen e, consequentemente o
aumento na quantidade de proteína disponível no intestino delgado, a
ação contra parasitas e redução no timpanismo espumoso

Mueller-harvey (2010).
Influência nutricional dos taninos em ruminantes
• Influência dos taninos condensados na mitigação de CH4

• Redução da produção de H2

• < digestibilidade da fibra

• efeito inibitório direto na população metanogênica


Influência nutricional dos taninos em
ruminantes
• 6-10% na MS
• perda de peso acumulado
• < ingestão de MS
• Diminui a palatabilidade (sensação de adstringência com aumento da salivação e
diminuição da aceitabilidade), reduzindo, portanto, o consumo alimentar (Waghorn et
al., 1994
• < desempenho observado por meio da redução da produção de leite, carne e lã.
• < taxa de fermentação e até mesmo da digestão de nitrogênio, haja vista a inibição
enzimática da microbiota do rúmen promovida pela formação do complexo taninos/ enzima.
• Podem inibir a atividade da tripsina e da amilase no intestino delgado.
• Alta perda de nitrogênio endógeno pelas fezes
Influência nutricional dos taninos em
ruminantes
• 6-10% na MS
• < digestibilidade de carboidratos presentes na parede celular dos vegetais devido à formação
de complexos indigestíveis entre taninos e polissacarídeos ou mesmo pela inativação de
enzimas bacterianas (como Streptococcus bovis e Fibrobacter succinogenes)

• Os taninos condensados não são absorvidos pelo trato digestivo, podendo causar danos à
mucosa intestinal diminuindo a absorção de nutrientes como a de aminoácidos essenciais
(úlceras contendo material necrosado na mucosa do abomaso, retículo e intestino delgado)

• Taninos hidrolisáveis, estes por serem facilmente degradados nos sistemas biológicos por
esterases não específicas, resultam em produtos de baixo peso molecular que entram na
circulação sanguínea causando necrose principalmente no fígado e rins uma vez que em
níveis altos no sangue estes superam a capacidade de desintoxicação observada nesses
órgãos
Influência nutricional dos taninos em
monogástricos
Erosão de Inibição da absorção de
células nutrientes através da
epiteliais do parede celular
intestino Digestão de carboidratos
(α-amilase, α-glicosidades), de
Formação de lipídios (lipase pancreática e
complexos de gástrica) e de proteínas (tripsina e
proteases diversas
Íons
Complexos divalentes de Inibição de enzimas
metais digestivas
Influência nutricional dos taninos em
monogástricos
• Taninos condensados no desempenho e composição da carcaça do
piauçu (Leporinus sp)

• Até 0,69% de taninos na ração não compromete a conversão alimentar


aparente e taxa de eficiência proteica das rações

• Níveis iguais ou superiores a 0,46% resultaram em ganho de peso


significativamente inferior para o piauçu.

Pinto et al. (2001)


Taninos na alimentação de ratos
Aumenta a excreção de ácido siálico e glicosamina
(> N nas fezes de origem metabólica: muco gastrointestinal)

Pode ocorrer necrose intestinal e erosão nas células da camada mucosa

MITJAVILA et al. (1977)


Taninos na alimentação de ratos

• Obs: Ratos, e alguns animais que possuem uma dieta rica em taninos
conseguem induzir uma liberação maior de proteínas salivares para,
assim, se protegerem contra o efeito da adstringência
Necessidades de pesquisas
• Influência da sazonalidade e do local de coleta

• Efeito da poluição atmosférica

• Efeito da restrição de nutrientes no solo

• Alternativas para obtenção de taninos de espécies arbóreas

• Comparação dos teores de taninos entre partes da mesma planta


Lignina
latim: lignum,
que significa
madeira
Lignina

• Éum polímero derivado de


unidades fenilpropanóides
denominadas C6C3 ou,
simplesmente, unidades C9,
repetidas de forma irregular,
que têm sua origem na
polimerização
desidrogenativa do álcool
coniferílico
• Em plantas herbáceas

• Deve-se trabalhar com as definições core e


não core
• Conforme o material residual e os
componentes ácidos hidrocinâmicos
liberados durante a hidrólise

Lignina
• “São convenientes para investigações dentro
do aspecto nutricional das forragens, bem
como para comparar a composição das
plantas, pois esta terminologia discute
aspectos moleculares da estrutura da lignina”
(RALPH e HELM, 1993)
• “Não core” :
• compostos fenólicos de baixo peso molecular,
• liberados da parede celular por hidrólise suave
• ácidos phidroxicinâmico éster-ligados

• “Core” :
• polímeros fenilpropanóides da parede celular,
• altamente condensados e muito resistentes à
Lignina
degradação.
• São compostos de unidades p-hidroxifenila (H),
guaiacila (G) e siringila (S).

Buxton et al. (1996)


Um dos principais Componentes dos
tecidos de gimnospermas e
angiosperma
• em vegetais e tecidos vasculares

Comumente composta por três alcoóis


Lignina de fenilpropanóides:

• coniferil,
• cumaril
• sinapril.

Covalentemente ligada à celulose e a


outros polissacarídeos
Normalmente <5% da parede
celular (15 a 30% na madeira)

Envelhecimento da forragem pode


chegar a 12%
• 70% está localizada na parede secundária
Lignina • Final do processo coincide com a morte da
planta

+ de 20 tipos

Insolubilidade em soluções ácidas


• Variação na planta:

• Espécie da planta

Lignina • Maturidade da planta

• Desenvolvimento da planta
• Papel:

• Transporte de água

Lignina • Nutrientes e metabólitos

• Resistência mecânica

• Proteção contra o ataque de


microorganismos
Lignina

• Principal obstáculo à digestão da fibra

• Age quimicamente como bloqueio enzimático e fisicamente,


proporcionando rigidez à parede celular

• FIBRA: A qualidade é mais interessante que a proporção no


alimento
• Gramíneas: < concentrações de lignina que as
leguminosas, porém a lignina de gramíneas inibe mais
acentuadamente a digestão
• São compostos glicosilados
divididos em três grupos,
dependendo da estrutura da
aglicona:

Saponinas (latim • triterpenóides,


‘sapo’ = sabão)
• esteróides

• glicoalcalóides
Plantas com Saponinas

Leucena Trevo Alfafa

Soja Quilaia Yucca


Saponinas
• As respostas são dependentes

• Estrutura química e dosagem de saponinas

• Composição da dieta

• Comunidade microbiana

• Adaptação da microbiota às saponinas.


Esôfago
Rúmen
Omaso

Intestino
delgado
saponinas

Abomaso Protozoários
Retículo
Defaunação

saponinas
Protozoários

+
Proteína microbiana
para o duodeno
(> eficiência na síntese)
Saponinas
• Redução na produção de metano via defaunação

• Redução da taxa de metanogênese ou expressão de genes produtores de


metano

• Redução do número de metanógenos

• Seletividade sobre bactérias e fungos específicos

• A adsorção de amônia e modulação da passagem da digesta no rúmen


• < crescimento

• < consumo e produção de ovos

• < motilidade intestinal


Efeitos
• < digestibilidade da proteína
adversos
• Sabor adstringente e irritante
• Alteram a absorção intestinal

Efeitos • (substâncias indesejadas ao serem


absorvidas podem aumentar o risco
de sensibilização por antígenos da

adversos dieta)

• Altera o padrão de permeabilidade pela


despolarização da membrana intestinal.
• Redução do colesterol durante as últimas décadas
• Tem atividades anti-carcinogênicas, anti-
inflamatórias e antioxidantes

Efeitos • Reduz a tensão superficial em torno das


membranas celulares ajudando a absorção de
nutrientes
benéficos • Facilita a absorção intestinal de grandes moléculas
(ação conjunta com o colesterol)
• Inibição do crescimento in vitro de Escherichia coli
(Arabski et al., 2012)
“Os principais objetivos são a melhoria do
desempenho e a redução da produção de
amônia e o odor de fezes de animais
domésticos”
Saponinas
como Ação: alteram a microbiota intestinal,
atuam no metabolismo do nitrogênio,
aditivos aumentam a permeabilidade de células da
mucosa intestinal e a taxa de absorção
intestinal
(Monteiro et al., 2005; Patra e Saxena,
2010; Silva e Silva, 1999)
• Em porcas: nos últimos dez dias de
gestação e na lactação de porcas,
melhora o escore corporal no final da
lactação das fêmeas, e leitegadas mais
Saponinas pesadas ao nascer e ao desmame

como • Reduz a mortalidade pré e pós-natal,


melhora as respostas imunológicas dos
Aditivo leitões quando fornecidas na dieta de
porcas gestantes e lactantes
Hauptli e Lovatto (2006)
• Frangos de corte: 100 e 200 mg/kg de extrato de
yucca aumentou os níveis médios de ganho de

Saponinas peso corporal, eficiência alimentar, IgG, IgM, T-


AOC, CAT e SOD e têm efeitos positivos na
indução da maturação dos órgãos imunológicos.

como • Obs: a dose: 100 mg melhorou

Aditivo principalmente a eficiência alimentar, e 200


mg atuou principalmente sobre imunidade e
anti-oxidação
Su et al. (2016)
• Galinhas poedeiras: até 100 mg/kg
de extrato de Yucca pode ser
Saponinas utilizada para melhorar o
desempenho produtivo, perfil
como sanguíneo e atividades
enzimáticas antioxidantes
Aditivo
Alagawany et al. (2016)
Aminoácido tóxico para animais ruminantes e
monogástricos
MIMOSINA
Degradado via bactérias ruminais e do ceco do
coelho a 3,4 dihidroxipiridona
• Sintomas:
• Normalmente alopecia (queda de pelos)
• menos frequentemente:
• catarata,
• atrofia de gengiva,
MIMOSINA • ulcerações da língua e esôfago,
• bócio,
• infertilidade
• < ganho de peso para ruminantes
e não ruminantes
• “proteínas ou glicoproteínas, de
origem não imunológica, capazes
de formr ligações reversíveis a
moléculas de sacarídeos”

LECITINAS “No trato intestinal de monogástricos


leva ao aumento na produção de
enzimas pelo pâncreas e a hipertrofia
e diminui a digestibilidade da proteína
em peixes” (Benevides et al., 2011)
• Encontra-se nas semente dos
vegetais

• Também (< )
LECITINAS • nas raízes,
• folhas,
• caules,
• rizomas
• Outras partes
• Inibidores de tripsina,

INIBIDORES quimiotripsina (Digerir


proteínas animal e microbiana)
e α-amilase

DE • Sintetizadas e estocadas em

PROTEASE sementes e tubérculos,


enquanto crescem como
proteção contra predação
• Formação de gás cianeto de hidrogênio
ou ácido cianídrico (HCN)

• Inibe a atividade de metaloenzimas,


GLICOSÍDEOS principalmente citocromo c oxidase, a
CIANOGÊNICOS enzima final na cadeia de transporte de
elétrons respiratórios.

• O HCN é um dos “venenos” de ação mais


rápida que se conhece para mamíferos
• A concentração:
• Espécie animal
• Entre e dentro de espécies de plantas

GLICOSÍDEOS
• clima e outras condições que influenciam
CIANOGÊNICOS o crescimento da planta
• como adubação nitrogenada,
• deficiência de água e idade da planta,
• < concentração em plantas novas e de
crescimento rápido
• doença de Konzo → “pernas
amarradas”

GLICOSÍDEOS • inibidor da citocromo


CIANOGÊNICOS oxidase (bloqueio da cadeia
de transporte de elétrons
durante o processo de
respiração celular)
• Ex: Dose de HCN capaz de levar a
morte de bovinos e ovinos
2 mg/kg de peso vivo (PV)
GLICOSÍDEOS
CIANOGÊNICOS • Possíveis reduções no teor:
• cozimento,
• Maceração
• secagem
FITATO • Armazenamento

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