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Praguicidas

Profª Drª Maria Luiza


PRAGUICIDAS
Mata , repele , combate a PRAGA

INSETICIDA
HERBICIDA

RATICIDA
PRAGUICIDAS

ACARICIDA
FUNGICIDA
RANKING MUNDIAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR

Estados Unidos 89,3, Áustria 85,5


Holanda 84,4
BRASIL 68,1 33ª /classificação geral
2ª /América do Sul e Central, Chile 72,5
Global Food Security Index

Oferta de Alimentos
Baixo Risco de Instabilidades Políticas
Menor impacto da Alimentação no
Orçamento das Famílias
ANVISA, 2019
ORGANOCLORADOS
Impacto Ambiental Atividade Agrícola

Ecossistemas por Agro-ecossistemas


Redução da Diversidade Biótica
Contaminação do Solo, Águas Superficiais e
Subterrâneas
BIOMAGNIFICAÇÃO BIOLÓGICA

POLUIÇÃO AMBIENTAL

Intoxicação do Homem
“SILENT SPRING”
Efeitos Ambientais Adversos
Uso indiscriminado do DDT
Reversão. na política Estados
Unidos
Proibição agrícola nacional do
DDT
MOVIMENTO AMBIENTAL
Agência de Proteção Ambiental
dos USA
ORGANOCLORADOS

 Poluentes Orgânicos Persistentes


(POPs)
 Tratado Internacional de
Estocolmo
 Eliminação/ POPs
 Brasil - signatário
DICOFOL - ACARICÍDA DE
APLICAÇÃO
FOLIAR
 Acaricida organoclorado de estrutura
similar ao DDT
 Altamente tóxico à vida aquática
(agente estrogênico)
 Aves – Estrutura da casca dos ovos
 Cultura de algodão , maçã e citros
DICOFOL

 Tempo de meia- vida --- 60 dias

 IDA – 0,002 mg/Kg p.c.

 LMR ou LMP- 5,0 mg/Kg


(intervalo de segurança -14 dias
)
ORGANOFOSFORADOS

1941-Schrader Gás de guerra


Scharadan Soman, Sarin, Tabun

GRANDE UTILIZAÇÃO COMO INSETICIDA


EM PROL DA
PRODUÇÃO AGRÍCOLA
SUBSTITUINDO O ORGANOCLORADO

Intoxicação do Homem
ORGANOFOSFORADOS
Fontes de Exposição
Indústrias Químicas
Laboratórios Químico-
Farmacêuticos
Lavoura e Pecuária
Ambientes domiciliares
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
ORGANOFOSFORADOS
ORGANOFOSFORADOS
Contaminante acidental
Alimentos
Boas Práticas Agrícolas
ORGANOFOSFORADOS
Malation, Paration, Fention, Diazinon

 Alta Lipossolubilidade
 Facilmente degradados no ambiente

Baixo poder Residual

 Facilmente biotransformados

 Inibidores IRREVERSÍVEIS da AChE


CLORPIRIFÓS E CLOROTALONIL
ANVISA PRETENDE REAVALIAR NOS
PRÓXIMOS ANOS PARA DECIDIR SE
SERÃO PROIBIDOS

 Clorpirifós inseticida organofosforado


Neurotoxicidade
 Clorotalonil
fungicida
Carcinogenicidade

Culturas de amendoim, feijão, batata,


café, algodão, trigo e outras
AZAMETIFÓS

 Organofosforado
 ALTAMENTE TÓXICO para aves,
abelhas, peixes e organismos
aquáticos
 Antiparasitário bovino – medicamento
veterinário

 LMR: 50 μg/Kg (músculo)


ORGANOFOSFORADOS
Acaricída e Inseticida
ACEFATO
Classe III IDA -0,0012 mg/Kg p.c
Algodão, Amendoim, Batata, Citros, Feijão,
Melão, Milho, Soja e Tomate.*

Metabólito extremamente Tóxico

METAMIDOFÓS
Síndrome colinérgica aguda- ▼▼AChE
Polineuropatia Tardia- ▼carboxineuroesterase
Parkinsonismo, Teratogênico, Imunossupressor,
Potencial Mutagênico
INSETICIDAS ORGANOFOSFORADOS

Intoxicações Acidentais
 Oral e intencionais (suicídios)
Alimentos (contaminante )
Absorção
 Dérmica
 Exposição Ocupacional
 Pulmonar
 Exposição Ocupacional

 Lipossolúveis ►► SNC
Distribuição NEUROTOXICIDADE POTENTE
INSETICIDAS ORGANOFOSFORADOS

Dessulfuração oxidativa , O -
desalquilação)
Biotransformação
 Hidrólise
 Conjugação

 Malation 84%
Excreção Urinária  Diazinon 70-80%
 Diclorvós 97%
SÍNDROME COLINÉRGICA AGUDA
Tecidos Nervosos e
Receptores Locais Afetados Manifestações
Afetados
Sialorréia,
Fibras Nervosas Glândulas
Lacrijamento,
Pós-Ganglionares Exócrimas
Transpiração
Miose, Hiperemia
Olhos
Conjuntival

Náuseas, Vômitos, Dor


Trato
Abdominal, Diarréia,
Gastrintestinal
Incontinência Fecal
Parassimpáticas Hipersecreção
(Receptores Trato Brônquica, Rinorréia,
Muscarínicos) Respiratório Broncoespasmo,
Dispnéia, Cianose

Sistema Bradicardia,
Cardiovascular Hipotensão
SÍNDROME INTERMEDIÁRIA (24 –
96 H)

Organofosforados: Fention, Dimetoato, Monocrotofós e


Metamidofós

Sinais Neurológicos após a Crise Colinérgica Aguda


 Fraqueza Muscular
 Músculo Flexores do Pescoço/Respiração/Pernas

Risco de Morte
Depressão Respiratória
SÍNDROME NEUROTÓXICA TARDIA
(7 A 14 DIAS)

Mipafox, Leptofós, Paration, Fention, Clorpirifós

Lei Seca nos USA – intoxicação de 20.000 Indivíduos


“Ginger Jake Paralysis”- Jamaica -tricresil fosfato

• Neuropatia Sensitivo Motora em Luvas e Botas


• Hipertonicidade , Hiperreflexia
• Fraqueza Muscular , Paralisia

(Mudança da mielina da fibra muscular e neurônios


do movimento, medula espinhal )

Inibição da Enzima NEUROESTERASE 70%)


MALATION X
DENGUE
GÁS DE GUERRA
SARIM , TABUM, SOMAN
GÁS DE GUERRA- “ARMA QUÍMICA DA
SÍRIA - SARIN”
“ARMA QUÍMICA NA SÍRIA -
TABUN”
TRATAMENTO DE
ORGANOFOSFORADO
CARBAMATOS
Enzima Carbamilada
ORGANOFOSFORADO
Enzima Fosforilada

PRALIDOXIMA
ATROPINA

Não Tratar Paciente em


observação,
DEPENDENDO DA
INTOXICAÇÃO
INSETICIDAS CARBAMATOS

Propriedades

Carbaril, Carbofuram, , Propoxur, Moban, Metomil

 Alta Lipossolubilidade
 Facilmente Degradados
 Facilmente Biotransformados
 Inibidores REVERSÍVEIS da AChE
INSETICIDAS CARBAMATOS

Intoxicações Acidentais
 Oral e intencionais (suicídios)
Alimentos (contaminante )
Absorção
 Dérmica
 Exposição Ocupacional
 Pulmonar
 Exposição Ocupacional

 Lipossolúveis→ ►► SNC
Distribuição
TOXICIDADE

ORGANOFOSFORADO CARBAMATO

 Inibe a AChE de  Inibe a


forma Acetlicolinesterase
 IRREVERSSÍBEL de forma
REVERSÍVEL
 Enzima fosforilada :
reação covalente
ALDICARBE

USO EXCLUSIVAMENTE AGRÍCOLA, PARA AS

• culturas de algodão, batata, café, cana- de-açúcar, citros e feijão

•ANVISA/ Reavaliação
Raticida e Agente Abortivo

• Tentativas de homicídio

• Grave problema de saúde pública nacional nos centros urbanos


ALDICARB
CHUMBINHO –TEMIK
Suicídios e Homicídios

Análise Toxicológica no conteúdo estomacal :


grânulos diminutos ,
esféricos e de cor cinza.

Sulfóxido da Aldicarb
produto de biotranformação:
23 > Aldicarb – inibidor da ACHE
60 > sulfona de Aldicarb - inibidor da ACHE
CHUMBINHO NO CONTEÚDO ESTOMACAL
PIRETRÓIDES
Piretrina I Chrysantemun
Piretrina II cinerariaefolium

Propriedades
 Facilmente Degradados
 Facilmente biotransformados
 Maior Especificidade como Inseticida

Usos
 Ambientes Domésticos
 “sprays”
 Aparelhos Elétricos de Liberação Lenta
INSETICIDAS
PIRETRÓIDES /
TOXICOCINÉTICA

Absorção
 Oral - Intoxicações Acidentais e Intencionais
 Dérmica - Exposição Ocupacional
 Pulmonar

Distribuição
 Lipossolúveis - NEUROTOXICIDADE
 Facilmente biotransformados
INSETICIDAS PIRETRÓIDES
Toxicodinâmica

Intoxicação Aguda

 Cefaléia
 Anorexia
 Fadiga
 Tremores involuntários na face
 Distúrbios na Consciência
 Ataques Convulsivos
 Coma
INSETICIDAS PIRETRÓIDES
Toxicodinâmica

Intoxicação Crônica

 Alergia em vias aéreas superiores


 Bronquites
 Asma e Rinites
 Efeitos Neurológicos de ordem periférica
 Reações Dermatológicas
COMPOSTOS CLOROFENOXIACÉTICOS

2,4 D e 2,4 , 5T

Dioxinas

Agente Laranja

Arma Química Guerra do Vietnã

Desastre Ambiental
A G EN T E LARANJA- 2 ,4 D COM D IO XIN A
U T IL IZ A D O N O VIETNÃ P E L O S EU A
TERATOGENICIDADE DA DIOXINA
CLORACNE
DIOXINA
2,3,7,8 TETRACLORO DIBENZO-1,4 DIOXINA

 Dermatites acneiformes-Cloracne
Exposição Ocupacional

Disruptor endócrino
 Incidência de Tumores em Roedores com
Dieta em Níveis Residuais
- Mutagênica, Teratogênica
- Dano Hepático
- Depressor do Sistema Imunológico
2,4D 2,4,5T
Exposição Ocupacional Herbicida
Toxicocinética
 Absorção – Oral e Respiratória
 Eliminação – Urina (Inalterada)

Intoxicação Aguda
Cardiotoxicidade, Neurotoxidade
Exposição Ocupacional
 Irritação dos Olhos, Nariz e Garganta
 Erupções Cutâneas
 Oligúria, Hematúria, Albuminúria
2,4 D

• EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL

• Limite: 1,7 kg/hectare por Via Costal

• ANVISA /set 2020

.
FOSFINA -Biocida
Expurgo de sementes
Armazenadas
Fosfeto de alumínio- pastilhas
ou comprimidos

Fraqueza, apatia, náuseas,


vômitos, dispnéia,
▼pressão sanguínea,
variação da pulsação,
diarréia, sede intensa,
Classe toxicológica I pressão na caixa torácica,
convulsões, paralisia, coma
LMT-O,O1% molar e morte
CONTAMINANTES ACIDENTAIS
ALIMENTOS

Obedecidas as regras de fumigação e


aeração, não existe risco de contaminação
dos alimentos.
Limites permitidos de resíduos de fosfina
são de 0,01 mg/kg para alimentos
processados e cacau, e de 0,1 mg/kg para
grãos.

OBS: Controle de todas as fases de vida, ou seja, ovos, larvas, pupas


e adultos, dos principais insetos que atacam os grãos, sementes,
produtos alimentícios elaborados e suas matérias-primas
ATRAZINA – HERBICIDA

Contaminante de água
superficiais e subterrâneas
Abacaxi,
Cana-de-açúcar, milho,
milheto, pinus,
seringueira,
sisal e sorgo.
Disruptor Endócrino
“Sapos”
TIRAM– DISSULFETO DE
TIURAM FUNGICIDA

Exposição Ocupacional
Uso Restrito à Indústria de Sementes

HEPATOTOXICIDADE CRÔNICA

ANVISA, 2020
CARBENDAZIM
FUNGICIDA
BENZIMIDAZÓLICO
Reavaliação Toxicológica
Mutagenicidade, Carcinogenicidade,
Teratogenicidade

ANVISA, set 2020


Fipronil
INSETICIDA

Inseticida morte de
500 milhões da
abelhas /2019

Aprovados 10 registros
SULFOXAFLOR – INSETICIDA

Classe III

Algodão , Arroz
Citros,
Feijão, Melão
Melancia
Redução Milho
significativa de Soja,
enxames de Abelhas Tomate, Trigo
GLIFOSATO – HERBICIDA
PRAGUICIDA MAIS UTILIZADO DO MUNDO

Algodão, ameixa, arroz, banana, cacau, café,


cana-de-açúcar, citros, coco, feijão, fumo, maçã,
mamão, milho, nectarina,
pastagem, pêra, pêssego, seringueira, soja, trigo e uva

Genotoxicidade
Ervas Daninhas
Microcefalia
Resistentes
Problemas Endócrinos
DIQUAT

Miocardite e falência hepatocelular


e Renal
 Proliferação fibroblástica pulmonar

Monitorização Biológica
< 1mg/l de Urina (Recuperação)
1 a 10 mg/l (Morte Provável)
PROIBIDO X PARAQUAT
HERBICIDA

CLASSE I IDA = 0,004 mg/kg p.c.

Algodão, Arroz, Banana, Batata, Café, Cana-de-açúcar,


Citros, Feijão, Maçã,Milho, Soja e Trigo.

TOXICIDADE CRÔNICA
Doença de Parkinson
Potencial de Mutagenicidade
PROIBIÇÃO DO HERBICIDA -
PARAQUAT

DOENÇA DE PARKINSON NA
EXPOSIÇÃO
OCUPACIONAL
Condição neurológica degenerativa: tremor,
rigidez, distúrbios na fala problemas de
equilíbrio
ANVISA: 3 anos para a retirada gradual
do produto do mercado
ANVISA, set 2020
PRAGUICIDAS
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Gases e metais

Profª Drª Maria Luiza


METAIS
Todas as formas de vida são afetadas pela
presença de metais.

 Fontes de exposição: água contaminada,


ar contaminado; ambiente de trabalho
Metais
 São todos os elementos químicos que apresentam seu
número atômico maior do que 22 ;

 Apresentam diversos efeitos à saúde animal e a


conservação ambiental;

 Não podem ser destruídos e são altamente reativos no


ponto de vista químico;
28 82
 São classificados em: Mn Pb
54,938 202,2
>Elementos essenciais: sódio, potássio, cálcio, ferro,
48
zinco, cobre, níquel e magnésio;
Cd
>Micro contaminantes ambientais: arsênico, chumbo, 112,41
cádmio, mercúrio, alumínio, titânio, estanho e tungstênio
28
>Elementos essenciais e simultaneamente micro Ni
contaminantes: cromo, zinco, ferro, cobalto, manganês e
58,693

níquel.
METAIS
1 ELEMENTOS ESSENCIAIS
1.1- Macroelementos: Na; K; Mg e Ca.

1.2- Elementos em traço: Fe; Zn; Cu; Mn.


1.3- Elementos em ultratraço: Cr; V; Mo; Co; Ni; Si; As e Se.

2 MICROCONTAMINANTES AMBIENTAIS

Pb, Cd; Hg, Be;, Ta; Sb; Al; Sn

3ELEMENTOS ESSENCIAIS E SIMULTANEAMENTES


MICROCONTAMINANTES

Cr; Mn; Ni; Fe; Zn; As; Mo e Co.


COMPOSTOS DE ARSÊNICO
FONTES
Minas (cobre, zinco e chumbo) e industria:
ocupacional
• alimento: 0,05 a 40 g/g, principalmente
 Alimento e água frutos do mar
• água: 80 – 1800 g/L

Trióxido de Arsênico- AS2O3

- Principal composto utilizado em envenenamentos

- Faz parte da composição de herbicidas e fungicidas


COMPOSTOS DE ARSÊNICO

TOXICOCINÉTICA
 Absorção: mucosas

 Distribuição: fração eritrocitária    fígado, rins e


pulmões    deposita-se cabelo e ossos

 Biotransformação:
Reações de metilação
Processos oxidativos
As+3  As+5 Ácido metilarsônico (AMA)
Ácido dimetilarsínico (ADMA)

 Excreção: urina e fezes


- Dose única: 2-8 h  10 dias
AÇÃO TÓXICA CUMULATIVA! 
- Doses repetidas: 70 dias
MECANISMO DE AÇÃO TÓXICA

 Forma trivalente a mais tóxica


 DL50 As2O3 = 2-3 mg/kg peso corpóreo(oral)
 Alta afinidade por grupos sulfidrila (SH) de enzimas e proteínas
 Ácido lipólico – cofator
CH2 SH CH2 S

Decarboxilação oxidativa dos ácidos CH2 CH2 AsR


CH SH +As-R CH
cetônicos (pirúvico)  acúmulo de ácido (CH2)4
S
(CH2)4
pirúvico no sangue  ↓acetil CoA  COOH COOH

alterações no SNC ácido lipólico

 ciclo de Krebs  ↓succinil CoA

 As5+: interfere no mecanismo de fosforilação oxidativa da glicólise


– respiração celular
INTOXICAÇÃO POR ARSÊNICO

Intoxicação Aguda

Pós-ingestão:
- Náuseas, vômitos e diarréia
- Sede violenta
- Queimação no esôfago e estômago

Pós-absorção:
- Prostração extrema
- Pulso irregular
- Hipotermia
- Cianose
- Câimbras
- Urinas raras e albuminosas
- MORTE
INTOXICAÇÃO POR ARSÊNICO

Intoxicação Crônica

- Neurotoxicidade ao sistema nervoso central e periférico


- Alteração sensorial, parestesia, fraqueza muscular
- Cirrose hepática
- Doença vascular periférica
- Doenças de pele – despigmentação e hiperpigmentação
- Carcinogênico
- Mutagênico e Teratogênico
ARSÊNIO
 Gorduras vegetais e hidrogenadas, Gorduras e emulsões refinadas, Bebidas
alcoólicas fermentadas e fermento-destiladas, Leite fluído, pronto para o
consumo = 0.1 mg/kg

 Açúcares,Caramelos e balas, Cereais e produtos a base de cereais, Gelados


comestíveis, Ovos e produtos de ovos, Mel, Peixe e produtos de peixe,
Produtos de cacau e derivados, Chá, mate, café e derivados = 1 mg/kg

Dose tolerável semanal (TMDI) = 15 g/kg peso corpóreo

Portaria n º 685, de 27
de agosto de 1998 (*)
MERCÚRIO
FONTE

 Evaporação natural da crosta terrestre (25000 a 150000/ano).


 Atividade industrial; mineração
 Alimentação - peixes

CAUSAS DE INTOXICAÇÃO

 Envenenamento criminal

 Suicídio

 Exposição ocupacional
Ex.: Cirurgião-dentista
MERCÚRIO
Ciclo do mercúrio

(CH3)2Hg CH3Hg+
Hg0 Hg++ Hg2++
MERCÚRIO

TOXICOCINÉTICA

 Absorção: Oral, Pulmonar e Dérmica

 Distribuição:

 Mercúrio Metálico (Hg0)  rápida difusão  oxidação a Hg++

 Mercúrio Inorgânico (Hg++)  7% absorção


 armazenado nos rins (Sistema Enzimático sulfidrilados)
 t1/2 ~ 40dias

 Mercúrio Orgânico (CH3Hg) 90 - 95% absorção


 biotransformado a inorgânico e armazenado nos rins
 armazenado na forma de CH3Hg no fígado e cérebro
 t1/2 ~ 70dias
 Excreção: excretado na urina e fezes
MERCÚRIO
Toxicodinâmica
Alta afinidade por grupos sulfidrilas em enzimas e
proteínas
 Alta afinidade por grupos tióis indispensável a atividade da
MAO  acúmulo de serotonina.

Ex.:
5-HT

Triptofano Serotonina
MAO

Mercuriais
5-hidroxindolacetaldeido

5-hidroxindolacético
INTOXICAÇÃO POR MERCÚRIO
• Intoxicação Aguda
•  Por compostos inorgânicos  Por compostos orgânicos
• - Sabor desagradável - Sintomas neurológicos
- vômitos - tremores
- hipotermia - perda da coordenação
-  urina - perda de visão lateral
- irritabilidade
- inflamação da mucosa bucal
- morte – 1 a 5 dias.

•  Vapor
- Bronquite corrosiva
- Pneumonite intersticial
INTOXICAÇÃO POR MERCÚRIO

Intoxicação crônica

- Transtornos digestivo (gengivite)


- Transtornos renais (nefropatia)
-Neurotóxico  SNC  Transtornos psíquicos (excitabilidade,
tremores, distúrbios de comportamento - depressão e
paranóia)
- Genotóxico (interage com DNA e RNA do feto)
 comprometimento do desenvolvimento cerebral
 retardamento psicomotor
MERCÚRIO

 Peixes e produtos da pesca (exceto predadores) = 0,5 mg/kg

 Peixes predadores = 1 mg/kg

 Portaria n º 685, de 27 de agosto de 1998


CHUMBO

Contaminação ambiental

- Alimentos: 220 a 400μg


- Água: 10 a 100 μg
- Ar: 20 a 80 μg

TOXICOCINÉTICA

 Absorção:
 Oral
 Respiratória
 Cutânea (Pb tetraetila)
CHUMBO

TOXICOCINÉTICA

 Biodistribuição:
 Liga-se aos eritrócitos  90%

 Compartimento de permuta: Sangue e tecidos moles

 Compartimento de armazenamento: Ossos

Importante!
Redistribuição constante
70% do Pb circulante vem dos ossos
CHUMBO

TOXICOCINÉTICA

 Biodistribuição:
Acúmulo ao longo de toda a vida (ossos/dentes/cabelos)
Vida-média:
 25 dias a 10 meses  sangue
40 dias  tecidos moles(exposição curta, adulto)
10-20 anos  osso cortical
 Excreção: Extremamente lenta
Renal(65%)
Biliar(35%)
Restante: suor, unhas, cabelos, descamação da pele
CHUMBO

• Toxicidade

• Efeito hematológico  afeta síntese de heme

• Inibição da enzima ácido delta aminolevulínico desidratase (ALA-D)


•  aumento do ácido delta
aminolevulíncio nacoproporfirina
urina (ALA-U)
Inibição da enzima hemissintetase   protoporfirina (zinco
protoporfirina)

• Inibição de coproporfirinogênio descarboxilase   atividade da


CHUMBO

Toxicidade
Neurotoxicidade 

Inorgânico: encefalopatia, irritabilidade, cefaleia, tremor muscular,


alucinações, delírio, convulsão encefalopatia
 afeta a integridade da barreira hemato encefálica (astrócitos) 
edema e isquemia.

Orgânico: alterações psiquiátricas, disfunção neuro motora


Afeta liberação de neuro transmissores
Altera o fluxo de cálcio nas células nervosas e aumenta o cálcio
intracelular;
Estimula a liberação de dopamina, acetilcolina e GABA
 SNP  debilidade muscular, hiperestesia, analgesia
CHUMBO

Toxicidade

 Atravessa a barreira placentária

Crianças

 efeitos neurológicos e neuro comportamentais


 alteração no desenvolvimento  inteligência, baixo
aproveitamento escolar, dificuldade na fala
 sub clínico  nível sanguíneo < 300 g/L  ataxia,
convulsão, dor de cabeça
CHUMBO

Toxicidade renal
 nefropatia aguda - crianças, reversível disfunção tubular
 crônica - adulto, irreversível esclerose vascular e
glomerular, atrofia das células tubulares, fibrose intersticial

Toxicidade cardiovascular
 hipertensão: mais sensível efeito adverso em adultos
 altera sensibilidade do músculo vascular: funções de
contratilidade ativadas por cálcio
CHUMBO NOS ALIMENTOS

 Óleos, gorduras e emulsões refinadas = 0.1 mg/kg


 Caramelos e balas, Dextrose (glucose), Cacau (exceto manteiga de
cacau e chocolate adoçado), Peixes e produtos de pesca, Partes
comestíveis cefalópodes = 2,0 mg/kg
 Chocolate adoçado = 1 mg/kg
 Sucos de frutas cítricas = 0,3 mg/kg
 Leite fluído, pronto para consumo = 0,05 mg/kg
 Alimentos para fins especiais, preparados especialmente para
lactentes e crianças até três anos) = 0,2 mg/kg

Dose tolerável semanal (TMDI) = 25 g/kg peso corpóreo

Portaria n º 685, de 27
de agosto de 1998 (*)
 Crônicos
CHUMBO
- Avançados: vômitos
Sintomas intermitentes; incoordenação;
dores no ombros, articulações e
 Agudos abdome, etc.
- Graves: vômitos persistentes;
- Náuseas; vômitos; dores ataxias; letargia; encefalopatias,
abdominais; gosto metálico na delírios, convulsões e coma.
boca e fezes escuras.
 Crônicos

- Precoces: perda de peso;


constipação; apatia; vômitos
ocasionais; cefaléia; fadiga, Saturnismo é a intoxicação que ocorre em
anemia e linha plúmbica na atividades ocupacionais com elevada exposição
ao chumbo (Pb). Embora seja menos comum,
gengiva ou linha de Burton. a intoxicação pode ocorrer após incidentes com
projétil de arma de fogo (PAF). se forma
devido à combinação do chumbo com o sulfeto
de hidrogênio liberado por bactérias da
cavidade bucal.
INTOXICAÇÃO PELO CADMIO
 É um metal tóxico aos rins, pulmões e cancerígeno.

 Altamente cumulativo!

 Tem aplicações na eletrônica, na fabricação de baterias recarregáveis, em ligas


especiais e no uso como pigmento de tintas.

 Além da nefrotoxicidade, no pulmão, causa enfisema, fibrose e doença


pulmonar obstrutiva crônica, e está ligado a câncer de pulmão e ao de
próstata.

 Quando polui o ambiente, pode causar grave doença óssea com fraturas
espontâneas, dependendo das características da população afetada, como no
caso da doença de Itai-Itai ocorrida no Japão.

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