Você está na página 1de 54

 Micotoxicologia e Micotoxinas

Toxicologia Veterinária
PROF. DR. RODRIGO T. PADILHA
Zootoxinas
Aula 2
Zootoxinas
 O que são?
 Quaisquer substâncias tóxicas produzidas por animais
 Serpentes, aranhas, escorpião, sapos e etc...

 Incidência alta em países tropicais


 Ofídicos

 Clínica de pequenos – Abelhas


Zootoxinas - Apitoxinas
Ofidismos
 Ofidismo clínico
 Século XX
 Brasil – Alta toxidade e letalidade
 Vital Brasil – pioneiro no estudo
 Soro antiveneno
Soro Antiveneno
Ofidismos
 Ofidismo clínico
 Brasil
 Bothrops e Crotalus (Mais comuns)

Jararaca Cascavel
(Bothrops) (Crotalus)
Ofidismos
 Ofidismo clínico
 Brasil
 Laquesis ou Micrurus (Mais raras)

Surucucu Coral (Micrurus)


(Laquesis)
Ofidismos
 Ofidismo clínico
 Brasil
 Min. Da Saúde - 1990 a 1993 / 81.611 casos

 90,5% - Bothrops
 7,7% - Crotalus
 1,4% - Laquesis
 0,4% - Micrurus
Ofidismos
 Ofidismo clínico
 Brasil
 Nordeste
Ofidismos
 Ofidismo clínico
 Brasil
Acidente Botrópico
 Gênero Bothrops

 Família Viperidae

 Solenóglifas

 Os membros desta família possuem dois dentes retrácteis, inoculadores de uma potente peçonha de

caráter neurotóxico, hemotóxico e ou citotóxico, localizados na parte anterior do maxilar superior.

 Ovovivíparas

 Fosseta Loreal

 Cauda lisa

 85 a 90% dos acidentes


Solenoglifas
Fosseta Loreal
 Órgão sensorial termorreceptor presente nas serpentes da família Viperidae,
 Variações mínimas de temperatura (0,003 ºC)
 Captura de animais endotérmicos (ex.: roedores).
 Conectada diretamente ao encéfalo da serpente.
Cauda Lisa
Acidente Botrópico
 Gênero Bothrops

 Família Viperidae

 30 espécies

 Bothrops jararaca

 Bothrops alternatus

 Bothrops moojeni

 Bothrops neuwiede

 Bothrops jararacussu
Acidente Botrópico
 Gênero Bothrops
 Família Viperidae
 30 espécies
 Bothrops jararaca

 Bothrops alternatus
 Bothrops moojeni
 Bothrops neuwiede
 Bothrops jararacussu

Urutu Cruzeiro
Venenos Brotrópicos
 95 % do peso seco – Proteínas com ação proteolítica

 Hialuronidase – rápida absorção e dispersão

 Hemotoxina e a citolisina

 Inflamação local e necrose dos tecidos e epitélio vascular

 Fosfolipase A2 e as esterases

 Alteração de permeabilidade de membrana (Subs. Vasoativas)

 Histamina e bradicinina
Venenos Brotrópicos
 Nécrosante
 Coagulante
 Vasculotóxico
 nefrotóxico
Venenos Brotrópicos - Sensibilidade
 Ordem decrescente de sensibilidade
 Equinos - Cabeça

 Ovinos

 Bovinos – Cabeça, membros e úbere

 Caprinos

 Canino – Focinhos e membros anteriores

 Suíno – Substâncias no plasma que neutralizam o antígeno ofidico

 Felino
Venenos Brotrópicos

 Sinais Clínicos
 Espécie
 Quantidade de veneno inoculado
 Local da picada
 Tempo do acidente

 Prostação
 Inapetência
 Apatia
 Taquipnéia
 Membro flexionado - claudicações
Canino
Tratamento
 Soro terapia com soro Antibotrópico-crotálico

 Dose mínima para 100 mg de veneno

 Intravenoso lento

 O peso do animal não é indicativo da dose

 Fluidoterapia – Solução fisiológica ou ringer


Acidente Crotálico
 Gênero Crotalus

 Família Viperidae

 Cascavel

 Solenóglifas

 Fosseta Loreal

 Guizo

 Ovoviviparas ou vivíparas

 80 a 100 cm de comprimento
Acidente Crotálico
 Brasil

 Crotalus durissus terrificus

 Crotalus durissus collilineatus

 Crotalus durissus cascavella

 Crotalus durissus ruruima

 Crotalus durissus marajoensis

 Crotalus durissus trigonicus

Crotalus durissus terrificus


Acidente Crotálico
 Brasil

 Crotalus durissus terrificus

 Crotalus durissus collilineatus

 Crotalus durissus cascavella

 Crotalus durissus ruruima

 Crotalus durissus marajoensis

 Crotalus durissus trigonicus

Crotalus durissus collilineatus


Veneno Crotálico
 Mistura complexa

 Crotoxina

 Crotamina

 Giroxina

 Convulxina
Veneno Crotálico
 Mistura complexa

 Crotoxina – 50% (fosfolipase A2 ) – Crotoxina B Ação em


conjunto
 Crotaporina - Crotoxina A (Ácida sem atividade enzimática)

 Falha na liberação de acetilcolina – Morte (paralisia respiratória)

 Crotapontina e Fosfolipase A2 – Lesões na musculatura esquelética

 Creatina Kinase (CK), Lasctato desidrogenase (LDH e Aspartato amino-


transferase (AST)
Veneno Crotálico
 Mistura complexa

 Crotoxina

 Necrose de coagulação

 Rabdomiólise e miosite necrótica focal

 Induz agregação plaquetária (trombina)

 Crotamina

 Ativação dos canais de sódio (Membrana celular e fibras musculares esqueléticas)

 Ratos (Analgesia – Morfina)


Veneno Crotálico
 Mistura complexa

 Girotoxina

 Sintomas de toxicidade no labirinto

 Convulxina

 Efeito convulsivante

 Respiratório

 Circulatório

 Lesões no labirinto
Sinais Clínicos
 Classificação do acidente

 Leve

 Moderado

 Grave
Sinais Clínicos
 Sensibilidade

 Equinos

 Ovinos

 Bovinos

 Caprinos

 Caninos

 Suínos

 Cobaias

 Camundongos

 Felinos
Sinais Clínicos
 Transtornos de locomoção

 Fasciculação muscular

 Fracidez muscular

 Ptiose palpebral

 Midríase

 Oftalmoplegia

 Disfagia

 Sialorréia

 Alteração na fonação

 Insuficiência respiratória aguda

 Depressão neurológica aguda


Tratamento
 Dose do soro para neutralizar 50 mg de veneno

 Intravenoso

 Metade da dose caso não haja melhora


Acidentes por veneno de sapo
 Sapos

 Ordem Anura

 Família Bufonídeae

 Gênero Bufo

 Bufos marinus

 Bufos typhonius

 Bufos crucífer
Acidentes por veneno de sapo
 Sapos

 Glãndula paratóides

 Bilaterais

 Veneno de aspecto leitoso

 Glândulas mucosas

 Toda superfície do corpo

 Secreção menos viscosa

 Antipredatória e defesa
Composição do veneno
 Muito complexa

 Varia com a espécie

 Aminas biogênicas

 Adrenalina Agonistas do sistema


simpático
 Noradrenalina

 Bufotenina
Efeitos alucinógenos
 Diidrobufotenina

 Bufotioninas
Sinais Clínicos
 Irritação local

 Sintomatologia sistêmica

 Morte – 15 min

 Cardiotóxica

 Sinais

 Sialorréia

 Prostação

 Arritmia cardíaca

 Edema Pulmonar

 Convulsões
Tratamento
 Lavar a boca e mucosa do animal

 Atropina deve ser evitado (Sialorréia)

 Propanolol – 0,5 mg/KG

 Intravenoso

 Repetição a cada 20 min – máx de 4 doses

 Controle das arritmias

 Verapamil – 8mg / kg

 IV

 2 a 3 vezes
Escorpionismo
 Espécie Tityus serrulatus – Brasil

 Escorpião amarelo

 Gravidade dos acidentes

 Partenogenese

 Tityus bahienseis
Veneno
 Tityus serrulatus

 Fração tóxica – tityustoxina (Neurotoxina)

 Canais de sódio (Despolarição das membranas nas terminações nervosas


periféricas)

 Sistema simpático e passsimpático

 Acetilcolina

 Catecolaminas
Sinais Clínicos ➢ Casos Graves
➢ Hipertensão / hipotensão
 Dor Local
arterial
 Sudorese ➢ Falência cardíaca
 Êmese ➢ Edema pulmonar
➢ Choque
 Hipermotilidade gastrintestinal

 Agitação

 Desorientação

 Hiperatividade

 Taquicardia sinusal / bradicardia

 Taquipnéia e hiperpinéia / bradipnéia


Araneísmo

Gênero Phoneutria (Aranha Armadeira)


Gênero Loxosceles (Aranha marrom)
Araneísmo

Aranha Armadeira
Loxoceles
 Loxoceles (Sul e sudeste)

 Toxicidade elevada

 Residências

 Veneno – Esfingomielinase D

 Esfingomielina das membranas endoteliais, hemácias e plaquetas (Ruptura)

 Fator quimiotático – neutrófilos

 Agregação plaquetária – coagulação intravascular em capilares (Na lesão)

 Necrose dérmica

 Quelíceras – Gênero Closdridium


Sinais Clínicos
 Sem dor no momento da picada (12 hrs após)

 Dor local

 Inchaço

 Mal estar

 Febre

 Cutânea: Lesão inflamatório – necrose local e ulceração

 Cutânea-visceral: anemia, icterícia e hemoglobinúria

 Insuficiência renal aguda


Tratamento
 Não há disponibilidade de soro para animais

 AINES

 Ácido acetisalicidico – NÃO

 Local da picada compressas frias

 Antisépticos

 Antibióticos sistêmicos
Phoneutria (Armadeira)
 Hábitos noturno

 Pode saltar 30 cm

 Veneno – Neurotóxico

 Dor local

 Edema Eritema

 Parestesia

 Pode ser cardiotóxico


Tratamento
 Lidocaina sem vaso constrictor no local

 AINES

 Opióides

 Compressas mornas.
OBRIGADO

Você também pode gostar