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DEFENSIVOS

AGRÍCOLAS
 IMPORTANCIA DOS DEFENSIVOS AGRÍCOLAS
• Pestes ou pragas são organismos biológicos considerados nocivos ao interferir na atividade
humana, competindo por alimentos, disseminando doenças ou prejudicando colheitas, alimentos
e ecossistemas (NATIONAL RESEARCH COUNCIL, 2000). São classificados como:

Ervas Daninhas Insetos Organismos


Vertebrados
Patogênicos
DEFENSIVOS
AGRÍCOLAS
 O QUE SÃO DEFENSIVOS AGRÍCOLAS?

Os agrotóxicos, também conhecidos como agroquímicos são definidos, segundo o art. 1º do Decreto
nº4.074/2002:

IV – Agrotóxicos e afins – produtos e agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso
nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de
florestas, nativas ou plantadas, e de outros ecossistemas e de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja
finalidade seja alterar a composição
da fauna e da flora, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos
considerados nocivos (...)

Acaricidas Fungicidas Inseticidas

Bactericidas Herbicidas
DEFENSIVOS
AGRÍCOLAS
 FAVORECIMENTO DAS PRAGAS
• Local sem inimigos naturais
• Mudanças genéticas em plantas
• Desequilíbrio ecológico

 MECANISMOS PARA CONTROLE DAS PRAGAS E DOENÇAS


• controle químico - uso de agrotóxicos;
• controle físico - feito por meio do controle da temperatura e umidade;
• controle mecânico - uso de armadilhas e barreiras;
• controle biológico - uso de inimigos naturais das pragas;
• práticas agrícolas - consiste no preparo correto do solo, na destruição de restos de cultura, na limpeza de máquinas e
implementos, na rotação de culturas, no plantio de variedades resistentes, na diversificação de culturas etc.;
• M.I.P. (Manejo Integrado de Pragas) - utilização em conjunto de todos os métodos aqui expostos.
DEFENSIVOS
AGRÍCOLAS

 ACARICIDAS

• Eliminar ácaros

Ácaro vermelho (Oligonychus ilicis) Ácaro rajado (Tetranychus urticae)


DEFENSIVOS
AGRÍCOLAS

 BACTERICIDAS

• Eliminar bactérias

Teste do copo - Ralstonia solanacearum


DEFENSIVOS
AGRÍCOLAS

 FUNGICIDAS

• Eliminar fungos

Ferrugem (Hemileia vastatrix) Mofo Cinzento (Botrytis cinerea)


DEFENSIVOS
AGRÍCOLAS

 HERBICIDAS

• Eliminar ervas daninhas

Picão-preto (Bidens pilosa) Buva (Conyza bonariensis)


DEFENSIVOS
AGRÍCOLAS

 INSETICIDAS

• Eliminar insetos

Mosca-branca (Bemisia tabaci) Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda)


DEFENSIVOS
AGRÍCOLAS

 NEMATICIDAS

• Eliminar nematoides

Cenoura (Pratylenchus penetrans) Soja (Meloidogyne javanica)


DEFENSIVOS
AGRÍCOLAS

 AGENTES BIOLÓGICOS

• Eliminar outros organismos vivos

Baculovirus anticarsia Bacillus thurigiensis


DEFENSIVOS
AGRÍCOLAS

 SEMIOQUIMICOS

• Armadilhas

Armadilha para mosca-das-frutas (Ceratitis capitata)


Formulação dos
defensivos
 FORMULAÇÃO – O QUE É

 COMPONENTES DE UM PRODUTO FORMULADO


 Ingrediente ativo I.A.
 Inertes
 Adjuvantes

 CLASSIFICAÇÃO QUANTO A FORMA DE USO (MATUO, 1990)


 Formulação pré-mistura
 Formulação de pronto uso
Formulação dos
defensivos

FORMULAÇÃO DE PRONTO USO

 PÓ SECO (P)

• Restringe-se ao controle de formigas e de insetos em grãos armazenados

• Exposição do aplicador e deriva acentuadas

• Distribuição heterogênea na área (produto


disperso por uma fonte de ar)

• Aplicadores (POLVILHADORAS)
Formulação dos
defensivos

FORMULAÇÃO DE PRÉ MISTURA

 PÓ MOLHÁVEL (PM, WP)

• Diluição em agua

• Custo baixo

• Deixa resíduos visíveis nas plantas tratadas

• Podem promover entupimentos

• Necessita de agitação constante


Formulação dos
defensivos

FORMULAÇÃO DE PRÉ MISTURA

 PÓ SOLÚVEL (PS, SP)

• Formulação pouco comum

• Resulta em uma solução verdadeira

• Não há necessidade de agitação constante


Formulação dos
defensivos

FORMULAÇÃO DE PRÉ MISTURA

 CONCENTRADO SOLÚVEL (CS, SL)

• Formulação liquida
• Dissolve-se prontamente

• Não necessita agitação no tanque

• Pouco abrasiva
Formulação dos
defensivos

FORMULAÇÃO DE PRÉ MISTURA

 CONCENTRADO EMULSIONÁVEL (CE, EC, EW)

• Formulação liquida (I.A. + aditivos + óleo)

• Insolúveis em agua (necessita surfactante)

• Necessita agitação em tanque

• Maior fitotoxidade

• Abrasiva
Formulação dos
defensivos
FORMULAÇÃO DE PRÉ MISTURA

 SUSPENSÃO CONCENTRADA (SC, F)

• Conhecida com “Flowable”


• Liquida (I.A. + líquido)
• Pode apresentar problemas durante armazenamento
• Necessita agitação no tanque
• Residual visível sobre as folhas
• Não abrasiva. Pouco entupimento
Formulação dos
defensivos

FORMULAÇÃO DE PRÉ MISTURA

 GRANULADO DISPERSÍVEL (WG, GD, DW)

• PM convertido a SC e desidratado
• Dissolve facilmente

• Maior facilidade de manuseio

• Requer agitação constante no tanque


Modo de ação dos defensivos

Contato Ingestão Profundidade

Fumigante Sistêmico Erradicante


Modo de ação dos
defensivos

 CONTATO
• Inseticida - Absorvido pelo tegumento do inseto.

• Herbicida - Age como dessecante.


Modo de ação dos
defensivos

 INGESTÃO
• Penetra por via oral.

• Controle de insetos mastigadores.


Modo de ação dos
defensivos

 PROFUNDIDADE
• Translaminar.

• Atravessar a folha ou penetrar no fruto.


Modo de ação dos
defensivos

 FUMIGANTE
• Penetra em forma de vapor.

• Vias respiratórias.
Modo de ação dos
defensivos

 SISTÊMICO
• Absorvido pela planta.

• Controle de insetos sugadores.

• Controle de insetos mastigadores - fase inicial.


Modo de ação dos
defensivos

 ERRADICANTE
• Tratamento de semente.

• Tratamento de solo.

• Diminuição do potencial de inóculo primário.


USO DE AGROTÓXICOS – VANTAGENS E DESVANTAGENS

 VANTAGENS  DESVANTAGENS

• produção de alimentos em grande escala • Uso intensivo gera degradação


a um custo mais baixo; dos recursos naturais;

• Prejudica a saúde humana;

• Redução de perdas na agricultura; • Aceleram o desenvolvimento


de resistência genética;

• Matam predadores e inimigos naturais;


• ·Pesticidas mais recentes são mais
seguros e eficazes do que muitos antigos • Seus efeitos nocivos superam
seus benefícios. (MULLER, 2007).
RESIDUO DE AGROTÓXICOS

 LIMITE MÁXIMO OU TOLERÂNCIA – quantidade máxima de resíduo de


agrotóxico legalmente aceita em alimentos.

 INTERVALO DE SEGURANÇA OU PERÍODO DE CARÊNCIA – intervalo de


tempo entre a ultima aplicação e a colheita.

 DEPÓSITO – camada do produto depositada sobre as superfícies tratadas.

 RESÍDUO – quantidade do defensivo encontrado no produto tratado após


passado um longo período da aplicação.
CLASSE TOXICOLÓGICA DOS DEFENSIVOS

 DOSE LETAL 50 (DL 50)


Dose necessária de uma dada substância para matar 50% de uma população em teste
(normalmente medida em miligramas de substância por quilograma de massa corporal dos
indivíduos testados).

CLASSES DOSE CAPAZ DE MATAR


TOXICOLÓGICAS DL50 UMA PESSOA ADULTA

I - EXTREMAMENTE menor 5mg/kg 1 pitada - algumas gotas

II - ALTAMENTE 5 - 50mg/kg alg. gotas - 1 colher chá

III - MEDIANAMENTE 50 - 500mg/kg 1 colher chá - 2 col. sopa

IV - POUCO TÓXICO 500 - 5000mg/kg 2 colher sopa - 1 copo

IV - MUITO POUCO mais 5000mg/kg 1 copo - 1 litro


CLASSE TOXICOLÓGICA DOS DEFENSIVOS

Consiste na classificação dos produtos técnicos e das formulações levando em


consideração os seus aspectos toxicológicos
CLASSE TOXICOLÓGICA DOS DEFENSIVOS

 VIAS DE ABSORÇÃO

• Dérmica – absorção pela pele e mucosa.

• Respiratória – provocam sintomas específicos.

• Digestiva – ingestão de alimentos contaminados.

• Ocular – pode provocar cegueira.

 VIA DIRETA

 VIA
INDIRETA
FORMAS DE INTOXICAÇÃO POR AGROTÓXICOS

AGUDA – exposição a altas doses em um curto espaço de tempo

 Leve  Moderada  Severa


Dor de cabeça, irritação Dor de cabeça intensa, náusea, Hipertensão, arritmia cardíaca,
cutaneomucosa, náusea e vomito, tonturas mais intensas, insuficiência respiratória,
discreta tontura. fraqueza e sudorese aumentada. convulsões, alterações da
consciência, coma, podendo
evoluir para óbito.

Queimadura causada por Roundup.


Intoxicação por
agrotóxicos

CRÔNICA – exposição a doses menores mas por período prolongado.

 CONSEQUENCIAS Criança tomando agua em embalagem de agrotóxico.

• Distúrbio de sonos;

• Sintomas alérgicos;

• Abortos;

• Danos do desenvolvimento do feto;

• Câncer.
Intoxicação por
agrotóxicos
DEFENSIVOS AGRÍCOLAS
INSETICIDA
S
NATURAIS
ALTERNATIVAS NO

CONTROLE DE PRAGAS

AGRÍCOLAS
DEFENSIVOS AGRÍCOLAS

INSETICIDA
S
NATURAIS

INSETICIDAS DE ORIGEM

VEGETAL
INSETICIDAS
ALTERNATIVO
S
• IMPORTANCIA
• VANTAGENS
• Oferecem alternativas aos inseticidas químicos sintéticos, uma vez que podem ser
empregados com o mesmo proposito;

• Podem ser facilmente preparados a partir de varias espécies


vegetais conhecidamente eficientes, por meio artesanal, semi-industrial e industrial;

• São facilmente biodegradados, pela sua natureza orgânica, o que contribui para a
diminuição da contaminação ambiental;
INSETICIDAS
ALTERNATIVO
S
• VANTAGENS
• Contribuem para a segurança alimentar, melhorando a qualidade de vida
e protegendo a saúde dos trabalhadores e consumidores;

• Por conterem mais de um principio ativo, são menos propensos a


promover resistência ou tolerância em pragas e patógenos;

• São mais econômicos que os agrotóxicos sintéticos;

• São compatíveis com o MIP e com o sistema de manejo orgânico.


INSETICIDAS
ALTERNATIVO
S
• DESVANTAGENS
• Quase sempre são menos eficientes que os inseticidas químicos;

• Os resultados nem sempre são imediatos;

• Em geral, são necessários um maior numero de aplicações, devido a baixa persistência;

• Normalmente, não são encontrados nas lojas agropecuárias;

• Geralmente, requerem o cultivo de da espécie destinada a este fim, que também exigira atenções
culturais.
INSETICIDAS
ALTERNATIVO
S
Métodos artesanais para extração dos princípios ativos
(ESCALONA et. al 1998)

• TRITURAÇÃO

• Material seco

• Moagem para transformar o material em pó


INSETICIDAS
ALTERNATIVO
S
• MACERAÇÃO • COZIMENTO
• Realizado à temperatura ambiente; • Semelhante anterior, mas com o

• Material seco e triturado ou fresco ao emprego de

e picado; • calor;
Solvente extrator;

• Solvente extrator; • Agua, álcool mistura hidro-

• Agua, álcool etílico, mistura etílico, alcoólica;

hidro- alcoólica; • Tempo de extração – 15 a 60 minutos.

• Tempo de extração – varia de horas até


dias.
INSETICIDAS
ALTERNATIVO
S
• INFUSÃO • ESTRAÇÃO DO SUMO

• Material seco e triturado ou fresco e • Utiliza-se partes suculentas;


picado; • Prensa mecânica ou moagem;
• Solvente extrator fervente; • Semelhante a extração de garapa de
• Tempo de extração – varia de 5 a 10 cana-de-açúcar.
minutos;

• Método semelhante ao preparo


de chá.
RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS

AGAVE, PITEIRA OU SISAL (Agave sisalana)

• INDICAÇÃO
• Formigas (Sauvas e quenquéns)

• Moer 5 folhas medias de sisal e deixar de


molho por 2 dias em 5 litros de agua.
• Aplicar 2 litros desta solução no olheiro do
formigueiro e tapar os depois para que as
formigas não fujam.
RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS

ALHO (Allium sativum)

RECEITA 01
INDICAÇÃO
• Repelente de insetos, bactérias, fungos e nematoides.
• 3 cabeças de alho;
• 1 colher grande de sabão de coco picado;
• 2 colheres de parafina liquida.

• Amassar as cabeças de alho misturado a parafina liquida. Diluir esse preparo em 10 litros de agua com
sabão. Pulverizado logo em seguida.
RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS

ARRUDA (Ruta graveolens)


RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS

CEBOLA (Allium cepa) ou CEBOLINHA VERDE (Allium fistolusum)


RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS

CHUCHU (Sechium edule)


RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS

CRAVO-DE-DEFUNTO (Tageres minuta)


RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS

CRAVO-DE-DEFUNTO (Tageres minuta)


RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS

FUMO (Nicotiana tabacum)


RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS

FUMO (Nicotiana tabacum)


RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS

FUMO (Nicotiana tabacum)


RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS

FUMO (Nicotiana tabacum)


RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS

NIM (Azadirachta indica)

INDICAÇÕES
• Mosca-branca, Tripes, Pulgões, Traça do
tomateiro, Ácaro verde da mandioca, Mosca
minadora, Nematóides, Mosca domestica,
Lagarta do cartucho, Lagarta curuquerê,
Lagarta rosca.
• OBS: mais de 418 espécies de pragas são
afetadas pelo extrato de nim (ABREU
JUNIOR, 1998; MARTINEZ, 2002).
RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS

NIM (Azadirachta indica)


RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS

NIM (Azadirachta indica)


DEFENSIVOS AGRÍCOLAS

INSETICIDAS NATURAIS

INSETICIDAS DE

ORIGEM

ANIMAL
RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS

LEITE
DEFENSIVOS AGRÍCOLAS

INSETICIDAS NATURAIS

OUTROS INSETICIDAS
OU MÉTODOS
ALTERNTIVOS DE
CONTROLE
RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS

CALDA BORDALESA
• VANTAGENS
• Protetor das folhas;
• Forma camada protetora contra doenças e pragas;
• Alta resistência à lavagem pela chuva;
• Aumenta a resistência da planta à insolação;
• Fornecedor de nutrientes essenciais;
• Cobre – ativador de metabolismo, aumento de vigor;
• Cálcio – fortalece e dá resistência aos tecidos;
• enxofre – promove o aproveitamento do nitrogênio;
• Melhora a qualidade dos frutos.
RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS

CALDA BORDALESA
• VANTAGENS
• Protetor das folhas;
• Forma camada protetora contra doenças e pragas;
• Alta resistência à lavagem pela chuva;
• Aumenta a resistência da planta à insolação;
• Fornecedor de nutrientes essenciais;
• Cobre – ativador de metabolismo, aumento de vigor;
• Cálcio – fortalece e dá resistência aos tecidos;
• enxofre – promove o aproveitamento do nitrogênio;
• Melhora a qualidade dos frutos.
RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS

CALDA BORDALESA

• PREPARO

• DISSOLUÇÃO DO COBRE
• Colocado em um saco de algodão e mantido imerso em um balde com 20 litros de
agua.

• DISSOLUÇÃO DA CAL VIRGEM


• 100 gr/ 10 litro de agua.

• TESTE DA FACA
RECEITAS DE
INSETICIDAS NATURAIS

CALDA SULFOCÁLCICA

• Efeito tóxico sobre insetos sugadores e ácaros.


• Fungicida protetor. Curativo contra oídios e ferrugens.

• RECOMENDAÇÕES
• 1 litro da calda/ 30 a 100 litros de agua.

• PREPARO
• 10 litros de calda
• 2,5 kg de enxofre
• 1,250 kg de cal virgem
• 7,0 litros de agua.

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