Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Para que possamos falar sobre esses fatores é importante que se fale sob o
conceito de praga. Por definição, praga “é qualquer organismo vivo que cause algum
tipo de transtorno ou prejuízo ao homem, quando ambos compartilham o mesmo
espaço”. Portanto, pode-se dizer que a barata que está dentro das tubulações nas
1
ruas, por exemplo, não pode ser considerada praga, pois não está compartilhando o
mesmo ambiente conosco, e diríamos ainda, que estes indivíduos têm um papel muito
importante dentro do ecossistema urbano.
2
período entre 1994 e 1997 e outros doze no período entre 1998 e 2001. Os resultados
obtidos são mostrados abaixo.
Neste estudo apenas dois Hospitais não apresentaram ocorrências com baratas
sendo que a espécie Blatella germanica que foi mais freqüente na primeira
amostragem, tornou-se menos frequente que a espécie Periplaneta americana na
segunda análise.
3
Mosquitos representaram 9,4% das ocorrências na primeira amostragem e
12,5% na segunda. Na primeira amostragem a quase totalidade das ocorrências era do
mosquito Culex quinquefasciatus. Na segunda amostragem além desta espécie
surgiram ocorrências com Aedes aegypti.
Pode-se dizer que a ocorrência com baratas, ratos e formigas está relacionada
às áreas onde são manipulados ou estocados os gêneros alimentícios ou então, onde
existam depósitos de resíduos gerados pelas áreas de produção de alimentos. As
ocorrências com formigas que normalmente são observadas em quartos de pacientes,
por exemplo, acontecem por muitas vezes por causa da oferta de soro glicosado e
outros resíduos que caem no ambiente ou que são deixados nos cestos de lixo.
Portanto, não é verdadeira a afirmação de que exista uma correlação real entre
a espécie praga e o ambiente específico. As pragas por serem oportunistas e pela
necessidade biológica de perpetuação de sua espécie e sobrevivência, procuram as
condições ambientais oferecidas que favoreçam sua instalação e desenvolvimento.
4
inseticidas aplicados e mais de 95% no volume de raticidas quando comparados com a
abordagem tradicional de aplicações periódicas. Este nível de redução é especialmente
importante em instituições de saúde, pois é fato cientificamente conhecido que
crianças e idosos são mais sensíveis aos efeitos diversos dos produtos químicos.
Crianças e idosos são a maioria do público destas instituições.
Nas situações onde for necessário o uso de produtos químicos a seleção deve
ser criteriosa. Existem centenas de marcas de produtos disponíveis no mercado
brasileiro. Na composição destes produtos entre trinta e quarenta diferentes tipos de
ingredientes ativos são utilizados. Dentre estes ingredientes existem produtos
reconhecidamente de toxicidade aguda alta, suspeitos de carcinogenicidade, suspeitos
de afetar negativamente a reprodução e o desenvolvimento e de interferir no
funcionamento do sistema endócrino.
Como devem ser empregados os produtos para o cuidado com pragas em locais
como Centro Cirúrgico, Nutrição, UTI?
5
Com qual periodicidade deve haver este controle?
A inspeção para o controle de pragas deve ser feita por qual departamento da
instituição?
Este suporte de treinamento pode e deve ser dado por profissionais que
prestam serviços para os estabelecimentos. Outra forma de obtenção de informações
das ocorrências seria a criação de um formulário ou uma central onde fossem
anotados os locais e as ocorrências, para que as ações pudessem ser adotadas.
6
Num trabalho recentemente desenvolvido por nós, foram pesquisados 61
Hospitais na grande São Paulo e 35% deles responderam que o departamento de
Hotelaria Hospitalar está à frente dos trabalhos de controle de pragas. Foram também
citados setores como: segurança do trabalho, SND, higienização/governança,
manutenção e CCIH. A nossa experiência tem mostrado que todos os serviços
oferecidos pelo Hospital, que não os assistenciais, estão sob responsabilidade do
Hoteleiro Hospitalar e o controle de pragas é um deles.
Por sua vez o homem participa do conceito num primeiro momento com a
avaliação do transtorno ou prejuízo causado pelo organismo. Aqui é interessante notar
que existe uma diferença fundamental entre os conceitos de praga agrícola e urbana.
No caso da praga agrícola o prejuízo é objetivo: é possível mensurar a perda nos
resultados da safra.
O pequeno buraco formado pelo rejunte de azulejo que soltou e não foi
reposto ou uma pequena trinca que surgiu num canto escondido de uma parede
podem servir de abrigos para grupos de baratas ou colônias de formigas. O pequeno
vazamento que só deixa um pouco úmido o armário embaixo de uma pia pode criar as
condições necessárias para alguns tipos de moscas e baratas. O espaço deixado na
8
parede ao redor de um novo cano que foi instalado pode servir de porta de entrada
para uma invasão por roedores.
Outro aspecto ambiental importante diz respeito aos resíduos gerados pela
atividade hospitalar. Sabe-se que boa parte do lixo urbano é de natureza orgânica e
está, portanto, sujeita ao processo de decomposição. Este é o mecanismo ambiental
que garante que os nutrientes acumulados pelos organismos ao longo de sua vida
sejam devolvidos ao ambiente após a sua morte. Com isto estes nutrientes tornam-se
novamente disponíveis aos novos organismos vivos. Muitas das espécies envolvidas
em situações de ocorrência de pragas cumprem este papel ecológico: são
decompositoras.
9
Recentemente, a Consulta Pública nº 76, de 23 de dezembro de 2008 colocou
em discussão a atualização deste regulamento. Em seu item 4.2 o novo regulamento
em diz explicitamente que “a prestação de serviço de controle de vetores e pragas
urbanas somente pode ser exercida por empresa especializada, sendo obrigatória a
contratação e/ou licitação específica e independente de outros serviços de quaisquer
naturezas”. Por controle de vetores e pragas urbanas a nova norma entende o
“conjunto de ações implementadas, visando impedir que vetores e pragas urbanas se
instalem ou reproduzam no ambiente. Incluem-se neste conceito os termos “Controle
integrado de pragas urbanas” e/ou “Manejo Integrado de pragas urbanas” e
denominações semelhantes”.
Disto conclui-se que toda instituição de saúde deve manter contrato de serviço
de controle de pragas com empresa especializada. Deve, também, manter
documentação que comprove as atividades desenvolvidas.
10
Dentro da estrutura destas Instituições, os profissionais de Enfermagem têm
papel fundamental que vai além do suporte clínico. Por estarem continuamente
deslocando-se pela instituição, estes profissionais são verdadeiros sentinelas. São
estes profissionais que muitas vezes detectam problemas de manutenção, limpeza,
rouparia, etc. e acionam as ações corretivas necessárias. São olhos que vêem múltiplos
aspectos da instituição. No que diz respeito ao controle de pragas esta contribuição
pode ser resumida basicamente em três aspectos:
11
processo de monitoramento das ocorrências e principalmente um trabalho de
fechamento de todos os possíveis acessos são fundamentais para evitar as ocorrências.
Podemos falar sobre o sistema que nós desenvolvemos em nossa empresa para
atender os Hospitais e os estabelecimentos de saúde. O Sistema PPV aplica todas as
ferramentas utilizadas no Controle Integrado de Pragas, assim o controle é
consequência de um conjunto de medidas que visam reduzir as oportunidades de
invasão e instalação das pragas. O trabalho envolve o monitoramento contínuo das
infestações, a criação de obstáculos ambientais e a intervenção cultural de modo a
orientar os usuários acerca de comportamentos que favorecem as infestações.
12
O programa também contempla a utilização de defensivos químicos, mas estes
são considerados como uma ferramenta única e adicional. São utilizados, apenas, onde
e quando efetivamente indispensáveis. Os tipos de defensivos e sistemas de aplicação
são dimensionados levando em conta as características de ocupação de cada área,
buscando direcionar as intervenções aos focos ou principais rotas de invasão das
pragas. Assim, o impacto ambiental é reduzido ao mínimo necessário para manter as
populações sob controle.
Quais seriam as ‘principais’ boas práticas a serem adotadas pelo hospital para o
controle de pragas urbanas?
Fonte: http://portaldaenfermagem.com.br/entrevistas_read.asp?id=31
13
CONTROLE INTEGRADO DE PRAGAS É O MAIS EFICAZ EM HOSPITAIS, ALÉM DE
GARANTIR A AUSÊNCIA DE PRAGAS, APRESENTA MELHOR CUSTO-BENEFÍCIO
Pombos
Moscas
Ratos
Essa é uma abordagem mais segura e bem menos impactante, pois a cada
ocorrência busca-se a compreensão das relações ecológicas entre as características
biológicas da praga e os fatores ambientais oferecidos no local do evento. Ou seja, a
identificação da praga e seus hábitos, a análise detalhada do ambiente infestado e dos
fatores que permitiram que ela se instalasse e a adequação do local, por meio de ações
14
mecânicas e conscientização dos envolvidos, fará com que haja uma redução, em
média, de 85% no volume de inseticidas aplicados e mais de 95% no volume de
raticidas quando comparados com a abordagem tradicional de aplicações periódicas.
Além dos problemas de saúde, as pragas podem ser responsáveis por outro
tipo de prejuízo: danos em equipamentos e na rede elétrica. Roedores, por exemplo,
podem roer cabos elétricos e causar curto-circuitos.
15
Em 2008, a resolução foi atualizada: No item 4.2 da Consulta Pública nº 76, de
23 de dezembro de 2008, diz: a prestação de serviço de controle de vetores e pragas
urbanas somente pode ser exercida por empresa especializada, sendo obrigatória a
contratação e/ou licitação específica e independente de outros serviços de quaisquer
naturezas.
Fonte: https://www.biomax-mep.com.br/controle-integrado-de-pragas-eficaz-em-hospitais/
16