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Hayana Sara Pereira Santos , Sabrina Brito Silva , Thaís Raylla Laurindo Sena
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Barros , Antônio Augusto Nascimento Machado Júnior .
1UniversidadeFederal do Piauí (sarasantos@ufpi.edu.br), 2Universidade Federal do Piauí,
3Universidade Federal do Piauí , 4Universidade Federal do Piauí.
1. INTRODUÇÃO
2. METODOLOGIA
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Figura 1 (A, B): Morfologia de cultura de M. canis, onde: A equivale ao anverso e B ao reverso.
Nos felinos, os fungos dermatófitos não fazem parte da microbiota normal ao nível
da sua pele. Nestes animais quando jovens, é possível visualizar em sua maioria as
manifestações clínicas, uma vez que o sistema imune destes animais ainda está em processo
de evolução. Já nos felinos de idade mais avançada, percebe-se mais casos assintomáticos
da dermatose (MACEDO, SILVA & JÚNIOR, 2021).
Onde esses animais se infectam, na maioria das vezes, por acesso a rua e a outros
animais, tendo contato direto ou indireto com o fungo em seu caráter zoofílico, ou em menor
incidência em contato com o fungo geofílico (BAJWA, 2020). Sendo a forma infectante
desses fungos por meio dos seus esporos, também chamado de artrósporo, que são
fragmentos das hifas desses fungos em esporos com especialização infectante.
Uma grande parte dos casos de infecção por trauma também é relatado, dado que
comportamentalmente, os indivíduos da espécie felina tendem a se envolver em brigas com
outros felinos, principalmente em animais não castrados. Por isso, gatos com acesso livre à
rua, têm mais probabilidade de contaminação, uma vez que consequentemente têm mais
contato com outros animais infectados, sejam eles assintomáticos ou sintomáticos
(BAJWA, 2020).
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3.2 ETIOLOGIA DA DERMATOFITOSE NO BRASIL
Nos felinos, a dermatofitose pode se manifestar em sua maioria, com sinais clínicos
leves, como um recente comportamento de coceira por parte do animal e leve vermelhidão,
o que pode ser percebido e tratado pelo tutor nos primeiros sinais. Em casos de maior
presença de sintomas, vê-se a manifestação da dermatofitose em forma de lesões na pele do
animal, que podem vir acompanhadas de áreas descamadas com crostas e alopecias que
podem ser tanto generalizadas ou focais, podendo em alguns casos apresentar dermatite
miliar (BOTTEON & BALDA, 2015).
Em alguns casos, pode-se ter em conjunto um pseudomicetoma, quando o fungo
invade a pele do animal em uma agressão que perfurando camadas mais profundas ocasiona
granuloma, sendo este caso bem raro na clínica de felinos, o que não exclui a possibilidade
de se ter (BOTTEON & BALDA, 2015), bem como a formação de nódulos devido a ação
fúngica (LOPES & DANTAS, 2016).
Ao longo da infecção, pode-se perceber lesões hiperpigmentadas, pápulas e
pústulas, sendo estes sinais clínicos mais observados nos membros torácicos do animal,
cauda e cabeça, mas em muitos casos pode apresentar também lesões na região dos
membros pélvicos, principalmente na região coxal do animal, do ventre e tórax (ROMANI
et al, 2020).
Uma diferença de lesões que podem ser perceptíveis entre o cão e o gato, ambos
reservatórios desse dermatófito, é que ao contrário dos cães, em felinos as lesões ocorrem
de modo mais irregular pela extensão da pele do animal, enquanto que no cão, geralmente
se dá de forma mais regular e concentrada, pelos quebradiços e visualmente desgastados
(MEDEIROS, CREPALDI & TOGNOLI, 2009).
Quando infectados, os humanos apresentam sinais clínicos por meio de lesão
avermelhadas, em sua maioria, que recebem nomenclatura e classificação de acordo com a
região de manifestação do fungo no corpo do hospedeiro, sendo as mesmas descritas de
modo geral como "tineas" (ANDRADE & ROSSI, 2019).
As lesões, ou tineas, em humanos podem ser: tinea capitis, que se instalam na região
dos cabelos, tinea corporis, que se instala pela extensão corporal, tinea cruris (inguinal),
tinea manus (mãos), tinea pedis (pés) e t. unguium, que se instalam por baixo das unhas
(SILVA et al, 2019).
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Figura 3: Pseudomicetoma em felino, condição que acomete raramente tanto a essa espécie, quanto a canina.
3.5 DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da dermatofitose não pode ser fechado apenas baseando-se nos sinais
clínicos que um paciente apresenta, isso pois os sintomas e sinais perceptíveis em um
paciente, podem ser confundidos com outras doenças dermatológicas semelhantes. No caso
da dermatofitose felina, há uma gama de exames diagnósticos que podem ser realizados em
virtude de que não haja casos de superdiagnóstico (ROMANI et al, 2020).
O mesmo deve ser realizado com base na anamnese, histórico do animal adjunto a
exames laboratoriais que possibilitem a visualização microscópica do fungo, bem como o
isolamento por cultura (MACEDO, SILVA & JÚNIOR, 2021).
Atualmente não há um exame chave ou padronizado para o diagnóstico da
dermatofitose em felinos, tendo que ser realizado mais de um teste, na maioria das vezes
(BAJWA, 2020).
Dentre os variados métodos que podem ser utilizados, a dermatoscopia é bem
comum na lida diária, dado que a mesma não se dá por processo invasivo e auxilia bem no
diagnóstico uma vez que os achados a partir desta técnica se diferem dos achados de felinos
acometidos por outras dermatopatias ou por nenhuma (BAJWA, 2020).
Para o diagnóstico da M. canis, espécie de interesse do estudo, é frequentemente
citada a técnica de lâmpada de Wood, feito normalmente na etapa de triagem, dado que 5 a
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cada 10 casos de infecção por M. canis o fungo não se apresenta fluorescente na luz
ultravioleta. Nesta técnica, os pelos e pele se apresentam em tom esverdeado, o que orienta
o clínico em qual parte realizar a coleta de pelagem para mais exames (MACEDO, SILVA
& JÚNIOR, 2021).
4. CONCLUSÃO
5. REFERÊNCIAS
BAJWA, Janji. Feline dermatophytosis: Clinical features and diagnostic testing, The
Canadian Veterinary Journal - Dermatology Veterinary, Vol. 61, 1217-1220, Nov, 2020.
BOEHM, T. M. S. A. et al. Dermatophytose bei Hund und Katze – ein Update, Tierarztl
Prax Ausg K Kleintiere Heimtiere, 47: 257–269 · New York, 2019.
SILVA, C. S. et al. Etiology and epidemiology of tinea capitis: case-serie report and literature
review, Revista Brasileira de Análises Clínicas - RBAC, 51(1): 9-16, Out. 2019.