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Em 1939, o suíço Paul Hermann Muller descobre a molécula de DDT que desde
o princípio, apresentou um poder extraordinário de extermínio das pragas, o que
permitia até mesmo aplicações de pequenas quantidades com a persistência no
ambiente por vários meses. Dada sua potencialidade, tanto o DDT como outros Tal
descoberta, valeu-lhe o Prêmio Nobel de Medicina, em 1948. Seu uso foi expandido e
disseminado no mundo todo, incluindo campanhas de saúde pública e no controle
inseticidas derivados, passaram a ser consumidos continuamente, e substituíram
técnicas até então naturais.
Tudo parecia funcionar de maneira perfeita, até que, anos depois, o DDT
passou de mocinho a vilão. Além de induzir o processo de seleção natural de insetos
resistentes à molécula – o que diminuía sua eficiência e favorecia a persistência de
insetos mais fortes no ambiente –, doenças e problemas ambientais foram associadas
ao mesmo.
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baseado na adoção de monoculturas com uso em grande escala de fertilizantes,
agrotóxicos e insumos de alto custo, além do efeito negativo ao meio ambiente
decorrentes do avanço das fronteiras agrícolas.
Tais efeitos são visíveis e contestáveis até hoje. Um dos principais é justamente
o uso indiscriminado dos inseticidas. As evidências do desequilíbrio ambiental que
esses químicos causam são inúmeras, tanto no ar, no solo e na água. E mais
recentemente, com a pressão dos ambientalistas e dos próprios consumidores, surgem
estudos que comprovam efeitos danosos diversos sobre a saúde humana e animal
(FARIA, 1999; GIRARDI, 2002; ESTRABROOK , 2011; COIMBRA, 2012; MELLO, 2012;
ELIAS, 2013).
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Nos animais, e também nos humanos, vários agentes químicos sintéticos,
incluindo o DDT e dioxina podem, de alguma forma, atuar como o hormônio feminino
estrógeno, o que pode desenvolver casos de endometriose e a precocidade sexual
feminina. Além disso, pesquisas comprovara que a exposição de pássaros do sexo
masculino a esse mimético hormonal durante o desenvolvimento afetava o cérebro e o
sistema reprodutor, alterando permanentemente o comportamento sexual,
resultando na feminilização dos indivíduos (JACOBSON, 1985; JACOBSON, 1990a;
JACOBSON, 1990b, ARAIA, 2009). Dados similares também forma descobertas em
outras espécies animais, como peixes, crocodilos, pássaros e ursos.
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A preocupação é tamanha, que na Argentina, a Justiça julgou e condenou um
latifundiário e um piloto de avião que aplicaram glifosato nas plantações de soja em
uma área urbana com pouco mais de 5 mil habitantes, e desencadeou problemas de
saúde. De acordo com as pesquisas que subsidiaram os argumentos, de um total de
142 crianças examinadas moradoras da região, mais de 80% continham o produto
químico no organismo, e em altas quantidades. Isso sem contar os 202 casos de câncer
provocados pelo glifosato, dos quais 143 foram fatais em curto tempo. No prazo de um
ano também foram registrados 272 abortos espontâneos e 23 nascimentos que
apresentaram algum tipo de deformidade congênita (COIMBRA, 2012).
Esses são alguns de tantos exemplos do efeito que os produtos químicos, sejam
eles denominados de agrotóxicos, pesticidas, inseticidas ou qualquer nome eu seja,
causa no ambiente e também na saúde humana. Muito se argumenta que não há uma
alternativa viável para se controlar e minimizar o efeito das pragas (agrícolas e
urbanas), senão o uso de produtos químicos, mesmo com todos os efeitos colaterais
que podem causar. Esse é um ponto de vista contraditório. Pesquisas indicam que há
sim formas eficientes e que não prejudicam o ambiente. O grande porém nessa
controvérsia é que exige um mudança de atitude e postura por parte da humanidade,
que no primeiro momento reluta em sair de seu estado de “normose”.
Com diz sabiamente José Alberto Gonçalves no livro Meio Ambiente - a vida em
jogo, (GONÇALVES, 2009) “resta saber até que ponto a humanidade estará disposta a
trocar parte de seu aparente conforto proporcionado pelas substâncias químicas por
uma vida mais saudável e segura, mas talvez com um pouco menos das comodidades
modernas”.
Fonte:https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/biologia/efeito-dos-inseticidas-no-
ambiente/45176
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No início, ao surgir a necessidade do uso de inseticidas, eram utilizadas
substâncias químicas altamente tóxicas, como o arsênio, o mercúrio e o tabaco.
Durante a Segunda Guerra Mundial, foram desenvolvidos diversos gases bélicos, e em
um desses foi possível observar um efeito tóxico contra insetos, daí surgem os
inseticidas. Em 1948, o cientista Paul Muller ganhou o Prêmio Nobel de Química por
ter descoberto o mais famoso inseticida de todos o tempos, o DDT (Dicloro Difenil
Tricloroetano).
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tornando necessárias aplicações cada vez maiores. O vegetal sofre alterações
metabólicas e estruturais, e o próprio ser humano também sente consequências,
sendo a principal delas, o câncer. O ideal é utilizar inseticidas que têm eficácia
comprovada mesmo quando aplicado em pequenas quantidades, não são tóxicos ao
homem, a outros animais e nem ao meio ambiente, econômicos, de fácil aplicação e
que apresentem baixo acúmulo na ambiente, como é o caso dos inseticidas naturais.
Referências:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Inseticida
http://marta.tocchetto.com/site/?q=system/files/Toxicologia+e+Seg+de+Laborat%C3%B3rio+-
+Unidade+5+-+Parte+1+-+Inseticidas.pdf
Fonte: https://www.infoescola.com/compostos-quimicos/inseticidas/