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HOTELARIA,

HOSPITALIDADE
E HUMANIZAÇÃO

Karen Cardoso
Higienização hospitalar
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

 Detalhar as características mais significativas da higienização hospitalar.


 Identificar as formas de organização do processo de trabalho da área
de higienização hospitalar.
 Definir instrumentos de planejamento e gestão para o setor de hi-
gienização hospitalar.

Introdução
Neste capítulo, você irá compreender a importância do serviço de higie-
nização hospitalar no processo de controle de microrganismos em uma
instituição, contribuindo, dessa forma, para manter o ambiente seguro
para pacientes, familiares e trabalhadores. Em um conceito mais amplo
de ações que promovem um ambiente limpo e seguro de patógenos, a
higienização se destaca, pois age em todas as áreas do hospital. Dessa
forma, um serviço de higienização hospitalar demanda o conhecimento
de rotinas adequadas e recursos em quantidade e qualidade suficientes
para desenvolver as ações de limpeza corretamente, além de envolver
a seleção de pessoal adequado e treinamento contínuo. O serviço de
higienização hospitalar também está intimamente conectado com as
ações de humanização e hotelaria hospitalar, para manter um ambiente
agradável e seguro a todos os pacientes e colaboradores.

1 Características mais significativas


da higienização hospitalar
O hospital pode ser considerado um ambiente arriscado e hostil, onde o risco de
contaminação por microrganismos patogênicos é real. Há pacientes com diver-
sos tipos de patologias e níveis de baixa imunidade, bem como procedimentos
de alto nível de complexidade, material biológico e resíduos contaminados.
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Atualmente, no entanto, a evolução da tecnologia, da legislação e das normas


técnicas visando à segurança e qualidade em ambientes hospitalares tornam
o hospital um local em que, apesar dos riscos, há um constante movimento
para torná-lo seguro, de modo que a vida humana, em seu momento mais
vulnerável, esteja protegida.
Para isso, é preciso conhecer quais são os principais riscos biológicos e
patógenos que podem afetar os ambientes, assim como quais são os mecanis-
mos de proliferação e, finalmente, como a higienização hospitalar é um dos
pilares fundamentais para evitar a infecção no ambiente. Assim, é necessário
compreender o significado de alguns conceitos, como os listados a seguir.

 Infecção: é quando ocorre a:

[...] entrada, desenvolvimento e multiplicação do agente infeccioso no organis-


mo de uma pessoa ou animal. Quando os agentes infecciosos estão presentes
apenas nas superfícies do corpo, roupas, ou objetos inanimados como água,
alimentos, ou ambiente, trata-se apenas de um processo de contaminação
dessas superfícies (SÃO PAULO, 2019, documento on-line).

 Hospedeiro: é um humano ou animal que abriga algum agente infeccioso


sem, no entanto, desenvolver nenhuma doença.
 Colonização: é o “crescimento e multiplicação de microrganismos em
superfícies epiteliais do hospedeiro, sem expressão clínica ou imuno-
lógica” (SÃO PAULO, 2019, documento on-line).

Ambiente como fator de risco para infecções


relacionadas à assistência em saúde
Os ambientes com a permanência de pacientes podem funcionar como re-
servatórios para microrganismos, como os microrganismos resistentes. Os
microrganismos resistentes são “aqueles que não podem ser eliminados por
meio de antimicrobianos aos quais eram originalmente sensíveis” (SÃO
PAULO, 2019, documento on-line). Dessa forma, a proliferação desse tipo
de microrganismo em ambientes não controlados pode levar a infecções
relacionadas à assistência em saúde e aumentar consideravelmente o tempo
de internação, podendo até agravar o estado do paciente e levá-lo à morte.
Alguns microrganismos podem sobreviver em superfícies ambientais por dias
e até meses, elevando também o risco de infecção cruzada, isto é, aquela que
não ocorre de forma direta, mas de forma secundária, por meio de contato
com a superfície do ambiente contaminado, instrumental contaminado
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e as mãos dos profissionais (AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA


SANITÁRIA, 2010). Portanto, o ciclo de transmissão de microrganismos
deve ser conhecido para que se desenvolvam ações para interrompê-lo. O
ciclo pode ser observado na Figura 1.

Figura 1. Ciclo de transmissão de microrganismos.


Fonte: São Paulo (2019, documento on-line).

Estudos demonstram que os agentes patogênicos que já colonizam o paciente


podem ser responsáveis por: 40 a 60% de infecções causadas em áreas críticas
do hospital, como, por exemplo, centro cirúrgico, unidade de terapia intensiva,
dentre outras; 20 a 40% têm relação com a infecção cruzada provocada pela
contaminação das mãos dos profissionais de saúde; 20 a 25% provocadas pelas
alterações da microbiota provocada pelo uso dos antibióticos e a possível con-
taminação do ambiente, que responde por 20% do risco (RUTALA et al., 2014).
Alguns microrganismos são extremamente perigosos e altamente infecciosos
e, dessa forma, o cuidado com a higienização de superfícies é fundamental:
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Múltiplos estudos evidenciaram que superfícies de quartos de pacientes colo-


nizados ou infectados com esses importantes patógenos são frequentemente
contaminadas. Segundo dados publicados, a proporção de superfícies hospita-
lares com MRSA varia de 1 a 27%, enquanto a contaminação por Clostridium
difficile varia de 2,9 a 75%. Já a frequência de Acinetobacter spp apresenta
uma variação de 3 a 50%. Em relação ao Norovírus, os relatos comprovam a
permanência do patógeno em superfícies, associada especialmente a ocorrência
de surtos em ambientes comunitários (OTTER et al., 2013; RUTALA et al.,
2013 apud SÃO PAULO, 2019, documento on-line).

O tempo de sobrevivência de alguns microrganismos nas superfícies hospita-


lares pode surpreender aqueles que não estão familiarizados com os avanços das
pesquisas sobre os riscos de infecção hospitalar, conforme aponta o Quadro 1.

Quadro 1. Tempo de sobrevivência dos microrganismos nas superfícies

Microrganismo Tempo de sobrevivência

Clostridium difficile > 5 meses

Acinetobacter spp 3 dias a 11 meses

Enterococcus spp. 5 dias a > 46 meses

Pseudomonas aeruginosa 6 horas a 16 meses

Klebsiella spp. 2 horas a > 30 meses

S. aureus 7 dias a > 12 meses

Norovírus 8 horas a > 2 semanas

Fonte: Adaptado de São Paulo (2019).

Alguns microrganismos estão mais presentes no ambiente e com transmissão


especificamente ambiental, como o Clostridium difficile e o Norovírus, por exemplo.
O Clostridium difficile é um microrganismo que se reproduz por meio de esporos, cuja
inativação é bem difícil pela maioria dos agentes químicos utilizados para limpeza e
desinfecção de superfícies. Ele é responsável por grande parte da diarreia infecciosa
associada à assistência hospitalar, causando irritação no cólon e é potencialmente
fatal aos pacientes que estão colonizados por esse microrganismo. Dessa forma,
apenas o agente químico certo, utilizado com a técnica adequada e no tempo de
exposição suficiente pode ser capaz do controle ambiental (SÃO PAULO, 2019).
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O Norovírus habita a parte entérica humana e é um vírus de alta transmissibili-


dade, devido à necessidade de pequeno espaço de inoculação, capacidade de disse-
minação alta, capacidade de adaptação e sobrevivência às alterações do ambiente
e aos processos de limpeza de superfície. Surtos podem ocorrer repetidamente,
principalmente, em instituições de saúde superlotadas e com pouco pessoal para
a assistência e higienização. Em ambos os casos, agentes químicos à base de cloro
são capazes de manter o controle ambiental e eliminá-los (SÃO PAULO, 2019).
É importante refletir que, antigamente, o combate e controle dos microrganis-
mos ocorriam, principalmente, com o uso de antibióticos, o que acabou tornando
muitos deles resistentes, levando ao aumento de infecções de difícil tratamento.
Hoje, é consenso que o controle ambiental é um dos aspectos fundamentais para
diminuir o risco de infecção. Assim, além do conhecimento necessário sobre os
microrganismos e as formas de combatê-los no ambiente, é importante que um
serviço de higiene hospitalar saiba quais são os locais de alto risco ou os objetos
que, por sua frequência de manipulação, são mais suscetíveis de disseminar a
infecção no ambiente. A seguir serão apresentados os locais em que há maior
risco de infecção por patógenos na instituição de saúde.

Classificação das áreas conforme o risco


de contaminação por patógenos
A classificação das áreas hospitalares é importante para estabelecer o planejamento
necessário para o controle ambiental e higienização, bem como para implementar
ações que tornem as áreas de maior risco mais seguras para pacientes e trabalhadores.
Área crítica é a área com maior risco de transmissão de infecção, seja porque
os pacientes são mais suscetíveis, seja porque é onde ocorrem procedimentos
de maior risco e complexidade. São consideradas áreas críticas (EMPRESA
BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES, 2017; SÃO PAULO, 2019):

 unidade de terapia intensiva;


 unidade de doenças infecciosas e parasitárias;
 isolamentos;
 pronto socorro;
 centro cirúrgico;
 centro obstétrico;
 laboratório de análises clínicas;
 banco de sangue;
 setor de hemodinâmica;
 unidade de transplante;
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 unidade de queimados;
 berçário de alto risco;
 central de material e esterilização;
 lactário;
 serviço de nutrição e dietética;
 farmácia;
 área suja da lavanderia.

A área semicrítica é a área considerada com menor risco de transmissão


de infecção e procedimentos de baixo risco e complexidade. São consideradas
áreas semicríticas enfermarias e apartamentos, ambulatórios, banheiros, posto de
enfermagem, elevador e corredores (EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS
HOSPITALARES, 2017; SÃO PAULO, 2019). Já a área não crítica corresponde
às áreas sem risco de transmissão de infecção, que não são ocupadas por pacien-
tes e não possuem nenhum procedimento de risco relacionado. Dessa forma,
são consideradas áreas não críticas os vestiários, copa, áreas administrativas,
almoxarifados, secretaria, sala de costura, recepção (SÃO PAULO, 2019).
Embora essa classificação ainda seja utilizada, o contato das mãos nas super-
fícies e nas áreas próximas de pacientes assume maior importância no processo
de disseminação de infecção direta e infecção cruzada. Há outra classificação
que leva em consideração a periodicidade do contato das mãos com as super-
fícies e equipamentos. Desse modo, as superfícies podem ser classificadas em:

Superfícies ambientais com maior grau de contato com as mãos: bancadas,


maçanetas, interruptores, paredes do banheiro, unidade do paciente e outros;
Superfícies ambientais com mínimo contato com as mãos: teto, piso, janelas
e outros.
Superfícies de equipamentos médicos: equipamentos de Raio-X, equipamentos
de diálise, carrinhos, monitores, ventiladores mecânicos, bomba de infusão
e outros (SÃO PAULO, 2019, documento on-line).

Nesse caso, a incidência do contato das mãos determina também a perio-


dicidade da limpeza e desinfecção das superfícies e equipamentos.

Serviço de higienização hospitalar


A organização do serviço de higienização hospitalar tem como base: a estrutura
física, materiais e equipamentos; recursos humanos com perfil adequado; trei-
namento e educação continuada e ferramentas de gerenciamento e avaliação do
processo de trabalho. Essas são as bases para desenvolver o serviço de limpeza e
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controle ambiental. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (2010,


documento on-line), um serviço de higienização tem como objetivos “garantir
aos usuários dos serviços de saúde uma permanência em local limpo e em am-
biente com menor carga de contaminação possível, contribuindo com a redução
da possibilidade de transmissão de infecções oriundas de fontes inanimadas”.
Portanto, esse tipo de serviço se propõe a higienizar e dar segurança contra
a presença de microrganismos em instalações e mobiliários das unidades
hospitalares, bem como nas seguintes superfícies existentes:

Mobiliários, pisos, paredes, divisórias, portas e maçanetas, tetos, janelas, equi-


pamentos para a saúde, bancadas, pias, macas, divãs, suporte para soro, balança,
computadores, instalações sanitárias, grades de aparelho de condicionador de
ar, ventilador, exaustor, luminárias, bebedouro, aparelho telefônico (AGÊNCIA
NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 2010, documento on-line).

Estrutura física

Embora muitas instituições optem por terceirizar os serviços de higienização, há


necessidade de reservar um espaço para organização e centralização do serviço.
O serviço de higienização deve possuir: um local, um espaço físico específico
onde seja possível armazenar equipamentos de limpeza e com acesso fácil ao
almoxarifado, no qual os agentes químicos devem ficar armazenados; local para
estacionamento de carrinhos e guarda de equipamentos de limpeza. É importante
o acesso dos funcionários a vestiários com armários, banheiros e chuveiros e área
de descanso e alimentação. A chefia do setor necessita um espaço para exercer
suas atividades de relatórios e planejamento das ações de limpeza.
O espaço específico para treinar e checar as diluições das substâncias
químicas e montar os carrinhos, comumente, é necessário. Muitas vezes, esse
local é designado como um expurgo, mas não tem as dimensões necessárias
para acompanhar o processo de organização das soluções e dos carrinhos a cada
jornada de trabalho. A determinação de um depósito de materiais de limpeza
(DML) é indicado para a guarda do material e deve seguir os seguintes dispo-
sitivos (EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES, 2017):

 pia para lavagem das mãos;


 tanque para limpeza do material;
 dispositivo para pendurar mops, rodos e pás;
 prateleiras para baldes, pequenos utensílios e produtos de limpeza;
 desinfetantes devidamente rotulados e tampados; o rótulo deve incluir
modo de uso, composição química, advertências e precauções.
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Materiais e equipamentos

Os materiais envolvem os carrinhos para a coleta de lixo das unidades, os


carrinhos de limpeza, com os produtos específicos para cada área e superfície,
material para reposição de sabão líquido, álcool gel e papel toalha nas estações
de higiene das mãos das unidades.
A limpeza também ocorre de forma mecanizada, principalmente, em
grandes áreas de cobertura, com lavadoras automatizadas, enceradeiras e
outros materiais. Os materiais devem ser ergonômicos, fáceis de usar, mantidos
em perfeito estado de funcionamento e limpos. Os carrinhos devem ter uma
lista de verificação para contemplar todos os itens necessários e as soluções
etiquetadas e com prazo de validade das diluições, mantendo apenas os itens
que são padronizados pelo serviço (SÃO PAULO, 2019). O Quadro 2 apresenta
quais são os materiais básicos necessários.

Quadro 2. Materiais utilizados na limpeza

Espécie

Escadas: diversos Rodos de borracha (diversos tamanhos com cabo em metal).


tamanhos

Desentupidor de pia Saco de plástico de acordo com Plano de Gerenciamento de


e ralos Resíduos Sólidos de Serviços (PGRSS) da instituição.

Baldes Suporte (para pendurar mops, rodos, etc.).

Lã de aço Vassoura piaçava (para área externa) .

Palha de aço Mops (esfregão).

Lixeiras Carro para transporte e guarda do material de limpeza.

Papel toalha Latões de resíduo (15, 35 e 100 litros).

Panos para limpeza Pá de resíduo (cabo longo e curto).

Fonte: Adaptado de Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (2017).

Os agentes de limpeza são as substâncias químicas utilizadas no processo


de limpeza, como os desinfetantes e os materiais listados a seguir (EMPRESA
BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES, 2017).
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 Saneantes:
■ desinfetantes — seguindo a normatização vigente e seguindo a orien-
tação da comissão de infecção hospitalar e aprovados pela Anvisa;
■ detergentes — auxiliam na retirada de gorduras dos artigos e áreas.
Devem ser testados com orientação da comissão de infecção. A dilui-
ção do produto deve seguir as orientações do fabricante, respeitando
o prazo de validade e manipulado com proteção específica, como
máscara, luvas e óculos.
 Água para retirar os resíduos de detergentes e outros agentes usados
nas diluições e remover as sujidades.
 Polidor de metais.
 Limpa-vidros.
 Lustra-móveis.

O trabalhador do serviço de higienização deve rigorosamente observar e ficar atento


às normas de segurança. Para isso, é necessário o uso de equipamentos de proteção
individual (EPIs) e equipamentos de proteção coletiva (EPCs) (EMPRESA BRASILEIRA
DE SERVIÇOS HOSPITALARES, 2017). São EPIs para os trabalhadores do serviço de
higienização hospitalar:
 avental impermeável;
 gorro de proteção;
 máscara com filtro químico para proteção contra a inalação de produtos químicos;
 botas de borracha, com cano longo, para lavar o ambiente;
 luvas de borracha grossas e longas;
 óculos de acrílico para evitar possíveis respingos de produtos químicos.
O uso do uniforme padronizado é obrigatório durante o horário de trabalho e os
EPIs são utilizados conforme a necessidade durante as atividades laborais. Os EPCs
assumem importância específica para evitar acidentes durante o processo de limpeza:

Os equipamentos de proteção Coletiva visam à proteção de acidentes de


usuários, funcionários e visitantes durante a realização de determinadas
tarefas. Consistem de placas ilustrativas (que permita aos transeuntes
identificar a situação da área delimitada), cones de sinalização e fitas
demarcatórias (sinalização e delimitação de área), fita antiderrapante
(para evitar quedas e escorregamento, especialmente em rampas e
escadas, e ao redor do leito do paciente), sinais de perigo, sinalização
com instruções de segurança e/ou que indicam direção (GARUVA,
2012, documento on-line).
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2 Organização do processo de trabalho da área


de higienização hospitalar
A organização do processo de trabalho de um serviço de higienização hospitalar
compreende desenvolver um novo olhar para a gestão dos serviços de saúde.
Com o passar do tempo, o processo de gerenciar um hospital foi percebido como
um processo de governança, isto é, “o serviço que assume a responsabilidade
pelo conforto e bem-estar dos hóspedes, sendo caracterizada pelos serviços:
lavanderia e de higiene e limpeza” (CHAVES et al., 2015, documento on-line).
No contexto hospitalar, o conceito de governança se amplia, pois acaba
envolvendo setores do hospital relacionados a aspectos do conforto e segurança
do paciente. Nesse sentido, pode-se dizer que a governança:

Agrupa os serviços básicos da hotelaria hospitalar, quais sejam: a segurança patri-


monial, nutrição e dietética, rouparia, serviço de higiene e limpeza. É necessário que
todos tenham a sua gestão focada no cliente/usuário e na qualidade dos serviços, com
vistas a qualificar a assistência prestada (CHAVES et al., 2015, documento on-line).

Dessa forma, os processos de trabalho são gerenciados pelo serviço de


governança que abrange os serviços que promovem o conforto e o bem-estar
de pacientes, tanto no planejamento dos recursos humanos e materiais como
na avaliação do desempenho do processo de trabalho. É importante refletir
que essa mudança do processo de gestão envolve a profissionalização de todos
os serviços. No caso da higienização hospitalar, a evolução demonstra que, se
anteriormente o serviço tinha mão de obra sem escolaridade e experiência e o
desenvolvimento do processo de trabalho era desarticulado de outros setores
do hospital, hoje, a realidade é totalmente outra.

Processo de trabalho desenvolvido no serviço de


higienização hospitalar
Segundo a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (2018), o processo de
trabalho e as melhores práticas de todas as atividades necessárias para o desen-
volvimento do serviço abrangem a descrição dos processos e listas de práticas
recomendadas para gerir estoque de saneantes e realizar higienização hospitalar.
Para tanto, cabe compreender os conceitos de processo, atividade e prática:

Processo/fluxo base: fluxo de atividades que representam de maneira geral


um processo organizacional. É uma representação agregada das atividades
de um determinado processo que é executado em diferentes organizações,
no caso, hospitais. Atividades: ações que compõe o processo base sendo o
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primeiro nível de detalhamento do processo. Prática: a forma de execução


de determinada atividade vista sob um (ou vários) enfoque(s) (executor, fre-
quência, sistema etc.) pré-estabelecido(s) (EMPRESA BRASILEIRA DE
SERVIÇOS HOSPITALARES, 2018, documento on-line).

Processo de gerir estoques de saneantes

O processo de gerir estoques de saneantes envolve cinco atividades, conforme


listado a seguir (EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALA-
RES, 2018).

1. Armazenar utensílios e insumos de limpeza


■ Quanto à responsabilização: a aquisição de insumos e utensílios
utilizados pelo serviço é realizada por empresa terceirizada, por
meio de contratação legal do serviço, onde o material deve ser de
uso exclusivo hospitalar e com registro na Anvisa.
■ Quanto à armazenagem: os saneantes que têm o vencimento mais
próximo devem ser utilizados primeiro.
■ Quanto à armazenagem dos saneantes: devem ser armazenados ao
abrigo da luz e do calor.
2. Controlar validade dos saneantes
■ Quanto à verificação da validade dos saneantes: deve ter periodicidade
específica para a verificação e controle dos prazos de validade dos
saneantes.
■ Quanto à forma de verificação da validade: por meio de relatório.
3. Realizar inventário
■ Quanto ao inventário: deve haver uma rotina de verificação de in-
sumos e utensílios que deve ser respeitada.
■ Quanto ao procedimento de levantamento de estoque: a contagem é
física e comparativa com a listagem de produtos e ficha de prateleira.
4. Analisar necessidades de reposição
■ Quanto à referência para os pedidos de reposição: deve ser feito
com base nos pontos de pedidos definidos para cada item do
estoque.
■ Quanto à análise do estoque: definida a partir da notificação do
sistema para reposição.
5. Realizar abastecimento
■ Rotina de verificação de ordem administrativa realizada na entrega
dos produtos: o recebedor deve comparar os itens recebidos com os
itens solicitados e a nota fiscal.
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Processo de realizar a higiene hospitalar

A higiene hospitalar envolve as cinco atividades descritas a seguir.

1. Preparar saneantes
■ Quanto à diluição: deve ser utilizado um dosador padrão e automático,
seguindo as normas do fabricante.
■ Quanto ao responsável pela diluição: o profissional deve ser espe-
cificamente treinado para a atividade, que deve ser padronizada
pela hotelaria hospitalar, farmácia e serviço de controle de infecção
relacionada à assistência à saúde.
■ Quanto às informações sobre os saneantes: aqueles que são envasados
no hospital devem ter identificação padronizada com o nome do
produto, lote, data do envasamento e data de validade.
2. Abastecer setores
■ Quanto à duração dos estoques no DML: apenas durante o turno
de trabalho.
■ Quanto ao critério de abastecimento do DML: deve atender aos
critérios específicos — tamanho da unidade, tipo e condição da
superfície, baseados na inspeção visual da reposição.
■ Quanto ao responsável pelo abastecimento: é responsabilidade do
supervisor de limpeza a reposição dos insumos e utensílios.
3. Abastecer carrinhos de limpeza
■ Quanto à organização dos carrinhos: a organização, abastecimento e
identificação dos itens do carrinho obedecem a um padrão específico
de cada instituição que deve ser seguido por todos os profissionais.
4. Realizar a higienização hospitalar
■ Quanto ao responsável pela comunicação de leito disponível para limpeza
terminal: o funcionário da central de leitos comunica ao profissional
de limpeza que o leito já se encontra disponível para a higienização.
■ Quanto à comunicação da disponibilidade de leitos para limpeza termi-
nal: deve ser comunicada via sistema informatizado, preferencialmente.
■ Quanto ao tempo mensurado do processo: o tempo entre a alta hos-
pitalar, acionamento, início e término da higienização até a nova
internação necessita ser mensurado e avaliado periodicamente,
servindo de indicador de qualidade do serviço.
■ Quanto à revisão do material de procedimentos de limpeza: os manu-
ais de procedimentos de limpeza de superfícies devem ser revisados
anualmente, atualizando os procedimentos operacionais padrão.
Higienização hospitalar 13

■ Quanto ao treinamento dos responsáveis pela higienização: o treina-


mento ocorre na admissão e de forma contínua por meio da supervisão
que direciona as correções necessárias no cotidiano do trabalho.
■ Quanto ao cronograma de limpeza terminal programada das unida-
des: conforme a necessidade da unidade (unidades críticas necessitam
de mais limpeza), devendo ser registrada a limpeza juntamente do
auxílio dos indicadores.
5. Avaliar a qualidade da limpeza
■ Quanto ao responsável pela avaliação da limpeza terminal: a ava-
liação deve ser feita pelo enfermeiro do setor e acompanhada pelo
supervisor do setor de limpeza.
■ Quanto à forma de avaliação: por meio de checklist para detalhar
as superfícies, identificando o profissional de limpeza executor e o
profissional que supervisionou.
■ Quanto à avaliação institucional do serviço de higienização do
hospital: essa avaliação deve ser feita por meio de indicadores e de
itens que devem ser cumpridos contratualmente por um responsável
determinado pela instituição.

Tipos de métodos de limpeza e tipos de limpeza


mais utilizados
Os métodos de limpeza mais utilizados são (DISTRITO FEDERAL, 2018,
documento on-line):

- Limpeza manual úmida


- Limpeza manual molhada
- Limpeza com máquinas lavadoras e extratoras automáticas e de rotação
para lavagem de piso
- Limpeza com máquinas enceradeiras
- Limpeza seca por aspirador de pó
- Limpeza com aspirador de líquidos
- Limpeza com máquina de vapor de água de alta pressão.

Cada método se aplica conforme a área e a necessidade da unidade a ser


higienizada, podendo ser utilizado mais de um método em uma mesma unidade.
Um dos processos mais utilizados é a desinfecção dos ambientes e superfícies
inertes realizada por meio de produtos químicos ou processos físicos e com
o propósito de eliminar as formas vegetativas dos microrganismos, sem a
eliminação dos esporos (DISTRITO FEDERAL, 2018).
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Dessa forma, há vários tipos de limpeza, que variam conforme a unidade


e a necessidade de periodicidade. Confira a seguir.

Limpeza diária ou concorrente: limpeza diária de mobiliário, reposição de mate-


riais de consumo diário e recolhimento de resíduos. O objetivo é manter o ambiente
livre de sujidades e contaminação. Dependendo do tipo de unidade, a limpeza
concorrente ocorre de forma diferente de uma área semicrítica ou não crítica. Um
exemplo seria a limpeza concorrente no centro obstétrico ou no centro cirúrgico.
Nesses locais, a limpeza concorrente deve ocorrer logo após o derramamento de
líquidos e fluidos corporais de pacientes, com a desinfecção subsequente. Deve ser
realizada sempre que houver necessidade (DISTRITO FEDERAL, 2018).

Limpeza preparatória: ocorre quando o local, como salas cirúrgicas e de


parto, fica fechado por mais de 12 horas e pode ter depósito de partículas no
mobiliário e superfícies. Nesse caso, a limpeza deve preceder as atividades
da unidade, utilizando álcool a 70%, por meio de fricção por 30 segundos em
todas as superfícies (DISTRITO FEDERAL, 2018).

Limpeza terminal: é uma limpeza minuciosa de toda a unidade, envolvendo a


limpeza de todas as superfícies, interna e externamente, como camas, colchões,
macas, mesas de cabeceira e de alimentação, armários, bancadas, janelas, gradis,
luminárias, portas, tetos, paredes, filtros e abas de ar condicionado, por exemplo.
Esse tipo de limpeza ocorre quando há remoção do paciente (alta, óbito, trans-
ferência) ou quando sua permanência é maior que 15 dias. Esse tipo de limpeza
necessita ser programada, por meio de um cronograma para cada área do hospital e
seguir a limpeza programada conforme o tipo de ambiente e classificação. No caso
de áreas críticas, como centro cirúrgico e obstétrico, ela deve ocorrer após uma
cirurgia contaminada e ao final da última cirurgia do dia. No caso das unidades
semicríticas, devem ser escolhidos horários de menor fluxo.

Limpeza de isolamento: “utilizada para interromper a via de transmissão


dos microrganismos nos hospitais, protegendo o usuário, o acompanhante e
o profissional de contaminação” (DISTRITO FEDERAL, 2018, documento
on-line). Nesse caso, alguns cuidados devem ser tomados, como a utilização
de EPIs conforme cada tipo de isolamento, material exclusivo para área de
isolamento e os panos utilizados em superfícies devem ser descartados após
o uso, por exemplo. A retirada de resíduos deve ser em sacos plásticos devi-
damente identificados como isolamento.
Higienização hospitalar 15

As atividades de um setor de higienização hospitalar seguem regulamentação em


todos os seus aspectos para garantir a segurança do trabalhador. A Portaria nº 3.214
de 8 de junho de 1978 apresenta as seguintes normas regulamentadoras relativas à
segurança e saúde do trabalhador (DISTRITO FEDERAL, 2018):
 NR4 — define o serviço especializado em engenharia de segurança e em medicina
do trabalho;
 NR5 — define a comissão interna de prevenção de acidente, com o objetivo de
prevenir os acidentes de trabalho;
 NR6 — define as EPIs (modificada pela portaria SIT/DSST nº 194 de 7 de dezembro
de 2010);
 NR7 — define o programa de controle médico de saúde ocupacional;
 NR9 — define o programa de prevenção de riscos ambientais;
 NR15 — define as atividades insalubres;
 NR32 — é a norma da segurança e saúde no trabalho em serviço de saúde e a
Portaria nº 1.748/2011 altera a norma anexando as diretrizes para planejamento de
planos de prevenção de acidentes com materiais perfurocortantes.

3 Instrumentos de planejamento e gestão para


o setor de higienização hospitalar
O gerenciamento de um serviço de higienização depende do processo de orga-
nização, monitoramento e avaliação do serviço. Nesse sentido, o monitoramento
pode ser feito de forma pontual, quando há algum tipo de surto, mudança de
rotina de limpeza e produtos, ou de forma contínua, quando se tem por objetivo
a melhoria do processo e dar subsídios para o planejamento e gestão:

Na avaliação contínua é possível planejar todo o processo de monitoramento


(métodos, responsáveis, coleta de dados, amostragem, divulgação de dados,
metas) de maneira que se tenham dados reprodutíveis e objetivos que, ao longo
do tempo, subsidiam a implantação de uma sólida estratégia de melhoria do
serviço (SÃO PAULO, 2019, documento on-line).

Portanto, há alguns instrumentos que podem auxiliar o processo de gestão.


Assim, é importante levar em consideração as planilhas de dimensionamento
de pessoal que serão usadas para escalar os profissionais, os manuais de
treinamento e o protocolo operacional padrão para manter a padronização
das ações. No caso dos serviços terceirizados, é importante conferir os itens
contratuais e fazer a avaliação do cumprimento.
16 Higienização hospitalar

As planilhas de avaliação de equipamentos, de avaliação da execução da


limpeza, controle de limpeza terminal, controle de limpeza do banheiro e controle
de limpeza concorrente são recursos para acompanhar o processo à execução
das atividades. Além disso, as planilhas do tipo checklist são importantes para
conferir itens a serem limpos na limpeza terminal, dentre outras rotinas. Também
são importantes os indicadores de qualidade e de tempo de execução.

Métodos de monitoramento do processo


O monitoramento, embora seja uma forma eficiente de verificação do processo
de trabalho, pode ter custo e logística complexos, exigindo tempo e profissionais
com capacitação para implantar e executar o monitoramento e a avaliação.
Alguns métodos de monitoramento são listados a seguir (SÃO PAULO, 2019).

 Observação da técnica de limpeza: pode ser feita por meio da inspeção


visual, o que demanda organização, tempo e logística adequada, enca-
recendo o custo de manutenção contínua desse processo.
 Inspeção visual: é o método mais utilizado, rápido e de baixo custo, visando
verificar as superfícies limpas. Pode detectar apenas falhas a olho nu.
 Pesquisa de satisfação do cliente: importante para detectar falhas no
processo.
 Marcadores fluorescentes: consiste em um gel transparente que seca
quando aplicado em uma superfície e, depois de seco, pode ser visua-
lizado com luz ultravioleta.
 Ao usar este marcador é possível verificar se as áreas estão sendo
corretamente limpas, com fricção adequada do local. Um dos aspectos
negativos seria a possibilidade de ser percebido, em alguns casos, sem luz
ultravioleta, sendo necessário variar com frequência o local de aplicação.
 ATP: consiste em um teste com uso de swab com o objetivo de coletar
amostra e avaliar em um tubo contendo luciferase, que, provocando
uma reação de luminosidade, detecta a presença de matéria orgânica
microbiana e não microbiana.
 Análise microbiológica: consiste em obter amostra da superfície
para submeter um meio de cultura para observação de crescimento
microbiano.
Higienização hospitalar 17

Indicadores gerenciais
Os indicadores gerenciais do serviço de higienização hospitalar necessitam
avaliação da estrutura, dos processos de trabalho e dos resultados, abrangendo
todo o processo de limpeza. Dessa forma, é possível obter um panorama
mais amplo do serviço e da qualidade dos recursos humanos. Indicadores
de recursos humanos devem levar em conta os índices de absenteísmo e
turnover, que podem demonstrar, se os índices forem altos, a necessidade de
reestruturação do serviço. Questões como condições de trabalho e acidentes
de trabalho podem interferir no dimensionamento da equipe e impactar na
qualidade do trabalho. Outro aspecto importante é a capacitação dos recursos
humanos (SÃO PAULO, 2019).
Alguns exemplos de indicadores gerenciais são (SÃO PAULO, 2019):

 taxa de absenteísmo;
 taxa de rotatividade;
 taxa de acidentes;
 taxa de treinamento;
 taxa de adequação de carrinhos de limpeza;
 tempo médio de limpeza terminal;
 tempo médio de limpeza de sala cirúrgica;
 tempo médio de atendimento às solicitações;
 tempo médio de limpeza concorrente;
 taxa de adequação do serviço de higiene.

Além disso, em relação às condições de trabalho, cabe ressaltar a im-


portância dos equipamentos de proteção e ferramentas de trabalho em
quantidade e qualidade adequadas, com características ergonômicas. O
monitoramento da produtividade deve estar conectado aos métodos de
monitoramento de higiene, visando cruzar as informações e verificar a
credibilidade e eficácia do processo de limpeza. Índices, como o tempo
gasto na limpeza, por exemplo, podem ser avaliados para contribuir ao
planejamento do processo de trabalho.
18 Higienização hospitalar

Um exemplo que demonstra a importância do monitoramento e da avaliação constante


do processo de trabalho e da qualidade das ações de limpeza e higiene das mãos dos
profissionais de saúde e de limpeza se encontra em Locks et al. (2011). Nesse estudo,
foram estudados 374 profissionais de saúde, 69 cirurgiões-dentistas, 69 auxiliares de
consultório odontológico, dois técnicos de higiene dental, 106 enfermeiros e 128
técnicos de enfermagem que trabalhavam nas unidades de saúde avaliadas. Após
avaliar como era o processo de higiene das mãos e as condições de acesso a lavatórios,
o estudo concluiu que (LOCKS et al., 2011, documento on-line):

a) apenas aproximadamente um terço dos profissionais observados


realizou a higienização correta das mãos durante os procedimentos
clínicos e cirúrgicos;
b) o término dos procedimentos foi o momento de realização mais
frequente da higienização das mãos;
c) um número expressivo de profissionais (43,9%) não tinha acesso a
uma pia própria para lavagem das mãos;
d) o nível de formação dos profissionais estava associado à higienização
das mãos em procedimentos cirúrgicos e a variável idade à higienização
nos procedimentos clínicos.

Assim, é possível perceber que fatores como estrutura, treinamento e responsabili-


dade podem impactar na adesão da correta higienização das mãos.

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