UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE

BIOINSETICIDAS
APRESENTADO:
Eduarda Soares-135086
Larissa Soria-129417
Victoria Luiza- 127247
 Bioinseticidas são produtos biológicos que

INTRODUÇÃO
combatem pragas que atacam a lavoura mas,
diferentemente dos defensivos químicos, eles são
formulados a partir de microrganismos ou de
BIOINSETICIDAS moléculas derivadas destes organismos, o que os
torna menos agressivos ao meio ambiente do que
os agrotóxicos convencionais.

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MICRORGANISMOS UTILIZADOS PARA Quadro 1: Microrganismos

PRODUZIR BIOINSETICIDAS:

O Quadro 1 mostra o potencial biológico

das variedades de microrganismos que
atuam como BI, tais com bactérias, fungos,
vírus e nematelmintos. Pode se observar
que os fungos apresentam o maior número
de representante, contudo as bactérias
dominam o setor de produção de BI.,
segundo Fischer (2014).

O Bacillus thuringiensis é responsável por

mais de 90% dos bioinseticidas disponíveis
no mercado internacional, mesmo tendo um
custo superior ao do Baculovírus.
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BIOINSETICIDAS São agentes de controle biológico que utilizam
fungos para combater pragas e insetos que ocorrem
FÚNGICOS na lavoura.

Esses fungos são capazes de infectar o inseto

causando doenças fúngicas que levam à sua morte.
Podem ser aplicados de diferentes maneiras, como
pulverização ou no tratamento de sementes.

São altamente específicos para os insetos-alvo, não

afetando os polinizadores naturais e também
possuem baixa toxicidade para seres humanos.

Fonte: Embrapa 3
 BIOINSETICIDAS
VIRAIS Baculovírus

COMO FUNCIONA:

Principal vírus: Baculovírus

São vírus de DNA de fita dupla que possuem uma ou
mais partículas que se encontram fora da célula
hospedeira. Considerados importantes agentes de
controle biológico atuam diretamente no controle de
lagartas e pragas. Não causam danos à saúde dos
aplicadores, não atingem inimigos naturais, não
contaminam o meio ambiente e não deixam resíduos
Fonte: Agro Inovadores
nos alimentos.
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 Bactéria Bacillus

BIOINSETICIDAS
BACTERIANOS
Bactéria Bacillus thuringiensis.

Este microrganismo apresenta uma grande

diversidade biológica e pode sintetizar diferentes
proteínas tóxicas a diversas pragas. Produtos que
utilizam este agente como princípio ativo estão
disponíveis no mercado desde os anos 70,
Fonte: Embrapa
controlando com sucesso diversos insetos da
ordem Lepidoptera, Diptera e Coleoptera.

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 EXPLICAÇÃO DO

PROCESSO
DE PRODUÇÃO
FÚNGICO, VIRAL E BACTERIANO

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PRODUÇÃO
BIOINSETICIDA A PARTIR DOS FUNGOS

ISOLAMENTO E
FERMENTAÇÃO FORMULAÇÃO APLICAÇÃO E
INOCULO
O Fungo
Produção de fungos Formulação de EFICIÊNCIA
em fermentação em bioinseticida contendo
entomopatogênicos São avaliados quanto ao
estado sólido ou esporos.As formulações
selecionado pode ser pH, densidade específica,
submerso. podem ser constituídas
diretamente da lavoura tensão superficial e o efeito
por duas fases, sendo a
ou selecionado por meio deletério da chuva.
primeira aquosa e a
de pesquisas. Eficiência no controle das
segunda oleosa.
pragas. 7
PRODUÇÃO
Bioinseticida a partir do Baculovírus

Criação em massa do Infecção do Coleta e Preparo do bioproduto

hospedeiro sadio: hospedeiro sadio com armazenamento do para aplicação em
lagarta-do-cartucho; o agente de controle hospedeiro infectado campo;
biológico; após a morte;

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PRODUÇÃO
Bioinseticida a partir da bactéria Bacillus thuringiensis (Bt)

Bactéria Gram- Estas toxinas são As toxinas Cry estão no A ação das toxinas Cry
positiva, da família altamente específicas aos cristal produzido pela ocorre após a sua
Bacillaceae, ela seus insetos-alvo e bactéria durante a fase ingestão pelos insetos.
produz no momento inofensiva ao ser humano, de esporulação. Essas Os sintomas de
de sua esporulação vertebrados e plantas, e toxinas têm um amplo intoxicação são a perda
inclusões proteicas têm efeito não poluente espectro de ação, sendo do apetite e o abandono
cristalinas do alimento, paralisia do
ao meio ambiente por tóxicas a insetos de
conhecidas por δ-
serem completamente diversas ordens. intestino, paralisia total, 9
endotoxinas. e a morte.
biodegradáveis.
Cultivo da Bacillus
thuringiensis

Temperatura e Tempo de cultivo Agitação e volume: Parâmetros: Requerimentos

pH: e O2 dissolvido: nutricionais da bactéria:
A agitação é de 300 Temperatura, pH,
Temperatura O tempo varia de a 500 rpm e o aeração, Fonte de carbono:
entre 28°C e 24 a 72 horas e o volume dos tanques e oxigênio sacarose.
32°C e pH ideal oxigênio de 2,000 a 500L. dissolvido. Fonte de nitrogênio:
em torno de 7,0. dissolvido de 26 a extrato de levedura.
50%.

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 Processo fermentativo dividido em três etapas:
1- Crescimento vegetativo:
Caracterizado pela produção de lactato,
Fermentação Bacillus piruvato e acetatos, sendo os últimos

thuringiensis responsáveis pela diminuição do pH do meio

de cultura.

2- Transição:
Fermentação submersa descontínua
Inicia-se com o consumo de acetato, à
ou batelada.
medida em que o β-hidroxibutirato é
armazenado como um polímero (poli-β-
hidroxibutirato) em forma de grânulos no
meio de cultivo.

3- Esporulação:
Envolve o consumo do poli-β-hidroxibutirato
para formação do esporo, Ainda nessa fase,
11 ocorre a formação em múltiplas etapas do
cristal proteico.
Figura 4: Mecanismos de ação das proteínas CRY

Fonte: Microbiology. 6ª ed. 12

 Torna-se necessário recuperar o ingrediente
ativo, o complexo esporo-cristal, do meio de
cultivo. Vários são os métodos empregados de
PROCESSO APÓS forma combinada ou não, em plantas
FERMENTAÇÃO industriais.
Exemplo: centrifugação, sedimentação,
flotação e microfiltrações.

A formulação é a última etapa do processo

de produção da biocombinação do caldo ou pó
bacteriano com um ou mais materiais.
Dependendo da apresentação desejada
(líquida, gel ou sólida).
A função primordial de uma formulação para
produtos biológicos é preservar o ingrediente
13 ativo vivo, conferindo vida de prateleira ao
produto.
 VANTAGENS DESVANTAGENS

Produção de alimentos livres de agrotóxicos

Quase sempre são menos eficientes que os
além de ter uma menor toxicidade para o
produtos químicos sintéticos, sendo
ambiente e os trabalhadores.
necessário fazer um manejo integrado.

Em sua grande maioria nutre a planta e ativa

Os resultados de combate às pragas nem
seu sistema de defesa.
sempre são imediatos.

Especificidade ao inseto-alvo, rápida Em geral, há a necessidade de maior número

decomposição. de aplicações, devido à baixa persistência.
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APLICAÇÕES

Fonte: Embrapa
15
APLICAÇÕES

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Fonte:Universidade Curitiba/2021
 CONCLUSÃO
Independente da origem bacteriana, fúngica ou viral é necessário procurar na literatura
a cerca do melhor modo de produção. Como a seleção do microrganismo ideal, otimização
dos processos fermentativos, emprego de matérias primas de baixo valor comercial. Devido
às características biológicas, o B. thuringiensis (Bt) destacou-se como a principal bactéria
utilizada no controle biológico de insetos porque consegue se adaptar à condições
desfavoráveis, e o mais utilizado na produção em larga escala.

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 REFERÊNCIAS
AGUIAR, R. W. S. Estudo da toxicidade de proteínas (Cry) recombinantes de Bacillus thuringiensis, utilizando o sistema de
expressão baseado em baculovírus e células de inseto. 2007, 109 p. Tese (Doutorado em Biologia Molecular). Universidade de Brasília,
Brasília, 2007.

ÂNGELO, E. A.; VILAS_BÔAS, G. T.; CASTRO-GÓMEZ, R. J. H. Bacillus thuringiensis: características gerais e

fermentação.Londrina:Semina: Ciências Agrárias, v.31, n.4, p.945-958, out./dez. 2010.

BOBROWSKI, V. L.; FIUZA, L. M.; PASQUALI, G.; BODANESEZANETTINI.Genes de Bacillus thuringiensis: uma estratégia para
conferir resistência a insetos em plantas. Santa Maria:Ciência Rural, , v.34,n1,p.843-850, setout, 2003.

CAPALBO, D. M. F.; MORAES, I. O.; ARRUDA, R. O. M.; MORAES, R. O. Aplicação da Engenharia a processos Biotecnológicos: O caso
dos Biopesticidas. Cobenge, EMA- 34 a 38, 2001. CAPALBO, D. M. F.;

CASTRO, M. E. B.; SOUZA, M. L.; SIHLER, W.; RODRIGUES, J. C. M.; RIBEIRO, B. M. Biologia molecular de baculovírus e seu uso no
controle biológico de pragas no Brasil. Pesquisa agropecuária brasileira. Brasília, v.34, n.10, p.1733-1761, out. 1999.

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