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TOXICOLOGIA E CLASSIFICAÇÃO DOS

INSETICIDAS

ENTOMOLOGIA AGRÍCOLA

Profa. Dra. Cristiane Bolina


22 de novembro de 2021.
Métodos de controle
O QUE É UM AGROTÓXICO?
O termo AGROTÓXICO é definido pela Lei Federal nº 7.802 de
11/07/89, regulamentada através do Decreto 98.816 no seu artigo
2, inciso I, como sendo:

“Os produtos e os componentes de processos físicos, químicos ou


biológicos destinados aos setores de produção, armazenamento e
beneficiamento de produtos agrícolas, pastagens, proteção de florestas
e também em ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade
seja alterar a composição da flora e da fauna, a fim de preservá-la da
ação danosa de seres vivos considerados nocivos, bem como aqueles
empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e
inibidores do crescimento”.

Assim, os grupos de agrotóxicos são definidos a partir do alvo de controle do


produto Hebicidas, Fungicidas, Inseticidas, Acaricidas, Bactericidas,
Nematicidas, Rodenticidas, Algicidas, etc.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À TOXICIDADE
Esta classificação é fundamental para o conhecimento da toxicidade de um produto, do
ponto de vista dos seus efeitos agudos. Existem duas classificações:

• Ministério da Saúde - MS - Brasil: baseada na DL50 oral das formulações líquidas e


sólidas

Formulação DL50 Oral (mg/kg)

Classe Toxicidade Líquida Sólida

I Altamente tóxico < 200 < 100

II Medianamente tóxico 200 – 2.000 100 - 500

III Pouco tóxico 2.000 – 6.000 500 –2.000

IV Praticamente não tóxico > 6.000 > 2.000

•Organização Mundial da Saúde - OMS: baseada na DL50 em ratos, oral e dérmica, por mg/kg
de peso, das formulações líquidas e sólidas.

Classe Toxicidade Oral Dérmica


sólidos líquidos sólidos líquidos

Ia Extremamente tóxico 5 ou 20 ou 10 ou 40 ou menos

Ib Altamente tóxico 5 - 50 20 - 200 10 - 100 40 – 400

II Moderadamente tóxico 50 - 200 - 100 - 400 - 4.000

III Levemente tóxico > 500 > 2.000 > 1.000 > 4.000
Toxicologia de Inseticidas

Inseticidas: Compostos químicos ou biológicos que aplicados diretamente


sobre insetos, em doses adequadas, provocam sua morte.
Podem ser mais ou menos tóxicos ao homem.
NOMENCLATURA DE INSETICIDAS

- Nome comum: (ex: clorpirifós, deltametrina, lufenuron, etc.);

- Nome comercial: (Lorsban 480 BR, Match 50 CE, etc.);

- Nome químico: (O,O-diethyl-O-3,5,6-trichloro-2-pyridyl


phosphorothioate);
CLASSIFICAÇÃO DOS AGROTÓXICOS

QUANTO AO MODO DE AÇÃO

CONTATO: resultante da absorção pelo tegumento do organismo alvo em


borrifações residuais ou espaciais;

INGESTÃO: o praguicida age e penetra no organismo alvo através da via


oral;

FUMIGANTE: alcança o organismo alvo na forma de vapor, através de suas


vias respiratórias.
POR QUÊ ESTUDAR OS AGROTÓXICOS?
Riscos recorrentes do uso de inseticidas

• Ressurgência e aparecimento de novas pragas;


• Surtos de pragas secundárias;
• Morte de polinizadores;
• Deriva;
• Resíduos em alimentos;
• Resistência de pragas a inseticidas/acaricidas
•Os agrotóxicos compõem o maior grupo de “venenos” de largo espectro;

Desequilíbrio biológico e seletividade de inseticidas

Rompimento do controle natural = “desequilíbrio biológico”

Inseticidas atuam:
a) Eliminação de inimigos naturais presentes no complexo biótico do ecossistema.
Ex: Alto uso de piretroides. Ineficientes no controle de cochonilhas, mas eficientes destruidores
de seus inimigos naturais;
b) Por especificidade, eliminando a competição pelo alimento.
Ex: Ácaro-branco na cultura do algodão. Eliminação de pulgões e outros ácaros por
inseticidas
fosforados.
POR QUÊ ESTUDAR OS AGROTÓXICOS?

• Benefícios associados ao uso de agrotóxicos


Manejo de insetos vetores: Ex: malária (Anopheles gambiae);
Incremento na eficiência da produção agrícola;
Estima-se uma perda anual de 1/3 da produção agrícola a
mundial (U$$1 bilhão) por ataque de pragas.
INSETICIDAS

 CONCEITO
• Inseticida são compostos químicos que aplicado direta ou indiretamente sobre os
insetos, em concentrações adequadas provocam a sua morte.

• FORMULAÇÕES

• INERTES

• AÇÃO TRANSLAMINAR

• INGESTÃO

• FUMIGAÇÃO
Classificação dos inseticidas
INSETICIDAS

• AÇÃO SISTÊMICA
• Vantagem – menor desequilibro biológico;
• ação quase que exclusiva sobre sugadores;
• sem necessidade de cobertura total.

• AÇÃO DE CONTATO

• AÇÃO RESIDUAL

• AÇÃO DE CHOQUE
CLASSIFICAÇÃO DOS INSETICIDAS

CORPO DOS INSETOS


CLASSIFICAÇÃO DOS INSETICIDAS

NEUROTÓXICOS
Inseticidas que atuam na transmissão sináptica

Acetilcolina
Acetilcolinesterase
CLASSIFICAÇÃO DOS INSETICIDAS

NEUROTÓXICOS
Inseticidas que atuam na transmissão sináptica

• Organofosforados e Carbamatos

• Atuam ligando a enzima acetilcolinesterase


• Hiperexcitabilidade
• Tremores, convulsões e, eventualmente,
colapso do SNC e morte.
• Carbamato – reversível
Clorpirifós Metomil
• Organofosforado – irreversível CARBAMATO ORGANOFOSFORADO
CLASSIFICAÇÃO DOS INSETICIDAS

NEUROTÓXICOS
Inseticidas que atuam nos receptores de Acetilcolina

Acetilcolina
Acetilcolinesterase
CLASSIFICAÇÃO DOS INSETICIDAS

NEUROTÓXICOS
Inseticidas que atuam nos receptores de Acetilcolina

• Neonicotinóides

• Atuam como agonistas (análogo) da acetilcolina


• Modo distinto dos Carbamatos e Organofosforados, sintomas resultantes são
semelhantes.

• Hiperexcitabilidade
• Tremores, convulsões e, eventualmente,
Imidacloprido Acetamiprido
colapso do SNC e morte.
NEONICOTINÓIDES
CLASSIFICAÇÃO DOS INSETICIDAS

NEUROTÓXICOS
Inseticidas que atuam nos receptores GABA

Ácido-Gama-Amino-Butírico

Agonista do GABA – Calmante


Antagonista do GABA - Excitante
CLASSIFICAÇÃO DOS INSETICIDAS

NEUROTÓXICOS
Inseticidas que atuam nos receptores GABA

• Fenilpirazol

• Atuam como antagonistas do GABA

• Aumentam a transmissão nos impulsos nervoso.

• Semelhança ao fosforados e carbamatos.

• Hiperexcitação do SNC.

Fipronil
FENILPIRAZOL
CLASSIFICAÇÃO DOS INSETICIDAS

NEUROTÓXICOS
Inseticidas que atuam nos receptores GABA

• Avermectinas e Milbemicinas

• Atuam como agonistas (análogo) do GABA.

• Bloqueio da transmissão do estimulo nervoso.

• Imobilização, paralisia e morte.

• Efeito calmante.

Abamectina Milbemectina
AVERMECTINAS MILBEMICINAS
CLASSIFICAÇÃO DOS INSETICIDAS

NEUROTÓXICOS
Inseticidas que atuam na transmissão axônica

Canais de Na+
Canais de K+
CLASSIFICAÇÃO DOS INSETICIDAS

NEUROTÓXICOS
Inseticidas que atuam na transmissão axônica

• Piretróides

• Atuam como moduladores dos canais de Na+ (Sódio)

• Mantem os canais de Na abertos

• Transmissão de impulsos descontrolados

• Hiperexcitabilidade
• Paralisia e morte.
Alfa cipermetrina Deltametrina
PIRETROIDE
CLASSIFICAÇÃO DOS INSETICIDAS

NEUROTÓXICOS
Inseticidas que atuam na transmissão axônica

• Oxadiazinas

• Atuam como bloqueadores dos canais de Na+ (Sódio)

• Mantem os canais de Na fechados

• Bloqueia a transmissão de impulsos

• Imobilização, paralisia e morte.


• Efeito calmante Indoxacarbe
OXADIAZINAS
CLASSIFICAÇÃO DOS INSETICIDAS

NEUROTÓXICOS
CLASSIFICAÇÃO DOS INSETICIDAS

REGULADORES DE CRESCIMENTO

HOLOMETABOLIA
Metamorfose completa
CLASSIFICAÇÃO DOS INSETICIDAS

REGULADORES DE CRESCIMENTO

HEMIMETABOLIA
Metamorfose parcial
CLASSIFICAÇÃO DOS INSETICIDAS

REGULADORES DE CRESCIMENTO

Quitina – principal componente do exoesqueleto

Sintases – sintetizam quitina

Quitinases – degradam quitina


CLASSIFICAÇÃO DOS INSETICIDAS

REGULADORES DE CRESCIMENTO
Inseticidas que atuam no crescimento dos insetos

• Juvenóides

• Agonistas do hormônio juvenil

• Ação mais forte no ultimo instar

• Impede a progressão para a fase adulta.

• Interrompe reprodução e desenvolvimento.

• Morte.
Piriproxifen
ÉTER PIRIDILOXIPROPÍLICO
CLASSIFICAÇÃO DOS INSETICIDAS

REGULADORES DE CRESCIMENTO
Inseticidas que atuam no crescimento dos insetos

• Agonistas da ecdisona (Hormônio de crescimento e muda)

• Provocam aceleração da ecdise

• Insetos deformados

• Interrupção do desenvolvimento

• Morte

metoxifenozida
HIDRAZINA
CLASSIFICAÇÃO DOS INSETICIDAS

REGULADORES DE CRESCIMENTO
Inseticidas que atuam no crescimento dos insetos

• Benzoilfeniluréias ou Benzoiluréias

• Atuam como inibidores da síntese de quitina

• Inibe a formação do exoesqueleto

• Inseto não se liberta do antigo exoesqueleto

• Inseto desseca por perda de umidade

Teflubenzuron Buprofezina
BENZOILUREIA TIADIAZINONA
CLASSIFICAÇÃO DOS INSETICIDAS

INIBIDORES DE ATP
Inseticidas que atuam na inibição de energia

• ATP – Adenosina Trifosfato


• Fosforilação oxidativa – liberam eletros para formação de ATP
• O fluxo de elétrons libera energia livre suficiente para a síntese
de ATP.
CLASSIFICAÇÃO DOS INSETICIDAS

INIBIDORES DE ATP
Inseticidas que atuam na inibição de energia

• Hidramethilona

• Atual como inibidores da síntese de ATP

• Causa redução de Oxigênio

• Lenta intoxicação

• Perda da coordenação muscular

• Inatividade, paralisia e morte.


Clorfenapir
ANÁLOGO DE PIRAZOL
DEFENSIVOS AGRÍCOLAS
INSETICIDAS
NATURAIS

ALTERNATIVAS NO

CONTROLE DE PRAGAS

AGRÍCOLAS
DEFENSIVOS AGRÍCOLAS

INSETICIDAS
NATURAIS

INSETICIDAS DE ORIGEM

VEGETAL
INSETICIDAS ALTERNATIVOS

• IMPORTÂNCIA
• VANTAGENS
• Oferecem alternativas aos inseticidas químicos sintéticos, uma vez que podem
ser empregados com o mesmo proposito;

• Podem ser facilmente preparados a partir de varias espécies vegetais


conhecidamente eficientes, por meio artesanal, semi-industrial e industrial;

• São facilmente biodegradados, pela sua natureza orgânica, o que contribui para
a diminuição da contaminação ambiental;
INSETICIDAS ALTERNATIVOS

• VANTAGENS
• Contribuem para a segurança alimentar, melhorando a qualidade de vida e
protegendo a saúde dos trabalhadores e consumidores;

• Por conterem mais de um principio ativo, são menos propensos a promover


resistência ou tolerância em pragas e patógenos;

• São mais econômicos que os agrotóxicos sintéticos;

• São compatíveis com o MIP e com o sistema de manejo orgânico.


INSETICIDAS ALTERNATIVOS
• DESVANTAGENS
• Quase sempre são menos eficientes que os inseticidas químicos;

• Os resultados nem sempre são imediatos;

• Em geral, são necessários um maior numero de aplicações, devido a baixa persistência;

• Normalmente, não são encontrados nas lojas agropecuárias;

• Geralmente, requerem o cultivo de da espécie destinada a este fim, que também exigira
atenções culturais.
INSETICIDAS ALTERNATIVOS

Métodos artesanais para extração dos princípios ativos


(ESCALONA et. al 1998)

• TRITURAÇÃO

• Material seco

• Moagem para transformar o material em pó


INSETICIDAS ALTERNATIVOS

• MACERAÇÃO • COZIMENTO
• Realizado à temperatura ambiente; • Semelhante ao anterior, mas com o

• Material seco e triturado ou fresco e emprego de calor;

picado; • Solvente extrator;

• Solvente extrator; • Agua, álcool etílico, mistura hidro-


• Agua, álcool etílico, mistura hidro- alcoólica;

alcoólica; • Tempo de extração – 15 a 60 minutos.


• Tempo de extração – varia de horas até
dias.
INSETICIDAS
INSETICIDAS ALTERNATIVOS
ALTERNATIVOS

• INFUSÃO • EXTRAÇÃO DO SUMO


• Material seco e triturado ou fresco e • Utiliza-se partes suculentas;
picado; • Prensa mecânica ou moagem;
• Solvente extrator fervente; • Semelhante a extração de garapa de

• Tempo de extração – varia de 5 a 10 cana-de-açúcar.

minutos;
• Método semelhante ao preparo de
chá.
RECEITAS DE INSETICIDAS NATURAIS

AGAVE, PITEIRA OU SISAL (Agave sisalana)

• INDICAÇÃO
• Formigas (Sauvas e quenquéns)

• Moer 5 folhas medias de sisal e deixar de


molho por 2 dias em 5 litros de agua.
• Aplicar 2 litros desta solução no olheiro do
formigueiro e tapar os depois para que as
formigas não fujam.
RECEITAS DE INSETICIDAS NATURAIS

ALHO (Allium sativum)

RECEITA 01
INDICAÇÃO
• Repelente de insetos, bactérias, fungos e nematoides.
• 3 cabeças de alho;
• 1 colher grande de sabão de coco picado;
• 2 colheres de parafina liquida.

• Amassar as cabeças de alho misturado a parafina liquida. Diluir esse preparo em 10 litros de
agua com sabão. Pulverizado logo em seguida.
RECEITAS DE INSETICIDAS NATURAIS

ARRUDA (Ruta graveolens)


RECEITAS DE INSETICIDAS NATURAIS

CEBOLA (Allium cepa) ou CEBOLINHA VERDE (Allium fistolusum)


RECEITAS DE INSETICIDAS NATURAIS

CHUCHU (Sechium edule)


RECEITAS DE INSETICIDAS NATURAIS

CRAVO-DE-DEFUNTO (Tageres minuta)


RECEITAS DE INSETICIDAS NATURAIS

FUMO (Nicotiana tabacum)


RECEITAS DE INSETICIDAS NATURAIS

MAMÃO (Carica papaya)


RECEITAS DE INSETICIDAS NATURAIS

NIM (Azadirachta indica)

INDICAÇÕES
• Mosca-branca, Tripes, Pulgões, Traça do
tomateiro, Ácaro verde da mandioca,
Mosca minadora, Nematóides, Mosca
domestica, Lagarta do cartucho, Lagarta
curuquerê, Lagarta rosca.
• OBS: mais de 418 espécies de pragas são
afetadas pelo extrato de nim (ABREU
JUNIOR, 1998; MARTINEZ, 2002).
RECEITAS DE INSETICIDAS NATURAIS

NIM (Azadirachta indica)


RECEITAS DE INSETICIDAS NATURAIS

NIM (Azadirachta indica)


RECEITAS DE INSETICIDAS NATURAIS

PIMENTA (Capsicum spp.)


DEFENSIVOS AGRÍCOLAS

INSETICIDAS NATURAIS

INSETICIDAS DE

ORIGEM ANIMAL
RECEITAS DE INSETICIDAS NATURAIS

LEITE
RECEITAS DE INSETICIDAS NATURAIS

URINA DE VACA

• Possui diversas substancias que, reunidas, aumentam a resistência das plantas a


pragas e doenças.

• VANTAGENS
• Não é tóxico;
• Diminui a utilização de agrotóxicos;
• Praticamente não tem custo;
• Substitui o adubo químico;
• Aproveita um produto que normalmente é jogado fora;
• Está pronto para uso, bastando acrescentar agua;
• Aumenta a produção;
• O efeito é rápido;
• Pode ser utilizado em todas as culturas.
RECEITAS DE INSETICIDAS NATURAIS

URINA DE VACA

• Nitrogênio – aumenta o desenvolvimento das plantas, tornando-as mais


verdes;

• Cloro – aumenta a retenção de agua pelas plantas e impede de modo


significativo para o aparecimento de algumas doenças;

• Enxofre – aumenta a produção de proteínas, deixando as plantas mais


nutritivas;

• Fenóis – aumenta a resistência da planta a ataques de doenças.


RECEITAS DE INSETICIDAS NATURAIS

URINA DE VACA

• Coleta da urina

• Armazenagem de urina

• Preparo da calda
DEFENSIVOS AGRÍCOLAS

INSETICIDAS NATURAIS

OUTROS INSETICIDAS
OU MÉTODOS
ALTERNATIVOS
DE CONTROLE
RECEITAS DE INSETICIDAS NATURAIS

CALDA BORDALESA
• VANTAGENS
• Protetor das folhas;
• Forma camada protetora contra doenças e pragas;
• Alta resistência à lavagem pela chuva;
• Aumenta a resistência da planta à insolação;
• Fornecedor de nutrientes essenciais;
• Cobre – ativador de metabolismo, aumento de vigor;
• Cálcio – fortalece e dá resistência aos tecidos;
• enxofre – promove o aproveitamento do nitrogênio;
• Melhora a qualidade dos frutos.
RECEITAS DE INSETICIDAS NATURAIS

CALDA BORDALESA
• VANTAGENS
• Protetor das folhas;
• Forma camada protetora contra doenças e pragas;
• Alta resistência à lavagem pela chuva;
• Aumenta a resistência da planta à insolação;
• Fornecedor de nutrientes essenciais;
• Cobre – ativador de metabolismo, aumento de vigor;
• Cálcio – fortalece e dá resistência aos tecidos;
• enxofre – promove o aproveitamento do nitrogênio;
• Melhora a qualidade dos frutos.
RECEITAS DE INSETICIDAS NATURAIS

CALDA BORDALESA

• PREPARO

• DISSOLUÇÃO DO COBRE
• Colocado em um saco de algodão e mantido imerso em um balde com 20 litros
de agua.

• DISSOLUÇÃO DA CAL VIRGEM


• 100 gr/ 10 litro de agua.

• TESTE DA FACA
RECEITAS DE INSETICIDAS NATURAIS

CALDA SULFOCÁLCICA

• Efeito tóxico sobre insetos sugadores e ácaros.


• Fungicida protetor. Curativo contra oídios e ferrugens.

• RECOMENDAÇÕES
• 1 litro da calda/ 30 a 100 litros de agua.

• PREPARO
• 10 litros de calda
• 2,5 kg de enxofre
• 1,250 kg de cal virgem
• 7,0 litros de agua.
DEFENSIVOS AGRÍCOLAS

RESISTÊNCIA À INSETICIDAS

Estratégias, desafios e perspectivas no


controle de insetos
RESISTÊNCIA À INSETICIDAS

• 1º) EUA em 1908 – enxofre

• Até final da década de 90 – mais de 540 pragas

• Quase todos os grupos inseticidas

EVOLUÇÃO DA RESISTÊNCIA - CONSEQUÊNCIAS


Aplicação mais frequente de inseticidas

Aumento da dose

Misturas indevidas

Comprometimento do MIP.
“O desempenho de um produto
aplicado não foi satisfatório no
controle de uma determinada praga”.
Trata-se de um caso de resistência?

I R A C - B R
COMITÊ BR ASILEIR O DE AÇÃ O A RESISTÊNC IA A IN SETICI DAS
RESISTÊNCIA À INSETICIDAS

POSSÍVEIS EXPLICAÇÕES PARA O INSUCESSO NO CONTROLE

• Qualidade da aplicação

• Produto (formulação e dosagem)

• Densidade populacional da praga

• Condições climáticas

• Tolerância

• Resistência
RESISTÊNCIA À INSETICIDAS

RESISTÊNCIA X TOLERÂNCIA

- Tolerância – resposta diminuída na ação do produto, devido ao uso repetitivo da


substancia. Adaptação do sistema do inseto.

-Resistência – capacidade do organismo em suportar doses de inseticidas que


normalmente seriam letais para a maioria da população (suscetível) da mesma espécie.

- Não se cria insetos resistentes, mas se cria insetos tolerantes.

- Resistência – hereditária.
RESISTÊNCIA À INSETICIDAS

Produto do Grupo A
DESENVOLVIMENTO SS S
DE RESISTÊNCIA S S S S
S Após a
S S SR S S R
S S Pulverização
S
S S S
S

Produto do Grupo A S
S S
S S S
S S Após a
R S S R
S R R
S S Pulverização S
SR S S R
Produto do Grupo A
S
R SR
S S RS R
Após a
SRS R R
R S R SS SR R
R Pulverização
S R R
S
S = Indivíduo Susceptível
I R A C - B R
R = Indivíduo Resistente a Produtos do Grupo A C O M IT Ê BRASILEIRO DE AÇÃO A R E S I ST ÊNCI A AI NSET ICID AS
RESISTÊNCIA À INSETICIDAS

RESISTENCIA CRUZADA X RESISTÊNCIAMÚLTIPLA

• Resistência cruzada – Um único mecanismo de defesa confere


resistência a dois ou mais compostos químicos. Ex. resistência a
Lambda-Cialotrina e a Cipermetrina.

• Resistência múltipla – Pelo menos dois mecanismos de defesa


conferem resistência a dois ou mais compostos químicos. Ex.
resistência a Lambda-cialotrina e a Clorpirifós.
RESISTÊNCIA À INSETICIDAS

MECANISMOS DE RESISTÊNCIA MANEJO DE RESISTÊNCIA

• Redução da penetração cuticular – • Manejo por moderação – reduzir o


recebe menor quantidade de toxico no
uso de produtos químicos.
interior do organismo.

• Aumento da destoxificação metabólica – • Aplicação menos frequente;


individuo capaz de degradas moléculas.
• Controle em reboleiras;

• Redução da sensibilidade do sitio de • Manutenção de área não tratada;


ação – alteração do sitio de ação,
• Aplicação no estágio mais
mostrando menos sensibilidade ao produto.
vulnerável da praga.
RESISTÊNCIA À INSETICIDAS

MANEJO DE RESISTÊNCIA

• Manejo por saturação – reduzir as • Manejo por ataque múltiplo – uso


vantagens adaptativas dos indivíduos. de produtos em rotação ou misturas.

• Altas dosagens • A resistência ao produto (A) diminui


com o emprego do produto (B)
RESISTÊNCIA À INSETICIDAS

S = Susceptível Os indivíduos
Rotação de Produtos R= Resistente a Produtos do Grupo A
R = Resistente a Produtos do Grupo B
resistência ao
Produto do
Grupo A R = Resistente a Produtos do Grupo C produto A,
S S S serão
S S R SS Após a S
S S SR S S R
controlados
S S Pulverização pelo produto B.
S
S S S
S R
“Naturalment
e temos Produto do
indivíduo Grupo B S Os indivíduos
S S
s
SR
S R SS
Após a S resistência ao
resistente
a todos os grupos S R
S
S
R SR produto B,
des produtos” S S
R S Pulverização serão
Produto S RS S
do Grupo C
controlados
S
S RS S pelo produtoA.
S S S RS S
Após a
SS
RSS
S RS Pulverização
S
R SR S
S R
I R A C - B R
COMITÊ BR ASILEIR O DE AÇÃ O A RESISTÊNC IA A IN SETICI DAS

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