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AULA nº 06

DESENVOLVIMENTO DE
FORMULAÇÕES

Prof. Ms. Jocimar Santos


TECNOLOGIA FARMACÊUTICA
ESTUDO DE PRÉ-FORMULAÇÃO:
COMPATIBILIDADE

Prof. Jocimar Santos


Estudo de pré-formulação

 Objetivo: propor formulações adequadas para veículos dos


fármacos.

 Avaliação da compatibilidade entre fármaco e excipientes;


fármaco-fármaco.
Fármaco Excipiente Mistura
 Análise físico-química. PA diluente 1:5
PA conservante 1:1
 Misturas binárias e terciárias.
PA espessante 1:2
PA lubrificante 1:1
PA corante 1:1
PA PA 1:1
Pureza

 Propriedades físico-químicas
 Solubilidades
 Ponto de fusão
 Separação analítica

 A incompatibilidade refere-se às interações indesejáveis entre IFA’s


e excipientes da formulação.
Análise Térmica

 Conjunto de técnicas que avalia as propriedades físico-químicas


da substância relacionando com temperatura ou o tempo.

 Avalia-se: ponto de fusão, inicio de reação, temperatura de


reação, prevê prazo de validade, etc.

 Deve ter 3 critérios:


- Medir uma propriedade físico-química

- Ser proporcional a temperatura

- Executada em condições controladas


Análise Térmica

 Características que influenciam a análise

 Tamanho de partícula

 Estado físico

 Suporte da amostra

 Gás

 Fluxo

 Razão de aquecimento
Análise Térmica

• Desenvolver estudos relacionados à:


✓ Estabilidade térmica de materiais;
✓ Caracterização de materiais;
✓ Mecanismos e cinética de decomposição térmica (vida útil);
✓ Otimização das condições de síntese de novos materiais;
✓ Determinação do grau de pureza ou composição de algumas misturas;
✓ Desenvolvimento de métodos termoanalíticos de análise, etc.

Aplicações da Análise Térmica na “Farmácia”


 Alterações que o aquecimento pode provocar na massa das substâncias:
Desidratação
Decomposição
Oxidação

• Técnica de análise térmica em que a variação de massa da amostra (perda ou ganho de massa) → f(T) ou do
tempo, enquanto a amostra é submetida a uma programação controlada de temperatura.

DTG
Termogravimetria
Termobalança

Suporte da amostra
Balança
Forno e sensor da
registradora
temperatura

✓Razão de aquecimento: 1 °C min-1 a 100 °C min-1 Sistema registrador


✓Temperatura do forno: 2000 °C min-1
Programador da
e controle da
temperatura do
temperatura do
✓Sensibilidade: 0,1 µg até 1 g. forno
forno
✓ As primeiras termobalanças eram construídas a partir de
balanças analíticas
✓ Modelos disponíveis no mercado:

Analisador simultâneo
(DTG 60- Shimadzu
✓ Obtenção de dados da DSC :

• DSC por Compensação de Potência • DSC por Fluxo de Calor


✓ Equipamento
A curva termoanalítica pode ser influenciada!

 Características Instrumentais
razão, atmosfera,
suporte de amostra e
forno

 Características da Amostra
quantidade, tamanho
de partícula,
compactação,
natureza
Razão de Aquecimento
 Tempo de análise;
 Isotérmica e Dinâmica;
 Metabólitos de decomposição;
Atmosfera do Forno

 Reações reversíveis;
 Fluxo;
 Tipo de atmosfera;
Suporte da Amostra

 Tipo de material
 Fechada ou não
 Espessura
Análise Térmica

 Porta amostra de alumínio, alumina, ouro, porcelana, etc.


Forno

 Determinado pelo fabricante


Amostra

 Massa
 Tamanho da partícula
 Calor de reação da amostra
 Solubilidade de gases em sólidos
 Empacotamento
 Condutividade

Brandão et al. (2016)


Termogravimetria

TG e DTG
TG e DTG
Termogravimetria E agora?
Termogravimetria

 Compostos voláteis;
 Água livre;
 Água ligada;
 Decomposição de matéria orgânica;
 Decomposição secundária de compostos
orgânicos;
 Matéria inorgânica
Termogravimetria
 Isotérmicas

Não variamos a
temperatura?

TEMPO!

Cinética de Arrhenius
Cinética de Ozawa
DSC e DTA Qual a
Energia de reação diferença?
Glass transition
Eventos
Calorimetria Exploratória
Diferencial (DSC)
 Mede o fluxo de calor entre uma substância e um material de
referência
Termogravimetria

 É uma técnica destrutiva que avalia a massa da amostra em


função do tempo.
Como analisar?

 Análise conjunta.
 Utilizar pelo menos 2 técnicas.
Como analisar?

 É possível diferentes características


 Polimorfismo
 Cristalização
 Ponto de fusão
 Reações de decomposição
 Entalpia
 Ordem de reação
 Energia de ativação
Exemplo 1

 Análise da reação de
decomposição de
sulfatação
 Formação de sais
 Cocristais
Exemplo 2
 Suponha que você irá desenvolver uma formulação de cápsula e será
composto pela seguinte formulação:

 Ativo: BRCA
Parâmetro TG DSC
 Amido Faixa 30 – 900 ºC 30 – 450 ºC
Porta amostra Alumina Alumínio
 Celulose microcristalina
Massa 8 mg 2 mg
 Estearato de magnésio
Atmosfera N2 N2

 Lactose Fluxo 50 mL min-1 50 mL min-1


Razão 10 ºC min-1 10 ºC min-1
 Talco Shimadzu

 Após análise térmica, proponha formulações para este ativo em cápsulas.


Formulações Candidatas
 Amido
Formulações Candidatas
 Celulose Microcristalina e Estearato de Magnésio
Formulações Candidatas
 Lactose e talco
Formulações Candidatas

 Após esta primeira análise podemos indicar incompatibilidade


como o estearato de magnésio e com o amido
 Nas formulações podemos ter:
- BRCA
- Celulose microcristalina
- Lactose
- Talco
 Outras técnicas devem ser utilizadas
 handbook of pharmaceutical excipients

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