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ANÁLISE TÉRMICA

Ricardo Pondé Weber


E-mail: rpweber@ime.eb.br

2011
Sumário
 INTRODUÇÃO
Definição e Emprego
Técnicas termoanalíticas: classificação e
informações obtidas
Normas técnicas
 TÉCNICAS TERMOANALÍTICAS MAIS

USUAIS (TGA e DSC)


Condições operacionais, Equipamentos e
Aplicações
 EXEMPLOS DE EMPREGO

 AULA PRÁTICA DE DSC


Bibliografia

 Técnicas de caracterização de polímeros, S.V.


Canevarolo Jr. (ed.), Artliber Editora, São
Paulo, 2004, p.209-261.
Caracterização de polímeros: determinação de

peso molecular e análise térmica, E.F. Lucas,


B.G. Soares, E. Monteiro, e-papers, Rio de
Janeiro, 2001, Caps. 8, 9 e 10, p.213-285.
Normas técnicas.

 Artigos publicados em revistas e congressos,

nacionais e internacionais.
INTRODUÇÃO
Análise térmica
O QUE É ANÁLISE TÉRMICA?
“conjunto de técnicas por meio das quais uma
propriedade física de uma substância e/ou de
seus produtos de reação é medida em função da
temperatura ou do tempo, enquanto essa
substância é submetida a uma programação
controlada de temperatura e sob uma atmosfera
especificada”
métodos de análise que medem variações de um
determinado parâmetro ocorridas em função da
variação da temperatura (aquecimento ou
resfriamento), T, ou em função do tempo, t, a
uma temperatura constante
Essa definição induz a que três critérios
sejam satisfeitos para que uma técnica
seja considerada termoanalítica:
a. Uma propriedade física deve ser medida
b. A medida deve ser expressa direta ou
indiretamente em função da temperatura
A medida deve ser executada sob um
c.

programa controlado de temperatura.


Análise térmica
 características (propriedades) físicas medidas
por análise térmica
 massa
 temperatura
 energia (entalpia)
dimensões
 propriedades mecânicas
 propriedades acústicas
 propriedades óticas
 emissão de luz
 propriedades elétricas
 propriedades magnéticas
 CARACTERÍSTICA  TÉCNICA
Em que materiais é aplicada?
O que é determinado?
Técnicas termoanalíticas: classificação
Qual a informação fornecida?

 CURVAS  Propriedade vs T (t)


Interligações entre as técnicas
Interligações entre as técnicas
Normas técnicas de análise térmica
 ASTM E473 – Terminology relating to thermal analysis
 ASTM E794 – Melting and crystallization temperatures

by thermal analysis
 ASTM E831 – Linear thermal expansion of solid

materials by thermomechanical analysis


 ASTM E1131 – Compositional analysis by

thermogravimetry
 ASTM D3417 – Heats of fusion and crystallization of

polymers by thermal analysis


 ASTM D3418 – Transition temperatures of polymers by

thermal analysis
 ASTM D4092 – Terminology of dynamic mechanical

properties of plastics
 ASTM F2004 – Transformation temperature of Ni Ti

alloys by thermal analysis


Normas técnicas de análise térmica
 ASTM C1363 - Thermal performance of building
materials and envelope assemblies
 ASTM D4065 – Determination of dynamic mechanical

properties of plastics
 ASTM E967 – Temperature calibraton of differential

scanning calorimeters and thermal analysis


 ASTM E1356 - Glass transition temperatures by

differential scanning calorimetry or differential thermal


analysis
 ASTM E1582 - Calibration of temperature scale for

thermogravimetry
 ASTM E2040 - Mass scale calibration of

thermogravimetric analyzers
 ASTM E2160 - Heat of reaction of thermally reactive

materials by differential scanning calorimetry


TERMOGRAVIMETRIA (TG) ou
ANÁLISE TERMOGRAVIMÉTRICA
(TGA)

TERMOGRAVIMETRIA
DERIVATIVA ou DERIVADA
(DTG)
Termogravimetria (TG)
análise termogravimétrica (TGA)
 técnica em que a massa de uma substância é
medida como uma função da temperatura
enquanto submetida a um programa controlado
de aquecimento
 processo contínuo em que a variação da MASSA de
uma amostra, medida em uma balança muito sensível, é
determinada em função da TEMPERATURA (modo
dinâmico) ou do TEMPO (modo isotérmico)
 aquecida / resfriada em uma velocidade selecionada ou

mantida em uma temperatura fixa


 aumento da temperatura  perda de massa

 evolução de produtos (voláteis)  degradação

 TG  m = f(T,t)
Equipamento de TG (termobalança)

 diagrama de blocos
Equipamento de TG (termobalança)

 a geometria e os detalhes
específicos do equipamento e
dos componentes depende da
aplicação e do fabricante
Condições experimentais da TG
 temperatura do forno:
-170°C ~ 2800°C
 elemento de aquecimento = f(T)
 sensor de T (par termoelétrico) = f(T)
cromel-alumel / platina-platina ródio
 CALIBRAÇÃO 
 velocidade de aquecimento / resfriamento:

1°C/min ~ 50°C/min
 programação linear
T  t (em s Ts)
 atmosfera: oxidativa (ar sintético), inerte, corrosiva,
vácuo
 balança registradora:

 capacidade  1,5g / precisão  0,1%


 porta amostra (cadinho): platina, alumínio, quartzo ou

vidro
Curva termogravimétrica (curva TG)
para um conjunto de
condições experimentais

resíduo

 Ti (ti)= temperatura de início da variação de massa (onset)


 Tf (tf)= temperatura onde ocorre a maior variação de massa
 Tf – Ti  intervalo de reação
Curva termogravimétrica (curva TG)
 materiais com mais de uma reação
para cada intervalo de reação
 s variações de massa com s (Ti, Tf )
Modos de análise termogravimétrica
 3 modos: dinâmica, isotérmica e quasi-
isotérmica

 dinâmica ou convencional
 T (t)  perda de massa 
Modos de análise termogravimétrica
 isotérmica
 variação do tempo em uma temperatura constante
T3  T2  T1

 t (T)   perda de massa 


Modos de análise termogravimétrica
 quasi-isotérmica

 m = 0  T/t = constante
 ocorre m  T = constante
 e assim por diante
Termogravimetria derivativa (DTG)
termogravimetria derivada

 1a derivada
 dm/dT ou dm/dt
 taxa de variação

 equipamentos com sistemas computarizados


de análise
Termogravimetria derivativa (DTG)

temperatura onde a taxa de


degradação é máxima  

 VANTAGENS
1) informações são mais acessíveis visualmente
2) área sob o “pico”  m
3) m/T = f (altura do “pico”), em qualquer T considerada
Fatores que influenciam os resultados
da análise termogravimétrica
as transformações ocorrem em condições de
equilíbrio
 MAIS IMPORTANTES
dependem das condições operacionais e das
características das amostras
 formato, tamanho e compactação da amostra
 velocidade de aquecimento / resfriamento
 atmosfera do forno (fluxo do gás de arraste)
 OUTROS FATORES (INSTRUMENTAIS)
 geometria do forno / tipo de porta amostra (cadinho) /
posicionamento do sensor
Formato, tamanho e compactação da
amostra

 o processo de decomposição é influenciado pela


geometria e adensamento da amostra
Velocidade de aquecimento

 velocidades baixas 


 a Ti    velocidade de aquecimento
Atmosfera do forno
 atmosfera (composição) =
f(do tipo do gás de arraste

atmosfera inerte 

amostra é termicamente
mais estável
 processo de
decomposição se inicia em
 T

 atmosfera não inerte  amostra é mais instável


 processo de decomposição se inicia em  T
 atmosfera não inerte  reações
Especificação do ensaio

A análise termogravimétrica (TGA) foi realizada


em um equipamento Shimadzu modelo TGA-50,
dispondo de um par termoelétrico de cromel-
alumel. A calibração do termopar foi realizada
com alumel (Tm = 163°C), níquel (Tm = 354°C) e
perkalloy (Tm = 596°C). As amostras, pesando
entre 5mg e 8mg, foram colocadas em cadinhos
de platina e aquecidas, sob nitrogênio, de 30°C
até 650°C, na velocidade de 20°C/min
Estudo de transformações
materiais altamente voláteis

materiais de média
materiais de volatilidade
média
volatilidade

materiais
combustíveis

resíduo

 o que acontece no aquecimento?


Comportamento térmico
transformações

temperatura de início de perda de massa (T)


► T de degradação térmica  (a)  (b)  (c)  (d)
Comportamento térmico
transformações

(a) = PtBMA = poli(metacrilato de t-butila)


 (b) = PMMA = poli(metacrilato de metila)
Comportamento térmico
transformações

 PMMA = poli(metacrilato de metila)


 PAMA = poli(metacrilato de amila)

 PtBMA = poli(metacrilato de t-butila)


Comportamento térmico
transformações

 polímero plastificado
 1o estágio da decomposição  volatilização do
plastificante  teor = % massa
Mudança da atmosfera no ensaio
Estudo do comportamento térmico

 PVC  perde inicialmente HCl +


depois carboniza + degrada com resíduo
 PMMA, HPPE e PEAD  degradam completamente
 PI  degrada parcialmente com resíduo em T500°C
Aplicações da TG
 em todos os tipos de materiais com aplicações
na química, na geologia, na engenharia etc.
 avaliação da estabilidade térmica e química
 caracterização de materiais

 estudo de reações
físicas e químicas
Influência do tamanho da amostra
variação da massa da amostra

oxalato de cálcio (CaC2O4.H2O)


Influência da velocidade
variação da taxa de aquecimento da amostra

oxalato de cálcio (CaC2O4.H2O)


Influência da atmosfera
variação do gás de arraste

oxalato de cálcio (CaC2O4.H2O)


CALORIMETRIA DIFERENCIAL
DE VARREDURA (DSC) ou
CALORIMETRIA
EXPLORATÓRIA DIFERENCIAL

ANÁLISE TÉRMICA
DIFERENCIAL (DTA)

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