Você está na página 1de 19

Universidade Federal de Ouro Preto – 1ª Lista de Exercícios – MET269

Disciplina: Tratamento Térmico dos Metais Código: MET138 Turma: 22


Departamento: DEMET Unidade: Escola de Minas
Professor: Dr. Geraldo L. de Faria
Aluno: Paulo Henrique Cirilo Matrícula: 17.2.1663

Primeira Lista de Exercícios

1. Defina corretamente:

a) Termometria
A termometria faz parte da termologia, sendo a última uma área da física que
estuda o calor e seus efeitos sobre a matéria, de maneira que, a termometria,
busca estudar a temperatura e as formas com que ela pode ser medida a partir de
alguma referência. A temperatura que é responsável por medir o nível de agitação
entre moléculas, pode ser trabalhada com dois pontos fixos, onde o corpo ou
substância de referência apresentaria as mesmas propriedades, como volume,
densidade, condutividade ou resistência elétrica, comprimento. De maneira geral,
a termometria engloba a Pirometria e Criometria.

b) Pirometria
A pirometria como citado anteriormente, é uma área que faz parte da termometria,
onde têm-se a medição de altas temperaturas na faixa em que os efeitos da
radiação térmicas passam a se manifestar. O termo pirometria está associada ao
ato de medir temperaturas acima da incandescência dos corpos(aproximadamente
550ºC), de modo que, conforme se aumenta a temperatura de um sistema, as
moléculas vão ficando cada vez mais agitadas e assim, formam-se ondas
eletromagnéticas que estão com frequência no espectro da luz visível. É
importante destacar que os corpos incandescentes, apresentam mudanças de cor
correspondentes a cada variação de constituição nos respectivos espectros. Por
fim, temos que para a medição de temperatura, os pirômetros óticos utilizam ondas
eletromagnéticas no espectro da luz visível e os de radiação usam infravermelho
em temperaturas mais elevadas se comparado ao pirômetro ótico.

c) Criometria
A Criometria ou Crioscopia também faz parte da termometria e diferente da
pirometria, faz a medição de baixas temperaturas, próximas ao zero absoluto. Esse
conceito, estuda a diminuição do ponto de congelamento de um líquido causado
pelo soluto não-volátil. Por fim, ela pode ser explicada numa situação em que se
adiciona um soluto não-volátil a um solvente, onde as partículas deste soluto
dificultam a cristalização do solvente.

Como estas definições se correlacionam?


Essas definições se correlacionam, pelo fato de que os conceitos de Criometria e
Pirometria fazem parte da termometria.
2. Explique a importância da Pirometria para laboratórios de pesquisa ou
empresas que atuam desenvolvendo ciência e tecnologia na área de
tratamentos térmicos dos metais.
Os tratamentos térmicos envolvem aplicar ciclos térmicos com precisão na
temperatura e essa temperatura é uma das variáveis mais importantes desse
processo, de maneira que, a pirometria, permite com que se faça a análise da
temperatura na qual o objeto de medição se encontra, onde essa medição tem
que ser adequada e dentro do ponto de calibração, para que os registros feitos
tenham o mínimo de erros possíveis, de forma a se fazer o controle e
monitoramento da temperatura e assim o processo não seja prejudicado, pois,
se tratando de tratamentos térmicos, a temperatura adequada ao processo faz
com as características físico-químicas de uma substancia que o operador quer
obter, sejam bem trabalhadas, para que assim, obtenha-se uma microestrutura
dentro do desejado.

3. Qual é o princípio ou lei fundamental da física que possibilita o emprego de


instrumentos de comparação previamente calibrados para a medida apurada
de temperatura? Explique-o (a).

A lei fundamental da física é a lei zero da termodinâmica, onde se estabelece que:


“Se três sistemas se apresentam isolados de qualquer outro universo externo, e,
dois sistemas consecutivos estiverem em equilíbrio térmico com o terceiro, então
os dois sistemas consecutivos estarão em equilíbrio térmico entre si”. Essa lei
permiti medir a temperatura de um sistema usando um termômetro. Sobre o seu
emprego, temos que o sensor entra em equilíbrio térmico com o sistema, de
maneira que, uma vez que o equilíbrio térmico tenha sido atingido entre o sensor
e o meio, quando uma característica física do sensor variar, calibra-se posso a
variação dessa característica com o valor da temperatura do meio, obtendo assim
um sensor de temperatura.

4. Qual a vantagem e a desvantagem de se utilizar um termômetro de imersão


total no lugar de um de imersão parcial?

Primeiramente, é necessário que fique claro que o tipo de utilização seja por
imersão total ou parcial, diz a respeito à forma como o termômetro foi calibrado
pelo fabricante. O termômetro de imersão total é mais vantajoso pois são mais
precisos do que o de imersão parcial, justamente pela questão da calibração, onde
a coluna por inteira está em equilíbrio térmico com o meio, além disso, sua
utilização é facilitada, pois o equipamento é imerso completamente. Já o
termômetro de imersão parcial, tem a desvantagem de que a sua linha de imersão,
deve ser rigorosamente correta no quesito profundidade, onde que na escala de
calibração só se introduz o bulbo, por fim, é necessário que se fique atento a
questão de imersão, pois a temperatura pode ser diferente do desejado e assim
não dilate totalmente. A desvantagem do termômetro de imersão total é fato de
que ao imergir o bulbo e a haste, em determinadas situações, não é possível
inserir por completo o termômetro, não conseguindo assim um tão resultado
eficiente.
5. Explique o princípio de funcionamento de um termômetro de pressão
provido de um sistema de gás. Mostre que se conhecida uma pressão P ref.
medida a uma temperatura de referência Tref. a expressão abaixo é
verdadeira, onde Pmed. é a pressão medida no aparelho a uma temperatura
Tmed.

O princípio de funcionamento de um termômetro de pressão, é baseado na


expansão do gás no bulbo em função da temperatura, sendo a temperatura
determinada indiretamente pela medida da pressão no sistema. Esse tipo de
termômetro é constituído de um bulbo (com uma quantidade fixa de gás) ligado
por um tubo capilar até um barômetro, onde o volume é constante. Quando esse
bulbo está exposto a uma temperatura superior que a ambiente, como o número
de mols e o volume estão fixos, apenas a pressão irá variar e além disso, levando
em conta um gás próximo do ideal, podemos aplicar a lei de Boyle conforme
representado abaixo:

𝑃𝑉 = 𝑛𝑅𝑇
Sendo R, n e T constantes, temos que:
𝑃 𝑛∗𝑅
=
𝑇 𝑉

Para este fluído em equilíbrio a uma temperatura Tref, reescrevemos a equação da


seguinte maneira:

𝑃𝑟𝑒𝑓 𝑛𝑅
= = 𝑐𝑡𝑒
𝑇𝑟𝑒𝑓 𝑉

Portanto, se a temperatura do sistema for modificada para Tméd, temos:

𝑃𝑚𝑒𝑑 𝑃𝑟𝑒𝑓
=
𝑇𝑚𝑒𝑑 𝑇𝑟𝑒𝑓

Portanto, determinando Pmed, temos:


𝑃𝑚𝑒𝑑
𝑇𝑚𝑒𝑑 = 𝑥 𝑇𝑟𝑒𝑓
𝑃𝑟𝑒𝑓
6. Um termômetro de pressão foi calibrado para operar entre -40ºC e 400ºC.
Supondo que o fluido utilizado neste termômetro seja um gás quase ideal e
que, especificamente neste aparelho, a uma temperatura de -40ºC a pressão
é de aproximadamente 10-1N/m2, determine:

a) Uma função de calibração do tipo Tmed. = Tmed. (Pmed.)

𝑃𝑚𝑒𝑑
𝑇𝑚𝑒𝑑 = 𝑇𝑟𝑒𝑓𝑥
𝑃𝑟𝑒𝑓
𝑃𝑚𝑒𝑑
𝑇𝑚𝑒𝑑 = −40 𝑥
10−1 𝑁/𝑚²
𝑇𝑚𝑒𝑑 = −400 𝑥 𝑃𝑚𝑒𝑑

b) Calcule Pmed. para as temperaturas de -20ºC, 0oC, 50ºC, 100ºC, 200ºC, 300ºC e
400ºC. Proponha uma escala para este equipamento que contenha os dados
de temperatura e pressão.

𝑇𝑚𝑒𝑑 = −400 𝑥 𝑃𝑚𝑒𝑑


𝑃𝑚𝑒𝑑 = 𝑇𝑚𝑒𝑑 𝑥 − 0,0025

Tmed (°C) Pmed (N/m2)

-20 0,05
0 0
50 0,125
100 0,25
200 0,5
300 0,75
400 1

7. Defina corretamente:

a) Termoresistência Metálica
A termoresistência metálica é um sensor de temperatura que opera baseado no
princípio da variação da resistência ôhmica de um metal em função da temperatura.
É um sensor de alta exatidão e repetitividade de indicação e seu elemento sensor é
feito na maioria das vezes de platina com o mais alto grau de pureza e encapsulado
em bulbos de cerâmica ou vidro.
b) Termistores;
Os termistores são sensores compostos por um material semicondutor sensível à
temperatura, capaz de exibir uma grande alteração de resistência, proporcional a
pequenas alterações na temperatura. Existem dois tipos de termistores:
• NTC: São termistores cujo coeficiente de variação de resistência com a
temperatura é negativo: a resistência diminui com o aumento da temperatura.
• PTC: São termistores cujo coeficiente de variação de resistência com a
temperatura é positivo: a resistência aumenta com o aumento da temperatura.

Como se comporta a resistência elétrica de cada um deles à medida que se aumenta a


temperatura?
Nas termoresistências metálicas, à medida que se aumenta a temperatura, a resistência
elétrica aumenta de forma linear, conforme mostra o gráfico abaixo, de maneira que, com
esse aumento de temperatura, aumenta-se a vibração de elétrons, gerando um
espalhamento atômico, que faz a resistência elétrica aumentar. Já para os termistores,
como mostra a figura abaixo, em baixas temperaturas, os resistores são isolantes, porém,
conforme se ganha energia e com o aumento da temperatura, os resistores passam a
conduzir, fazendo com que a resistência elétrica diminua, gerando então o
comportamento exponencial mostrado abaixo.

Fonte: Slide de Pirometria, pág.14

8. Uma termoresistência de níquel possui constante α = 0,0067ºC-1. Supondo


que R0 = 300Ω em T0 = 100ºC sejam dados de referência da calibração,
determine:

a) A sensibilidade da termoresistência de níquel;


𝑆 = 𝛼 𝑥 𝑅0

𝑆 = 0,0067 °𝐶 −1 𝑥 300𝛺

S= 2,01 Ω/°C
b) A função linear R=R(T);

𝑅 = 𝑅0[1 + 𝛼(𝑇 − 𝑇0)]


𝑅 = 300[1 + 0,0067(𝑇 − 100)]
𝑅 = 300 [1 + 0,0067 𝑇 − 0,67]
𝑅 = 300 + 2,01 𝑇 − 201
R= 2,01 T + 99

c) A resistência elétrica da termoresistência a uma temperatura de 250ºC.


Considere que esta temperatura está dentro do intervalo de linearidade
calculado no item b.

𝑅 = 2,01 × 250 + 99
𝑹 = 𝟔𝟎𝟏, 𝟓 𝜴

9. Explique como o “Efeito Joule” pode ser considerado uma fonte de erro quando
se faz uso de termoresistências metálicas ou termistores como sensores de
temperatura?
A circulação da corrente elétrica pelo sensor causa uma elevação da temperatura,
devido a conversão de energia elétrica em calor, podendo então ocorrer um erro de
medição, de maneira que, esse aquecimento deve ser limitado a valores pequenos
para que possa ser desprezado. Limitar a corrente de excitação do sensor é uma das
alternativas.

10. Explique Detalhadamente:

a) O “Efeito Seebeck”

Em 1821, Thomas Seebeck descobriu este fenômeno, que passou a ser chamado de
“Efeito Seebeck”. Esse efeito é caracterizado pela conversão de um fluxo de calor em
um fluxo de elétrons, onde tenho uma produção de uma diferença de potencial entre
duas junções de condutores ou semicondutores de materiais diferentes, que estão
submetidos a diferentes temperaturas. Essa junção de materiais diferentes formam
uma configuração conhecida como "termopar”. Thomas Seebeck, percebeu que, em
um circuito fechado formado por dois condutores A e B, acontece uma circulação de
corrente enquanto existir uma diferença de temperatura entre as duas junções. Diante
dessa diferença de temperatura, veio as termologias “junta quente” e “junta fria”, sendo
a junta quente a temperatura que queremos do experimento e a junta fria como a de
referência. A voltagem elétrica detectada é diretamente proporcional à diferença de
temperatura aplicada entre a junção quente e a junção fria, ou seja, o efeito Seebeck
transforma energia térmica em energia elétrica, de forma direta, mas, com um baixo
rendimento energético. Por isso, sua principal utilização é na área de instrumentação
eletroeletrônica. Por fim, é importante destacar também que quando dois condutores
são conectados para formar as funções e estas são mantidas em temperaturas
diferentes, a difusão dos elétrons nas junções ocorrera em ritmos diferentes.
b) Como este efeito norteia o princípio de funcionamento dos termopares?

Os sensores termopares, tem seu princípio de funcionamento baseamento no “Efeito


de Seebeck”, de maneira que, eles são constituídos de dois fios metálicos e que
possuem como característica fundamental, terem entre si afinidades eletrônicas
diferentes e serem soldados em uma das extremidades em comum. Esses fios
condutores metálicos além de distintos, devem ser puros ou homogêneos. Cada metal
possui um número de eletros livres diferente do outro, portanto, polaridades diferentes,
onde um estará sempre com um potencial elétrico mais negativo ou mais positivo do
que o outro, existindo então uma diferença de potencial entre os dois. A diferença de
potencial tem influência da temperatura, tornando então possível determinar a
temperatura por meio da medida da diferença de potencial citada anteriormente e
assim, o “Efeito Seebeck” tem seus conceitos aplicados para esse sensor de
temperatura.

c) O que são cabos de compensação e de extensão. Porque eles são tão


importantes?

Os cabos de compensação são fios flexíveis fabricados com ligas metálicas diferentes
das utilizadas nos pares termoelétricos, mas que apresentam curvas VxT semelhantes
às das ligas dos pares. Os cabos de extensão são fios flexíveis de pureza inferior aos
usados nos pares, mas são fabricados a partir do mesmo metal base. A utilização
desses cabos é de extrema importância, pois, os fios para termopares lembram arame
recozido, então é um tipo de arame maciço que possui certa resistência ao movimento
e se o operador tiver que fazer curvas no fio ele pode romper e em um ambiente
industrial pode sair caro, por isso, os cabos de compensação e de extensão tornam-se
primordiais, pois eles foram desenvolvidos como alternativa para que facilite a
operação e barateie o custo do processo.

11. Um estudante de pós-graduação precisa monitorar a temperatura de amostras de


minério de manganês em um forno piloto de redução. O controle de temperatura
é extremamente importante, pois ele precisa que seus ensaios sejam
representativos. Pelo fato de ele usar atmosfera rica em CO e H 2, uma oscilação
inesperada de temperatura pode vir a causar sérios acidentes. Ele vai realizar um
ensaio isotérmico a 1000ºC, e tem a opção de utilizar os seguintes termopares,
que devem ser comprados: tipo K, tipo S ou tipo N. Levando todas estas questões
em consideração e também o fator custo-benefício, qual termopar você iria
sugerir ao aluno? Justifique a sua resposta.

O tipo de termopar N [Níquel-Cromo-Silício(+)/Níquel-Silício(-)], seria o ideal, pois,


nesse tipo de termopar alinha-se o custo benefício desejado com faixa de temperatura
boa para utilização em um ensaio isotérmico a 1000°C, sendo esse termopar
classificado na faixa de 0°C a 1260°C e além disso, ele possui uma excelente
resistência à oxidação até 1200°C, se levarmos em conta uma atmosfera rica em Co e
H2, portanto, esse termopar torna-se uma boa opção.
12. Explique o princípio de funcionamento de um pirômetro óptico de filamento e de
um pirômetro de radiação do estado sólido.

O pirômetro ótico ou de filamento, mede a irradiação térmica da superfície de um objeto e tem


como princípio básico a emissão de luz visível. Eles operam, em geral, entre 725ºC e 3000°C,
com desvios que variam de ±4°C a ± 20°C. Nesse pirômetro, os corpos emitem luz no espectro
visível e à medida que a temperatura aumenta, a luz tem a sua cor variada. Como pode ser
visto na imagem abaixo, construíram uma Câmara com luneta com dois feixes de luz que são
direcionados a um objeto que se quer saber a temperatura. Dentro da câmara escura, colocou-
se uma lâmpada com filamento (de tungstênio geralmente), sendo que essa lâmpada é
alimentada por uma bateria e um reostato. Variando a corrente que passa pelo amperímetro, o
brilho da lâmpada pode sofrer variações, de maneira que, com o aparelho calibrado, é possível
estimar o valor da temperatura, por meio do valor da corrente elétrica, de modo que,
começamos o experimento com a resistência na posição máxima, sem corrente no filamento e
à medida que diminuo a resistência, o filamento vai aquecendo com o aumento da corrente.
Pode-se concluir que quando paramos de enxergar o filamento é o momento em que ele tem a
mesma temperatura que fonte. A explicação pode ser ilustrada na figura abaixo.

Imagem ilustrativa do funcionamento de um pirômetro de filamento

Fonte: Slide de Pirometria, pág. 43

Já o pirômetro de radiação tem como princípio de funcionamento o efeito da radiação


eletromagnética coletada sobre um detector do estado sólido, podendo ser esse estado
sólido termopilha ou semicondutor. Este detector é excitado pelo infravermelho emitido
pelas ondas eletromagnéticas e gera um sinal de corrente que é calibrado em função da
temperatura. Deve-se respeitar a distância recomendada, pois fora dela a calibração não
é garantida. Além disso, o ambiente pode causar interferências nas medições, por isso
ele deve ser calibrado para cada ambiente onde for utilizado. Para cada tipo de aplicação
as lentes devem ser feitas de um determinado material, pois um material específico pode
não transmitir radiação a uma certa faixa de comprimento de onda.
Imagem ilustrativa do funcionamento de um pirômetro de radiação

Fonte: Slide de Pirometria, pág. 43

13. Explique o que se entende por:

a) Sistema
Sistema se refere a um corpo específico do material que está sendo estudado ou
pode estar relacionado à série de possíveis ligas compostas pelos mesmos
componentes, porem de maneira independente a composição da liga.

b) Componentes de um sistema
Os componentes de um sistema são uma parcela da constituição do mesmo. Os
componentes podem ser metais puros e/ou compostos que compõe uma liga.
c) Solução sólida substitucional;
Nessa solução, os átomos de soluto ou de impurezas substitui outro tipo de átomo
na rede cristalina, ocupando os mesmos sítios que o solvente no reticulado
cristalino.
d) Solução sólida intersticial;
Nessa solução um soluto de menor raio atômico que o solvente ocupa sítios
intersticiais no reticulado cristalino. O exemplo mais clássico é na formação da
ferrita, onde o carbono se ocupa nos interstícios da rede de ferro.
e) Limite de solubilidade
Limite de solubilidade é a concentração máxima de átomos de soluto que pode se
dissolver no solvente para formar uma solução sólida.
f) Microestrutura
A microestrutura, nas ligas metálicas, é caracterizada pelo número de fases
presentes, por suas proporções e pela maneira pela qual elas estão distribuídas ou
arranjadas. Ela depende de variáveis tais como os elementos de liga presentes,
suas concentrações e o tratamento térmico da liga.
g) Fases de um sistema
Uma fase pode ser definida como uma porção homogênea de um sistema que
possui características físicas e químicas uniformes em um determinado volume.
h) Diagrama binário isomorfo;
Nesse sistema binário isomorfo, existem dois componentes completamente
solúveis um no outro em todas as proporções e em todos os estados. A leitura dos
diagramas isomorfos é feita definindo o par composição-temperatura desejado, de
maneira que, esse par define um ponto no diagrama.
i) Diagrama binário eutético
Neste diagrama existem três regiões monofásicas distintas. Os sistemas eutético
podem ser divididos em sistemas de solubilidade nula ou parcial. Estes sistemas
apresentam a reação eutética, a qual ocorre para uma temperatura e composição
química fixa, de modo que, um líquido se transforma em duas fases solidas
distintas.

14. Para o sistema Cu-Ni responda o que se pede:

a) Quantos componentes possui este sistema? Quais são eles?


O sistema possui dois componentes: Níquel e Cobre

b) Como se chama a linha que separa o campo monofásico L do campo bifásico


α + L? E a que separa o campo monofásico a do bifásico α + L?
A linha que separa o campo monofásico L do bifásico α + L é a Liquidus e a linha
que separa o campo monofásico α do bifásico α + L é a Solidus.

c) Para uma dada liga de composição 45% de Ni e 55% de Cu, descreva o


resfriamento completo no equilíbrio. Tome como ponto inicial a liga à 1500oC.

Considera-se um resfriamento muito lento, para essa liga de composição de 45%p


Ni e 55%p Cu, a partir de 1500 º C. No “ponto a” indicado no diagrama, a liga está
completamente liquida. Com o início do resfriamento, quando se chega no “ponto
b”, ocorre as primeiras mudanças microestruturais na linha Liquidus
(aproximadamente 1300°C), de maneira que, os primeiros cristais sólidos de α
começam a surgir, com a composição especificada pela linha de amarração
traçada para essa temperatura. Dando continuidade ao resfriamento, as
composições e quantidades de cada uma das fases mudarão, de modo que, a
composição da fase α aumentará. É importante destacar que apesar da
redistribuição do Cu e Ni entre as fases, a composição global permanece a mesma.
No “ponto c” (aproximadamente 1270°C), as composições das fases nesse ponto
são para a fase líquida: 38%p Ni – 62%p Cu e para a fase sólida: 52%p Ni – 48%p
Cu. No “ponto d” (aproximadamente 1250ºC), em cima da linha Solidus, o processo
de solidificação está próximo de se concluir. A composição de sólido α é a
composição global da liga (45%p Ni e 55%p Cu), e a fração de líquido
remanescente é de 32%p Ni e 68%p Cu. Por fim, ao ultrapassar a linha Solidus e
chegando ao “ponto e” (aproximadamente 1100ºC) não existe mais líquido e nem
mudança microestrutural e de composição abaixo dessa temperatura, onde o
produto final é uma solução sólida policristalina da fase α com uma composição
uniforme (45%p Ni e 55%p Cu). O resfriamento subsequente não causa nenhuma
mudança microestrutural ou de composição.

d) Para a mesma composição do item (c), determine para as temperaturas de


1500oC, 1250oC e 1030oC quais as fases presentes, qual a composição química
de cada uma delas e suas frações em peso na liga.

T=1500°C
Está em uma região monofásica com presença de uma fase com fração 100%
líquida(L), sendo em composição química: 45%p Ni e 55%p Cu.

T=1250°C
Está em cima da Linha Solidus com uma fração mínima de líquido. Composição
química: 45%p Ni – 55%p Cu.

T=1030°C
Está numa região monofásica com presença de uma fase com fração 100 %
sólida(α), sendo em composição química: 45%p Ni e 55%p Cu.
15. Uma liga Pb-Sn de composição 10% de Sn e 90% de Pb foi aquecida até a
temperatura de 400oC. Descreva o resfriamento no equilíbrio desta liga, e
determine, para as temperaturas de 400oC, 275oC, 200oC, e 80oC quais as fases
presentes, qual a composição química delas e suas frações em peso na liga.

Iniciando no “ponto a” (a 400°C) numa região monofásica a composição química é 10%p


Sn e 90%p Pb. Só há uma fase presente (L), portanto, a liga é composta integralmente
por essa fase. A fração de fase é de 1,0 ou, de outra forma, a porcentagem é 100%. Ao
encontrar a linha Solidus (T=315°C), no ponto b, os primeiros cristais de sólido α
começam a se formar. Ao passar por essa região bifásica α + L, a solidificação prossegue
com o prosseguimento do resfriamento. As composições das fases L e α seguirão as
linhas Liquidus e Solidus, respectivamente. A composição da fase α aumentara com o
prosseguimento do resfriamento. No ponto c (T=275°C), ao cruzar a linha Solidus, o
processo de solidificação está virtualmente concluído. A composição de sólido α é a
composição global da liga (10%p Sn e 90%p Pb), e a fração de líquido remanescente é
de 21%p Sn – 79%p Pb. No ponto d, só há uma fase presente (α), portanto a liga é
composta integralmente por essa fase. A fração de fase é de 1,0 ou, de outra forma, a
porcentagem é 100%. A composição é igual a composição global (10%p Sn e 90%p Pb).
O resfriamento segue e, ao cruzar a linha Solvus (T=150°C, ponto e), a solubilidade de α
é excedida, o que resulta na formação de pequenas partículas de fase β. Com a
continuação do resfriamento, essas partículas crescerão em tamanho, pois a fração
mássica da fase β aumenta ligeiramente com a diminuição da temperatura. No ponto f
(T=80°C), coexistem uma fase (α) e uma fase (β). A fração em peso na liga é:

98−10
𝐿= 98−5
𝛼 = 0,94
𝛽 = 0,94
16. Explique o que é um diagrama binário eutético. O que se entende por reação
eutética? Explique porque o constituinte eutético solidifica-se na forma de
lamelas alternadas das fases sólidas do sistema.

Nesses diagramas são encontradas 03 regiões monofásicas: α, β e L. Os sistemas


eutéticos podem ser divididos em sistemas de solubilidade nula ou parcial. Estes
sistemas apresentam a reação eutética, a qual ocorre para uma temperatura e
composição química fixa onde um liquido se transforma em duas fases solidas distintas.
O produto sólido da reação solidificação eutética consiste sempre em duas fases
sólidas. Quando a solidificação ocorre em um ponto eutético, ao cruzar a isoterma
eutética o líquido então, se transforma em duas fases (α e β). Durante essa
transformação, deve haver uma redistribuição dos componentes observados, visto que
as fases α e β têm composições diferentes e nenhuma delas é igual à do líquido. Essa
redistribuição ocorre por difusão atômica. A microestrutura do sólido que resulta dessa
transformação consiste em camadas alternadas (lamelas), das fases α e β. Essa
microestrutura é chamada de estrutura eutética. Ela se forma nessas camadas
alternadas pois, nessa configuração lamelar, a difusão atômica deve ocorrer ao longo
de distancias relativamente curtas.

17. Uma liga constituída por 65% de Ni e 35% de Cu é aquecida até uma temperatura
onde coexistem as fases α e L. Se a composição da fase α é 70% de Ni, determine:

a) A temperatura em que esta liga se encontra;

Aproximadamente, T=1350°C.
b) A composição química da fase líquida;

Aproximadamente, 58%p Ni e 42%p Cu.

c) A fração em peso de cada uma das fases.

70 − 65
𝐿=
70 − 58
𝐿 = 0,41
𝛼 = 0,59

18. A literatura científica destaca o elemento ferro por sua capacidade de se


organizar em um reticulado cristalino cúbico. Ela afirma ainda que ele se
caracteriza fortemente por apresentar o fenômeno de alotropia ou polimorfismo.
Explique o que se entende por alotropia ou polimorfismo. Detalhe este
comportamento para o ferro.

O polimorfismo está relacionado a possibilidade de alguns metais ou ametais


possuírem mais de uma estrutura cristalina. Quando essa condição é encontrada em
sólidos elementares, é chamada de alotropia. Nestes casos, a estrutura cristalina que
irá prevalecer depende da temperatura e da pressão externa. A alotropia do ferro é
importante e deve ser compreendida para compreender como deve ser o
processamento do material de forma a atingir as propriedades necessárias. Em
temperatura ambiente até temperaturas abaixo de 910°C, o ferro apresenta estrutura
cristalina cúbica de corpo centrado (CCC), denominado ferro α. Acima dessa
temperatura, ocorre a transição para uma fase γ de estrutura cúbica de faces centradas
(CFC), alterando o comportamento do ferro. Continuando o aquecimento do ferro γ,
atinge-se uma temperatura (1400°C) na qual está deixa de ser a fase mais estável
termodinamicamente, dando lugar ao ferro δ, que é estável até 1539°C, temperatura
na qual torna-se líquido.

19. Explique porque na prática o diagrama Ferro-Cementita é mais usado do que o


diagrama Ferro-Grafita. Esboce o diagrama Ferro-Cementita, destacando as
temperaturas e composições características.

Porque na prática todos os aços e ferros fundidos apresentam teores de carbono


menores que 6,7%p C, então, utiliza-se mais o diagrama Ferro- Cementita.
20. Classifique as reações invariantes do diagrama de fases Ferro-Cementita que
ocorrem a 727oC, 1148oC e 1495oC.

Reação Eutetóide para 727 ºC, onde o ponto eutetóide ocorre para 0,76% C sendo então
a reação invariante: γ -> α + Fe3C
Reação Eutética para 1148 ºC, onde o ponto eutético ocorre para 4,3% C sendo então a
reação invariante: L -> γ + Fe3C
Reação Peritética para 1495 ºC, onde o ponto peritético ocorre para 0,16% C sendo então
a reação invariante: L + δ -> γ
21. Explique a afirmação feita por um engenheiro que trabalha com a metalurgia
física do aço: "Elementos químicos como C, N e B podem ser considerados
defeitos estruturais quando encontrados na forma elementar no aço". Se esta
afirmação estiver correta, que tipo de defeito é este?

Impurezas ou átomos diferentes estarão sempre presentes e alguns serão


considerados defeitos pontuais, de maneira que é improvável que se tenha um metal
extremamente puro. Estes elementos podem ser considerados defeitos
(descontinuidades) pontuais na estrutura pois são átomos intersticiais que se alojam
nos interstícios da estrutura cristalina do ferro. Os três elementos citados possuem um
raio pequeno em relação ao raio atômico do ferro, por isso seu posicionamento nos
interstícios é possível. Porém, a adição de átomos de impureza a um metal resultará
na formação de uma solução sólida ou de uma segunda fase e isso não pode ser
considerado algo maléfico. O conceito “defeito” pode soar como algo prejudicial. Estes
elementos, quando controladas as concentrações e as temperaturas nas quais são
fabricados, podem trazer benefícios ao aço.

22. Considere um aço com 1% de C. Responda:

a) Este aço é hipoeutetoide, eutetóide ou hipereutetoide? Justifique sua


resposta.
É um aço hipereutetoide, pois está localizado à direita do ponto eutetóide no diagrama
Ferro-Cementita, compreendido entre 0,76%p C e 2,14%p C.

b) Descreva qualitativamente o resfriamento no equilíbrio deste aço, partindo da


temperatura de 1200oC e indo até a temperatura ambiente.

No “ponto a”, apenas a fase γ está presente. A composição ainda é 1%pC e 99%p Fe.
A microestrutura apresenta apenas grãos de austenita. Com o resfriamento até o
campo bifásico γ + Fe3C, a fase cementita começará a se formar ao longo dos
contornos de grão da fase γ inicial. A cementita formada é chamada cementita
proeutetoide, pois se forma depois da reação eutetoide que acontece em
aproximadamente T=727°C. Conforme a temperatura é reduzida, toda a austenita
restante e com composição eutetoide é convertida em perlita; sendo assim, a
microestrutura resultante será constituída por perlita e cementita proeutetoide.

c) Calcular as frações em peso das fases e constituintes presentes a 1200 oC,


750oC e 25oC.
T = 1200°C
Só há uma fase presente (γ), portanto a liga é composta integralmente por essa fase.
A fração de fase é de 100%.

T=750°C

6,7 − 1
𝛾=
6,70 − 0,9
𝛾 = 0,98
𝐹𝑒3𝐶 = 0,02

T=25°C
Há presença de ferrita α e cementita.
6,7 − 1
𝛼=
6,70 − 0,022
𝛼 = 0,85
𝐹𝑒3𝐶 = 0,15

23. À temperatura ambiente, a fração em peso de ferrita total e cementita total em


uma liga Fe-C resfriada no equilíbrio é, respectivamente, 0,91 e 0,09. Esta liga é
hipoeutetóide ou hipereutetóide? Justifique.

6,7 − 𝑥
0,91 =
6,7 − 0,022
𝑥 = 0,6
Como a composição de ferrita é igual a 0,6%p C, essa liga é hipoeutetóide, pois está
localizada à esquerda do ponto eutetóide.

24. O sistema Fe-C se caracteriza por uma solução sólida. Responda:

a) Que tipo de solução sólida caracteriza o sistema Fe-C?

Solução sólida intersticial.


b) Qual elemento se comporta como solvente? E como soluto? Justifique
sua resposta.

O que se comporta como solvente é o Ferro e o que se comporta como soluto é o


carbono, pois, o elemento que apresenta maior quantidade será o solvente e o que
apresenta menor concentração é o soluto.

c) Nas fases α ou γ, dentro de seus limites de solubilidade, os átomos de


soluto distorcem a rede do solvente mantendo inalteradas as estruturas
cristalinas, ou eles interferem modificando o sistema do retículo cristalino?

Interferem modificando o retículo cristalino, pois no exemplo do soluto carbono por


exemplo, quando ele segrega no resfriamento para formar cementita, a austenita
empobrecida de carbono formará os primeiros cristais de ferrita e assim propicia uma
transformação de fase de CFC para CCC, de maneira que favoreça a formação da
estrutura CCC que é ferrita.

25. Explique como o modelo de Mehl descreve o mecanismo de decomposição da


austenita em perlita.

Ao se atingir a região A1 no diagrama Ferro-Cementita, no contorno de grão da


austenita (região onde a difusão é facilitada), inicia-se uma pequena segregação de
carbono. Quando essa segregação atinge uma concentração limite, começa a formar
um pequeno cristal de cementita a partir do contorno da austenita. Este pequeno núcleo
começa a crescer e este crescimento é controlado pelo fluxo de carbono que há na
austenita onde ele começa a crescer. A cementita “rouba” carbono da austenita para ir
se associando e crescendo o filme de cementita. Quando o grão da cementita começa
a crescer, automaticamente, a região da vizinhança está sendo empobrecida em
carbono (que está sendo removido da solução sólida). E nessa região, por estar tão
pobre em carbono, vai ocorrer uma transformação de fase. A austenita empobrecida
de carbono formará os primeiros cristais de ferrita. Por ser uma fase de baixa
solubilidade de carbono, para a ferrita continuar crescendo, ela acaba por criar, na sua
vizinhança, uma região positiva de segregação de carbono. E vai enriquecendo a região
até que se forme outro cristal de cementita. Há um crescimento cooperativo:
crescimento e empobrecimento de C, dando origem a uma estrutura lamelar. Por fim,
o modelo de Mehl é um dos mais aceitos para explicar a formação da perlita.

26. Suponha que uma amostra de aço hipoeutetóide tenha sido completamente
austenitizada. Durante o seu resfriamento no equilíbrio, ao se atingir a linha A3,
terá início a nucleação de ferrita primária. Na sequência do resfriamento, com o
aumento da fração de ferrita, o que se espera que aconteça com a concentração
de carbono na austenita? Justifique sua resposta.

À medida que o resfriamento dentro do campo bifásico vai ocorrendo, ainda acima da
linha eutetóide, as partículas de ferrita que iniciaram o crescimento no contorno de grão
da austenita começam a crescer e tomar maior proporção. Reduzindo a temperatura
abaixo do eutetoide, toda a austenita que estava presente se transforma em perlita
(lamelas alternadas de ferrita e cementita). Portanto, a concentração de carbono na
austenita é distribuída, de acordo com o modelo de Mehl, entre a cementita e a ferrita,
onde a cementita carrega a maior quantidade de carbono.

27. O que são elementos γ-gêneos e α-gêneos? Cite exemplos. Dentro deste
contexto, procure na literatura composições químicas típicas de aços
inoxidáveis ferríticos e austeníticos. Quais são as principais diferenças
encontradas? Explique-as.

Elementos γ-gêneos e α-gêneos são estabilizadores da austenita e da ferrita,


respectivamente. Esses elementos são adicionados nas ligas, de maneira que, os γ-
gêneos “aumentam” o campo da austenita, tornando-a mais estável em uma maior
“área”. Eles abaixam a linha A3 e elevam a A4. Exemplos de elementos γ-gêneos: Au
Pt Zn H N C N Mn Ni Co. Os α-gêneos, por outro lado, “diminuem” o campo da austenita,
tornando-a mais instável e reduzindo o seu domínio, abaixando A4 e elevando A3.
Exemplos de elementos α-gêneos: Cr Mo W Ti Si Al S P Nb B.
Os aços inoxidáveis ferríticos, que se constituem principalmente em ligas do sistema
Fe-CrC, apresentam teores superiores a 13% Cr, em peso, e traços de carbono, sendo
que o Cr é encontrado preferencialmente em solução sólida substitucional com o Ferro
na fase α(CCC). Já os aços inoxidáveis austeníticos, que constituem-se principalmente
em ligas do sistema Fe-Cr-Ni-C, apresentam teores elevados tanto de Cr como de Ni
(normalmente variando entre 13% a 25% para o Cr e entre 7% a 20% para o Ni, em
peso) e traços de carbono, sendo que ambos os elementos Cr e Ni são encontrados
em solução sólida. Como observado, a principal diferença encontrada é a presença do
Cr nas duas classes e de Ni somente nos austeníticos. Isso é justificado pois os aços
austeníticos possuem Ni, que estabiliza a austenita e os ferríticos possuem Cr, que
deixam o campo austenítico mais instável.

Você também pode gostar