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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA – UFBA

INSTITUTO CE CIÊNCIAS DA SAÚDE – ICS


DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA E BIOFÍSICA
BIOQUÍMICA E FISIOLOGIA MOLECULAR VEGETAL

INTRODUÇÃO AO METABOLISMO DE LIPÍDEOS

EM VEGETAIS SUPERIORES

Profa. Marta Bruno Loureiro


Relembrando............

Lipídeos
Conjunto de substâncias químicas que não são
caracterizadas por um grupo funcional comum, e sim
pela:
Alta solubilidade em solventes orgânicos
e
Baixa solubilidade em água.
LIPÍDEOS ENCONTRADOS NOS VEGETAIS
SUPERIORES

➢Triacilgliceróis
➢Glicerolipídeos polares
▪Gliceroglicolipídeos
▪Glicerofosfolípideos
➢Ceras
➢Fosfolipídeos
➢Esteróis
➢Esfingolipídeos
➢Carotenóides (hidrocarbonetos)
➢Plastoquinonas
➢Tocorefóis
FUNÇÕES DOS LIPÍDEOS NOS VEGETAIS SUPERIORES

➢Armazenamento de carbono (C) reduzido e energia TAGs (maior


quantidade em relação aos carboidratos)

➢Estrutural (Glicerolipídeos polares e fosfolipídeos)  membrana celular

➢Proteção  ceras •Carotenóides – fotossíntese


•Esteróis – presentes na
➢Terpenóides - derivados do Isopreno membrana
•Plastoquinona - Aceptor na
cadeia de transporte de elétrons
na fotossíntese

➢Ação anti-oxidante e inibição da peroxidação de lipídeos Tocoferol


(Vitamina lipossolúvel - E)
TRIACILGLICEROL (TAG)

Os TAGs são Esteres do Glicerol

3 ácidos graxos unidos a um mesmo glicerol por ligação éster

Palmítico
Oleico

Alfa
Glycerol linoleico
álcool

➢Lipídeos mais simples


➢As cadeias podem ter de 12 a 20 C
➢Mais comuns  16 a 18 C
TRIACILGLICEROIS OU TRIACILGLICERÍDEOS (TAGs)

➢Lipídeos mais abundantes nas células vegetais e animais

➢Encontrados em diferentes tecidos, em sementes (pp


oleaginosas)

➢ARMAZENAMENTO  gotículas de gordura (corpos


lipídicos)

➢A maioria dos triacilgliceróis de ocorrência natural são


mistos (contém 2 ou mais ácidos graxos)

➢São hidrofóbicos, não polares e insolúveis em água


ARMAZENAMENTO DE ENERGIA

LIPÍDEOS CARBOIDRATOS
(GORDURAS E ÓLEOS) x (AMIDO)
OXIDAÇÃO DE 1g OXIDAÇÃO DE 1g
(40 Kj ou 9,3 Kcal) (15,9 Kj ou 3,8 Kcal)
ÁCIDOS GRAXOS COMUNS EM TECIDOS DE VEGETAIS
SUPERIORES
Nome Encontrado
comum Nome IUPAC Fórmula naturalmente
Saturados
Ácido Ácido Nóz-moscada, óleo
merístico tetradecanóico CH3(CH2)12COOH de palma
Ácido Ácido
palmítico hexadecanóico C16H32O2 Óleo da palma

Ácido Ácido
esteárico octadecanóico CH3(CH2)16COOH Nóz do coco
Ácido Ácido Óleo de Coco, oleo
láurico dodecanóico CH3(CH2)10COOH de palma
Insaturados
Ácido Ácido Cis – 9- CH3(CH2)2=CH(CH2)2COOH Óleo de oliva, uva,
oléico octadeceóico palma
Ácido Ácido cis,cis-9,12- CH3(CH2)4-CH=CH-CH2-CH=CH-(CH2)7COOH Óleo de girassol,
linoléico octadecadienóico milho, soja e
algodão
Ácido Ácido 9,12,15- CH3(CH2)CH=CH-CH2-CH=CH-CH2- Frutos
linolênico octadecatrienóico CH=(CH2)2COOH Oleaginosos
COMPOSIÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS EM ÓLEOS
VEGETAIS
ARMAZENAMENTO DOS TRIACILGLICERÓIS

Citoplasma  corpos lipídicos (esferossomos ou oleossomos)


▪ Diferentes tecidos
▪ Sementes - (cotilédones ou nas células do endosperma)

Cotilédones Cotilédones

Endosperma
Cotilédones de
sementes de feijão Endosperma de
sementes de mamona

Sementes de Soja
CORPOS LIPÍDICOS

➢Separa os triacilgliceróis do citoplasma aquoso


➢Impede que os corpos lipídicos se fundam no citoplasma
➢A membrana é formada por uma única camada de
fosfolipídeos

•Extremidade hidrofílica – voltada para o


citoplasma
•Cauda hidrofófica – voltada para o
interior da organela
# A membrana é estabilizada pelas
oleosinas (proteínas)
CORPOS LIPÍDICOS

Seções transversais dos cotilédones de Caesalpinia peltophoroides (Sibipiruna)


submetidas ao teste de Sudam III para identificação lipídeos totais
Fonte: Corte, V.B. Estudos histoquímicos, bioquímicos e fisiológicos de Caesalpinia
peltophoroides Benth. durante a germinação e crescimento inicial das plântulas.
CORPOS LIPÍDICOS

Apuleia leiocarpa

LOUREIRO, 2005.
GLICEROLIPÍDEOS

GLICEROLIPÍDEOS POLARES

➢Formam as bicamadas lipídicas das membranas


celulares
➢Porção terminal (hidrofóbica)
2 cadeias de ácidos graxos de 16 ou 18 C,
esterificado com o glicerol

Principais:
▪Gliceroglicolipídeos  açúcares formam o grupo
terminal
▪Glicerofosfolipídeos  grupo terminal contém fosfato
GLICEROLIPÍDEOS
GLICEROLIPÍDEOS POLARES
LOCALIZAÇÃO NA CÉLULA

➢Gliceroglicolipídeos  70% dos lipídeos de membrana dos


tecidos fotossíntéticos, presentes nos cloroplastos

➢Glicerofosfolipídeos  maior parte presentes nos


cloroplastos

➢Fosfolipídeos membranas das células de tecido não


fotossíntético

Cloroplasto
GLICEROGLICOLIPÍDEOS

Monogalactosildiacilglicerol

Membranas dos tilacoides Cloroplastos

Glicosilceramida
Monogalactosildiacilglicerol (MGDG)
Digalactosildiacilglicerol (DGDG)

❖Atividade inibitória da DNA-polimerase (atividade


antitumoral)

❖Atividade antiinflamatória (inibitória das P-selectinas

❖Atividade antiviral (anti-HIV entre outros)

PLANTAS MEDICINAIS

SELECTINAS – mol. importantes para a migração


Capim-limão dos leucócitos através dos vasos sanguíneos
GLICEROFOSFOLIPÍDEOS

Fosfotidilglicerol

Fosfatidilcolina
Ac. Graxo+glicerina+fosfato+colina
GLICEROFOSFOLIPÍDEOS

Fosfatidilserina

Fosfaditilsorbitol
LIPÍDEOS DA MEMBRANA CELULAR

Vegetais apresentam diferença no sistema de membranas


(composição distinta de ácidos graxos)

Porque é necessária esta diversidade de lipídeos?

Relação entre a composição lipídica e a capacidade de ajuste


dos organismos as variações de temperatura
LIPÍDEOS DA MEMBRANA CELULAR

Plantas tropicais Plantas de região temperada


Sensíveis ao frio
X Resistentes ao frio
Não resistentes ao frio Crescem e se desenvolvem a
Param o crescimento entre 12 baixas temperatura
e 0ºC
Ex: soja, arroz, milho, algodão,
frutíferas tropicais e
subtropicais

PORQUE?
Devido a diferença da composição dos lipídeos de membrana

Grau de insaturação dos lipídeos
ÁCIDOS GRAXOS SATURADOS

ÁCIDOS GRAXOS INSATURADOS


LIPÍDEOS DA MEMBRANA CELULAR
SOLUBILIDADE DAS MEMBRANAS

CADEIA DE CARBONOS SOLUBILIDADE

INSATURAÇÕES TEMP. DO PONTO DE FUSÃO


LIPÍDEOS DE MEMBRANA COMO SINALIZADORES
JASMONATO  Derivado do ácido linoleico (18:3)

Molécula de Jasmonato
(Ác. Jasmônico)

OH

FUNÇÕES:
▪Ativar as defesas vegetais - insetos e fungos patogênicos
▪Regula aspectos do crescimento vegetal – desenvolvimento das
anteras e dos grãos de pólen
TERPENÓIDES
Derivados do Isopreno
❖LÁTEX – cicatrizante, defesa vegetal
❖ÁCIDO ABSISCICO - hormônio
❖GIBERELINAS - hormônio
❖CAROTENÓIDES –pigmento acessório
❖ESTERÓIS – composição estrutural de membrana
❖FITOL (COMPOSIÇÃO DA CLOROFILA) - fotossíntese
❖LICOPENO - anti-oxidante
❖GERANIOL (SE ENCONTRA NAS ESSÊNCIAS DA ROSA E DO GERÂNIO) – metabólito
intermediário, defesa
❖LIMONENO (LIMÃO E DA LARANJA) - defesa
❖PINENO (ESSÊNCIA DE TEREBINTINA ENCONTADO DA RESINA DE CONÍFERAS) - defesa
❖PLASTOQUINONA – cadeia de transporte de elétrons (fotossistemas)
BIOSSÍNTESE DE ÁCIDOS GRAXOS

Ocorre  Cromoplastos – xantoplastos, eritroplastos e


cloroplastos

Reação - Ciclos de adição de 2 carbonos a proteina ACP


Produtos 16:0-ACP e 18:1-ACP/ 16:0-CoA e 18:1-CoA

Complexo enzimático
Ácido graxo sintase (FAS)

3 substratos
Acetil – CoA
Detalhe de cloroplastos Malonil – CoA
NADPH
BIOSSÍNTESE DE ÁCIDOS GRAXOS

• 2 etapas:

• Preparação do precursor-chave ➔ malonil-CoA


(acetil-CoA carboxilase)

• Alongamento da cadeia do ácido graxo


(ácido graxo sintetase)
Síntese de Malonil – CoA

Acetil CoA+CO2

2 Carbonos

Carboxilação

3 Carbonos

A partir da AcetilCoA entram os 2 primeiros carbonos


do Ácido graxo
BIOSSÍNTESE DE ÁCIDOS GRAXOS

2ª Etapa: Formação de Malonil-ACP e alongamento da cadeia


Complexo Enzimático  Ácido Graxo-Sintetase (vários
domínios)

▪Seqüência repetitiva de 4 partes


▪O grupo acil saturado produzido pelas reações sofre
condensação com o grupo malonil ativado
Resumindo ▪A cada passagem pelo ciclo a cadeia é alongada em
2C
▪Quando a cadeia alcança 16C, o produto (palmitato)
pode deixar o ciclo ou continuar
Formação do Malonil –ACP
(3 carbonos)

Ligação do 1
grupo malonil
a proteína ACP

O Grupo Malonil da Malonil - CoA é transferido a Proteina Carregadora


de Acil (Acil-ACP- é parte do complexo enzimático)

OBS
Os 2 primeiros carbonos vem da AcetilCoA
Formação de Acetoacetil - ACP

2- Grupo acetato da Acetil-CoA é transferido a enzima


condensadora
Em seguida combinado com malonil-ACP
Depois descarboxilado

Enzima condensadora
3-Cetoacil-ACP sintase

2
Descarboxilação

Acetoacetil -ACP

Ocorre a descarboxilação Acetato: C2H3O2−


Formação do Butiril ACP

3
Remoção grupo Ceto

4
Ocorre a redução
Síntese de Butiril -ACP

❖ 3 Grupo ceto do Carbono 3 é removidos


❖ 4 A molécula sofre redução e forma-se o Butiril-ACP
BIOSSÍNTESE DE ÁCIDOS GRAXOS

ALONGAMENTO DA CADEIA

2ª Etapa: Adição de mais uma unidade de 2 carbonos


Enzima envolvida  3-cetoacil-ACP (Enzima
condensadora)
Como Ocorre:

A adição ocorre em outra molécula de Malonil-ACP e no


Butiril-ACP, e assim por diante
16 C
Para aqui
O ciclo continua até que 16 ou 18 (Palmitato)
carbonos tenham sido
adicionados 18 C
Continua
ALONGAMENTO DA CADEIA
• Cada etapa entram 2 carbonos

• Condensação do Malonil-ACP + (Butiril –


ACP)

• Enzima 3-cetoacil-ACP- condensadora

• O composto sofre descarboxilação


BALANÇO FINAL ATÉ PALMITATO

1ª Etapa
7 acetil-CoA + 7 CO2 + 7 ATP 7 malonil-CoA + 7 ADP + 7 Pi

2ª Etapa
Acetil-CoA + 7 malonil-CoA + 14 NADPH+H+  palmitato + 7 CO2
+ 8 CoA + 14 NADP+ + 6 H2O

Total
8 acetil-CoA +7 ATP + 14 NADPH+ + 14 H+  palmitato + 8 CoA +
6 H2O + 7ADP + 7 Pi + 14 NADP+
BIOSSÍNTESE DE ÁCIDOS GRAXOS

Após a formação do palmitato


Alongamento da cadeia pode continuar

4ª Etapa: Formação de 18:1-ACP


Enzima envolvida  Dessaturase (insere ligação dupla na
cadeia de ácidos graxos)

Como Ocorre:

Adição de mais 2 carbonos - ocorre no palmitato com a


participação da molécula de Malonil-ACP
BIOSSÍNTESE DE ÁCIDOS GRAXOS

ETAPA FINAL
(Após a síntese .................)

Remoção do ACP para formação do ácido graxo


Enzima envolvida  transferase

OUTRO DESTINO:
Exportação dos produtos 16:0 e 18:1 para o citoplasma
como tioésteres

2 formas:
16:0 e 18:1-ACP
16:0 e 18:1-CoA
Após a formação do Ácido Graxo.....

SÍNTESE DE GLICEROLIPÍDEOS

Transferência dos ácidos graxos da Acil-ACP ou Acil-CoA para o


gliceraldeido 3-fosfato

Formação de Ácido Fosfatídico (CLORO, RE)

Diacilglicerol Fostaditilinositol e
Fosfatidilglicerol

Fosfatidilglicerol
Fosfatidiletolamina
Fosfatidilcolina
Intermediário da via de
síntese da glicose
Gliceraldeido-3-fosfato

Intermediário

Ácido fosfatídico
glicerol + 2 moléculas de ác. graxo +
ác. fosfórico (H3PO4).
SÍNTESE DE GLICEROLIPÍDEOS
2 rotas – Sitios de síntese

1ª ROTA – PROCARIÓTICA
Cloroplastos
Síntese de ácido fosfatídico e seus derivados

Utiliza os produtos da 16:0 e 18:1-ACP

Enzimas:
Ácido graxo sintase
18:0 ACP-dessaturase

*Alternativamente, ácidos graxos podem ser exportados ao citoplasma como


CoA ésteres (usados na síntese dos Triacilglicerois)
SÍNTESE DE GLICEROLIPÍDEOS
2 rotas
2ª ROTA – EUCARIÓTICA
Retículo Endoplasmático
Incorporação de ácidos graxos no ácido fosfatídico e seus
derivados
Utiliza os produtos da 16:0 e 18:1-ACP, 16:0 e 18:1-CoA

Enzimas Aciltransferases
ROTAS DA SÍNTESE DE GLICEROLIPÍDEOS

* *

* *

*
* *

Rotas de síntese de lipídeos de membrana em Arabdopsis thaliana

Componentes da membrana: mostrado nas caixas de texto


Os glicerolipídeos perdem a saturação nos cloroplastos e no retículo endoplasmático as
enzimas convertem os ácidos graxos 16:0 e 18:1 em ácidos graxos altamente
insaturados
Divisão da produção de lipídeos nas Rotas procariótica
e Eucariótica em Angiospermas

➢Rota procariótica  produz somente Fostaditilglicerol


➢Rota Eucariótica  outros lipídeos
Excessão
Arabdoposis thaliana e Spinacia oleracea (espinafre)

Nas duas espécies as duas


rotas contribuem para a
síntese de lipídeos de
membrana

Arabdospsis Espinafre
SÍNTESE DE TRIACILGLICEROL

Local de ocorrência  retículo endoplasmático

Enzimas Envolvidas
➢Acil CoA:DAG
➢Acil transferase
➢Dialcilglicerol O - aciltransferase

16:0 e 18:1-CoA
(exportados para o citoplasma como tioésteres da CoA )

Incorporados ao DAG no RE

Armazenados nos corpos lipídicos


CONVERSÃO DE TRIACILGLICERÓIS EM CARBOIDRATOS
(HIDRÓLISE DO TRIACILGLICEROL)

Mobilização de triacilgliceróis para a conversão em açúcares


(sacarose) ocorre durante a germinação de sementes ou outros
processos que necessitem de energia

As plantas não são capazes de transportar gorduras


Porque? pelos vasos condutores
Então, convertem o C dos triacilgliceróis em uma
forma mais móvel
OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS
β-oxidação ou Ciclo de Lynen

Ocorre Glioxissomos dos tecidos de reserve


das sementes

Na b -oxidação, os ácidos graxos são oxidados e


originam Acetil-CoA.

Ácidos graxos sofrem remoção, por


oxidação, de sucessivas unidades de
dois átomos de carbono na forma de
Acetil-CoA.
CONVERSÃO DE TRIACILGLICERÓIS EM CARBOIDRATOS

Frutose 6-fosfato Fosfoenopiruvato e CO2


Corpos lipídicos descarboxilação
Sacarose Oxalacetato
Quebra dos triacilgliceróis)
desidrogenação
TriacilglicerolLipase Malato

3 ácidos graxos
1 glicerol (Fonte de carbono para síntese de glicose)
Transportado
Ciclo do glioxilato Malato para o
Ác. Graxos Glioxissomo citoplasma
Graxo-acil CoA Sintase
Fumarato
Conversão em
Graxo-acil CoA

Succinato Succinato Mitocôndrias

β-oxidação
Acetil CoA Glioxilato

Citoplasma
*Isocitrato Isocitrato
Acetil CoA
Acetil CoA + Citrato Citrato
* O isocitrato pode ser
Oxalacetato convertido à Succinato ou
Glioxilato
β-oxidação

Ácidos graxos de
cadeia par

Acetil Co-A

Acetil Co-A é oxidada


à CO2 (Ciclo Krebs)
Grupo acetil
(passando pelo Ciclo
do Glioxilato) COCH3

Ciclo de Krebs – Oxidação da acetil-CoA produzida pela


degradação de carboidratos, ácidos graxos e aminoácidos a duas
moléculas de CO2.
ENZIMAS ENVOLVIDAS NA β - OXIDAÇÃO
DOS ÁCIDOS GRAXOS

1. Acil-CoA Desidrogenase
2. Enoil-CoA Hidratase
3. 3-Hidroxiacil-CoA Desidrogenase
4. β - Cetotiolase
5. Enoil-CoA Isomerase
6. 2,4-Dienoil-CoA Redutase
7. 3,2-Enoil-CoA Isomerase
β-Oxidação
O processo envolve 4 etapas:

1) Desidrogenação - da Acil- CoA, formando Enoil CoA (Enzima: Acil CoA


desidrogenase)

2) Hidratação - da dupla ligação da Enoil CoA e formação de L- hidoxiacil


CoA (Enzima: Enoil CoA hidratase)

3) Oxidação - Oxidação do L- hidroxiacil CoA, formação de β -cetoacetil


CoA- (oxidação do álcool à cetona) (Enzima: Hidroxiacil CoA
Desidrogenase)

4) Tiólise - do β -cetoacetil CoA- formação de:


1 Acetil Co-A e 1 Acil Co-A
(Enzima: tiolase)
β-Oxidação de ácidos Graxos ou Ciclo de Lynen 5. Formação de Acetil
CoA e Acil CoA
Volta ao Ciclo de Lynen
Acil CoA Vai para Ciclo de
desidrogenase
Krebs

1. Oxidação da Acil Co-A 4. Cisão da molécula


Reação com uma CoA
.

β -cetoacil CoA Tiolase

Enoil CoA

Hidroxiacil CoA
Enoil CoA hidratase
Desidrogenase

2. Hidratação da dupla ligação da Enoil CoA


L- hidoxiacil CoA
A cada ciclo de beta-oxidação, origina-se UMA
molécula de Acetil CoA e tem-se a redução de UMA
molécula de NAD+ e UMA molécula de FAD+.

A beta-oxidação de um ácido graxo de n


Carbonos, originará
1/2 n moléculas de Acetil CoA, (1/2 n –1)
moléculas de NADH e (1/2 n –1)
moléculas de FADH2
β-Oxidação
Balanço Energético

Quantas voltas na β-oxidação são necessárias para


oxidar o ácido palmítico?

Quantas acetil-CoAs são formadas no total?


Rendimento Energético da Oxidação do
Ácido Palmítico (C16)

Sofre sete reações oxidativas perdendo em cada uma


delas dois átomos de carbono na forma de
Acetil-CoA

8 Acetil-CoA
7 NADH+H
7 FADH2

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