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Setsuo Yoshinaga
Volume 4
Teoria e
Exercícios
Ricardo Feltre - Setsuo Yoshinaga
Química Orgânica
VOLUME 4
Teoria,
373 exercícios e testes,
600 testes de
exames vestibulares
1
1,
FICHA CATALOGRÁFICA
r parte cuja teoria é muito extensa, e por isso mesmo a mais "pesada" da Química:
a QUÍMICA ORGÂNICA. Estamos nos propondo a eliminar essa interpretação
errõnea: a QUfMICA ORGÂNICA não mais se resume a decorar páginas e páginas
de fórmulas e reações. Hoje não decoramos, hoje estudamos o mecanismo das
[Preparada pelo Centro de Catalogação-na-fonte,
Câmara Brasileira do Livro, SP] t
1
reações, aprendemos a "e11xergar" a estrutura molecular dos compostos, e vamos
desenvolvendo a Química desde os fundamentos teóricos até as aplicações nas
indústrias (petroquímica, tcxtil, plásticos etc) e também na bioquímica (DNA,
RNA, estrutura das proteínas etc).
Feltre, Ricardo, 1928-
F374q Química orgânica: teoria, 373 exerc1c10s e testes, Não deixamos totalmente de lado o esquema tradicional do ensino de Quí-
600 testes de exames vestibulares I porl Ricardo Feltre mica Orgânica: utilizamos dele tudo que se mostrou útil para a introdução do
lei Setsuo Yoshinaga. São Paulo, Ed. Moderna, 1974. aluno nos mais modernos conceitos. Recomendamos aos senhores professores que
670p. ilust.
seja feita uma recapitulação sobre Estrutura do Carbono e Conceitos Modernos
1. Química orgânica I. Yoshinaga, Setsuo, 1937- de Ácidos e Bases (Atomística - Feltre/Setsuo). Com esses conhecimentos, po-
demos nos adentrar no estudo moderno do Mecanismo das Reações, incluindo
Reações Eletrófilas, Nucleófilas, SN 1, SN2 e outras.
74-0088 CDD-547 Acompanhando o desenvolvimento da matéria, o professor notará que o
livro abrange o programa do Segundo Grau e também o dos atuais vestibulares.
Chamamos sua atenção para o grande número de desenhos que aparecem neste
fndice para o catálogo sistemático: livro. Todos eles foram executados por uma equipe de desenhistas a partir de
L Química orgânica 547 montagens feitas com Modelos de Stuart e "pau e bola", as quais poderão ser
facilmente reproduzidas em aula.
Para facilitar o bom entendimento da matéria, mantivemos como norma a
colocação de exercícios resolvidos nos capítulos e, ao final de cada um deles,
propuzemos uma série de novos exercícios e testes para que o aluno resolva.
No final do livro, sempre obedecendo à ordem cronológica dos capítulos, colo-
camos mais 600 testes propostos em Vestibulares de São Paulo, Guanabara, Minas
7i,doi m direitos reservados. Gerais, Rio de Janeiro etc, desde 1965 até 1973 inclusive. Todos os exercícios
EDITORA MODERNA LTDA. e testes têm suas respostas no fim do livro.
Traw111 Tumoyo. 1O
As críticas e colaborações cabíveis ao presente trabalho serão aceitas com
Tolof<lm·K: 70-5663 71-4161
('EP 04009 São Paulo -· SP - Brasil sinceros agradecimentos por parte dos autores.
1973
hnJlr<'Nlo nu Bra~il. Ricardo Feltre
Setsuo Yoshinaga
~
! DERIVADOS SULFÔN!COS. 76
ÁTOMO DE CARBONO 19 77
Carbono com apenas simples lígaç·õés 20 SERIE HOMÓLOGA ..
77
Carbono com uma dupla ligação .. . 22 SÉRIE ISÓLOGA . . . .
SÉRIE HETERóLOGA. 78
Carbono com uma tripla ligação .. . 24 78
Carbono com duas duplas ligaçõ~s .. 25 QUADRO GERAL DAS FUNÇÕES ORGÂNICAS
EXERCÍCIOS E TESTES .. , . 80
Número de Oxidação do carbono nos seus compostos .. . 26
Dcsl'nvolvimento da teoria estrutural ..... _. 27
Exercícios e Testes . 31 CAPi'TULO 3 - ISOMERIA
CADEIAS CARBÓNICAS . . . . . . 33 83
DEFINIÇÃO . . .
Cadeias acíclicas ou abertas . 33 89
ISOMERlA PLANA . . . . .
()uanto à saturação . . . . . 36 1) lsomeria de cadeia .
89
Comprimento cté uma cadeia saturada . 37 2) lsomeria de posição . 92
Cadeias fechadas ou cíclicas .. 38 3) Isomcria de Compensação ou Metameria 95
Quanto à natureza dos átomos 38 4) Isomeria Funcional .. 97
()uantu à saluração . . . . . . . . ..... . 39 5) Tau tome ria . . . . . . . . 100
Cadeias aromáticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . _ 40 Resumo <le Isomeria Plana . 106
Rcgrn de Hückel para determinação da aromaticidade ... _ 44 ISOMERIA ESPACIAL . . . . . . 108
Quadro geral de cadeias carbónicas. . ... _ . __ . 45 l) lsomeria Geométrica ou Cis-Trans 108
Exercícios e Testes . . . . . . . 46 2) Isomeria Cis-Trans com cadeia cíclica .. 115
RADICAIS ORGÂNICOS . . . . . . . . . . 47 ISOMER!A ÓPTICA . . . . . . . . . - . 117
Radicais monovalentes . 47 1) Luz Natural e Luz Polarizada . 118
Radicais bivalentes . . . . . 51 2) Polarização da Luz . . . . 120
Radicais trivalentes 52 3 J Substâncias opticarnente ativas 124
Exercícios e Testes . . . . . . . . . . . . 53 4) Isomeria óptica com 1 átomo de carbono assimétrico 129
5) Isomeria óptica com 2 átomos de C* diferentes 134
CAPl'rULO 2 - FUNÇÕES ORGÂNICAS 6) Isomeria óptica com N C* diferentes • 135
IIIDROCARBONETOS . . . . . . . . . . . . . . . . 55 7 J Isomeria óptica com C* equivalcn tes 136
Alcuno .. 56 8) Isomeria óptica sem C* assimétrico 138
Alceno .. 9) Separação de Misturas Racêmicas .. 141
56
Alcino .. 57 10) Poder Rotatório específico 144
Alcadicno 57 11) Raccmização ..
145
C'iclano . . . . . . . . . 58 12) Inversão de Wa.Iden
147
Aromático .. . EXERCfCIOS E TESTES . . . . . . . 148
58
DERIVADOS HALOGENADOS . . . . 59
1-'lJNÇÕES OXIGENADAS .. 60 CAP(TULO 4 - MECANISMOS DAS REAÇÕES ORGÂNICAS
Álcoois . 60 154
Fenóis .. 62 EFEITOS INDUTIVOS . . . . . . . . . .
EFEITO MESÕMERO . . . . . . . . . 158
Enóis ... 63 160
Aldddos. 63 TIPOS GERAIS DE REAÇÕES ORGÂNICAS
CISÃO OU RUPTURA DAS LIGAÇÕES . . . • ••••••• , 162
~clonas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64 163
cidos Carboxílicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65 CLASSIFICAÇÃO DOS REAGENTES . . . . . . . . . • . . . . • • • • .••••••••
CLASSIFICAÇÃO DAS REAÇÕES ORGÂNICAS . . . . . . . • • • • . . • • • • • • - • 164
RAI>IC'AIS DERIVADOS DOS ÁCIDOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66 165
I - Adição Eletrófila . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . • • • • • • • - •
~~~~;~s :: : ;:: : : :: :: ::: :: : :: :: : : ::: ::: :: : : : : : : :: :: ::
67 167
68
II - Adição Nuclcófila . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • • • • • •
III - Substituição Eletrófila . . . . . . . . . . . . . . . . . . • • . • • • • • • • • • 167
Anidridos de ácidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69 168
Cloretos de ácidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69 IV - Substituição Nucleófila . . . . . . .•...••••••••
V - Substituição por radical livre . . •.••••••••••• 173
A.MINAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .... _ .. _ . ______ . _ .. 70 174
A.MIDAS . . . . . . . . . . . . . .............................. . VI Reações de Eliminação . . . • • • • • • • • • • • ..
71 177
NITRILAS E ISONITRILAS . . . . . . . . . . . . . . . . : . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72 EXERClCIOS E TES:."ES . . . . . . . . . . . ••-•••-•••••••
CAPl'rULO 5 - ALCANOS b) Reação com HCN . . . 232
Dl-i'lNl~'ÃO 179 e) Reações com HX .. 233
NOMENCLATURA . . . . . . . . 180 d) Hidratação dos Alcinos . . . 234
ISOMERIA ...... . 184 e) Polimerização . 234
l'IU.l'ARAÇÃO DOS ALCANOS . . . . ......... . 186 f) Reações Particulares do, Alcinos Verdadeiros 236
l) M~tm!o de Sabatier-Scndcrens . . . . . . . . 186 ESTUDO DO ACETILENO 237
2) R,•duç.To de Ãlcoois .. 187 a) Obtenção Industrial . 237
3) A partir dos compostos de Grignard .. 187 b) Propriedades F Ísicas . 238
4) Síntesé de Wurtz ...... . 188 e) Aplicações . . . . . . . 239
5) Síntese de Kolbe . . ...... . 189 i=XFRCÍCIOS E TESTES . 241
h) Método de Dumas . . . . 190
l'ROPRU-:DAOES QUfMICAS 190 CAPITULO 8 - ALCADIENOS
l) lblogenação 190
~:~ 1
2) Cracking . . .
DFFINIÇÃO . . . . . . . .
192 NOMENCLATURA . . . . .
3) ,ombustão ..
193 CLASSIFICAÇÃO 243
4 J Nitração . . . ........ . 193
5) Sulfonação . . . . .... . REAÇÕES DE ADlÇÃO .. 246
194 REAÇÃO DE DIELS-ALDER . 247
FSTFRFOQUfMICA DOS ALC ANOS 194
PROl'IHEDADES FÍSICAS
BORRACHA . . . . . . . . . . . 248
1% BORRACHAS SINTÉTICAS . . . , 249
I·:Ml'REC:üS 197
Ml·TANü .. EXERCIC:IOS E TESTES . 250
197
PFTRÓLJ:o. 197
RL"finação do Petróleo CAPITULO 9 - CICLANOS
199
Petroquímica . . . . . . . 200 DEFINIÇÃO . 252
frntamentos especiais .. . 201 NOMENCLATllRA 252
EXERCÍCIOS E TESTES . . . . . 202 PREPARAÇÃO .. 253
a) Hidrogrnação catalítica de hidrocarbonetos cíclicos insaHnados 253
CAPITULO 6 - ALCENOS b) A partir de derivados halogenados 253
l>EFINIÇÃO ........ .
PROPRIEDADES . . . . . 253
204 TEORIA DAS TENSÕES DE BAEYER . 255
NOMFNCLATURA . . . . . . . . 204 TEORIA DE SACHSE E MOHR . . . . . 257
ISOMI RIA . . . . . . . .
PRl•:PARAÇÃO DOS ALCENOS . . . . . . . . . . . . . . .
205 !, EXERCÍCIOS E TESTES . . . . 261
207
1) Desidratação de Ãlcoois . . . . . . . . . . . . . 208 CAPITULO 10 - HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS
2) Eliminação de HX de derivados halogenados . 210
3) Síntese de Grignard . . . . . . . . . , . . . . . . 212 DEFINIÇÃO .. 263
PROPRIEDADES QUfMICAS . . . . . , .. . 214 CLASSIFICAÇÃO . 263
1J Rea~âo com os halogênios . 214 NOMENCLATURA .. 265
2) Re.lção com HX . . 215 ISOMERIA .. 266
3) Reações com HCIO, H 2 S0 4 e HOH 219 a) Com apenas 1 radical .. 266
4) Polarização . . . .... 219 b) Com 2 radicais . 267
5) Combustão dos Akcnos .. 220 e) Com 3 radicais iguais . 267
6) Oxidaçào dos Akenos . . . . . 221 d) Com 4 radicais iguais . . . . . 268
7) Estudo do Etileno .. 223 e} Com 5 e 6 rndicaís iguais .. 268
I· XUH'fi.'JUS E TESTES . . . . 225 MECANISMO GERAL DAS REAÇÕES AROMÃTICAS 268
a) Halogenação. 270
CAPl'rULO 7 - ALCINOS b) Nitração . . . . 271
e) Sulfonação . . . . ...... . 272
DEl'INIÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . _ .. 227 PREPARAÇÕES...... . ...... . 273
NOMl-:NC'LA'l'URA . . . . . . . . . . . . . . .................... . 227 a) Polimerirnção dos Alcinos . . . . . . 273
ISO ME RIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . _ . . . . . . . . . . . . 227 b) Síntese de Fittig-Wurtz . . . . . . . . 273
1-:STRUl'lJRA F CLASSIFICAÇÃO ., . . . . . . . . . . . . . . . . . . _ . . . . . . . . . . 228 e) Síntese de Grignard . . . . . . . . . . 274
PRl-:PAIUÇÜl•:s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 230 d) Síntese de Friedel-Crnfts . . . . . . . 275
li A partir de derivados halogenados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 230 PROPRIEDADES . . . . . . . . . . . . . . . . 276
2) A partir de dcriv:1dos halogenados com acetileto de sódio . . . . . . 230 a} Hidrogenação . . ., . . . . . . .. . 276
PROl1Rll-:l>ADES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . __ 231 b) Halogenação. . . .......... . 277
11) Cloração 231 e) Nitração . . . . . .......... . 280
Difenóis . . . . . . . . . 325
d) Sulfonação .. . 281 325
d Oxida,;õcs ... . 281 Trifenóis . . . , . . . . .
EXERCÍCIOS E TESTES .. . 326
f l Reaç,,cs do Naftaleno . 282
( 'Al'AC'IDADF DIRFTORA DOS RADICAIS. 282
CAPITULO 13 - ÉTERES
a) Radicais Orto-Pw-a dirigentes.
b) Radiêab !;fota dirigenks
MH'ANISMO DA ORIENTAÇÃO
llllLJJA . . . . . . . . . . . . . . .
I· Xl>RC(CIOS E TESTES.
283
283
284
290
292.
' DEFINIÇÃO . . . . .
CLASSIFICAÇÕES .
NOMENCLATURAS
PREPARAÇÃO . . .
1) Desidrataçiío de ákoois .
328
328
328
329
329
CAPITULO 11 - ÁLCOOIS 2) Síntese de Williamson .. 330
3) Reação de haletos com óxido de prata 330
Ili FINl~'ÀO . . . . 294 330
( 'I.ASSJI ICAÇÕES 294 4) Reação de. fenóis com diazo-mctano
NOMl·NCLATURAS. 295 PROPRIEDADES FISICAS ... 330"
PROPRIEDADES QUÚv!ICAS
331 ,
l'Rl·l'ARAÇÃO . . . 296 331
1J llidrófüc de Éstcr,·, . 296 1) Caráter básico . . . .
2) Cisão por ácidos . 332
2) Hidrólise de haletos . 296
3) Reação com halogênios 332
3) Jlidrataçâo de alcenos. 296 332
4) Reduç,10 de aldeídos ou cetonas 297 4) Oxida,·ão . . . . . .
ÉTER ETIUCO . 333
5) Reação de a.ldeídos ot1 cetonas com compostos de Grignard 297 333
l'IU>l'lt!FDADES r-fSICAS . . . . . . . . . 297 EXERCICIOS E TESTES . . . . .
l'IWl'RIEDADES QUÍMICAS . . . . . . . . 299
1) Reações de substituição do H do grupo OH 299 CAP(TULO 14 - ALDEfDOS E CETONAS
2) Rcaçõ,,s de substituição do próprio OH , 300 DEFINIÇÕES . . . . . . 335
3) Reações de eliminação ... . 300 NOMENCLATURAS . . . . . . . . .... - . 335
4) Reações de oxidação . . . . . . . . . . . . 301 PREPARAÇÃO - MÉTODOS GERAIS PARA ALDEÍDOS E CETONAS 336
5J Reações de redução .. , . . , . . . . , , 302 1) Oxid,ição (ou dehidrogcnação) de álcoois . . . . . . . . . . .• : . .• • 336
l·Xl'LICA~'Ãü DAS PROPRIEDADES QUÍMICAS 302 2) Aquecimento de sais de cálcio (ou de bário) de ácidos carbox1hcos. 337
LISOS. 304 3) Hidratação de alcinos 338
METANOL 304 41 Hidrólise de haktos geminados 338
l·TANOL . 306 PREPARAÇAO DE ALDEÍDOS. 338
lllÁLCOOJS 309 PREPARAÇÃO DE CETONAS . . . . . . . . . . . . . . . . 339
<iLICFRINA . 311 1) Rc'ação de nitrilas com compostos d<.' Grignard 339
1 XI· RciC'lüS E TESTES .. 313 21 Reacão dé cloretos de ácidos com compostos orgánicos de cádmio 339
3) Rea~ão de Friedel-Crafts . . . . , .. 339
CAPITULO 12 - FENÓIS 339
PROPRIEDADES FÍSICAS ... .
lll·J INIÇÁO . . . . 316 PROPRIEDADES QUÍMICAS .. . 340
NOMINCLATURA 316 1) Rca,ôes de oxidação .. 341
l'IHl'ARAÇÃO . . . 317. 2) Reaéõcs de redução ... 342
1) Fusão alcalina do benzcno-sulfonato de sódio . 317 3) Rw~ões de adição à carbonila 342
2) Hidrólise alcalina do cloro-benzeno (processo Dow}. 317 4) Reações de e liminação do oxigénio da carbonila. _ 344
3) llidrólisc do cloro-benzeno (processo Raschig) . 318 5) Reações de substituição dos hidrogénios cm posição O'. com rclaçao
4) (hidação do cumeno foopropil-benzeno) 318 à carbonila . . . 345
5) llidróli,c de sais de diazânio 318 CASOS PARTICULARES 347
l'IWl'RIJ-:DADJ:S FÍSICAS . 318 Aldeído fórmico .. 34 7
l'ROl'Rll·.DADES QUÍMICAS . . . . . . 319 Aldeído acético .. . 348
l ! Substituição do H do grupo OH 320 Acetona . . . . . . . 349
2) Substituição do OH . . . . . . . 321 EXERCÍCIOS E TESTES . 350
3) Substituição no anel aromático 321
4) Reações de oxidação . . . . . . 322 CAPITULO 15 - ÁCIDOS CARBOXfLICOS
.~) RL•a~,õcs de redução . . . . . . . 323 353
6) RL•açõcs com o cloreto-férrico . 323 DEFINIÇÃO . .: . . . •.. , • • •
CLASSIPICAÇOES . . . . . . . . . . . . . . • • 353
CASOS PARTICULARES 323 354
NOMENCLATURA . . . . . . . . . . . . . . .
Ft·nol comum 323 357
( 'n·súis .. 324
PREPARAÇÃO ................. .
1) Por meio de reações de oxidação . 357
Nul'lbis . . . . 324
2) A partir de compostos de Grignard , . . . . . . . . . . . 357 CLASSIFICAÇÃO . 384
3) Por aquecimento do ácido malónico (ou seu derivado) 358 NOMENCLATURA 384
4) Por hidróli_se de derivados ácidos . . . . . . . . . . . . . . 358 PREPARAÇÃO . . . . . 384
PROPRIEDADES FfSICAS 385
~:g~~:~g1gii~ ~i7~tJAS :::::::::::::: ::::::::
Caráter ácido . . . . . . , , . . . . . . . . . . . . .
1)
359
359
{ PROPRIEDADES QlJfMICAS
EXERCfCIOS E TESTES ...
385
386
359
2)Reação de esterificação . . . . . . . . . . . . . . . . . , .. 362
3)Reações com haletos de fósforo , .......... . 363 CAPITULO 17 - COMPOSTOS HALOGENADOS
4)Halogenação em a . . . . . . . . . . . , . . . . . 364 DEFINIÇÃO . . . . . . 388
5)Reações de dcscarboxilação .. 364 CLASSIFICAÇÕES . . . . . . 388
6) Reações de oxi-rcdução . 364 NOMENCLATURA . . . . . . 389
C'ASOS PARTICULARES. , ... . 365 PREPARAÇÃO . . . . . . . 390
Ácido fórmico . . . . . . . . 365 1) A partir de álcoois. 390
Ácido acético . . . . . 366 2) A partir de hidrocarbonetos . 39(\
Diácidos . . . . . . . . . . . . . 367 3) A partir de haletos, trocando-se um halogénio por outro 39f
FXFRCÍCIOS E TESTES . . , . , 369 PROPRIEDADES FiSICAS . . . . 392
PROPRIEDADES QlJÚv1ICAS .. . 392
CAPITULO 16 1) Reações de substituição 394
DERIVADOS DOS ÁCIDOS 2) Reações de eliminação . 394
llSTl-:RES 3) Adição de metais . . . . 395
DEFINIÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
4) Formação de hidrocarbonetos . . . . 396
371 usos ............. . 396
CLASSIFICAÇÃO . . . . . . . . . . .................... . 371
NOMENCLATURAS . . . . . . . . , , . . . . . . . CASOS PARTICULARES . . . . . . . . . . . . .......... . 397
371 Cloreto de etila . . . . . . . . . . . . . 397
PRFPARAÇÃO . . . . . . , , . , . . . . . . . . . . . 373
Esterificação direta . . . . . . . . . .
1) Compostos polihalogenados . . . . . . 397
374 Compostos aromáticos halogenados .. 398
Reação de derivados dos ácidos .. .
2) 374
fstcres metílicos . . . . . . . . . . . .
3) Compostos fluorados . . . . . . . . . . 399
374 EXERCÍCIOS E TESTES . . . . . . . . 400
PROPRIEDADES FiSICAS 375
PIWl'RIFDADES QUfMICÚ : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : •••••• , 375
1) Reação de hidrólise . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : '. : : : : : 375 CAPITULO 18 - COMPOSTOS ORGÂNICOS NITROGENADOS
2) Reação de alcoólise . . . . . . . . . . . . 376 AMINAS
3) Reação de amonólise . . . . . . . . . . . . . . . , . . . . . . . 376
4} Redução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 376 DEFINIÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 406
5) Reação com compostos de Grignard . . . . . . . . . . . . . . , . . . . . . . . . 376
CLASSIFICAÇÕES . . . . . . . . . . . . . . ...... . 406
tJSOS . . . . . . . . . . . __ ... _ . . . . ___ .. _. _ . _ . . . . . __ .. . 377
NOMENCLATURAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 406
CASOS PARTICULARES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . PREPARAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 408
377 1) Por alquilação do amoníaco . . . . , . . . . . . . . . 408
ANJORIDOS 2) Por aminação redutiva de aldeídos e cetonas ... . 408
DEFINIÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 379
3) Por redução de vários compostos nitrogcnados . 408
CLASSIFICAÇÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . __ 379 4) Síntese de Gabriel . . . . . . . . . . ..... . 409
NOMENCLATURAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . , . . . . . 5) Rearranjo de Hoffmann . . . ..... . 409
379 PROPRIEDADES FfSICAS ... 410
PREPARAÇÃO .. , . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 380
1) Por aquecimento dos ácidos com agentes fortemente desidratantes . . . . . .
PROPRIEDADES QUfMICAS .. 41-0
380
2) Reação de sais e cloretos de ácidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 381 1) Caráter básico . . . . . 410
PROPRIEDADES FÍSICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 381 2) Reações de alquilação . 413
PROPRIEDADES QUÍMICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 381 3) Reações de acilação . . . . . . ........ . 414
l) Reações de; hidrólise ácida, hidrólise básica, alcoólise e. ~~~n61is~: : : : : : 381 4) Reações de identificação das aminas . . . . . . . . . . . 414
2) Reação. de a:-halogen·ação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 381 usos .................... . 416
3) Redução de álcoois . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 381 CASOS PARTICULARES . . . ·. . . . . 417
l(SOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ; . . . . . . . 382 Anilina . . . . . . . . . . . . . . . . . 417
( ASOS PARTICULARES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 382 AMIDAS
Anidrido acético . . . . . . . . . . . . . . . . . . 382
Anidrido ftálico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 382 DEFINIÇÃO . . . . . . . . . . 419
C'LORHOS DE ÁCIDOS
CLASSIFICAÇÕES . . . . . . 419
NOMENCLATURA . . . . . . .419
Dfü'INIÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 383 PREPARAÇÃO ........ . 421
l) Por aquecimento de sais de amônio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... 421 TIOÊTERES OU SULFETOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 443
2) Por hidratação de nitrilas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 421 ÃCIDOS SULFÔNICOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 445
3) Por reação. do amoníaco com clotetos de ácidos, anidridos e éstercs ... . 421 EXERCÍCIOS E TESTES. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 448
PROPRIEDADES FISICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 421
PROPRIEDADES QUIMICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 422
1) Caráter ácido ou básico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 422 I CAPITULO 20 - COMPOSTOS HETEROCICLICOS.
2) Reação de hldtólise ._ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 423 COMPOSTOS HETEROCICLICOS COM ANÉIS PENTAGONAIS. . . . . . . . . . . . . 452
3) Reação de desidratação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 423 HETEROCÍCLICOS DE ANEL PENTAGONAL FUNDIDO COM ANEL BENZÊNICO 454
4} Reação com hipohalogcnitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 423 COMPOSTOS HETEROCfCLICOS COM ANÉIS HEXAGONAIS . . . . . . . . . . . . . 455
t 456
S) Redução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 423 HETEROCÍCLICOS DE ANEL HEXAGONAL FUNDIDO COM ANEL BENZÊNICO
6) Reação com ácido nitroso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ; . . 424 EXERCÍCIOS E TESTES. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 457
usos ...................................... ' ......... . 424
CASOS P~RTICULARES . . . . . . . , ..., . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 424 CAPITULO 21 - Lll>IDOS
Urcta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 424 DEFINIÇÃO . ..: . . . . . . . . , . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 459
NITRILAS OU CIANETOS DE ALQUILA CLASSIFICAÇAO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 459
GLICÉRIDOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 460
PREPARAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 428 a) Ácidos graxos superiores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 460
1) Por reação de haletos com cianeto de sódio . . . . . , , . . . . . . . . . , . , 428 b) Silponificação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .' . . . . . . . . . . . 462
2} Por desidratação de sais de amônio . . . . . . , . . . . . . . . . . . . . . . . . 428 e) Índice de saponificação (J.S.) . . . . . . . . . . . . . . . . ............ 463
l'ROJ>RIEDADES QUÍMICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 429 d) Índice de iôdo (I.I.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 464
1) Reação de hidrólise . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 429 e) Rancificação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 465
2) Reação de alcoólise . . . . . . . . . . . . . . . . . . , . . . . . . . . . . . . . . , 429 f) Sabões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 465
3) Reação com compostos de. Grignard . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 429 CtRIDOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 467
4) Redução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 429 a) ~cido graxo _superior . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 467
ACRILONITRILA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 429 b) Alcool superior. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 467
ISONITRILAS OU CARBILAMINAS OU ISOCIANETOS DE ALQUILA FOSF ÂTIDOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 8
PREPARAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 430 CEREBRÔSIDOS . . . . . . . .'. ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 469
l) Por reação de haletos com cianeto de prata . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 430 EXERCICIOS E TESTES. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 470
2) Por reação de antinas primárias com clorofórmio em meio básico forte .. . 431
PROPRIEDADES QUÍMICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 431 CAPITULO 22 - AMINOÁCIDOS E PROTEÍNAS
1) Reação de hidrólise . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 431 AMINOÁCIDOS
2) Reação com compostos de Grignard . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 431 DEFINIÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 472
3) Redução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 432 CLASSIFICAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 472
4) Reações de adição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . , . . . . . . . . . 432 IONIZAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 474
NITROCOMPOSTOS
DEFINIÇÃO . ..: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 432 • PROTEINAS
CLASSIFICAÇOES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 432 DEFINIÇÃO ·..: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 476
NOMENCLATURA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 433 CLASSIFICAÇAO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 76
PREPARAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 433 LIGAÇ,_ÃO PEPTIDICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 478
1) Nitmção direta pelo HN03 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 433 REAÇOES CARACTERÍSTICAS DAS PROTEÍNAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 79
2) Reação de haletos com nitrito de prata . . . . . . . , . . . . . . . . . . . . . . 434 ESTRUTURAS DAS PROTEINAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 479
3) Preparação de nitrometano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . , . . . . . . 434 DNA E RNA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 481
PROPRIEDADES FÍSICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 434 EXERCÍCIOS E TESTES. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 484
PROPRIEDADES QUíMICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 435
1) Caráter ácido dos nitroalcanos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 435 CAPITULO 23 - GLÚCIDES
2) Substituições no carbono vizinho ao grupo nitro . . . . . . . . . . . . . . . . 43!! DEFINIÇÃO . _. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 487
3) Hidrólise . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 436 CLASSIFICAÇAO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . , . , . . . . 487
4) Redução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 436 ESTRUTURA E NOMENCLATURA DAS OSES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 489
lJSOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 437 EPÍMEROS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 492
EXERCÍCIOS E TESTES . . . . . , . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 438 TAUTOMERIZAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 493
REAÇÕES COM FENIL-HIDRAZINA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 494
CAPITULO 19 - COMPOSTOS SULFURADOS CICLIZAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . , , . . . , , , , 496
MlITA-ROTAÇÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 497
INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 441 PRINCIPAIS GLÚCIDES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . , . . . . . . . . 498
TIOÁLCOOIS, TIÔIS OU MERCAPTANAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . , . . . . . . 442 a) Glucose, glicose e dextrose . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 498
b) Fructosc ou Levulosc . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 499
e) Sacarose ou Sucrose . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 499
d) Lactose . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . , . . . . . . . . . . . . . •. . . . 501
e) Celulose . . . . . , . . . . . . . . . . . , . . . . . . . . . . . . . , . . . . . . . . . 501
f) Amido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . , . . . . . 502
g) Glicogênio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 502
EXERCÍCIOS E TESTES. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 502
CAPITULO 24 - POLIÍVIEROS
<l.ASSIFICAÇÕES. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 506
COPOLIMEROS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 514
l'OLÍMEROS DE CONDENSAÇÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 515 /
EXERCÍCIOS E T E S T E S . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
CADEIAS CARBÓNICAS
CADEIAS ACICLICAS OU ABERTAS
CADEIAS C(CLICAS OU FECHADAS
CADEIA AROMÁTICA
EXERC(CIOS
RADICAIS ORGÂNICOS
RADICAIS MONOVALENTES
RADICAIS BIVALENTES
RADICAIS TRIVALENTES
EXERCICIOS
1
A partir dessa reação histórica iniciou-se uma verdadeira corrida às sínteses 2) com uma dupla ligação (três a e uma 7r),
orgânicas. Berthelot sintetizou o metanol, metano, acetileno, etc - e daí para 3) com uma tripla ligação (duas a e duas 1i).
diante não pararam de surgir novas sínteses. Hoje, cada dia que passa, novas sín- 4) com duas duplas ligações ( duas a e duas n).
teaes e novos compostos orgânicos são descobertos.
Os detalhes sobre essas ligações do carbono encontram-se no capítulo 4 do
Atualmente, o número de compostos orgânicos supera em 12 vezes o nú- livro 2 - Atomística.
mero de compostos inorgânicos.
--,,-···--" -· ------· ·----
,
Existem diversos modelos para representar as moléculas. As principais são:
/ '-...e/ ' e / ' e /
a) c) / ........._ / '-.. / '-..
H
cuja representação simplificada, 1 1 1 1 l l
H-- C em projeção é: e e e C-C C-
1 1 1 1 1 1
' ----H
Vamos definir agora, carbono primário, secundário, terciário e quaternário. No composto H2 CO 3 temos:
Se o átomo de carbono está apenas
ligado a um átomo de carbono (e os de- H H orbital 1T
São primários: 1, 6, 7, 8 e 9
são secundários: 2 e 4 O orbital n não determina a direção de ligação. As direções das ligações
são determinadas pelos orbitais a. Neste caso, as três valências estão no mesmo
é terciário: 3 plano formando entre si um ângulo próximo a 120º.
é quaternário: 5
Dizemos que a estrutura é trigonal.
Seja o composto chamado etileno:
CARBONO COM UMA DUPLA LIGAÇÃO
Neste caso o carbono sofre uma hibridação sp 2 ou seja; teremos três liga-
ções o (sigma) e uma n (pi).
Segundo o modelo de Stuart temos:
Seja o composto: Vamos recordar o carbono com
hibridação sp 2 . No modelo "pau e bola" temos:
H
a
A representação eletrónica é:
CARBONO COM UMA TRIPLA LIGAÇÃO CARBONO COM DUAS DUPLAS LIGAÇÕES
Neste caso existem duas ligações 1T e o átomo de carbono sofre uma luõri- Vejamos o composto mais simples da química orgânica que possui duas du-
dução do tipo "sp". plas ligações. ~ o propadieno ou também denomiando aleno
Seja o etino, também chamado acetileno.
180" 180° O carbono central possui duas ligações 1T (pi) razão pela qual ele se encon-
tra com hibridação "sp".
Conclusão: o carbono com duas duplas ligações tem estrutura linear (180º
é o ângulo entre as valências).
Eis abaixo, um quadro indicando diversas· características do átomo de car-
A estrutura é linear, o ângulo entre as ligações é de 180". bono, de acordo éom os tioos de liiracões.
19 FEL TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA 27
Exemplos:
ângulo entre
carbono hibridação F H
as valências CI CI
0 1 J_., J__,
A
H(--;. C -)H H 3 C-C(-CI H(-,C(- CI
F-r\F ,/.._J_.
só com simples ligação sp3 109°28' 1\, //1
/ H
e e CI ,_
@
i {
@)
CI
perde 3
µ:
e
ganha 1
~
com 1 tripla ligação sp 180° DESENVOLVIMENTO DA TEORIA ESTRUTURAL
1 1 1 1 l
e H- o N s p
NÚMERO DE OXIDAÇÃO DO CARBONO 1
Imaginemos o dicloro-metano CH 2 Cl2 . Então foi abandonada a representação de Kekulé? Não. Vamos continuar
usando, porém vamos interpretar como uma fórmula de projeção.
De acordo com a representação de Kekulé, deveria existír dois compostos
dift•renles com essa fórmula molecular. Imaginem a molécula de diclorometano. Façamos suas projeções tomando
diferentes planos. O modelo "pau e bola" é muito útil para ilustrar este exemplo:
H H
/\,
1 1
CI - C - CI CI - C H / \\ / ~
H
1 1
CI /.. /. •'
/ .. J "
·\ ~ [o/;}1~~
'f)
\..;...1 CI · .·a l
' 1 .'\ •. ,.. •
são diferentes
: ! . · > l ·a~C-Ci
Mas na realidade só existe um composto com o nome dicloro-metano. : i ..:- --i· : f / lt 1
Le Bel e Van't Hoff propuseram que as 4 valências do carbono possuíam -:-:-:~ ~ - -~
uma disposição espacial.
/ i :f / . @ . 11:
/ . K-1-C-#
:/
t'/
carbono Q~'' p celitto ,~ '~ fytraedti>'. têgiilár e suas ,,~êfus Agora sim! Aceitando-se que as fórmulas de Kekulé são fórmulas de pro-
.. ·. .pa,.., ,;.. .., . . . . .
jeção podemos interpretar que as representações
CI CI
Temos então: 1 1
H-C-H e H-C CI
1 1
CI H
CH3 CH2
1
\~_c_1__~s_ão_igu_a1_·s_ _ _~ / CH 3
Estas estruturas são iguais. Basta você construir 2 tetraedros de arame e
marcar 2 vértices quaisquer em cada um dos tetraedros. Sempre haverá coinci- São representações do mesmo composto. Apenas houve uma permutação
dência. entre os radicais da direita e da parte inferior do carbono assinalado.
OUl'MICA ORGÂNICA 31
30 FEL TRE - SETSUO
---C=====C---
a) 1, 2, 3 e 4
b) 3, 6 e 7
e) 5, 6 e 7
ângulo .. d) 1, 2 e 4 Neste molécula onde todos os átomos
e) apenas 5 são visíveis (pelo menos parcialmen-
real ~ 120°
te), não existe átomo de carbono
2) No excrcício anterior o número total a) primário
de carbonos terciários é: ~ b) secundário
a) um d) quatro e) terciário
, b) dois e) seis d) quaternário
Obaenração: neste caso, pela representação,o ãngulo entre as valências é de.109°28' c) três e) existem todos esses tipos.
o que foge um pouco da realidade cujo ãngulo é de 120º.
32 FEL TRE - SETSUO
4) A molécula anterior tem a seguinte 7) A melhor fórmula para o etano CADEIAS CARBÔNICAS
representação e~quemática: (C2H6) entre as representações
abaixo é:
a) H3C - CH3
Vimos no capítulo anterior que o átomo de carbono é capaz de efetuar
ligações com outros átomos de carbono. Daí resulta uma diversidade de molécu-
H H
1 1
las onde podemos observar seqüências de átomos de carbono denominadas cadeias
b)H-C-C-H carbônicas.
1 1
Indique os números dos átomos de H H
carbono que, sejam primários. H H
5)
·-· ;.
Examinando a seqüência dos átomos de carbono podemos encontrar: Nas cadeias adclicas e homogêneas, se observamos apenas carbonos primá-
rio e secunddrio, dizemos que a cadeia é normal.
a) somente átomos de carbono entre dois átomos quaisquer de carbono - diz-se
neste caso que a cadeia é homogênea. Isto quer dizer que na representação da cadeia em fórmula plana:
a) se os átomos de C puderem ser dispostos segundo uma linha - teremos uma
b) se existir átomo diferente de carbono entre dois átomos quaisquer de carbono
cadeia normal.
teremos uma cadeia heterogénea.
b) se aparecerem C terciários e quaternários, haverá mesmo ramificações - tere-
Exemplos: mos uma cadeia ramificada.
H H H H H H H H
l 1 1 1 1 1 1 1
H H H
H H
H-C e e e H H-C e O-C-C H
1 1 1 1 1
1 1 1 1 1 1 1 1
e C - CH 3 H3 C - e e e CH3
H H H H H H H H 1 1 1
1 1
cadeia homogênea
cadeia heterogênea H H H CH2 CH3
1
CH 3
Vejamos outros exemplos, empregando diversas formas de representação:
cadeia normal cadeia ramificada
homogéneas heterogêneas
1 ! 1 1 1
e C-C-C- e e N e Vejamos outros exemplos:
1 1 1
H
H2 H2
e e H
H3 C/ '----e/ ~O/
H2
cadeia ramificada
cadeia normal
Se aparecer carbono com dupla ou tripla ligação, dizemos que a cadeia é O comprimento da cadeia acima é X
insaturada, pois esta cadeia é capaz de aceitar mais átomos. l2. Por sua vez l2 é igual a 2x. A distân-
cia x é maior que d.
E:ic.emplos: 1
Diremos então,
-·C
1 1 1 1 1 1 1 d ➔ distância internuclear entre 2 átomos de carbono consecutivos.
-C-C e c C=C-C-C=C x ➔ distância entre os núcleos das extremidades de 3 átomos de carbono
1 1 1 1 1 consecutivos.
-C -c- l2 ➔ tamanho da cadeia.
1 1
cadeia saturada cadeia insaturada O valor de x é relativamente fácil de calcular uma vez conhecido d e o
ângulo das valências do C (~ 109").
Atuahnente as insaturações são detenninadas por processos espectrográficos.
Em linhas gerais, quando existem duplas ou triplas ligações existem elétrons em Pela trigonometria:
orbitais diferentes (orbitais 11) resultando distâncias internucleares diferentes.
Os valores aproximados dessas distâncias são: x = Já2 + d 2 - 2 • d • d • cos (109°) 1
e
' / '\, / sendo d ~ l ,54 Â. ~c~c/
-C-C- C=C C=C
/
l,54Â
" /
1,33 Â
" 1,20Â
Teremos o valor de x ~ 2,51 Â. I• X • I
1 1 1 1 1 1 1 1
molécula angular molécula linear
(saturada) (insaturada) c C-C c e e-e c
1 1 1 1
Sempre que existem 4 átomos de carbono e a tripla está no meio, esses ~ 1
4 átomos constituem uma estrutura linear. 2,51 Â
38 FEL TRE - SETSUO 39
QUÍMICA ORGÂNICA
Para resolver o problema vamos colocar os átomos de carbono numa dis- Exemplo:
posição real.
1 1
-c-c-
1 1
-c~c-
1 1
Temos Q= 3.Sx = 3,5 X 2,51 = 8,785 Â.
cadeias homocíclicas
CADEIAS FECHADAS OU CfCLICAS
Os átomos de carbono são capazes de constituir uma cadeia onde não se
distingue átomo terminal; trata-se de uma cadeia cíclica também denominado anel
carbônico.
Exemplo: Seja a molécula abaixo Cuja representação estrutural plana é:
cadeias heterocíclicas
QUANTO À SATURAÇÃO
Se a cadeia cíclica tiver todos os átomos de carbono com hibridação "sp 3 "
e C--C
Num critério análogo ao das cadeias abertas temos as homocíclicas e as he-
tcrodclicas.
As homocíc!icas são as cadeias fechadas contendo apenas átomos de car- -c--c-
/\ 1
C--C
li
1 \ 1
bono. Se aparecer outro elemento na cadeia cíclica teremos uma cadeia hetero-
cíclica. cadeia insa turada
cadeia saturada
40 FEL TRE - SETSUO 41
aufMICA ORGÂNICA
Urna cadeia cíclica pode associar-se a uma cadeia aberta; teremos urna ca- Existem duas estruturas possíveis teoricamente_ Segundo Linus Pauling a
deia mista. estrutura real é o híbrido das duas cujas representações estão abaixo:
Vejamos alguns exemplos:
H H
1 1
1 1 1 1 1
-C-C e e C- ~e~ /e~
1
1 1 H-C C-H
H-C:::,1/ C-H
-e-
-e-e-
1 1
1 1 li li l
1 1 H-C C-H H-C C-H
~
e/ ~e~
1 1
cadeia mista, homocíclica-homogênea cadeia mista, heterocíclíca
e saturada e saturada H H
1
H
1
~e"--. /e"--.
- e c-
H2 C - - C
1
H
1
1
-e~ /e
li
H-
H-
IQtH
e e- H
Representação
da
estrutura híbrida
H2C - - CH 2 e ~e/
1 1 1
1
e e e H
1 1 1
CADEIA AROMÁTICA
Um caso bastante importante e particular das cadeias cíclicas, é a cadeia
aromática ou anel aromático.
Em primeiro lugar vamos examinar o composto chamado BENZENO. Tra-
ta-se de líquido incolor. de fórmula C6 H6 cuja estrutura foi estudada no capí-
tulo 4 do livro 2 (Atomística)_
Os átomos de carbono tem hibridação "sp2 ", mas ocorre ressonância das No benzeno, a característica fundamental é a deslocalização do orbital n,
duplas ligações. ou seja, os orbitais 1r não são fixos entre 2 âtomos de carbono-
42
FEL TRE - SETSUO auiMICA ORGÂNICA 43
l) Quanto à {homogêneas
natureza heterogéneas
o ABERTAS ou
ACÍCLICAS
2) Quanto à { normais
disposição ramificadas
3) Quanto a, { saturadas
saturação insaturadas
a) Benzeno
o 6 elétrons n { 4n + 1 ::= 6 n = l
r) Âninn 01
L'iclopent:1dienil
6 elétrons 71' { 4n + 2 = 6 n = l
d) fon tropílio
o0
6 elétrons 71' { 411 + 2 = 6
T
RADICAIS ORGÂNICOS
EXERCfCIOS E T.ESTES
CH 3 H
1
j
1
CH 3 22)
sec-butil
n-pcntil isoamil
e
CH 3
n•propil isopropil 1 H2
H3c - e e
A partir do butano o número de radicais aumenta bastante. O butano tem 1
fórmula C4 H10 e temos duas estruturas: CH 3
neopentil
H
Os radicais aromáticos possuem o anel benzênico. Se a valência livre está
no anel benzênico temos um radical ARIL indicado por Ar-.
H
Do benzeno temos apenas um radi-
H cal chamado feniL
H H
H
Isto porque o benzeno é também
chamado feno (alemão).
Os 6 carbonos são iguais. Retiran-
do-se qualquer átomo de H o radical será
@-
fenil
o mesmo.
50
A partir do tolueno C6 H 5
sição do H retirado.
-
FEL TRE - SETSUO
[--~------------~-_] o:
,--
,,~\ c/c~c/c~c ' '
-'- H
. 1- 1
r --1-- -- -- - -- --1- - ,
:1 H H :1 a
L--- ~~ - - -~~- _____ J
O naftaleno tem fórmula CwH 8 . O radical naftil tem fórmula Ct0H7 sendo
Estão ligados por pontilhados os H equivalentes. Ternos então 4 radicais um radical do tipo Ar-.
diferentes:
Assim sendo ternos:
O: - naftil {3 - naftil
HC = C -
RADICAIS BIVALENTES
Temos duas espécies de radicais:
a) VALÊNCIAS LIVRES NO MESMO ÁTOMO DE e.
Neste caso a desinência será JLIDENO. A única exceção é para aquele de-
rivado do metano cujo radical bivalente é chamado metileno.
• ----- ------~-------------------,-.-
Exemplos:
EXERCfCIOS E TESTES
H
1
H-C
H H3C / "CH3
. . . . . toluil + . . . . . . . . . . . .
H 2 C - CH 2 H 2 C - C - CH 3 Dizer os nomes dos 4 radicais ligados
1 1 1 1 ao carbono quaternário. 33) Com a mesma fórmula do ciclopro-
etileno propileno 1. 2 bu tileno 1.4 pil temos o radical alifático monova-
Nas questões 27 a 32 coloque o no- lente que é:
me do radical ligado ao radical men- a) isopropil d) terc-propil
No caso dos aromáticos ternos que indicar as posições relativas o_rto, meta cionado. b) vinil e) alil
ou para. c) n-propil
27)
@-
o - fonileno m -fenileno
@ p - fenileno
28)
CH2 -CH3
me til+ . . . . . . . . . . . . . . . . .
34) O radical metileno ligado ao propile-
no 1.2 produz um composto cuja fór-
mula é:
H
a) H;C - C - CH3
\ I
e
H2
vinil+ . . . . . . , . . . . . . . . . . H
b) H3C - C - CH3
1
H H
RADICAIS TRIVALENTES 29) H3C - C - C - CH3 CH3
1 1 e) H2C - - CH2
Somente há interesse em falar de alguns principais.
CH3 C2Hs
Com as 3 valências livres no mesmo átomo de C temos a desinência ILI- isopropil + . . . . . . . . . . . . . . . ! 1
mNO ou EN/LO. H2C--CH2
@-i-
30) H H2'
d) H2C =C - C - CH3
,,..CH3
e) H2C = C....._
ctilidino ou etenilo benzilidíno ou benzenilo metil + . . . . . . . . . . . . . . . . . CH3
FUNÇOES ORGÂNICAS
Vimos no livro 1 de Química Geral o estudo das 4 príncípais funções inor-
gânicas: ÂCIDOS, BASES, SAIS e ÓXIDOS.
Os compostos de cada função têm propriedades químicas comuns.
Na química orgânica temos também diversos grupos de compostos que apr.e-
sentam propriedades químicas comuns; esses grupos constituem as funções or-
gânicas.
Neste capítulo estudaremos muitas dessas funções; aqui apenas vamos fazer
o reconhecimento e talvez citar detenninadas particularidades marcantes em cada
Capítulo 2 função; o estudo mais detalhado seguirá nos capítulos adiante.
A
HIDROCARBONETOS
ALCANO
H
H
(n-butano)
H 180° H
1~, 1
H-C-C=C-C-H
1 ....__,. 1
ou
H_ .,H /H H H H H
1 1 1 1 H 180° H
H ·e e ...... H (butino-2)
"' ~ /
H ......
e 100º2s'.c,
......... H ou H-C-C-C-C-H
1
H
1
H
1
H
1
H
H ;' H'. H
ou ALCADIENO
ALCENO H
- CH3 H
(buteno - 2)
- H
H
1
H - C 120º H H H
1 )
~~c:H ou H-C-C=C-C-H
/ ~ J 1 1 1 1 ou H 3 C - CH =C = CH - CH3
H 120° C - H H H H H (pentadieno • 2, 3)
1
H
ou
58 FEL TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA 59
R-X ou Ar - X
nome aplicação
CI
1
didoro - difluor - metano gás de refrigeração em
CI-C-F
(freon 1, 2) geladeiras
1
CI
(ciclohexano) 1
triclorometano solvente e
H-C-Cl
(clorofórmio) anestésico
1
AROMÁTICO
CI
,--- ----
H H
H H
CI
/.
1 1
1
//
e120°
~\ CI-C-Cl tetraclaro metano solvente
\
H 1 H-C C-H 1
CI
\\ \ C==C /
l 1 anestésico e
H H cloreto de: etila líquido de "lança perfume"
H do antigo carnaval
1
ou H-rõr"
H-C
~ e ,,,...----
C-H
ou
ª1$t}J8Jª
OH OH
hcxadorofeno - germicida
1
H Cl CI
60 FEL TRE - SETSUO QUfMICA ORGÂNICA 61
H - bebidas alcoólicas
ALCOOIS H H H H
H2 C - CH, H,c - e - e - e - e - CH2
1 1 1 1 1 1 1 1
São compostos derivados de hidro- OH OH OH OH OH OH
OH OH
carbonetos pela substituiçãq de um ou
mais -H de carbono saturado por '-OH. (glicol) hexanohexol (sorbitol)
diálcool ou diol é um hexol
A fórmula geral dos monoálcoois é
1R -OH 1
Dois -OH não podem ficar no mesmo átomo de carbono: o composto irá
1 perder uma molécula de água.
C-0-H
1
O(H
nome emprego 1 '--~,
H R - C _( OH + H2 0
1 metanol - preparação do formo! 1 \_
H - C - OH ou { - resfriamento de cabeçotes H
1 álcool metílico de motores de avião
H Então, cada átomo de carbono só admite no máximo um -OH.
62 FEL TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA 83
Exemplos: ALDEIDOS
fenol ou
ácido fênico
o-cresol
oooIB :::::~, ge,al é B
Os fenóis possuem caráter ácido muito fraco. Os fenóis são capazes de dis-
sociar muito fracamente na água.
H H..............
1 1 --.
H- e- e- OH + [O]
1 1
H H
Observação: Se o -OH não estiver ligado díretamente ao anel benzênico não
rmí fenol.
H r------~
1 i /40 l
@-[- OH é áloool , mio um fonol
Repare que 2 hidroxilas no mes-
.mo C torna o composto instável
e perde-se HzO.
+ H-
1 /
i1/
e Te, .
H
1
1
1
U L _____ _,
•
QUIMICA ORGÂNICA 65
64 FELTRE - SETSUO
Pode-se realizar uma desidrogenação utilizando-se cobre como catalisador. ÃCIDOS CARBOXfLICOS
H ·:,H São compostos orgânicos que apre-
1 T-----,\
sentam o radical carboxila
H - e - e - o:,H ....\...__
Cu
1 1
H H
(aldeído acético)
Geralmente esses compostos resul-
O radical característico dos aldeídos é a aldoxila ou formila tam da oxidação enérgica de hidrocarbo-
netos, álcoois, aldeídos, cetonas, etc.
A fórmula geral dos carboxilácidos
é:
CETONAS
1 R-tR'I
H-C-C ;:::::º
....._OH
[O] li /OH
H - C - C:::--...
--.;::o
+
Retirando-se o -OH do ácido carboxílico temos o radical ACILA
acetona
lR-c::ºI
O radical característico é a carbonila
rn .
.
Os ácidos orgânicos são muito fracos. Isto quer dizer que o grau de disso-
ciação iônica a é muito baixo. Em geral é menor que 1%.
66 FEL TRE - SETSUO 67
QUÍMICA ORGÂNICA
No entanto podem existir ácidos fortes. Desde que haja muitos radicais
OH
eletronegativos induzindo efeitos na carboxila, o ácido torna-se forte. p / OH
Exemplo: "on
ac. fo~fórico fo,forila
CI
1 H
o ou
e, - e -
1 facilmente ioni7.ávd
ac. fórmico formila oú aldoxila
CI
ácido triclaro acético (a = 90'h)
ESTERES
Os ácidos orgânicos reagem com as bases inorgânicas e formam os sais or-
gânicos.
-t NaOH ~
sal orgánico e
1
/
OH
O=C
'" Esta reação tem dua~
, características: é lenta e rcversivel.
OH
ac. carbânico cirbonila Eis alguns exemplos de ésteres.
o~ -
" s/
o ✓ ,,
+
ETERES
anidrido acético
ac. acético
anidrido maleico
ac. maleíco
140ºC
A fó:cmula geral dos . anidridos de ácido é:
A fórmula geral dos éteres é [ R'- o e- R'J cloreto de acetíla cloreto de benzoila
70 71
FEL TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA
trífrnilamína
(monoamina terci{uia)
a) Quando ao número Je lI substitu(dos no N/1 3 Chamam-se amidas, os compostos derivados do N!h pel.a substituição de
um ou mais H por radical AC!L1.
primárias R - NH2 Exemplos:
h) Quanto ao número de gmpos amino: monoamina, diamina, triamina ou poli- As amidas classificam•se como as aminas:
amina.
H1 H2 H2 H2 a) Quanto ao número
@NH, H2C - e-e-e-e- CH2 de J--1 substituídos
1
AM!DAS
NH2 monoamida
anilina b) Quanto ao número { diamida
1, 6 - cliamino - hexano (hexamctiknodiamina)
( mnnnamina primária) de N polianlida
(diamina primária)
72 73
FEL TRE - SETSUO QUIMICA ORGÂNICA
Exemplos:
!MINAS E IMIDAS
H2 C - CH 2 H2 C CH 2 H2 C - - CH2
triacctamída
H
(monoamida terciáxfa)
H2C
1 H
CH 2 H2C
/"
CH2
1
H2 C --CH2
"--N-H
/
NITRILAS E ISONITRILAS
@e N nitrila
H
H3 C - C -- O - H
H
H3 C - C - S - H
H H
As fórmulas gerais são:
álcool tio-álcool
b) COMPOSTOS DE FRANKLAND
@o-H @s-H Estes compostos possuem o metal zinco na molécula.
A fórmula geral é
feno! tio-fenol
Exemplos:
São compostos que apresentam metal diretamente ligado ao carbono nos c) COMPOSTOS PLÚMBICOS
compostos orgânicos_
Dos compostos plúmbicos, aqueles que possuem chumho na molécula, o
Vejamos alguns dos mais importantes.
mais importante é o tetraetil-chumbo.
Os compostos de Grignard são obtidos facilmente pela reação de um de- FUNÇÕES MISTAS
ri1,ado halogenado com magnésio em pó, utilizando éter como sofrente. Não se
deve utilizar água, pois o composto de Grignar<l hidrolisa-se facilmente. As funções estudadas podem aparecer conjuntamente constituindo uma fim-
ção mista.
I-12 _ Br Vejamos alguns exemplos:
I-l3C - C - Br + Mg (pó) éter Mg /
'---- CH2 - CH3 H
brometo de ctil magnésio
Cl
éter M /
@c1 + Mg (pó)
g',@
ác. lático alanina
(álcool + ác:. carboxílico) (amino • ácido)
cloreto de fenil magnésio
76 FEL TRE ·- SETSUO OUfMICA ORGÂNICA 77
@No, As propriedades químicas dos compostos de uma série homóloga são seme-
lhantes. As propriedades físicas vão variando de modo uníforme.
C2 H4 C4 H7 Cl
C2 H2 C4 H5 Cl
ácido meti!• sulfônico ác. benzeno - sulfônico (hidrocarbonetos) (derivados halogenados)
78 FEL TRE - SETSUO
QUÍMICA ORGÂNICA 79
SÉRIE HETERôLOGA
Ãlcoois ---. R - OH
É um conjunto de compostos com o mesmo número de átomos de carbo-
no, porém pertencem a funções diferentes.
Exemplos:
Fenóis - Ar -- OH
e H- C::,:::
o
---.OH
(hidrocarboneto) (álcool) (aldeído)
Enóis -+ R - C = C - R'
(ácido carboxílico) 1
H OH
,O
Aldeídos -+ R - C :?
'"'
QUADRO GERAL DAS FUNÇÕES ORGÂNICAS H
Compostos
oxigenados Cetonas - R - C R'
saturada - Alcanos C0 H2n+2 • li
--+ (só C. H e O, o
Cadeia [ 1 dupla - Alcenos _,. CnH2n ,..O
aberta 2 duplas - Alcadienos _,. C0 H2n-2 Ácidos carboxi1icos - R - C (:
OH
l tripla - Alcinos -- C0 H2n-2
HIDROCARBONETOS :1/
o
Ésteres - R - C
saturada - Ciclanos -+ C0 H2n '-...O-· R'
Cadeia
fechada { 1 dupla - Ciclenos .... C0 H2n-2
(com anel
.o 00-s
com anel A , . caso Anidridos de ácido - R - C (' -.. .: : C - R'
carbónico) , . - romaticos -
benzemco .
parhcu 1ar
'-,o.,/
l
Benzênicos Êteres - R - O - R'
Aminas - R - NH 2
Derivados Halogenados - R - X ou Ar X
,,,,::0
Amidas _. R - C ;
COMPOSTOS ,,,,::o
COMPOSTOS NH2
Jminas - R = NH COM Haletos de ácido - R - C 1/
NITROGENADOS HALOGÊNIO (X) X
Jrnidas - (diacila) = NH /
.X
Compostos de Grignard - Mg,
Nitroderivados - R - N0 2
"R
80 FEL TRE - SETSUO QUIMICA ORGÂNICA 81
_..,..x H H
Grignard _,.. Mg 6) .H2C =e - e - OH
'R H
COMPOSTOS ,.,.-R
ORGANO- Frankland - Zn
METÂLICOS 'R'
18) Substituindo-se o hidrogênio ácido de
R....__,_ _......,R um fenol por um radical adia temos um
Plúmbicos - Pb composto cuja função é:
R/ '---R a) aldeído - fenol
b) ácido - fenol
e) éster
d) álcool - fenol
H e) anidrido de fenol
Amino - ácidos - R - e1
NH2 9) 19) Substituindq-se um H do naftaleno por
-OH e substituindo-se um H do ciclo-
FUNÇÕES H butano por -OH temos dois compostos
Amino - álcool - R - C - que pertencem rcspectivamente às fun-
MISTAS /
OH ções:
10) H3C - C - O - CH2 - Ol3
li a) álcool e álcool
o b} álcool e fenol
álcool-ácido, aldeído - poliol, etc. e) fenol e álcool
d) fenol e fenol
e) fenol e enol
ISOMERIA
DEFINIÇÃO
Reparem que embora a fórmula molecular seja a mesma (C 4 H10 ) as molé- Eles são isõmeros, pois possuem a mesma fórmula molecuJar C:iH6O. Re-
culas possuem estmturas diferentes e conseqüentemente muitas propriedades fí- parem no quadro abaixo, que eles apresentam muitas propriedades diferentes:
sicas e químícas diferentes.
Dizemos então que esses compostos são ISÕMEROS.
etanol éter dimetílico
Ponto de ebulição 78,SºC -24,8°C
i
fsomeria e o fénõnie~~ 4a; exis~nclà de_ spbstância$ (!~e
, apresentam mesmo tiwnttQ r,i_e·átomós. de cadâ elemêdk/ na - Densidade 0,789 0,661
_ _ ~~écul~ {mesma tómnda nw1~ul_ar) ê no . ~mit~ô ~~ ·- Reação com sódio (Na) sim não
· _ prppried,rides diferentês. em :vj~upe -das difef<:!ntes -di~~· :
-:r~ ·_esp~e~is:· ,'.ilesses átomb$: na· formação, da 1t1Ôlé!~à., _. Reação com oxigênio (Oi) não sim
CLASSIFICAÇÃO
Podemos distinguir duas espécies de isomeria: a isomeria plana e a isome- etanol éter dimetílico
ria c.~pacial.
Vimos no r;apítulo I que as moléculas constituídas de cadeias carbônicas Vê-se nitidamente que as moléculas apresentam os átomos em diferentes
podem ser "projetadas" e são t:hamadas de Nrmulas estruturais planas. disposições. Mas esse fato já era notório na fórmula estrutural plana. ,
Srjam os seguintes compostos:
H H H"-.. H
'c--c,,.... c--c,,,-
c1,,,,I j"c1 c1,...... I I "CI
H2C--CH2 H2C--CH 2
composto A composto B
fórmulas plana.~ iguais
isômeros planos
Observe que suas fórmulas planas são iguais, pois no mesmo carbono per-
b) Sejam os compostos dicloropropano (A, B e C). (C3H4Ch)
mite-se aos radicais a livre permutação, nas fórmulas planas. (Veja o capítulo
l'Slrnturas do carbono.) diclorociclopropano
HC = CH H2 C = CH:i CI - C = CH 2
1 1 1 1 1
CI CI CI CI CI
H
H
(ciclobutano) buteno - 1
H H
/e~
H2 C CH 2 núcleo
e
\ /
H2C- CH2
n(1clco
e
l
(ciclo pentano) (meti! - ciclobutano)
·l :adeia
nÚcl..!O
este caso de isomería pode ser também denominada isomeria de núcleo. H H
cadeia
H2 C = C - CH2 - CH2 - CH3 H2 C = CH - C - CH3
As vezes a isomeria pode ocorrer entre dois compostos sendo um de ca- (pc ntcno - 1) 1
cll'ia cíclica e outro de cadeia aberta. Neste caso pode-se dizer, simplesmente, CH 3
i.1·, mwria de cadeia ou ainda isomeria de cadeia e núcleo.
(3 - me til - hntPnn. 1 \
82 FELTRE - SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA 93
!
CI
'
CI
!
CI
H C/
H
' / "--.
H---C
H
C
/
O
'H
H
H
o CI
H
H
H CI
H H
H
o H
H
I / '
H H H H H CI
propano! - 1 propano! - 2 1, 2 - diclorobenzeno 1, 3 - dicloro benzeno 1, 4 - diclobenzeno
(orto) (meta) (para)
Observação: Nas fórmulas planas, os carbonos das extremidades podem ter "apa-
e H 3 C-CH-CH 3
rência de radical". Quando isso ocorrer você deve escrever a fórmula plana numa
1
representação mais lógica, isto é, colocando o máximo de C na posição horizontal.
OH
Exemplo: Seja o n - hexano.
'--------'----
são isômeros de posição j
H2 H2 H2 H2
Repare que no caso da isomeria de posição, já na própria nomenclatura H3C - e- e- e- e- CH3
observa-se apenas a mudança da posição de determinados radícais. Mudam-se ape-
nas os números dos carbonos onde se encontram os radicais.
A isomeria de posição é muito freqüente nos compostos aromáticos. (não é 1 - meti! - n - pentano) (esta é a representação mais lógica)
i
l
94 FEL TRE - SETSUO
QUÍMICA ORGÂNICA 95
,_ ..,? ·, .. _ .
,,_.
H2C - CH2 - CH2 - CH 2 - CH 3 H H
1 H
CH3 H
n --· hexano H H
buteno - 1 buteno - 2
Repetindo; na metameria
a) Pertencem à mesma função orgânica
os compostos isômeros:
b) Há um deslocamento do hétero-átomo
na cadeia carbônica.
éter meti! - n - propílico éter dietílico
Segundo os modelos de Stuart pode-se observar a presença de hétero-átomo Uma das diferenças fundamentais entre o álcool e o fenol é que somente
no éter enquanto o mesmo elemento encontra-se na extremidade da cadeia no o fenol é capaz de sofrer uma dissociação iônica em solução aquosa exibindo
álcool. o seu caráter ácido.
@- C11, ~ OH + H,O
><
@-ou+ u,o ~ @-or + u,o'
álcooT etílico éter dírnetílico
Os álcoois aromáticos são também isômeros dos fenóis. Vejamos ainda alguns outros casos de isomeria funcional.
e ácido
carboxi1ico éster
l
100 FEL TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA
101
ácido propanóico
(ácido)
isomeria funcional
acetato de inetila
(éster)
l
De repente o átomo de oxigênio dessa molécula começa a atrair o H do
seu carbono vizinho.
Reafirmamos que:
O carbono vizinho acaba perdendo o hidrogênio, rompe-se a dupla ligação
do oxigênio e este átomo recebe o hidrogênio do carbono vizinho.
lsomeria funcional é o caso da isomeria plana onde
os compostos isômeros pertencem a diferentes funções.
,,QJ- ,
I /
/
I 1
Os principais casos áléool éter J
:
de isomeria funcional são: \
álcool aromático fenol
aldeído cetona
ácido carboxfüco éster
r------.--7 OH
1
/2
o 1
1
!
J.c7
1
1 .
"""'-.
,1 CH
: _. . H -!J
5) TAUTOMERIA L.,.. _ _ _ _ _ _ _
aldoxila etenol
Trata-se de um caso particular de isorneria funcional.
Sejam as moléculas de:
Os principais casos de tautorneria ocorrem entre: Se o H não pode ser ativado, então não ocorrerá transpos1çao.
Isto quer dizer que as formas tautômeras só existem em eq\lilíbrio estando
os tautômeros no estado Uquido.
ALDEÍDOS ENOL Se conseguim1os solidificar os tautômeros teremos possibilidade de isolar
as formas cetônica e enólica no exemplo anterior.
e
Vamos supor então que conseguimos separar as formas cetônica e enólica.
CETONA ENOL
enol
t_---...,IJ
que vai desaparecendo a forma enólica, a forma cetônica vai se transformando
e em enol
No final, toda forma cetônica se transforma em enol se adicionarmos su-
cetona enol ficiente Na e obteremos em ambos os recipientes, apenas enolato de sódio.
Na prática esta experiência que simulamos não se realiza porque não se
Vamos colocar suficiente sódio metálico (Na) em cada recipiente. consegue isolar cetona e enol no estado sólido.
Segundo as propriedades, somente a forma enólica reagirá com N Mas existe uma experiência real com o composto:
esta forma tem caráter ácido. a porque
aceto-acetato de etila
+
(eno!ato de sódio)
{aceto) (acetato) (etila)
+ Na
><
Engraçado!
. . Se c?nscguíssemos fazer estas experiências verificaremos que em ambos re-
formarão enolato de sódio.
1·I111<•ntes •
'
Neste composto temos a migração do H para o grupo carbonila.
. Expl~ca~ão: É que, _na hora que as formas cetônica e enólica passaram para
0 cst.,do hqui_do, as moleculas adquiriram energia resultando colisões e reestabe- C - CH
.leceram
. .o, equilíbrio taut omenco.
' • Entao,
- os recipientes que aparentemente tinham li 1
,1pc11as cuona e enol separadas, na realidade, no estado líquido ·á ossui'ra O~H
duas formas. J P m as
__
t·-
:.imlw.mtc
N
__
AO G estão os
hômeros
. , ·
1. c~u1_l1bno
dmam1co?
j
NÃO
SIM
➔ FUNCIONAL
➔ TAUTOMERlA
mi1.U1ríi
1
.imh·1entc
Tente aplicar O questionário para os seguintes casos:
alt•Jótropa
e CH. 2 -- C - Clh
C - CH2 - CH3 li
li o
o
metameria
a) de posição
funcional
tautometia Respostas
{ b) =
de cadeia
e) - funcional
- isômeros fundona•s
d) - metameria
----- tautômetos
QUfMICA ORGÂNICA 109
rSOME RIA ESPACfAL Esquematicamente: cada átomo de carbono ficará com duas valências livres
fonnando um ângulo de 120°. Observe que as 4 valências situam-se no mesmo
plano.
. . Já di~semos que a isomeria espada! aparece quando as diferenras entrP os No modelo "pau e bola" temos:
,.~omeros
. . so pode ser ob servada atraves
• de modelos esnnciais Os 1·so·me
Y' "
•·1·1 1s se ,-- • ros espa-
~ , mpre possuem a mesma fórmula plana.
Na isomeria espacial temos os seguintes casos:
l) uma dupla ligação A ligação 11 (responsável pela dupla) impede a rotação dos átomos de C
em torno do eixo xy.
2) cadeia cíclica
Na fórmula plana não podemos distinguir os radicais do mesmo átomo de
J) PRESENÇA DE UMA DUPLA LIGAÇÃO
carbono.
Mas, no espaço poderemos observar que uma permutação dessa, faz apare-
,
ligação 11 cer uma estrutura diferente.
1
Seja o 1, 2 - dicloro - eteno.
-~._ ...~.?1
··:.jj};j
H-C=C-H
1 1
120º
, 120º CI CI
Imaginemos um plano que passe pelos carbonos que possuem a dupla li-
gação, como estã desenhado no modelo "pau e bola';_ Esse plano contém os 2
arcos da dupla ligação. O carbono da dupla tem duas valências; o plano passa
pela bissetriz dessas valências.
110
FEL TRE - SETSUO
QUÍMICA ORGÃNICA 111
plano plano
H i/ CI CI 1
7 H
'---...1/ '---...'/
e e
li li
e e
H/ i '----c1
1
H/ l '----c1
forma CIS H-C=C-H forma TRANS trans - 1, 2 - dicloro - eteno
eis - 1, 2 - dicloro - eteno
J 1
Cl CI
Os compostos acima representados constituem um caso de isomeria geomé-
fórmula plana
trica ou cis-trans.
Segundo as representações de Le Bel e Van't Hoff temos: Examinemos agora o composto 1, 1, 2 - tricloro - eteno.
'
H CI CI - e= e - H
1 1
r CI CI
Este composto não apresenta isomeria cis-trans, pois só existe uma úniéa
estrutura espacial que tem a fórmula plana acima indicada.
\
\
H ··------"c1
H
(CIS) Você é capaz de observar que a
{TRANS)
permutação dos átomos de H e
Você é capaz de reparar que as duas estruturas são diferentes embora pos- Cl (inferiores) não produz uma
11uam a mesma fónnula plana. nova estrutura.
Como iremos diferenciá-los?
Vamos admitir que o plano indicado na figura do modelo pau e bola esteja
s.cparando dois semi-espaços.
112 FEL TRE - SETSUO OUfMICA ORGÂNICA 113
Conclusão Exemplos:
J\ isomeria CIS-TRANS ocorre nas cadeias que possuem uma dupla Ligação,
de estrutura:
de modo que: R 1 i= R2 e R3 i= R4. CIS - pcntcno - 2 CIS - 3 - cloro -·· pcnteno - 2 TRANS - 1 - bromo -
propcno
V
(CIS) (TRANS)
No caso do Br, este foi assinalado porque tem maior massa atómica já que f
mlo se podia aplícar o critério do número de átomos.
3) Assinale os radicais mais complexos. Se eles estiverem no mesmo semi-espaço ÁCIDO MALEICO 130ºC 1,590 327
teremos a forma CIS; caso contrário teremos a forma TRANS, ou seja, radi-
ÁCIDO FUMÁRICO 287ºC 1,635 320
t•ai.~ mais complexos em semi-espaços opo~tos.
114 FEL TRE - SETSUO
H .----------,, COOH
H COOH
"e- /
11 transposição
e
HOOC/ "-u
ácido fumárico ácido maleico anidrido malcico
118 FEL TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA 117
I CI
esquemáticas
\ CI
A isomeriá geométrica ou cis-trans ocorre nas moléculas que possuem as
seguintes estruturas:
CI H ''
'
H H a) presença de uma dupla ligação ou
b) presença de uma cadeia cíclica
\
CI
eis - 1, 2 - dicloro - ciclobutano trans - 1, 2 - dicloro - ciclobutano
ou
ISOMERIA ôPTICA
---;
1 ' -:f luz natural luz polarizada
•0. 1------7.:'.S7 •
~~ polarizador
movimento cspiralado
(real)
muitos planos de vibração
(teórico) luz luz
natural polarizada
QUÍMICA ORGÂNICA 121
120 FEL TRE - SETSUO
/,11z natural: é aquela cujas ondas eletromagnéticas se propagam em infinitos Os raios refratados são chamados raios extraordinário e raio ordinário. Pa-
planos de vibração. ra se obter luz apenas num único plano de vibração é preciso eliminar um dos
raios. O processo utilizado por Nicol foi o de eliminação do raio ordinário do
Exemplo: lâmpada incandescente, luz solar, etc, (de qualquer seguinte modo:
fonte luminosa).
Vamos cortar o prisma segundo um plano diagonal. As partes cortadas são
/,uz f'Olarizada: é a luz que emerge pela passagem da luz natural através de um em seguida "coladas" com uma resina também transparente denominada Bálsa-
polarizador. A luz polarizada só possui um único plano de vi- mo de Canadá. Este conjunto é denominado prisma de Nico/.
_
bração.
2) POLARIZAÇÃO DA LUZ
e) POLARIZAÇÃO COM POLARÔIDES Um polaróide "filtra" a luz. Assim os polaróides são utilizados como "que-
bra-sol" diante dos pára-brisa de automóveis, pois elimina praticamente o fenô-
Existem materiais que contêm determinadas moléculas orientadas numa úni-
c11 direção. Quando se incide luz natural e se a luz conseguir atravessar esse ma- meno da ofuscação.
terial teremos uma luz polarizada. Esses materiais são chamados de polaróides. Outra aplicação dos polaróides é na confecção de óculos para fi'lmes de
3.ª dimensão (3D). Os polaróides nestes óculos são colocados em posições or-
Pode-se obter uma placa de polaróide utilizando celulóide contendo molé-
culas orientadas de iodo-quinona. Essa orientação pode ser feita colocando as togonais.
placas (ainda no estado pastoso) contendo o soluto num campo magnético intenso_
As placas de polaróide "parecem" placas de celulóide ligeiramente escura.
luz luz
luz natural polarizada polarizad
X A luz que penetra num olho tem plano diferente daquele que incide no
outro olho.
Existem 2 projetores que incidem na tela luz polarizada em posições orto-
gonais_ O espectador sem os óculos vê a imagem toda "borrada" na tela, pois
polaróide polaróide polaróide
para cada linha projetam-se duas linhas com luz polarizada em posições ortogonais.
em posição
(paralelos) horizontal
1500 extinção
do movimento
(corda parada) Em virtude dos óculos o espectador "enxerga" num olho a luz A e no ou-
tro olho a luz B. Tem-se a formação da imagem J1irtual no cruzamento da luz
vibrações
num Único plano A com B, ou seja, fora da tela. Este é o princípio dos filmes em 3D.
Logo, caolho não assiste filme em 3D.
124 FEL TRE - SETSUO au1"MICA ORGÂNICA 125
~ luz polarizada
__ {'y
1u_z_n-1~..,t-ur,..a_1_ _ _
1
to, :'t' L_J--c_o_m_de..s-vi_o_
Polarímetro
1 polarizador )
substância •
®
O polarímetro possui dois prismas de Nico!. O primeiro é chamado Nico!
CD opticamente
•. ativa polarizador sendo fixo, e sua finalidade é de apenas polarizar a luz.
O segundo prisma é móvel sendo chamado Nico! analisador. Quando o po-
larírnetro está vazio, a luz atravessa integralmente o prisma analisador, se este
estiver em posição paralela com o prisma polarizador. Se os prismas estiverem
em posições ortogonais, a luz será totalmente interrompida no prisma analisador.
As substâncias capazes de produzir desvios no p.1.p. são denominadas subs- Comparemos novamente com o sistema ' de cordas e frestas:
tdncias opticamente ativas.
Quando o desvio é para a direita (no sentido horário) dizemos que a subs-
hincia é dextrógera e convencionamos por d ou ( +). Se o desvio é para a esquerda
(110 sentido anti-horário) dizemos que a substância é levógera: 1 ou (-).
paralelos
- ortogonais
substância substância
dextrógira levógira
d ou (+} (1) ou (-)
1
1
"1---=4r
• { ·J~~substância
opticamente ativa ~
h
,,.. ,, 1 analisador
naturais opticamente inativos podiam ser separados e seus componentes apresen-
tarem atividades ópticas.
Na época conheciam-se dois ácidos tartáricos (obtidos da indústria do vi-•
nho): ácido d-tartárico (dextrógiro) e o ácido tartárico racêrnico (inativo).
- 1
I
dentemente, sugeriram que: "O átomo de carbono ocupa o centro de um tetrae-
dro regular e suas valências dirigem-se para os vértices". (Veremos adiante que
desta forma as previsões dos isômeros são coerentes.)
Esta teoria, desenvolvida para ir ;,.o encontro aos trabalhos já desenvolvidos
no campo da isomeria óptíca, veio assegurar e confirmar que:
Exemplo: o sapato. É coerente afirmar (comparando com objetos) que toda molécula assimé-
O sapato do pé direito não serve no esquerdo e vice-versa. Logo o par de trica tem a imagem especular não coincidente. O par destas estruturas é denomi-
sapatos são formas diferentes, ou sejam, não coincidentes. Observe ainda que o nado par de enantiomorfos ou Entípr;das ôpticas.
sap:110 do pé direito diante de um espelho, a imagem é um sapato do pé esquerdo. 11 Verificou-se também que, se um é levôgiro a estrutura enantimorfa é dex-
Dizemos que o par de sapatos constitui um par de enatiomorfos. ,_ .~J.\,'T,·.-, • - .. ,_., trógira e vice-versa.
Todos os objetos que não têm nenhum plano de simetria sempre existe Após detalhadas adaptações da teoria de Le Bel e Van't Hoff ve~ificou-se
aos pares, uma imagem especular do outro. que a molécula é assimétrica quando:
Se o objeto tiver 1 plano de simetria, então a imagem especular será coin-
cidente com a estrutura do objeto.
a) possui carbono !ISSimétrico C* (indica-se com asterisco).
b) Em certos casos de cadeia cíclica.
c) Em certos compostos de estrutura
' C=C=C /
denominados alênicos. / '
orelha
snputo
mão cadeira escolar À medida que vamos apresentando os casos de isomeria iremos explicando
,,
, , 1 porque essas estruturas conduzem a uma assimetria molecular.
. ~-f :_ -_J_ ==+
, -,,----~-I
) '
'i=--_ ~·- . -~ •..
'
1
:~=~~·:___2~--.:J :
L _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ , _____ I
'
'
1 • ' 4) ISOMERJA ÔPTICA COM 1 ÁTOMO DE CARBONO ASSIMÉTRICO (1 C*)
!,"
apagador xícara faca _-, ,, ._i?,'(' t..''11[;~;_ (Ciilill,,> ;..1V/}i"1 .;.---)(é.:.,., -r~)
Vamos definir carbono assimétrico. É o átomo de carbono saturado (hibri-
dação sp3) pertencente à cadeia aberta, e com os quatro radicais diferentes entre si.
O sapato, a mão, a carteira escolar, a orelha, etc, saõ objetos que não pos-
suem nenhum plano de simetria. Então eles ·sempre existirão aos pares: uma dex-
lro e outra /el'(J.
Por exemplo: um canhoto gostaria de ter uma carteira escolar que fosse a
imagem especular daquela do desenho.
Uma orelha do lado esquerdo (que é do desenho) não serve para ser trans-
plantada no lado direito!
Já, o apagador, xícara, faca, etc possuem pelo menos 1 plano ele simetria.
Então não existe xícara para canhoto, apagador para mão esquerda, etc. A ima-
gem especular seria idêntica ao objeto.
Com esta estrutura a molécula não possui nenhum plano de simetria e sua
Agora podemos definir o que é uma molécula assimétrica. imagem especular terá estrutura não coincidente.
Para que você possa visualizar melhor construa um tetraedro de arame com
4 pontas como indica a figura seguinte. Coloque em cada ponta esferas de cores
Molécula assimétrica é aquela que não
diferentes.
possui nenhum plano de simetria.
As esferas estão representando radicais diferentes.
130 FEL TRE - SETSUO
auiMICA ORGÂNICA 131
(A)
''
' ' ', 1
1
plano de simetria ___,, i
'~
Você já percebeu que se as esferas são diferentes, não existe nenhum plano
de simetria.
Então, a estrutura correspondente à imagem especular será não coincidente. Vê-se nitidamente que se 2
radicais forem iguais as estruturas
também são iguais. Por outro lado,
a existência de um plano de sime-
tria já assegura que o composto é
opticamente inativo.
.,,.---- ~H:;.'.
(A) . ·..
• .. ..:'
superponíveis
par de enantiomorfos não superponíveis
ou antípodas ópticas
Observe que esta molécula possui um átomo de carbono assimétrico. Os
radicais ligados ao carbono assimétrico são diferentes, H3 C-, H-, HO- e
Veja que tentando uma superposição somente ,2 radicais podem se justapor, HOOC-. Realmente não se repete nenhum radical. Isto assegura que a molécula
os outros 2 radicais ficarão em posições opostas. é assimétrica e existe na realidade um par de moléculas, uma imagem especular
da outra, denominadas par de enantiomorfos ou antípodas ópticas.
No entanto, se existirem 2 radicais iguais, cada estrutura terá um plano de
simetria e as duas estruturas serão coincidentes, concluindo-se que no espaço só Uma das estruturas é capaz de desviar o p.l.p. no sentido horário (+) e
existe uma única estrutura. será denominada ácido d-lático ou ácido (+) lático; a outra estrutura que corres-
ponde à sua imagem especular será o ácido 1-lático ou ácido (-) lático.
13:Z
FEL TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA 133
HO 1 H H OH
1 rotação
1 Ácidos P.F. ºC específica lo:]
"V/ d-lático 52,8 +2,6
"" !
CH3 1-lático 52,8 -2,6
Veja que entre os ácidos d-lático e 1-lático a única diferença está no poder
b) Segundo o modelo pau e bola.
rotatório do plano da luz polarizada. Aliás, todas outras propriedades físicas e
COOH COOH
1 químicas são idênticas. Já o racêmico (d-1) apresenta muitas propriedades dife-
rentes dos isômeros ativos.
Foi constatado experimentalmente que se os isômeros são antípodas ópti-
HO H cas, então, a única diferença entre eles está no desvio do p.l.p. Ainda, esses des-
H
vios são simétricos para o par de enatiomorfos.
+a-
r.. ou
.
1
1
1
-a
ácido d-lático Toda vez que existe um par de enantiomorfos está claro que deles resul-
1
ácido !-lático
tará o racêmico.
QUÍMICA ORGÂNICA
135
134 FEL TRE - SETSUO
'
Estamos diante de 2 C* diferentes. Cada átomo de C* é o centro de assi-
metria e tem a capacidade de produzir um desvio no p.l.p. Vamos admitir que
6) ISOMERIA ÔPTICA COM N C* DIFERENTES
o primeiro C* tenha a capacidade ±a e o segundo C* tenha a capacidade ±b.
+a +b isômero X +(a + b) • e*
2 e~
forma
±b ±c } contribuições de cada e,:,
-a '."b i$ômero Y: . • -{a+ b) dl
...• .. • ...
. Os possíveis desvios produzidos pelas moléculas são as possíveis combina-
+à -b . isôme!o: jc ;: , , .: ~(a "."' :b) • ·· · ·•. forma
ções desses desvjos parciais.
-a +b isônt.ero y• -{à :.. b) d'I'
-e -- +b
+e + (a + b + e) ----- -,1
1
-{ -e -
1
Ao todo são 4 isômeros opticamente ativos: X, Y, X' e Y'. -----, 1
-C + (a + b - e) 1
1
Repare também que são 2 pares de enantiomorfos; de cada par resulta um +a
rucêmico (dl e d'l') que são obtidos misturando-se os antípodas em proporções +e + (a - b + c) ---7
,
iguais.
Define-se diastereoisômeros os isômeros ópticos com 2 ou mais C* e que
nllo sejam enantioniorfos. -- -b
-e + {a - b - e) -7
1
1
1
1
1
r
1
--e
1
_ _J 1
+e - (a - b - c) 1
Entre os isômeros citados temos:
-
1
+b 1
____ ...,r
-a
-{ -e - -c
+c
- (a - b + e)
- (a+ b - e)
_____ J
t
l
1
-
1
l
-b ______ .J1
-e - (a + b + e)
· : · · . : : · . · .. v i · · ..
E ➔ enantiomorfos
··• ··.o .· • ' ❖ •• . ~ •• , ,• •••
São ao todo 8 isômeros opticamente ativos; se aumentarmos mais 1 C*,
'.··· . p ~. d,m,stereQÍsfimeros cada isômero irá combinar com o desvio parcial do novo C* que poderá ser +d
.........-...,_;....--=--....;;..,,.-· ~~ ·v•·. . ou -d; então vai duplicar o número de isômeros ativos.
Aumentando mais 1 C*, pelo mesmo raciocínio, irá duplicar o número de
isômeros ativos, e assim sucessivamente.
138 FEL TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA 137
Exemplo:
+ I) = 13 2n-l
HO
[
COOU I HOOC
1
-~~--\~
110 ~ C O O I J
1
Quantos isômeros opticamente ativos e racêmicos tem o composto de fór-
H '. : / H
mula
cnantiomorfos d
H H H H d
1 1 f 1 ácido
ácido ácido
H2 e- e- e- e- e- d - tartárico Q - tartáric;,
mcso - tartárico
1 1 1 1 ! zero
+2a
OH OH OH OH OH Vê-se que esta moléc11la
tem plano de simetria
Veja que apenas os 4 C centrais são assimétricos. Então n =4. Em cada tetraedro examine a face que possui os radicais -COOH, -OH e
isômeros ativos ➔ -H. Vamos seguir os radicais nessa ordem: carboxila, hidroxíla e hidrogênio. Se
24
= 16 } Total de 24 isômeros a seqüência for no sentido horário, convencionemos que o carbono é dextrógiro
racêmicos ➔ 23 = 8 (+o:); se for a11:ti-horário será lcvógiro (-a). Fique em pé nas faces como indicam
as figuras.
No ácido d-tartárico ambos os C* são dextrógiros; no ácido 1-tartárico am-
7) ISOMERIA ÔPTICA COM C* EQUIVALENTES bos os C* são levógiros. Já no ácido meso-tartárico um C* é dextrógiro (infe-
rior) enquanto o outro é levógiro (superior).
Os carbonos assimétrícos equivalentes possuem os 4 radicais 2 a 2 iguais.
Vê-se também que os ácidos d e l são enantiomorfos, donde concluímos
Exemplo: ácido tartárico (di- hidroxi - succínico) a existência do racêmico dl.
OUiMICA ORGÂNICA 139
138 FEL TRE - SETSUO
a) NOS ALÊNICOS
O ácido meso-tartárico tem desvio total zero, pois é a soma de +o: e -o:.
s,~ você se esforçar um pouco concluirá também que a imagem especular do O aleno é o mais simples dos alcadienos:
mcso é outra molécula idêntica, de cabeça para baixo. Então só existe uma for-
nm 111eso.
De fato, a estrutura meso tem plano de simetria e por isso é opticamente e
inaliva.
('onclusão:
Substituindo-se os H por radicais temos os compostos chamados alênicos.
Existem 4 isômeros ópticos para o ácido tartárico e assim o será para to-
É necessário que nos alênicos opticamente ativos tenhamos ainda
dos os compostos com 2 C* equivalentes.
ácido d-tartárico
,ícido 1-tartárico
-- +o: +o:
-- :~: }-----! Ri.____
e "" e e
/R3 R1 *e R2
-
-o: - o: R2/ 'R4 R3
* R4
ácido dl-tartárico
ácido meso tartárico
mistura de +2o: e -2o:
- +o: -a -
-zero
+
zero
Seja o 1, 3 • dicloro - aleno.
1
Eis algumas propriedades desses ácidos: 1
H.......__ 1
e e=
1
CI / 1
solubilidade poder rotatório 1
Ácidos P.F. densidade : , este não é plano de simetria
em 100g de H2 O específico [o:)° 0
20 e
d 170ºC 1,76 139 g +12° A primeira vista tem-se a impressão de que o plano indicado na fórmula
é de simetria.
l 170ºC 1,76 139 g -12º Utilizando as estruturas de Le Bel e Van't Hoff.
dl 206ºC 1,69 21 g o
meso 140"C 1,67 125 g o
H
Mais uma vez, reparem que no par de enantiomorfos as propriedades físi-
cas e químicas são iguais exceto para os desvios do p.1.p.
,
1
ela não
}
esta molécula
tem
tem plano de
isômeros
simetria
ópticos
Os compostos de cadeia aberta contendo carbonos saturados e não assimé- Esta molécula tem plano de simetria - logo não possui isômeros óptícos.
t1·il'o.~ não possuem isômeros ôpticos em virtude da livre rotação dos átomos
qmmdo só possuem simples ligações.
Mas a cadeia cíclica ímpede a livre rotação e poderemos ter muitas vezes 9) SEPARAÇÃO DE MISTURAS RACÊMICAS
m11lfr11las assimétricas.
Existem 3 métodos fundamentais para separação das misturas racêmicas:
Exemplos:
mecânico, biológico e o químico.
1) trans - 1, 2 - dicloro - propano
1 -E
a) PROCESSO MECÂNICO
Este foi o primeiro método que se aplicou para separar os componentes
esta molécula
não tem temos d d e / do ácido tartárico racêmico.
plano de então 1 Aliás foi assim que Pasteur descobriu o ácido 1-lático.
simetria dl
Consiste numa cristalização cuidadosa ( em condições especiais) da mistura
racêmica. Os cristais assim obtidos devem ser diferentes e de tamanho apreciável
para que se possa separá-los por catação.
142 FEL TRE - SETSUO
c) M:ÉTODO QUIMICO
143
e= 1 g/ml H H H
l =1 dm
H3C - C*
1
...-::::º
e:::::--- e º~ e C*
1 1
e ·,·.,. ~º
e::;;--
luz de sódio raia D 1 'OH HO./ 1 1 'oH
solvente água (ou outro orgânico) OH OH OH
a 20ºC (ácido lático) (ácido tardrirn)
auiMICA ORGÂNICA 147
148 FEL TRE - SETSUO
H-------..
Quando o ácido clorossuccínico é atacado por rnr do KOH ocorre a in-
versão de Walden.
,,,
, 1
'e* - e:;,-
/20
"oH - '-
/
C* - C/
1 ~o
OH
Resumindo:
(d) (enodiol)
H
(1)
EXERCfCIOS E TESTES
OH OH
~
na l' a isomcrb espacial?
Indique a afirmação falsa:
2 l l)1mis os principais casos de isomcria
a) Y e Z são isômcros planos
plana'! e composto A b) X e Z são isômeros espaciais
.li l)m· se cntcnd~ por mistura alelótropa? e) X, Y e Z possuem a mesma fórmula
molecular e portanto são isômeros
41 l)uantos isônwros planos existem com a entre si.
f',',nnula C6 I! 14 '! d) Y e Z são isôrneros espaciais.
H2
H3C - C - 0 - C - CH3 composto B
!1) ()uantos compostos cídicos com 4 car- li Questões 17 a 20,
Os compostos A e B são
honos na ca,kia cíclica e que seíam isô- o Sejam os seguintes compostos X, Y, Z,
111,•rns planos, existem com a fónnula a) isômeros planos
W e T.
('~ll6C'l2? H2 H b) isômcros espaciais
10) H3C - C - C - OH e e) não são isômeros
I,) l's,Teva as fórmulas planas dos isómeros 1 d) nada se pode afirmar
.fi111<'io11ais do t'fcr de fórmula CH3
15) Sejam os compostos X e Y representa- (X)
H2 dos pelos modelos "pau e bola".
112
C - OH
H3C - O - C - CH3
(éter meti! - ctllico)
@
11) H
lh H,: OH
ll3C - ( - 0 - C - CH3 composto X
(l'kr dietílico)
43) pcntcno - 2
bl Z e W 24) Que é ioomcria geométrica? a
l') w l' T
,\) X e T Indique os compostos que possuem isô- 44) 2 • meti! - pentcno - 2
d Ye W 25) Que é isomeria B acyeriana? mcros cis-trans.
45) Qual é o nome do composto de fórmula
Nos compostos abaixo, responda se a es- H C4H 8 que possui isômeros cis•trans?
27) 11 ;\ ('. : CI H H
ai X,. Z -,,e,, 36) H3C - C = C - CH3 49) Que é substância opticamcnte ativa?
hl X e Y
l') T l' y
li H H 50) Que é carbono assimétrico?
,1) w l' T
e 37) H3C - C - C - CH3
11 / : "Br 1 1 51) Que é substância dextrógera, levógcra e mis-
l') hnlus as alternativas anteriores
1
CH3 CH3- tura racêmica?
112 FEL TRE - SETSUO
1
1 1
d) (Jm111do ocorrer tripla ligação.
H 2 C - - C - CI
,•) í)uando ocorrer 1 dupla ou cadeia cí- H
dka, ambos com certas restrições quan-
~ 71
tos :rns radicais.
H II ~O
-7- ~ - e "ott 61) A fructosc apresenta poder rotatório es-
pecifico -92°. Uma :mlu(:iio ,!e fructosc
OH NH2 d,· conccntra~ão 0.5 g/cm 3 '-' espessura
de 20 cm produzir:í um desvio, na, con-
O ní1m,·ro de búmc:rns opticamcnk ativos é: dições padrão, de::
al 2 Ú) 6 a) -92° d) -184°
b) 4 e) 12 h) -46° e) + 92°
l"} 8 e) -920°
QUÍMICA ORGÃNICA 155
''
~ C _ { na ligação entre átomos de C numa sucessão só de car-
-C 1 e bonos os elétrons são equidistantes de cada carbono.
'
''
Os átomos da ligação são iguais. O par de elétrons da ligação não se des- -C '
::e { Houve um deslocamento do par de elétron da ligação
loca para nenhum dos átomos - temos uma molécula apoiar. C - C por causa do efeito da ligação C - Cl.
''
Examinemos agora a molécula de HCL O doro é mais eletronegativo que
o hidrogênio. Então o par de elétrons da ligação irá deslocar-se para o lado do e -- e ----- c1
doro.
O efeito que a ligação C - Cl produziu na ligação C - C é chamado efeito
indutivo. Segundo a notação de Ingold devemos escrever efeito -Is,
(Is ➔ Porque em inglês quer dizer induction static)
(o sinal - é porque o cloro é um radical eletronegat(vo - atrái elétrons.)
A presença do radical -Cl é que provocou o efeito -t.
Existem duas espécies de radicais em relação ao átomo de carbono.
Em conseqüência disso, a molécula de HCI será polarizada e indicaremos
do seguinte modo: a) Radicais eléfron-atraentes - são aqueles que "atraem" elétrons para si; os elé-
trons da ligação são afastados do átomo de carbono.
ó+ ó-
~ ou H - CI ou H -- CI
e :' e1
{ligação neutra)
Cuidado com a última representação H ---+-- CI. Trata-se de uma lígaçiio co-
valente polarizada com o deslocamento de elétrons para o lado do cloro. Não C : F (F é elétron atraente)
é ligação dativa. ó+ Ó-
A seguir apresentamos alguns radicais que produzem efeitos indutivos -Is Quanto maior for o efeito indutivo negativo (-1 5), o ácido soltará o lf mais
facilmente e teremos um ácido mais forte.
nas cadeias carbônicas.
Exemplos:
-F , -CI , -Br , -1
São radicais constituídos de elemen- t;t H
1
H - C - COOH H - C - COOH
-C = CH2 tos eletronegativos ou de cadeias car-
-OH, -C 6 H 5 ,
H bônicas com duplas ligações.
H CI
(A) (B)
t;t CI
CI - C - COOH CI - C - COOH
ci CI
h) Radicais elétron-repelentes - esses radicais "empurram" os elétrons deixando-os (C) (D)
mais próximos do carbono. Eles produzem uma polarização de modo que o
radical fique ligeiramente positivo. O efeito é exatamente contrário daquele do A é o ácido mais fraco.
radical elétron-atraente. D é o ácido mais forte.
e .• e
1
A força o: do ácido ;,.umenta de A para D. a,A < o:8 < ªe < o: 0
:
e: CH3
1
O o: é o grau de dissociação iônica.
b- b+ Por outro lado, quanto maior for o efeito induth,o positivo (+1 5), mais fra-
co será o ácido.
e ,.-:: o
efeito -1 8 .
R 1/ - COOH b) Quanto mais C e H (em simples ligação) tiver um radical, mais forte
'OH será o seu efeito +l 5 •
ácido carboxílico carboxila
c) Nos ácidos carboxilicos, quanto maior for o efeito -Is produzido pelo
O H da carboxila é mais facilmente ou dificilmente ionizável conforme os radical ligado à carboxila, mais forte será o ácido; quanto maior o efeito
efeitos -ls ou +l 5 produzidos pelos radicais ligados à carboxila. +15 , mais fraco será o ácido.
QUÍMICA ORGÂNICA 159
111 FEL TRE - SETSUO
,,-
-
A polarização da carbonilâ foi provocada pelo fenômeno da ressonância.
>(X
© 0
•• e no •• •• e XX o •• - e-o Quando a carboni/a está ligada a outros átomos, ela poderá transmitir essa pola-
•• •• •• •• 1 rização. Este fenômeno é chamado efeito mesômero.
Um caso muito interessante é quando a carbonila está ligado a um radical
etilênico de forma que as duplas fiquem conjugadas.
Com o deslocamento do par de elétrons aparece uma carga positiva no car-
ho110 e uma carga negativa no oxigênio. Exemplo:
Para o radical carbonila existem duas estruturas. Qual _delas é a. que real- e e C=O
mente deve ser aceita? 1 1 1
A resposta é a seguinte: Não podemos aceitar nenhuma delas isoladamente 8+ ó-
a estrutura real é intermediária - ou. seja, um híbrido das duas estruturas Lembremos que a carbonila é polarizada - C = O.
d~ri~~ ' 1
l Indicando em forma eletrônica temos:
As estruturas são denominadas formas canônicas da carbonila e mais pre-
cisamente, devemos indicar a carbonila assim:
•• ••
® G
C=O C-0 •• ••
l l
Por causa da ressonância entre € e O, o € fica positivamente polarizado.
Cuidado! a dupla seta +-+ não está dizendo que uma forma transforma-se
noutra e vice-versa. A ressonância é muito diferente da tautomeria onde uma O € atrái elétrons do € para formar a liação ir € = €; por sua vez € repõe os
estrutura transforma-se noutra e více-versa. elétrons tirando-os da ligação 'Ir que está entre€ e€. No final o€ é quem fica.
positivamente carregado.
A dupla seta indica que a estrutura real é uma só, é que não foi poss(vel
representá-la, mas que é intermediária das duas estruturas teoricamente repre- e
sentadas. • )(X :ltX
© l 0
O comportamento real da carbonila corresponde a um estado intermediário : e .. e ~: e •· o: ou e e C-0
entre as duas estruturas; a carbonita é um radical parcialmente ionizado. •• •• •• 1 1
160 FEL TRE - SHSUO QUÍMICA ORGÂNICA 161
Pois aí estamos vendo nitidamente o efeito mesômero. Por causa da resso- As reações de substituição são aquelas onde determinado radical da molé-
nância na carbonila, esta conseguiu polarizar fortemente o carbono 3. cula é substituído por outro radical do reagente.
Enquanto a simples ligação polar é capaz de produzir o efeito indutivo; a
ressonância produz o efeito mesômero que acentuadamente é notado nos siste- Exemplos de reação de substituição:
mas de duplas conjugadas.
Outros radicais que apresentam ressonância e é capaz de produzir efeítos
mcsômeros são:
------ H-Cl
ó+ ó- ,5+ ~ó-
e ccfN - R - N = 0
1
dem ser:
H-C,...C-H + Zn(pó) --..- ZnCl 2 + H - C = C - H·
:êt1~ :ê},
"L .. ·~- ,,.'
a) Adição
b) Substituição
e) Eliminação
Uma ligação covalente é constituída por um par de elétrons. Esses elétrons, Os reagentes que se combinam com os compostos orgânicos podem ser clas-
durante a cisão, têm destinos diferentes conforme os elementos que se ligam e sificados em eletrófilos e nuc/eófilos conforme o radical utilize os elétrons ou
conforme a natureza de agentes como calor, luz, etc. Existem 2 tipos de ruptu- forneça elétrons para o reagente orgânico.
ras: a homolítica e a heterolítica.
a) Reagente eletrófilo (E)
a) Cisão homolítica ou homólise
Existem reagentes que apresentam um déficit de elétrons. Um reagente des-
Uma molécula pode romper-se de modo que os elétrons da ligação sejam se tipo liga-se ao átomo que é capaz de oferecer-lhe elétrons. O reagente que pro-
repartidos de modo igual para os radícais resultantes. Temos uma cisão homolítica: cura elétrons é chamado reagente eletrófi/o (amigo de elétrons).
Exemplos:
Exemplos:
--~--
- 0'/; '',,,,,
- + •H
H-C-c-H
H
1
H
substrato
1
+ ff+
'---v----1
reagente
eletrófilo íon carbónio
Os produtos das cisões homolíticas são denominados radicais livres.
Os radicais livres têm carga elétrica zero e isto resulta numa vida muito , CI
curta - são instáveis e portanto, muíto reativos.
@- êi :..---+'',~ÃÍ:
•. .. Cl - -
&._-i
b) Cisão heterolítica ou heterólise substrato reagente
eletrófilo
O p<1,r de ligação onde se efetua a ruptura pode ficar apenas para um dos
radicais - temos então uma cisão heterolítica. O composto orgânico que recebe o radical é chamado substrato e indica-
remos por S.
Exemplos: O reagente eletrófilo é representado por E, sendo ele um cátion ou uma
molécula com disponibilidade de aceitar elétrons.
'' Quando um reagente eletró[ilo combina-se com um substrato (composto
Br i: Br
orgânico), teremos a reação eletró[ila.
'
A equação geral de uma reação eletrófila é:
s: +
---
substrato
E
reagente
eletrófilo
S: E
b) Reagente nucleófilo (:Nu) 11) Adição nucleófila - quando o reagente orgânico (substrato) adiciona na
Ao contrário do reagente eletrófilo, o reagente- nucleófilo (Nu) possui um primeira etapa um reagente nucleófilo.
par de e1étrons disponível para efetuar uma ligação. Est~ reagente oferecerá o III) Adição por radical livre - quando a primeira etapa da reação do substra·
par de elétrons a um núcleo de um átomo razão pela qual ele é chamado rea- to é realizada pela ação de um radical livre
gente nucleófilo (amigo do núcleo). (elétron não emparelhado).
Exemplos:
b) Reações de substituição
H CI Utiliza-se ~ mesmo critério que vimos para as reações de adição. A classi-
1 ••
H-C-C-H ficação de uma \reação de substituição vai depender exclusivamente da prímeífa
1 1 etapa da reação.
H H
substrato reagente Teremos então: I) Substituição eletrófila
nucleófilo
II) Substituição nucleófila (SN 1 e SN 2)
III) Substituição por radical livre
Dentre os casos das substituições temos na substituição nucleófila os se-
guintes subcasos:
- Substituição nucleófila monomolecular - SN 1 - quando a velocidade da
reação de substituição só depende da concentração de um dos reagentes.
O reagente nucleófilo é uma base de Lewis enquanto que, agora, o substrato - Substituição nucleófila bimolecular - SN2 - quando a velocidade da rea-
é o ácido de Lewis. ção depende das concentrações de ambos os reagentes.
Quando um reagente nucleófilo combina-se com um substrato (composto
orgânico) temos uma reação nucleófila. Estes casos serão exemplificados adiante.
A equação geral é:
e) Reações de eliminação
a) Reações de adição A seguir vejamos os exemplos dos principais casos de reações orgânicas:
Quando a reação orgânica efetua-se em diversas etapas é a primeira etapa I - ADIÇÃO ELETRÕFILA ,
da reação que vai classificar essa reação. •
Vamos exemplificar a adição eletrófila com a reação de adição nos alcenos.
As reações de adição podem ser:
A reação de adição nos alcenos se dá em duas etapas:
l) Adição eletrófila - quando o composto orgânico (substrato) adiciona na a) adição eletrófila
primeira etapa um reagente eletrófilo. b) adição nucleófila
168 FEL TRE - SETSUO OUíMICA ORGÃ.NICA 167
Seja a reação do etileno com Br2 . Ilustraremos a adição nucleófila p6m a reação de adição nos aldeídos ou
cetonas, também denominados compostos carbonílicos.
- o Br2 sofre uma cisão heterolítica:
A reação de adição nos compostos carbom1icos (que tem radical - C = O)
se dá em duas etapas: 1
CN CN
1 ••
H3 C - C - O: H
1 ••
CH3
Como a primeira fase da reação é eletrófila, a reação é denominada substi- O mecanismo é o seguinte:
tuição eletrófila.
a) inicialmente O OH- efetua uma adição nucleófila formando um complexo in•
Examinemos a reação do benzeno com Br 2 em presença de FeBr 3 .
termediário:
a) inicialmente o Br 2 é atacado pelo catalisador libertando cátion Br '.
+ Off
Br, + + Br•
- +
íon carbônio [ HO \ ~ 8']. - RO - CH,
derivado
halogenado base
+ cr '
H
Quando existe urna reação lenta e outra rápida numa seqüência de reações,
é a reação lenta que comanda a velocidade do processo.
H H H
/
\
H---C~-Br
H
j
-- C -- -Br
H
./✓ \.
H
- HO~-C---H
/
"-H
A ~ B rápida., C
Examinemos agora a reação do brometo de terc-butila com Off. a) O brometo de terc-butila ioniza-se produzindo o íon carbõnio terc-butil com
as valências do carbono terciário na disposição coplanar:
ÇH3
+ Off ----- H3 C - Ç- OH +
CH 3
ÇH3
H3C - Ç- Br +
CH3
b) associação do íon carbónio com Off que é uma reação rápida: CH,
\
CH __ c--sr
ÇH3 ,,
+ Olf H3C - Ç- OH
CH 3
CH 3
172
FEL TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA 173
b) O íon carbônio associa-se ao íon Off, isto pode ser feito por qualquer um Diante disso a ionização do brometo de terc-butila é muito fácil enquanto
dos lados como indica a figura. Resultam duas estruturas que no caso são que será muito dificil a ionização do brometo de meti/a, já que este último ra-
iguais.
dical é muito instável.
O brometo de metila prefere formar um complexo intermediário com o
Off dando reação SN2. Além disso, para o brometo de terc-butila é quase im-
possível a formação do complexo intermediário pois o "volume" dos três CH3
impede a aproximação do Off.
Daí se pode entender que o brometo de etila dá reação SN 2 e o brometo
ou de isopropila já prefere a reação SN 1.
I;I
+ Off H3 C - ~ - OH + Br-
H
Jq etapa: Homólise do Cl 2 •
A explicação é esta:
luz
Cl+ CI
O radical CH 3 - tem efeito +Is mais acentuado que o radical -H. Quanto
maior o efeito + 18 no carbono central {indicado na figura), maior é a estabilidade
do íon carbônio. 2{! etapa: Reação do radical livre com o metano.
- - - - - - - - - -- -- -- --1
I;I ''
Então: + -- H-C•
tt
+ H .. c, l'
H
radical livre
t orgânico
H --+- C©
t"'-- carbono
central
Jq etapa: Reação do cloro com o radical livre orgànico.
este Íon é
H
menos está'1el
este íon é
mais estável
H - C•
11
H
1
+ Cl + Cl - H-
~
Ç.. Cl
H
+
;----, 1
i•Cl:----'
~-- __ .}
174 FEL TRE - SETSUO OUIMICA ORGÂNICA 175
Este último •Cl torna a entrar como reagente da 2~ etapa, atacando a mo- ÇH3 ÇH3
lécula de metano; por isso a reação é em cadeia. Somando as equações da 2~ H3 C - Ç - OH H20 + H2C =Ç
e 3~ etapas temos: CH3 CH 3
CH4
lj/4•
+
+
-~
Cl 2
--
---
lj{t•
H3C - Cl
+ BCI
+
As sucessivas etapas são:
Jq. etapa: ataque eletrófilo do tt• ao álcool.
-~
H H CH3 CH1
1 •••
1
1
©
Na prática, é preciso manter a luz porque também ocorre associações do íon oxônio
tipo
2(! etapa: eliminação da H 2 O e formação do íon carbônio.
+ -- Cl2
CH3
Como o primeiro ataque ao metano é feito por radical livre, temos uma 1
Uma reação de eliminação muito importante é aquela da formação de uma 3~ etapa: saída do próton e formação da dupla ligação:
dupla ligação pela retirada de radicais de éarbonos vizinhos.
H CH3 H . . . ._ __.,.CH 3
1 1
X y H - i,,.,- C - CH 3 C=C
1 1
R-C-C-R H/ -....._CH 3
1 1
+ "H'' +
R R cátion terc-butil
O mecanismo da reação de eliminação pode ser: A reação lenta é a 2<! etapa ou seja, a formação do íon carbônio. A velo-
a) mecanismo E 1 - quando a reação é monomolecular. cidade da reação vai só depender da concentração inicial do álcool - é uma rea-
ção de primeira ordem.
b) mecanismo E 2 - quando a reação é bimolecular.
b) Mecanismo E2
H
'
Os reagentes nucleófilos (OH-J são aqueles capazes de produzir uma elimi-
)i?_
b)
e)
d)
adição
substituição
eliminação
superposição
a)
b)
e)
d)
adição eletrófila
adição nucleófila
substituição detrófila
substituição nucleófila
nação bimolecular E2 • e) hiperconjugação e) substituição por radical livre.
..
DEFINIÇÃO
São hidrocarbonetos. alifáticos e saturados.
Exemplos:
H H H
1 1 1
H-C-C-C-H
1 1 1
H H H
Capítulo 5
São também denominados hidrocarbonetos parafínícos que significa peque-
na afinidade de reação.
H
~ H3 e
H2
- e- e- e- e
H2 H2
CH3
' 1
~
CH 2
1
CH3
-. - -, /::
180
FEL TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA 181
No entanto, esta cadeia pode ser suposta, derivada de uma cadeia nonnal,
C4H10 butano
pela permutação do átomo de H (da região da ramificação) pelo radical que aí
se prende. A cadeia do exemplo anterior pocle ser suposta derivada do seguinte CsH12 pentano
modo: hexano
C6H14
,,/'"(',
C1H16 heptano
CsH1s octano
C9H20 nonano
C10H2:2 decano
_____ ,.....,-
C11H24 undecano
(Este composto tem fórmula CnH2n+2)
1 '
A permutação não aumentou e nem diminuiu átomos de H. Logo, mesmo
para as cadeias r~illcadas a fórmula será CnH2n+2•
eicosano
metano e 1ic:1
: ,! 'i
etano
i·C l
L.2-.J
propano
A principal tem 5 átomos. A principal tem 7 átomos.
112 FEL TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA 183
e-e-€-e-e r------ - - - - - - - - - - - - - - - - - . - .~
1 €~€-.€-"--€-e.:_e~e:
1 L --- - --·:,;:.K: ,,::.:-i-:.:: -·-- --- - _____ J
e e e
(meti]) 1
Evidentemente só iremos utilizar números dos carbonos que possui radicais. e
Da esquerda para a direita teremos na posição do radical o carbono 4; da (etil)
direita para a esquerda temos o carbono 2; então prefere-se a última numeração
3-metil - 4-etil - heptano (obedecendo a complexidade dos radicais)
e ou
1
C-C-C-C-C 4-etil - 3-metil- heptano (obedecendo a ordem alfabética)
1
e Para o nosso curso vamos colocar os nomes dos radicais obedecendo a com-
1 plexidade dos mesmos. Os radicais mais simples (com menos C) são colocados
e antes, devidamente precedidos de números que indicam sua posição na cadeia
principal.
A cadeia principal tem 6 átomos de carbono. Eis outros exemplos:
Neste caso ainda a numeração é da direita para a esquerda, obedecendo-se
a regra dos menores números. •
H H2
H3C - C - C CH3
e
--!-------,
r·. - ...--- ... - -
1
c+:s:,~·e·~·€·-. e· CH3
i : F--.:. ____:.. ___.:._J
:i-. :'.
['.:,,::J
: • .l : •l
{r teremos radicais em 2 e 4 (correto)
~ teremos radicais em 3 e 5 (errado)
2-metil - butano
ou
(
neste caso não há necessidade de numerar o radical,)
pois aquela é a única posição que ele pode ocupar.
•·E'
L..:'.:._.:.l r metil - butano
H2 H H H2
Vamos então à nomenclatura real: H3 e - e- e- e- e- CH3
1 1
H2 H H H2 CH 3 CH2
H3 e - e- e- e- e 1
1 1 CH 3
CH 3 CHi
1 3-metil - 4-etil - hexano
CH 3 (fambém poderíamos numerar da diieita para a esquerda.)
184 FEL TRE - SETSUO. QUÍMICA ORGÂNICA 185
CH 3
isômeros de cadeia
O sentido correto é da direita para a esquerda, pois teremos os números
2, 3 e 7. Com o pentano temos 3 isõmeros.
Se fosse contrária, a numeração seria 2. 6 e 7 onde, a soma desses nú-
meros é maior que no primeiro caso.
H2 H2 H2
Quando aparece um radical repetidas vezes colocamos prefixos di, tri, etc. H3C - C - C - C CH3 n-pentano
CH3 H H2
1 H H2 H3C - C - C CH3 meti! - butano
H3 e - e- e- e- CH3 1
1 1 CH 3
CH 3 CH 3
isômeros
2,2,3.-trímetil - pentano CH 3
de cadeia
1
Observação: H3C - C - CH3 dimetil - propano
Uma nomenclatura não oficial, porém muito difundida é aquela que con- 1
sidera o alcano derivado do metano. CH3
No caso anterior o nome seria:
Já com o hexano aparecem isômeros de posição. Escreva as estruturas pos-
síveis e veja que temos
CH3
,-k H
n-hexano
H3c -{e)- e trimeti! - sec-butíl - metano.
'-,~- 1 2-metil - pentano
isômeros de
CH3 CH 3 3-metil - pentano cadeia e
de posição
2,2- dimetil - butano
ISOMERIA 2,3 -dimetil - butano
Repare que os radicais devem H Com a agitação térmica o composto desprende-se do catalisador e forma-
~cr diferentes para que o carbono Hi I H2 H2 se o alcano.
seja assimétríco. H3C - e - e*- e - e - CH3
1
CH3 2) REDUÇÃO DE ÁLCOOIS - (método de Berthelot)
3-metil - hexano
Os álcoois quando atacados por HI concentrado e quente transformam-se
em alcanos.
H H
PREPARAÇÃO DOS ALCANOS
1
- e +o - +H
1
H3 C - C _l l + 1
!) São os seguintes, os principais métodos de preparação de alcanos manten- 1 '
etano
do o número de C na cadeia. H
Efetua-se a hidrogenação catalítica de hidrocarbonetos insaturados. Os compostos de Grignard tratados com um ácido (ff') ou. água produzem
alcanos, desde que o radical seja saturado e alifático.
Ni
150°C
(etano) H H
1 1 i!
O catalisador pode ser Pt ou Pd que são mais eficientes, porém mais caros. H - e -(MgBr + H+ - - - H - C - H + Mg•• + Br- 111
H-C-C
H·---·-f
1 1
H
~-
Mr-.
CH 3
+ H+ H
H
1
C-H
1
+ Mg++ + Br-
H H li Br H
:1
188 FEL TRE - SETSUO QUfMICA ORGÂNICA 189
A síntese de Wurtz é boa para obtenção de alcanos com número par de car-
li) Vejamos agora os métodos que produzem aumento de carbonos na cadeia. bonos.
Se fizennos a reação de 2 derivados halogenados diferentes com sódio me-
4) SINTESE DE WURTZ / 1 \_ ' tálico, teremos uma mistura de 3 alcanos.
Seja a reação:
Trata-se da reação de um derivado halogenado conveniente (alifático e sa- H2
turado) com sódio metálico. H3 C -- I + H3 C - C - I + Na -
etano
A reação processa-se entre duas moléctllas do derivado halogenado com 2
átomos de sódio. ,. -~ H2 Hz
H3 C +L. I + 2 Na + I _-i-- C - CH 3
_1
- 2 Na! + H3 C - C - CH3
propano
H2 H2 H2 H2
H3 C - C l '--
l + 2Na + i"-+-
_.J
C - CH 3 2NaI + H3 C - C - C - CH3
butano
H2 butano
H2 H2
Mantendo o sal em solução aquosa e efetuando-se a eletrólise, temos no
H3C-C•J•Cl + 2Na - H3C - CNa + NaCI ânodo a seguinte reação:
e til-sódio
1;12 H2 • H2 H2
H3C-C+Na + Ct+C-CH3-NaCl+H 3 C-C -C--CH 3
1
Inicialmente foQTia-se um peróxido orgânico resultante da união dos radi- Quando se coloca metano e cloro na ausência de luz, nada ocorre.
cais que perderam suas cargas. Em seguida ocorre eliminação de duas moléculas
~
obscuridade
de gás carbônico.
No exemplo acima temos a "impressão" de que o método não aumenta
Na presença de luz teremos:
carbonos na cadeia. Mas, realmente, se utilizarmos um composto com 3 carbonos
teremos 4 carbonos no alcano. H H
eletrólise
+ H3 e
H2
- e - e-
H2
n-butano
CH3
H
1 r·
H - C +H
1 L_
+
-~
Cl +, Cl
-" - luz
H--C-Cl
1
1
H
+ HCI
6) MÉTODO DE DUMAS b) O átomo de cloro com 7 elétrons é bastante reativo e ataca o metano for-
mando HCl e libertando um radical livre rnetil.
Quando se aquece uni. sal de_ sódio com cal-sodada (mistura de CaO e NaOH)
ocorrerá eliminação da carboxila resultando um alcano. H H
1 •• 1
H - C •l·H + • Cl : - - - HCl + H - C •
Seja o propionato de sódio. •• 1
1
H H
A função do CaO é apenas de abrandar a reatividade do NaOH a quente. c) O radical livre quer regenerar o elétron da camada de valência; então ele
é capaz de reagir com outra molécula de Ch.
H H
CaO
1 1
H - C• + CI •[• CI H-C-Cl + • Cl
1 1
PROPRIEDADES QUfMICAS H H
Os alcanos não possuem boa reatividade. Examinemos algumas reações e Urna vez iniciada a reação, teoricamente ela deveria prosseguir mesmo na
notaremos que elas precisam de condições especiais para se realizarem. ausência de luz, pois o ataque de uma molécula de CH4 liberta também um ra-
dícal • Cl que poderia atacar uma nova molécula de CH4 e assim sucessivamente.
Trata-se de uma reação em cadeia.
1) HALOGENAÇÃO Na prática é necessária a presença constante de luz porque os radicais •Cl
podem assocíar-se regenerando o C/2 •
Os alcanos podem dar reações de substituição com Clz e Br2 . No entanto
é preciso luz para que ocorra a reação. •Cl + •CI - Cl••Cl
112 FEL TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA 193
Esse tipo de reação pode se dar ainda mais rápido na presença de luz ul- H H H H
travioleta (esta, sendo mais energética pode ser tão rápida que é até explosiva), 1 1 1 1
011 com peróxidos, ou ainda em elevadas temperatmas. R-C=C + H •· e- e- R'
_ Se na reação utilizarmos um alcano com diversos carbonos, haverá substi- 1 1 1
tuição de H de todos os carbonos obtendo-se uma mistura de derivados halo- H H H
genados. alceno alcano
A proporção entre esses derivados monohalogenados depende do tipo do
carbono (primário, secundário ou terciário) além das condições da reação. Lembremos que cisão homolítica é a reação desse tipo:
Efetuando-se a cloração do n-pentano a 200ºC (na ausência de luz) temos A••B A• + •B
'---.,---1
1 elétron para
H2 H2 H2 cada radical
H3C - C - C - C - CH;
1
(41%) Esta reação é muito utilizada para se obter gasolina (8C) a partir de que-
Cl
rosene e óleo diesel (mais de 16 C).
Daí nasceu a frase "Cracking do petróleo". "Cracking" em inglês quer dizer
H2 H H2
"quebra".
H2 H2 H2
200°C
H3 e - e - e --- e - CH3
C - C - C - CH3 + Cl2 HCI+ 1
Cl 3) COMBUSTÃO
(33%)
H2 H 2 H A combustão total de um alcano com suficiente 0 2 produz gás carbônico
H3 e - e - e -- e --- CH3 e água.
1
Cl
(26%)
A equação geral da combustão é:
2) CRACKING
+ 3n+l 0
-2- 2 +
Os alcanos quando convenientemente aquecidos sofrem ruptui'a da cadeia
resultando outros alcanos e alcenos de cadeias me,· •res. Trata-se de uma reação As combustões incompletas podem produzir carbono sólido finamente di-
de homôlise podendo ser simétrica ou não. vidido chamado negro fumo ou p6 de sapato que é utilizado como pigmento
Exemplo: preto para tintas.
H H H H H H H H
4) NITRAÇÃO - HN0 3 cone.
1 1 : 1 1 !:i. 1 1 1 1
R - e - e • :. e - e - R' -- R - e - e • •e - e - R'
1 1 : 1 1 ~-~--, 1 / 1 1 Os alcanos podem ser nitrados utilizando-se HN0 3 cone. em condições enér-
H H : H H 0
H' __ ,..,..,,,
H/ ff 0
H gicas ( ~ 400ºC), produzindo nitro-derivados.
.... /
(homóiisc) l:i.
~
+
ácido metil-sulfüttico
H H H
ESTEREOQUIMICA DOS ALCANOS
Diz-se que é uma conformação "eclipsada".
Examinemos o etano. Os seis átomos de H repelem-se entre si e a estrutura
mais estável, isto é, com os átomos de H mais afastados possível, é: Num recípiente contendo moléculas de etano a maioria delas possui con-
formação "estrela"; algumas moléculas estão com conformações intermediárias
entre a estrela e a eclipsada, também existem algumas totalmente eclipsadas.
Você poderia imaginar que as valências fossem de molas, e essas molas esta-
riam sem nenhuma tensão na conformação estrela.
H H
)k
Qualquer rotação exige um acúmulo de energia maior.
H•• . ' . •• H
····c··· No n-butano podemos imaginar como sendo o etano com os radícais metil
em cada carbono. Na conformação estrela dizemos que os radicais metil estão
,,/ 1 " ' na posição trans se estiverem como indica a figura. Esta é a conformação com
H1"" H H H H H o mínimo de energia.
METANO
Nesta conformação o n-butano tem a máxima energia acumulada, sendo
-esta a conformação mais instável. .1 Ê o mais simples dos hidrocarbonetos.
Ocorre como gás de fermentação da celulose nos pântanos.
f ferm. t t
- - - - 3n CH 4 + 3n CO 2
PROPRIEDADES FfSICAS
À temperatura ambiente (25ºC), os n-alcanos de C1 a C4 são gasosos; de Nas minas de carvão também poderá desprender C~ o que poderá oferecer
C5 a C 17 são líquidos e acima de C17 são sólidos. perigo de explosão. Para evitar a explosão existe um dispositivo chamado lâm-
Os alcanos são compostos apelares e portanto, não possuem ponte de hi- 1 pada de Davy que anunciará o perigo de explosão quando o ar contiver metano.
A lâmpada tem uma pequena chama que é envolvida por uma tela; quando há
drogênio. Seu ponto de ebulição dependerá do peso molecular do composto e
perigo de explosão esta inicia-se nà chama, a detonação não se dá porque a tela
também da estereoestrutura do mesmo. •
impede a propagação das ondas de choque; a lâmpada apaga. Aí é necessário
Quanto maior o seu peso molecular, maior será o ponto de ebulição. renovar o ar do interior da mina.
Para 2 alcanos isômeros, aquele que tiver menor cadeia principal será o de O metano é obtido pela destilação seca da h.ulha (caivão de pedra); neste
menor ponto de ebulição. caso é praticamente utilizado como combustível.
Ex_emplos: Outra aplicação do metano é na fabricação do negro-fumo que é um pig-
mento para tintas.
O petróleo tem sua origem em pequenos seres vivos, vegetais e animais, da 2) Compostos oxigenados
orla marítima, que foram soterrados de 1O a 300 milhões de anos atrás. Pela
ação de bactérias, pressão, calor e do tempo e,sses seres foram transformados em
petróleo.
I
- ácidos naftênicos
LJ (CH2 )0 - COOH
OH
Hoje em dia, ao perfurarmos um poço de petróleo, podemos encontrar
>:ase.1· (perfuração A), petróleo (perfuração B) ou água salgada (perfuração C);
esta última hipótese é a menos provável, mas comprova a origem marinha do
petróleo.
- fenóis: fenol comum
@ o-cresol OH
3) Composto,· sulfurados
- tiofeno
o - tiofenol
4) Compostos nitrogenados
- piridina ~ - quinolina ~
~N} ~1'1:::;J
N
r REFINIÇÃO DO PETRÓLEO
J
A operação fundamental, numa refinaria de petróleo ( como as existentes
em Mataripe - Bahia, Duque de Caxias - Rio de Janeiro, Cubatão - São Paulo)
é a Jestilaçiio do petróleo cm onde temos esquematicamente:
tempc>ratura de composição
l
fração destilação (ºCJ (hidrocarbonetos)
gás de petróleo até 40ºC C1 a Cs
gasolina 40 - 180ºC c6 a Cio
Os principais compostos encontrados no petróleo são:
petróleo destí- querosene 180 230°C Cll a C12
1) 1/idrocarbonetos (constituem de 50 a 98% do petróleo)
cru lação óleo diesel 230 300ºC C13 a C17
paraji'nicos·contendo de 1 a 40 átomos de carbono e com cadeias lineares
e ramificadas. óleos combustíveis 300 - 400ºC C1s a C2s
cicloparaf(nicos • derivados quase todos do ciclopentano e ciclohexano. óleos lubrificantes 400 520ºC C26 a CJ8
Após a destilação do petróleo cru, as várias frações são repurificadas, para TRATAMENTOS ESPECIAIS
dar os produtos finaís que nós usamos, em nossas cozinhas (gás engarrafado),
automóveís (gasolina), aviões (querosene), ónibus e'caminhões (óleo diesel), etc. Na Refinaria de Petróleo e especialmente na Indústria Petroquímica, os
Além disso, essas frações obtidas podem sofrer tratamentos especiais, como .f compostos químicos são submetidos a reações especiais onde, sob a ação de calor,
iremos detalhar mais adiante.
! catalisadores, pressões (altas ou baixas) e tempos especiais de reação (às vezes
bastante curtos), conseguimos transformações como, por exemplo.
1) Cracking: é a quebra de moléculas maiores em moléculas menores.
PETROQUIMICA
ou
Interessa à indústria petroquímica, pois os alcenos são matérias-primas para
vários plásticos.
corantes 1 +
EXERCfCIOS E TESTES
1) l>a.r o nome oficial para o composto 8) A cloração do propano é uma rca~·ão de:
ahaixo: a) adição elctrófila
H H b) adição nucleófila
H3C - C - C - CH3 e) substituição clctrófila
1 1 d) substituição por radical livre
C2Hs CH3 e) adição por radical livre
í,)
com sódio metá!ico1
R
H
1
e- e-
,-t--
H
H
1
--+-,_
H
R' ' CH3
3 • meti! - buteno - 1
l~~3
:Cl-;h
1
1 1i
NOMENCLATURA
3 - meti! - 2 • etil - hexeno • 1
Os alcenos possuem nomes análogos aos dos alcanos.
Agora a desinência ano será substituída por eno.
A série homóloga dos alcenos inicia-se com o etileno ou eteno.
H......_
.,., e 2 - metil - hexeno - 3
H
eteno ou propeno ou
etileno propileno ISOMERIA
No caso do buteno é preciso numerar a posição da dupla ligação. Dentro da isomeria plana é impor- H H H H
tante reparar que os a/cenas são isôme- H C-C-C C-H
ros dos ciclanos. -+- --l-- l ,.f.
Seja um alcano H H
l...L.----1
H
-
H
alceno
buteno - l buteno- 2 1 1
ciclano
1
206 FEL TRE - SETSUO " QUÍMICA ORGÂNICA 207
Vamos retirar apenas 2 átomos de H. Se esses átomos forem de C vízinhos Basta que o alceno seja do tipo
leremos um alceno; se eles forem de C mais distantes teremos um ciclano.
Então, a/cenas e cíclanos são isômeros. E constituem isomeria de cadeia e
núcleo.
Exe_mplos:
O exemplo mais simples é o buteno - 2.
e
propeno ciclopropano
' isorneria de cadeia /
"''---------'
A molécula real não é linear. Os átomos de C da dupla têm hibridação
"sp2 "; os da extremidade são C "sp 3 ".
Existem duas estruturas espaciais com a mesma fórmula plana.
A dupla ligação pode deslocar-se na cadeia principal e teremos a isomeria
de posição.
H H
e e= e - CH3 trans - buteno - 2 eis - buteno - 2
buteno-1 buteno - 2
e
tratlS - bu teno • 2 eis - buteno - 2
Dentro da isomeria espacial temos o importante caso da isomeria geomé- Os principais métodos de preparações de alcenos consistem na eliminação
trica (eis - trans). de radicais de carbonos vicinais presentes num composto alifãtico e saturado.
208 FEL TRE - SETSUO
\ QUÍMICA ORGÂNICA 209
H
A reação então se processa em 2 etapas:
penteno • 2
H H
r----------7 1
H H
H3 C - C -:OH + HiO - SO 3 H H2O + H3 C - C - H
1 L ______ J (cone.)
1
H3 C, 1 1
H
C=C-C-H
OS03H H3 C.,,.. 1
ácido ctil sulfúrico H
rnetil - buteno • 2
Aquecendo-se o ácido etil sulfúrico a l 70ºC obtém-se o alceno com libe-
ração do H2 8O4
Observamos que sai o H do carbono menos hidrogenado.
H H H H Esta observação já havia sido notada empiricamente em 1875 e era conhe-
1 1 1 1 cida como Regra de Saytzeff
170°C
H-C-C-H H2 S04 + H - e=e- H
Na desidratação dos álcoois o -OH sai de preferência,
com o H do carbono, adjacente mais pobre em hidrogênio.
Qual dos H é eliminado? A explicação da regra de Saytzeff é baseada num fenômeno chamado hiper-
O hidrogênio a ser eliminado é do carbono vizinho do -OH. conjugação, o qual não vamos discutir aqui, pois foge do nível desse curso.
210 FEL TRE - SETSUO aufMICA ORGÂNICA 211
.e '- e -
H ----•,,,
;-----...
./
/
H
H
X
'~1--- ©
R - C !..! C - C - H x- + R - e !...! e - e - e
H/ 1 1 1 1 1
H H H H H
Resultarão então: íon carbônio
H H (éter)
Br - C - C = CH 2
H ressonância
H H2 H2
MgBr 2 + H2 C = C - C - C - CH 3
Vimos no capítulo dos alcanos que os compostos de Grignard reagem atra-
penteno - l vés de uma substituição eletrófila.
Então, o reagente que ataca o composto de Grignard deve ser um cátion
A reação não pode ser feita na água, pois hidrolisaria o composto de Grig-
(no caso o íon carbônio).
nard.
O haleto deve ser do grupo alílico, •pois assim a reação será bem mais fácil.
+ ~ H2 H
Já vimos anteriormente que quando um composto ou íon tem estrutura. + H2 C-C-CH2 - Mg++ + Br· + Hs½ -C-C=CH2
ressonante ele é mais estável.
214 FEL TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA 215
......_ a
PROPRIEDADES OUfMICAS H-C'!=o)c-H + Cl+ -
1 1
Lembremos que os alcenos têm a ligação TI. Na realidade o orbital TI é H H H
wnstituído de duas regiões ou sejam, duas nuvens eletrônicas. Veja o capítulo íon carbônio
4 do livro de Atomística.
III) Finalmente o íon oarbônio reage com o âníon cr. Nesta reação o cr atua
como uma base de Lewis, enquanto que antes (na reação II) o CI' era um
ácido de Lewis.
CI H CI H
1 1 1 1
H-C-C-H + :cr - H - e- e- H
1 0 1 1
H H Cl
..~ êi:
:êi1: .. - ~ci+ + :cr
O mecanismo da reação é análogo ao caso anterior.
t
FELTRE - SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA 217
2111
1) Inicialmente o HBr sofre uma dissociação heterolítica. III) Finalmente o carbocátion reagirá com o Br .
H \: Br H H Br
1 + 1 1
li) A seguir o H+ (reagente eletrófilo) atacará o alceno. ff - C - C - CH3 ff - C - C - CH3
1 1 1 1
No entanto, em qual carbono irá o H+? A resposta é simples: basta a gente
H H H H
saber em qual C irá se deslocar o par de elétrons 1r.
Resumindo: Vejam os carbonos de um alceno.
R - e...!...!... e - R'
1 1
H H
H
1 +
ff - C !.! C - CH3 ff - C - C.:... CH3 Regra minemônica para guardar as regras de Markownikoff e de Saytzeff.
1 1 1 1 Ambos eram russos porém com "idéias" anti-socialistas para o hidrogênio. .
H H H H
a) saída do H ➔ tire o H daquele que for mais pobre em H (Saytzeff)
carbocátion ou
íon carbônio b) entrada de H ➔ dê o H àquele que é mais rico em H (Markownikoft)
218 FEL TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA 219
Pór que i,sso ocorre? Vejamos os mecanismos da reação: Vejamos alguns exemplos:
H H
1) Um peróxido sofre facihnente uma cisão homolítica, antes da cisão do HBr.
1 1
R-0••0-R 2 R - O•
H2C =e- CH3 + ci+!-ou- - H2C- C- CH 3
, ....... _ ~.... - ... _ _ ~ ~
... . . . . . . - : _ _i . . . . . . . . . . . .
1 1
CI OH
11) Em seguida o radical R - O• ataca o HBr causando também uma cisão
homolítica em HBr. cloridrina propilênica
'
I•• •• Na reação de um alceno com ácido hipocloroso o Ci+ será o agente eletró-
R - O• + H riJ Br : - - R - O • • H + [ : Br • ]
l •• filo. O produto final dessa reação é chamada c/oridrina. Observe a regra de Mar-
' kownikoff.
Ili) lJ halogênio Br (neutro) ataca o alceno produzindo um radical livre (neutro)
- H2 C-CH 2
1 1
="',,,.._
H -C!..!C-CH 3 +
••
• Br:
.• .
Br
ff - C - C - CH3
H OS0 3 H
f~-~l
1 1 1 1 H H
H H H H 1 1
nH-C=C-H cat
!J., pressão
o • Br ataca uma nova molécula de alceno, e assim sucessivamente.
Esta reação é de adição por radical livre. H H n
220 FEL TRE - SETSUO QUfMICA ORGÃNICA 221
5) COMBUSTÃO DOS ALCENOS A reação é denominada ozonólise. Se o carbono da dupla ligação tiver um
radical, resultará urna cetona.
Utilizando-se excesso de oxigénio os alcenos queimam produzindo gás car-
hônico e água. A equação da combustão é: H
H3C - C =C - CH3
+ + 1
CH3
ozonólisc
b) com KMn0 4 em meio básico e neutro
R - e= e - R' C - R'
básico
+ + 3 lO]
ou neutro
Em particular os aldeídos são oxidados a ácidos pelo próprio H 2 0 2 que Diante de um alceno a atuação será do [O].
se forma na reação; por isso "destroi-se" o H2 0 2 com redutores.
A reação se dá em duas etapas: H H H H
1 1 -------- ,---- 1 1
formação do ozonídio ou ozoneto
H - c~J C.;:-_:~3 +(f~L~-~:(~~)
1) li - C - C ~ CH3
',, ----- ~~,~' 1 1
OH OH
propanodiol - 1, 2
H2C /
H2 C - CH 2
"CH2
FEL TRE - SETSUO
' QUIMICA ORGÂNICA
H H '·
·: ( 1 ' ~ - )
1 1 7) ESTUDO DO ETILENO
R - e= e - R' + reage ( ~m!Jo 'I '
É um gás incolor de P.E. "" -130ºC solúvel em solventes orgânicos.
fonclusão: A reação do K.MnO 4 em meio básico ou neutro é importante para Sua preparação em laboratório é a partir do álcool etílico, aquecendo-o a
distinguir um alceno de um cidano. A reação é conhecida como reação de Baeyer. 300ºC aproximadamente em presença de Al2 0 3 •
H cloreto de vinila
QUÍMICA ORGÂNICA 226
224 FEL TRE - SETSUO
CI
cloreto de vinilideno
1) Qual é a fórmula geral dos alcenos? Qual e) eliminação monomolecular E1
é o outro grupo de compostos que possui d) eliminação bimolecular E 1
poliestireno (plástico dos compartimentos de a mesma fórmula geral? e) substituição nuclcófila SN2.
geladeira) 2) Dê o nomt' oficial do composto abaixo: 10) Aquecendo-se com KOH (potassa) alcoó-
estireno ou lica o composto:
/
1 vinil - benzeno H2C =C - CH3
/
1
1 a
1 H
Todos os compostos acima empregam o etileno industrial como fonte de C2Hs H3C - C - C - CH3
H H
matéria prima. 3) Quais os nomes dos isômeros cíclicos do
Outra grande aplicação do etileno está na obtenção do óxido de etileno butcno-2? forma-se um alccno. Qual das afirmações
seguintes é falsa com referência a essa
pelo aquecimento com o ar. 4) Qual é o nome e a fórmula estrutural do reação')
mais simples a!cs:no que possui isomeria a) O OH- efetuará um ataque nuclcófilo.
170ºC H2C - CH2 cis-trans?
b) A reação é do tipo E2.
Ag \/ e) Não haverá formação do íon carbô-
o 5) Enuncie a regra de Saytzeff.
nio.
óxido de etileno d) Formar-se-á o butcno-1.
6) Qual é o nome do composto produzido e} Haverá formação de um complexo in-
pela desidratação do seguinte álcool~ termediário.
O óxido de etileno tem larga aplicação na indústria de explosivos, solven-
tes, plásticos acrílicos, etc. H 11) Na reação do meti! -· buteno - 2 com
H3C - CH2 - C - CH3 HS'l haverá formação de:
1
OH a) 2 - cloro -- meti! •- butcno - 2.
b) 2 - cloro - 2 - meti! - butano.
7) Enuncie a regra de Markownikoff. e) 3 - cloro - 2 • meti! - butano.
d) 1 - cloro - 2 • meti! - butano.
8) Um alceno, por oxidação enérgica, i:itm- e) 2 • cloro - 3 • mcti1 -- butano.
zando KMn0 4 cm meio ácido, produziu
ácido acético e propanona. Qual era o 12) Na ozonó!isc do metil - buteno - 2, se-
nome oficial do alceno? guida de hidrólise, formarão:
a) propanal e etanal.
9) A desidratação dos álcoois em meio áci- b) propanal e pr□ panona.
do é iniciada por: e) meti! - butanal.
a) adição eletrófila d) 2 - meti! - propanal.
b) adição nuc!eófila e) etanal e propanona.
ALCINOS,
DEFINIÇÃO
São hidrocarbonetos alifáticos que possuem uma tripla ligação. São támbém
denominados hidrocarbonetos acetilênicos.
Sua fórmula geral é CnH2 11 2 que é a mesma fórmula dos ciclenos e alca-
dienos.
NOMENCLATURA
HC
ctino propino butino-1
(acetileno) (alileno)
DEFINIÇÃO
NOMENCLATURA
CH 3
ISOMERIA H 1
e, H, { HC ~e- CH,' / ~
H 2 C--CH
e
A mudança da posição da tripla ligação produz isômeros de posição. Cada átomo de carbono sofreu hibridação "sp" e o ãngulo entre as valên-
cias "livres" é de 180º.
A representação anterior é puramente esquemática. Realmente, na tripla
e H,C - C =C - CH3 ligação, as duas ligações 1T constituem uma "nuvem" eletrôtúca quase cilíndrica:
butino - l butino - 2
CH3
1
/.
H C*- e- CH
,/ 1
CH 2
Orbitais 7í
1
CH3
3 - meti! - pentino - 1 O hidrvgênio ligado ao carbono da tripla ligação fica altamente polarizado
adquirindo um caráter ácido o que veremos em diversas reações.
ESTRUTURA E CLASSIFICAÇÃO ô- ô+
A tripla ligação estabelecida entre 2 átomos de carbono é constituída de R- e e::: e- H
uma ligação a (sigma) e duas ligações 1r (pi).
Assim, a presença ou não, do hidrogênio no carbono da tripla ligação faz
com que os alcinos tenham propriedades diferentes:
R C=C H + Na R - e=e - Na + ½ H;
(H~C-C
'
...... ~"
,
PROPR IEDAOES
PREPARAÇÕES
Dentre as reações, são importantes a dos alcinos verdadeiros e especialmen-
1) A PARTIR DE DERIVADOS HALOGENADOS. te do acetileno em virtude da sua importância industrial.
Derivados halogenados convenientes podem ser submetidos a reações de eli- Nos alcinos falsos, as reações são praticamente análogas às dos alcenos, cm
minação, análogas às reações de obtenção de alcenos. doses duplicadas.
Por exemplo: podemos utilizar um derivado dihalogenado com potassa al- Os alcinos dão reações de adição semelhante às dos alcenos, porém são
coólica: menos reativos que os alcenos.
Os alcinos dão reações tanto de adição eletrófila como de adição nucl~ófi,
la, dependendo da natureza dos reagentes.
álcool Desta forma pode-se dizer que com respeito à adição os alcinos possuem
comportamento intermediário entre os alcenos e os compostos carbonilados.
(alileno)
ou propina ALCENO .... só dá reação eletrófila
ALCINO ➔ dá tanto reação eletrófila como nucleófila
2) A PARTIR DE DERIVADO HALOGENADO COM ACETILETO DE SÓDIO. compostos com CARBONILA ➔ só dá reações nucleófilas.
HC =C - CH 3 + Nal
a) CWRAÇÃO (adição eletrófila)
acetileto de sódío
A reação com Cl2 é iniciada por um ataque eletrófilo.
Trata-se uma reação de síntese que aumenta o número de carbonos na cadeia.
Esta reação tem o mecanismo SN2 (substituição nucleófila bimolecular). Ch - ~cr + :cr
Então, o melhor reagente halogenado seria (metil)-X já que no radical CI 1D
•• \ÍI
metil o efeito +18 do H é pequeno (veja mecanismo de reações - pág. ). H-C=C-H + âCi+ H-C=C-H
A r_eação em questão pode ser encarada em duas etapas:
a) Reação de dissociação do acetileto: Em seguida o carbocátion (ou íon carbônio) adiciona o íon cr.
HC =C - Na - HC = e- + Na+
CI
••
H-C=C-H
1D
\ÍI
+ :cr
..
CI CI
H-C=C-H
l, 2 - dicloroeteno
CI CI Cl CI
1 1 1 1
H - e=e- H + c1· H-C-C-H
•• '+'
CI '9
232 FELTRE - SETSUO
QUfMICA ORGÂNICA 233
Cl CI CI Cl
Este composto chama-se acrilonitrila porque quando ela é hidrolizada pro-
1 1 1 1
duz o ácido acrílíco. Este ácido é um produto muito importante na fabricação
H-C-C-H + :cr H-C-C-H
•• '+" •••• de polímeros. Os importantes polímeros do ácido acrílico são Orlon e Crylon
CI w CI CI utilizado como fios sintéticos nas indústrias texteis.
s - tetracloroetano Quando saberei se a reação é eletrófila ou nucleófila?
{s) = simétrico Muito fácil.
A reação global seria: Reagentes que dão reações com os ALCENOS, e que reagem também com
/ os ALCINOS são todos reagentes ELETRÔHLOS.
/
Cl Cl
Exemplos: HX, X2 , etc.
1 1
H - e =e - H + 2 02 H-C-C-H Reagentes que dão reações com CETONAS, ALDEIÍJOS ou NITRILAS
1 1 (evidentemente não reagem com alcenos) e que reagem com ALCINOS, são rea-
CI O gentes NUCLEÓFJLOS.
,:::::O
Exemp1os: HCN, H - OH, H3 C - C--..._ , etc.
b) REAÇÃO COM HCN (adição nucleófila) OH
Neste caso a reação é do tipo nucleófilo, pois o ataque é feito inicialmen- Continuemos examinando algumas reações de importância industrial:
te a um carbono que necessita de elétrons (o carbono oferece o núcleo e por-
ta-se como um ácido de Lewis). e) REAÇÕES COM HX (eletrófila)
Inicialmente ocorre uma pequena dissociação do HCN. Os alcinos produzem reações eletrófilas com ácidos halogenídricos.
H
Exemplo: H - C = C - H + H - Br
Eis o ataque nucleófilo do CN :
Temos as seguíntes etapas:
I) Cisão heterolítíca do HBr
H : Br ----- H+ + : B{
carboânion
e-1) DIMERIZAÇÃO
Adicionando-se excesso de HBr teremos finalmente um derivado dihaloge-
Duas moléculas de acetileno podem associar-se dando um importante pro-
nado geminado, pois haverá obediência à regra de ~1arkownikoff.
duto industrial:
H Br Br H H
j 1 /,, . . - \. . . . . . . . . 1
/ --,... NH4Cl
H - e= e -
'....
H /t
......_ _ _ _ ,.,,, .,.
tt':-
f
Br H3 C - C - H H - e =
e
~.
- H +(H )-
'·-· ,,/
e = e - H --~ H -
Cu2Cl2
e
I
= e
I
- e = e - H
vinil - acetileno
Br
1, l - dibromo · · e !ano Este composto é o produto intermediário na fabricação da borracha sintética.
d) HIDRATAÇÃO DOS ALCINOS
e-2) TRIMERIZAÇÃO/ /
A hidratação catalítica produz c<'tonas. No caso particular do acetileno, sua Aquecendo-se o acetileno e fazendo-o passar em tubos de ferro a S00ºC
hidratação produz o acetaldeído. obtém-se o benzeno:
!
H
1 H H
H - e-;; e,~ H --;---H i-:))H H-C=C-H 1
.,
e.~ e::::::-...
OH H-C/ ~C-H
H - ~/-.____,, \._C - H Fe
S00ºC li 1
(e -
u - e) ,...,--..:7 H H-C"' _,,;:;:C-H
O enol é instável e tautomeriza-se na forma aldeídica pela transposição do e 'C/
átomo de H. 1
1
H H
H H benzeno
1 1 O processo não é industrial porque existem outras fontes de extração do
H-C=C-H H-C benzeno (do alcatrão da hulha e petróleo).
t 1
cloreto de vinila
Em narticular_ interessa-nos a nolimerizacão do· acetileno.
236 FELTRE- SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA 237
A polilJlerização do cloreto de vinila produz o P.V.C. (policloreto de vinila) Repare que o alcino falso não reage com esses reagentes.
que é um plástico importante. Poderemos aplicar esta reação para diferenciar um alcíno falso de um ver-
dadeiro.
II) Acetato de Pinila
A reação do acetileno com o ácido acético produz o acetato de vinila:
ESTUDO DO ACETILENO ,.
/(:;:,,
R-C
queima queima
coquc:ria
DDDD da
hulha
Quando esse II é substituído por Na, Ag, Cu, etc temos os compostos
(CaO) ç
denominados ACETILETOS. CAL VIVA COQUE
R - e 'Õ:'
,
e +,
Nll40ll
H + AgN03 - - - - R - e =e - Ag + HN03 ,. 1: .
á.O l-r--
l Hidrólise
o
Nll40H
------ 2 R -- C = C -- Cu + 2 HCI
acetilcto de cobre
+
H +OH - Ca(OH) 2 + H-C=êC-H
H f OH
acetileno
b) PROPRIEDADES FÍSICAS
HC = CH
O acetileno é um gás incolor e inodoro. Quando se prepara o acetileno a
O maçarico é também usado em soldas autogênicas (as peças a serem sol-
partir do carbureto nota-se no entanto um odor ruim. Isso é devido a impurezas
sulfuradas que acompanham o carbureto e se desprendem durante a hidrólise. dadas também sofrem fusão).
Atualmente o acetileno é um produto muito importante na fabricação de
Tem ponto de ebulição a -82ºC. Sua liquefação por pressurização é muito
outras "substâncias bases" para a fabricação de borracha sintética e fibras texteis
perigosa, pois o acetileno tem alto conteúdo energético. Na síntese total temos:
sintéticas de qualidade.
2C + H2
arco •
voltaico
H-·c =e - H l:::.li=+54 Kcal
z EXERCfCIOS E TESTES
ili
V z z
1 o-'l ..
3
:i:: u f.::·
oe,; u
1) Dar o nome oficial do composto abaixo: 8) A reação do iodeto de mctila com acc·
tileto de sódio é do tipa:
H a) adição elctrófila
H - C =C - C - CH3 b) adição nucleófila
1
e) substituição nuckófila SN 1
Czlls d} substituiçao nudcófila SN2
e) nenhuma elas ankrion~s.
2) Que são akinos falsos e alcinos verda-
deiros?
9) A reação do acctikno com HCN é de:
3) Escreva a équação da reação de l inolé- a} adi,ão ddrófila
rnla de propina com 2 moléculas de HCL b) uJiçâa nuch,ófila
Dê o nome ao composto orgânico for- e) substituição nuclcófila SN 1
u mado. b} substituiçao nuclcófila SN2
:E e) eliminação
4) Fscrcva as equações das reações que
transformam caJcárco, coque e água cm 10) A trimerização do ac'l"tikno produz o:
acetileno. a) n·hexano
b) ciclo· hexana
5) Escreva a, equações das reações seguintes·. e) triacetileno
propina + AgN03 + NH40H ~ d) trimeti! - cidoprano
e} benzeno
lmtino • 2 + AgN0 3 + NH 4 0H
11) Indique a alternativa que é uma propo·
ü 6) Os alei nos são isõmcros de:
o sição jàlsa:
ü
rE ~ a) alcanos
a) o carbureto de dtkio hidrolizado pro·
li b) akcnos
o duz acetileno.
., e) ciclanos
'E"
;r: b) o acetileno é rna kria prima na fabri·
u d) ciclanos e alcadienos
8 coação de muitos pli.Ísticos e fios sin·
Ili e) cidcnos e alcadicnos
"' u téticos para indú,Lria kxtil.
1 e) o acetileno possui grande energia ar·
7) Os alcinos produzem reações de adição:
u-:I; mazcnada rnzão pela qual é usado no
li a) só clctrófila maçarico.
u b) só nuckófila dJ o acetileno é tn111b~m obtido indus-
i:.' e) clctrófila ou nuclcófila dependendo trialmente do pctri,lw.
dos rcag1•ntcs e) utiliza-se o acctilcn,; para a fabrica·
d I não proJu,em reaçõ~s tk adição ç.'io industrial ,Li .,,dona.
'O :i::
'\ I
u
1
v
:i:
ALCADIENOS
DEFINIÇÃO
NOMENCLATURA
A nomenclaturn é semelhante à dos alcenos. Dá-se a desinência DIENO de
acordo com esta regra:
a) Escolher a cadeia principal que possui as duas duplas ligações.
H H (
H2 e = e- e ~ c.H2 H2 C = e = CH2
butadíeno - 1,3 i : propaJkno
(0rítrçno). • (aleno)
,,· ' t , ' ' .
H H H H H2 H
C-C-C C - CHJ H2 C e -C C= CH 2
1
DEFINIÇÃO
NOMENCLATURA CH3
CLASSIFICAÇÃO 3 - meti! - hexadieno - !, 4 2 - mdíl - pen t~dieno - 1, 4
REAÇÕES DE ADIÇÃO
REAÇÃO DE DIELS-ALDER
BORRACHA CLASSIFICAÇÃO
EXERClélOS
Conforme a posição das duplas podemos classificar os alcaclienos em:
a) de duplas acumuladas ou alênicos
b) de duplas conjugadas ou erítrênicos
e) de duplas isoladas
Exemplos:
H H H
H2 e = e - e= e - cH3
duplas acumuladas duplas conjugadas
244 FELTRE - SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA 245
O grupo que nos interessa é o das duplas conjugadas por causa do fenôme-
no da ressonância. Os detalhes estão no capítulo 4 do livro de Atomística.
Nos eritrênicos alternam-se dupla - simples - dupla. Vejamos essas ligações:
H H H H
R- e=e- e=e- R'
Os elétrons assinalados (da ligação n) podem deslocar-se nos átomos de Eis os 4 átomos de carbono com seus orbitais p.
carbono.
Existem duas hipóteses: /<'.'];,.
------
1 1 1 1 1 1 1 1
H H H H H H H H H H
R e- e=e- e-
®
..
0
R' - R C-C=C-C-R'
••
0 G)
R-C=C
: 1
R'
1 1
~ 1
~ '
H H H H
R-C=C C=C R' REAÇÃO DE DIELS-ALDER
: : : l
i l,4 6 : 1 46 ~ : A propriedade. de adição 1, 4 do eritreno foi utilizada para reagir com o
' Â ,..._..2.---, Â '
 anidrido ma/eico produzindo um composto cíclico.
Esta é a reação de Diels - Alder que mereceu o Prêmio Nobel de 1950.
REAÇÕES DE ADIÇÃO H~ 0
/ C ! -=- base de Lewis
Nos alcadíenos acumulados e isolados as reações são análogas às dos a/ce-
HC
nas, agora em doses duplicadas.
Nos eritrênicos temos a reação de adição toda especial chamada reação de li
adição i, 4. HC
~
Seja o butadieno - 1, 3 com HBr. C i --=- ácido de Lewis
Br butadicno - 1. 3
H,
1ª,,-H H ·--. H H H f (eritreno) C±) {[)
H2C = C - C = CH2 + ºttl Br tt 2 e - e = e - ctt 2
8- ó+, _________ _,
H ácido (j) H
A dupla passa para a região central e dá-se a adição nas posições 1, 4.
e de -:z__- ~e
li Lewis
1
MECANISMO e :e
H base - ~0 H
Das estruturas ressonantes, aquelas de cargas isoladas são as mais reativas. de
Lewis_
Então temos três etapas: anidrido maleico (li)
a) Ionização do HBr
Haverá associação das estruturas (I) e (II) onde em cada extremidade do
H : Br eritreno temos uma reação ácido - base de Lewis.
Resumindo:
b) Ataque eletrófilo do H•
H2
H o
Q H H (±) H H (j)
e '1/'
..,,;CH 2 /C~H ;,'/O
..
H2C - C = ( - ,....,,
CH2 + H+ ..
H2C - C
H
= C - CH2 HC
1
.1/
+
e
li "' o
,/
HC
li
e-
1
e
"'o
HC, /
carbocátion ou íon carbànio ~CH 2
e --- e.·~ Hc . _____
C .,.-- H
e e 0-
'--::
H o o
H2
e) Reação do carbocátion com Br·
dieno dienófilo aduto
ou fílodicno
H H G) 0 H H
H2C - C = C - CH2 + : fü H2C - C = C - CH2
Reações semelhantes são denominadas também de reações de Diels - Alder.
1 i B; Sempre teremos um eritrênico (dieno) ciclizandu-se com um outro ·composto
H H ( rliPnMilr,\
r::t·• ;,•, ::'~~-- _1)>
'l.:.f·,;
QUÍMICA ORGÂNICA 249
248 FELTRE - SETSUO
b) BUNA S OU GRS
H H H
@-e= CH2 e e
Styrcne Butadkno - 1, 4
c) PERBUNAN
DEFINIÇÃO
As matérias-primas utilizadas na fabricação do cloropreno são acetileno e HCL
NOMENCLATURA
PREPARAÇÃO
EXERCfCIOS E TESTES PROPRIEDADES
TEORIA DAS TENSÕES DE BAEVER
TEORIA DE SACHSE E MOHR
EXERCICIOS
1) Quais os principais tipos de alcadicnos 5) Seja o composto com a fórmula abaixo
cm relação à posição das duplas ligações?
ORGÂNICA 253
CICLANOS
DEFINIÇÃO
1 • metil - 3 - etil · · • ciclohcxano
São hidrocarbonetos saturados com cadeia cíclica.
(no sentido inverso teríamos
Sua fórmula geral é CnH2n com n ~ 3. l • meti! ··• 5 - ctil: errado)
Para a dedução da fórmula geral pense assim:
Comece com um alcano:
H H H H
1 1 1 1
PREPARAÇÃO
H - e - e - e - e - cH3 a) HIDROGENAÇÃO CATAL(TICA DE
1 1 1 1 1
,.-·1:r·- H H ·•H'·• HIDROCARBONETOS CICLICOS INSATURADOS
H
Retire 2 H de carbonos diferentes e não vizinhos; fecha-se a cadeia e te-
mos a fórmula geral CnH2n· ;:::::: e-....___
H-C C-H
Pt
1 li + 3 H2
t,.
H-C::::::-.._ C-H
~e,.,..
H
benzeno ciclohexano
1 1
H2 C CH2 PROPRIEDADES
H2C - - CH2 H2
+ Br2 H2 C - C - CH 2
\ >< 1 1 + Br -: Br - H - Br +
CH2 1
Br Br
H 2 C - - CH 2 H2 monobromo - ciclopentano
\ X + H - Br H 3 C - CH 2 - C - Br
Com 6 átomos de carbono na cadeia cíclica a estabilidade é máxima.
CH 2
A partir de 6 carbonos, a medida que vai aumentando o número de car-
Já com 4 átomos na cadeia cíclica a reação é mais difícil: bonos na cadeia cíclica, a estabilidade vai diminuindo.
H 2 C - - CH2
Resumindo:
1
H2C--CH2
ciclobutano
+ + H2
Ni
200ºC
Os ciclanos com 3 e 4 átomos na cadeia cíclica sofrem facilmente ruptura
da cadeia. Com S carbonos na cadeia cíclica já dâ reação de substituição e com
6 carbonos é muito difícil romper a cadeia.
Como se explica isto?
Foi em 188S que Adolf von Baeyer deu a primeira explicação a este fe-
H 2 C - - CH 2 nômeno.
+
H2 H2
+ Br1 H2 e - e- e- CH2
1
1 1 TEORIA DAS TENSÕES DE BAEYER
H 2C - - CH 2
Br
Lembremos que segundo Le Bel e Van't Hoff o carbono ocupa o centro
H 2 C--CH2 de um tetraedro regular e suas valências dirigem-se para os vértices.
1
H2C - - CH 2
+ + HBr H 3 C - CH 2 - CH2 - CH:2
1
Br
Então, o ângulo normal entre duas valências do carbono é de 109°28'.
H2
/ e '-----
H2 C .
\
H2 C -CH 2
I
CH2 Ni
>< Segundo Baeyer, os átomos de carbono num ciclano eram coplanares e suas
valências não estavam com o ângulo normal (109°28'); as valências estariam su-
jeitas às tensões. Quanto maior fosse a tensão, maior sería a instabilidade da cadeia.
FELTRE - SETSUO ClUíMICA ORGANICA 257
256
~~
e
A e
l-~90-º
c---c
e
\c--c/
e 0
-
A tensão pode ser calculada pela fórmula: tensao = 109°28'
2
-O'. Estes cientístas propuseram que os át1;w,.,s de carbono nas cadeias de 6 ou
mais carbonos cíclicos não são coplanares e mantém o ângulo sem tensão (109º28').
sendo O a, 0 ângulo entre as valências do carbono na cadeia cíclica suposta uma No caso do ciclohexano, os carbonos mantendo o ângulo normal de valên-
cia possuem duas estruturas espaciais.
cadeia coplanar.
Uma das estruturas possui os átomos de carbono dispostos em forma de
Teremos então: CADEIRA e a outra estrutura faz lembrar um BARCO.
a) Para o ciclopropano o: =60° Para estudar o ciclohexano temos o modelo de Barton que utiliza tetrae-
dros de metal (representando carbono) e arames de aço. Estes arames têm a
tensão = 109°28'2 - 60° = 24º44'
capacidade de lívre rotação em relação ao encaíxe.
Tanto a forma barco como a cadeira limitam semi-espaços superior e in- Estudemos melhor a conformação cadeira que é a estrutura reahnente pre-
ferior em relação aos planos da cadeia. sente nos compostos que possuem a cadeia ciclohexano.
Os hidrogênios situados no semi-espaço superior são denominados H beta Examinando a cadeia (conformação cadeira) na posição já desenhada obser-
(Hp). vam-se 6 valências verticais: 3 para cima (fj) e 3 para baixo (a).
Os •hidrogênios que se situam no semi-espaço inferior são os hidrogênios Estas valências são denominadas ligações axiais.
alfa (H0}
Vejamos as representações esquemáticas.
Ligações axiais
Hidrogênio /3
• As demais ligações são denominadas equatoriais.
Ligações equatoriais
Hídrogênío /1 Vejamos agora a colocação de um radical metil (-CH 3). Este radical é re-
pelido pelos átomos de H do mesmo serni-espaço.
Todos os átomos de H visíveis estão no semi-espaço superior tanto na con- Estudemos a conformação cadeira. Vejamos em qual das posições, equa-
formação cadeira como barco. torial ou axial, o -CH3 ficará mais estável.
São todos eles hidrogênios (3.
Não é muito fácil tentar "enxergar" através dos desenhos. Se você tivesse
Os hidíogênios pontilhados, que ficam debaixo dos planos são os hidro- modelos (de Stuart ou Barton), logo iria ver que o -CH3 ficará mais distante
gênios a. de H, na posição equatorial.
260 FEL TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÃNICA 261
1) Os ciclanos são hidrocarbonetos que pos· 4) Qual é a conformação mais estável para
suem a mesma fórmula !,'Cral dos: o ciclo-hexano?
a) aJcanos d) alcadienos
S) A figura abaixo está representando três
b) alcenos e) alcatricnos
e) alcinos
das diversas valências na conformação ca-
deira, do cidohcxano.
2) Dar os nomes aos seguintes compostos:
a) CH2
/\
H2C - - - C - CH3
H
Capítulo 10
HIDROCARBONETOS
,
AROMATICOS ,'. r, . : .,.,..., ,
@ C H , -CH,
@-cH,
metil - benzeno (tolueno) vinil - benzeno (cstircno)
Vejamos alguns exemplos de hidrocarbonetos aromáticos polinucleares;
Observação: Um grande número de compostos aromáticos possuem nomes par-
H H ticulares.
1 1 1
~e~ _,...,..e~
Quando existem diversos radicais deve-se numerar os carbonos do núcleo
benzênico. A numeração inicia-se do radical mais simples e segue-se o sentido
H-C
1
C
li
C-H
1
- H
o o da regra dos menores números.
(naftaleno) 1 , dinuclear de
C10Hs r,lr, ·' ,.,,,,r,'
núcleos 6ondcnsados @-CH,
C2Hs
1, 2 - dimctil - 1, 3 - dimetil 1 - meti! - 1, 3, 5 - trimeti! -
benzeno benzeno 4 - etil - benzeno
(o-xileno) (m-xileno) benzeno (mcsitikno)
(p-metil-etil -·
(difenil metano) C 13H 12 (antraccno) C 14 H 10 benzeno)
núcleos isolados núcleos condensados
Esta é a numeração
dos carbunos adota-
da para o naftaleno.
(difcniloJ C 12 H 10 (fenantrcno) C14H10
ní, ç[co, isolados núcleos condensados a: Ct 5 4
266 QUIMJCA ORGÂNICA 267
FELTRE - SETSUO
No caso de existirem muitos radicais utiliza-se a numeração acima indicada. b) COM 2 RADICAIS
CH3
®
Às vezes é preciso considerar o anel benzênico como parte de um radical. CH3
(orto) (meta) (para)
xilenos
Os 3 isômeros de posição são denominados orto (o), meta (m) e para (p).
1, 2 - difenil - etileno 2 - metil - 4 - fenil - pentano
ISOMERIA R R R
R
R
é o assimétrico (1, 2, 4)
Os seis átomos de carbono são equivalentes. Então não adianta mudar a
posição do -CH 3 • Temos apenas um composto.
268 FEL TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA 269
d) COM 4 RADICAIS IGUAIS Este radical E irá iniciar o ataque eletrófilo formando um carbocátion ou
íon carbônio.
Existem apenas 3 isômeros de posição: vicinal, simétrico e assimétrico.
H
Você pode pensar assim: sendo 6 carbonos, ficarão 2 carbonos sem os ra-
dicais. As posições desses 2 carbonos sem radicais no núcleo benzênico só podem HC~c"c_,,..,.H
ser o, m e p. 1 10 ,"~-'~E
R R HC c: . . ---
~C / -.......H
@ R@: :@:
R
R
R
H
carbocátion ou íon carbônio
O benzeno tem estrutura ressonante o que lhe assegura uma alta estabili- HC ~ C '--.. e .,,,- ~esapareccr) HC:?'
~e" C - H
dade. Embora seja um composto insaturado, ele tem caráter saturado e prefere
reações de substituição. As "nuvens eletrônicas" resultantes da ligação 11 estimu-
1
HC-.__ Q..° 1
,;-,
E
1
HC~ C •• E
:1
lam o ataque eletrófilo. Embora existam reações nucleófilas em alguns casos, pre- ~c '--!li! ~ e / , ____ _
ferencialmente o benzeno dá reaç{íes de substituição eletrófila. H .............. H
Como vimos no capítulo do mecanismo das reações, o reagente eletrófilo
é um ácido de Lewis. No benzeno surge um átomo de carbono com um par de Resumindo e indicando esquematicamente:
elétrons disponível, pela ruptura de uma dupla ligação quando se aproxima um
reagente eletrófilo.
aqui se
aceita o
o C-H
1
C-H
+E
e
radical
clctrófilo.
1
C-E
+ H+
Ele deve libertar o radical eletrófilo IT] que geralmente é conseguido pe-
la ajuda de um catalisador.
270 FEL TRE - SETSUO OUIMICA ORGÂNICA 271
a) HALOGENAÇÃO (Ch ou Br 2)
(base} (ácido)
Emprega-se como catalisador o Fe, FeX 3 ou AIX 3 .
Seja a reação do C)z utilizando FeCh como catalisador.
+
I) O Ch reage com FeCb
(íon nitrônio)
~ J - - - . . - - - .... ~ :
FeCh + CI :: Cl - Ci ♦ + [FeCl4 f
1 O HN0 3 funciona como uma base de Lewis aceitando o próton do ácido
II) Ataque do Ct ao núcleo benzênico sulfúrico - forma-se um cátion instável que perde uma molécula de H2 O e liber-
ta-se o ânion nitrônio No;.
Resumindo:
III) Regeneração da dupla pela saída de H+. O H+ é atraído pelo ânion cata-
lisador.
© e
1:
_......H
e...__
H
+ N02
©
· •· . , mo,rióclorolienzerib .••
272
FEL TRE - SETSUO allfMICA ORGANICA 273
A equação global é:
A reação global é:
c) SULFONAÇÃO
PREPARAÇÕES
A sulfonação é realizada com H2 S0 4 fumegante. Trata-se de uma solução Os compostos aromáticos são obtidos industrialmente a partir do alcatr:1°
de S0 3 em H2 S04.
da hulha ou do petróleo. Descreveremos abaixo alguns processos de laboratóno.
O próprio S0 3 será o reagente.
o a) POLIMERIZAÇÃO DOS ALCINOS
ao reagir 0. • f (f) aceita-se
: o - S~-=- elétrons Vimos que os alcinos são capazes de polimerizar-se diante de catalisadores.
•• !
ó CH3
1
/e~
Já que o S03 é o reagente eletrófilo, temos só duas etapas de reação, pois H-C C-H
não existe catalisador. cat
li 1
I) Ataque do reagente eletróftlo: H3C - e'---- ;;:'/e - CH3
C'
1
H
3 moléculas de (mesitilcno)
propino trimetil benze no simétrico
©
derivados halogenados: um do tipo Ar - X e outro do tipo R • X aquecendo-os
com sódio metálico.
C-H
]:
C-
o ..
S.1-
"o ••
O : H @ - 1 + 2 Na + I - CH, 2Nal + @-cu,
f
, ~1n.a_,1..,hwJ:! ,.0.1 f;l.u.Q•·,t.t"Liv.í ctf' ~J (t
r•) -f't,wt~ d.t ct.(Luf (it n -~ ( +
274
1 s}) o(t;-·+--~ \p 1-1
ü,.i o~,- ( (
FEL TRE - SETSUp OUiMICA ORGÂNICA / 4' • -. . 275
./ t ...... /,
Como produtos secundários formam-se pequenas quantidades de difenilo:1~ d) SINTESE DE FRIEDEL-CRAFTS 9") \\~ ., Cf' ....., "U
etano que são facilmente separáveis.
É o processo mais importante das sínteses aromáticas.
c) SINTESE DE GRIGNARD O processo é utilizado para se obter os homólogos e derivados do benzeno.
Portanto, a reação será sempre de:
Seja um derivado halogenado aromático:
o - cloro - tolueno
Para se obter o hidrocarboneto correspondente façamos as seguintes reações: O catalisador utilizado é o AIX 3 . Este catalisador atua como um ácido de
Lewis produzindo um carbocátion que irá realizar o ataque eletrófilo ao benzeno.
a) Transformação do Ar-X em composto de Grignard
Seja a reação:
©-ª CH 3
+ Mg (pó) éter ✓ª
Mg'{g)
CHa
cloreto de
o-tohúl
magnésio
+
+ HO ., H
H
CI
••
~AI: CI
H •• CI
c{.. ct : AI
••
: Cl ]
[ H3C -
H •• ••
Cl CI
tolueno H
Observação: (Base} (ácido)
l
Para se aumentar átomos de C no composto aromático podemos reagir um
(carbocátion)
composto de Grignard com um derivado halogenado de preferência que seja alí-
/ico, pois a reação será mais fácil.
......... _
H-C.,..
1
1
~e
"--c-H
li + Ni
200ºC
do benzeno com Cl 2 , descrito na página
o
H-C,.. C-H
~-..:::e/ Cl
H
ciclohexano Na prática, a reação dá uma mistura de derivados orto e para clorados.
278
FEL TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA 279
li) Substituição no radical
A reação global será:
Agora a reação deve ser efetuada diante da luz ou ultra-violeta.
A reação é análoga àquela de substituição nos alcanos.
Sejam os mesmos reagentes da reação anterior:
Resumindo:
obsc.
substituição no núcleo
cS
Inicialmente o Cl 2 sofre uma homólise pela ação da luz.
hV + a,--C
ct+ct substituição na cadeia lateral
calor
Agora o radical orgânico ataca outra molécula de cloro: Ou use esta regra minemônica:
H H
@- ~• + ct •l•Cl -@- 1
C •• Cl + •Cl
1
H H
1
H Na reação com o composto acima, a posição orto está totalmente impedida
em virtude da falta de espaço para caber o radical -S03 H.
Diremos que houve um impedimento esférico na posição orto.
O B.H.C. é utilizado como inseticida.
c) NITRAÇÃO e) OXIDAÇÕES
Já vimos o mecanismo da nitração na págína 271. Lembremos que se usa Ê muito difícil oxidar os ca+bonos do anel benzênico. Isto só ocorre em
a mistura sulfo-nítrica para haver libertação do íon nitrônio Nollque é muito condições muito enérgicas, produz ruptura e conseqüentemente o desaparecimen-
eletrófilo. to desse anel benzênico.
A oxidação menos difícil é a do radical lateral e dá-se com a ruptura da
~ CH, + IIO ~) NO, cadeia, se este radical tiver mais de um átomo de carbono. Sempre resulta ácido
benzóico para os aromáticos com apenas 1 radical lateral.
,..- .......
H
Logo adiante veremos que a nitração do tolueno produz na primeira etapa @c~~H + [ H - c::~H]
o orto ou para nitro-tolueno.
ácido benzóico '
Uma nitração excessiva produz o tri-nitrotolueno (T.N.T.) que é um explo-
sivo de poder comparativo com a dinamite.
T.N.T.
282 FEL TRE - SETSUO OUIMICA ORGÂNICA 283
f) REAÇÕES DO NAFTALENO
Existem 2 grupos:
As reações para o benzeno são também possíveis para o naftaleno (hidro-
genação, halogenação, nitração, etc).
a) RADICAIS ORTO -PARA DIRIGENTES
-OH, -CI,
muito poderosos
H H
1 1
No naftaleno temos dois tipos de H: o a e o (3. N - H' - O - H, - o ~
e - H, etc.
O hidrogénio a é mais fácil de ser substituído. A posição [3 exige na subs- 1 1
tituição, condições mais enérgicas. H H
Tudo dependerá da natureza do radical R-. A explicação, porque os radicais são ativantes ou desativantes será vista
logo adiante.
284 FEL TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA 285
o, p dirigente
CI
(71Yl~
0 CI para o oxigênio, Daí o grupo N0 2 ser escrito:
ligação dativa
!
o. p dirigente
Eis agora um exemplo de um meta-dirigente: Aí o nitrogênio começa a atrair mais os elétrons do carbono podendo for -
mar uma dupla ligação entre C e N.
H H
e -..-e 0
N0 2
I \ ©CB o
HC C ~ N./
m dinitrobenzeno '• //:_/ "'----o
\-
e-e ,!/ 0~
MECANISMO DA ORIENTAÇÃO H H (não desenhamos os l {)
Tudo dependerá do átomo X constituinte do radical R, que está ligado ao
anel benzênico. O par de. elétrons diminuí a carga ® do nitrogênio mas faz aparecer uma
carga CB na posição orto do anel.
Este carbono (±) pode atrair o par de elétrons rr do carbono vizinho como
indica a figura abaixo:
Com o salto do par de elétrons, o carbono para fica com deficiência de Analogamente um radical orto-para dirigente faz aparecer cargas negativas
clétrons e com carga (±).
nos carbonos orto e para.
Por sua vez este carbono (±) (para) poderá atrair o par de elétrons do car- Seja o fenol:
bono vizinho. E então:
veja os {
..o:H
@:_•)e @-ou elétrons do -OH ..
CB/ \ ®~
e C=NOz -
\ / Um par de elétrons do oxigênio do -OH, salta para formar a dupla ligação
C=C entre O O e o C do núcleo benzênico. Simultaneamente o par de elétrons 11
desloca-se para o carbono orto.
Resumindo:
No mononitrobenzeno temos as seguintes estruturas possíveis:
e .. e
- c .. c
(sem os H)
O carbono orto está com carga negativa. Aí ele força para que o par de
elétrons volte a formar a dupla, porém com outro carbono (meta). Simultanea-
mente a outra dupla já existente desfaz-se e o par de elétrons aloja-se no carbo-
no para.
C..!.!...C
0 / \ G)
O núcleo benzênico é susceptível a ataques eletrófüos. Então, quanto maior :e c~oH
for a densidade eletrônica no átomo, este será mais facilmente atacado pelo rea- \ /
gente. e .--.e e .-.e
Ora, as posições arta e meta possuem baixas densidades eletrônicas porque
os átomos de C ficam constantemente destituídos de elétrons. Mais uma vez o par de elétrons do C (para) ( caminhando no sentido anti-
horário no desenho) vai estabelecer uma ligação 11 obrigando a desfazer a outra
Logo o composto só pode sofrer ataques eletrófilos nas posições meta.
dupla e alojando os elétrons no carbono orto.
Repare que um par de elétrons subiu para o lado do nitrogénio. Isto vem
diminuir a densidade eletrônica no anel aromático. C..!...!. C C..!...!.C
As reaçêíes de entrada desses radicais são do tipo eletrófílo. / \ ® / \ ®
0: e e= OH e e= OH
Ora, a entrada do 1.0 radical, diminui a densidade eletrônica; então a en-
trada do 2. 0 radical será mais difícil. '--~\
e -.:;. e
/ -~e-e/
'--~.,,
Isto vem justificar o efeito desativante dos radicais meta-dirigentes. 0
288 FELTRE - SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA 289
\ A;··---~ e 1(:
,...
e"----.,.--,,_ / e
e
0
No caso da ressonância de elétrons, a determinação se é o, p ou meta vai
Veja quv as pos1çoes de elevada densidade eletrônica são as orto e para. depender de como formará a ligação 1T entre o anel benzênico e o radical.
Enhio o -OH é um orto-para-dirigente.
Se o radical soltar o par de elétrons para a ligação 11 teremos um caso o, p
Seja o benzeno. Quando ele tem radical R- que é orto-para dirigentes, te- dirigente.
mos Ar - R muito mais reativo que o próprio benzeno.
• • li~:~. ••
É que no composto Ar - R existem estruturas com maior densidade ele- Ar - R Ar.!....!.R
trcinica que no próprio benzeno. ~ ó- ,5+
o, p dirigente
Isto vem justificar o efeito ativante dos radicais o-p.
Vamos ao desfecho final, temos duas espécies de radicais: Exemplos:
O grupo -- CH 3 produz efeito +Is e o C (central) solta elétrons ➔ então Se o radical não soltar o elétron e pelo contrário, exigir um par de elétron
o radical terc-bu til será o, p dirigente. do anel benzênico, teremos um radical meta dirigente.
Os grupos -Cl produzem efeitos -Is e o C (central) atrai elétrons do anel :•·•: é um par de elétron 11 do anel benzênico
aromático. Em~o o triclorometil será um radical meta dirigente. Ãr '\_ R ------ Ar.!.!. R
ó+ .S-
b) Sejam ,is radicais com efeitos mesômeros:
.. .o
Exemplos:
ó-
.S-
ºl1:/
..
- Cl: e - eº/
"'H
·-~
f••J,
Ar - e·
ro
1/
,\; - e •• " ,5.:
Ar-C~N
o, p 111 ó+ "- OH ó+ 1 ó+
CH1
290 FEI.TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA 291
@ -C-ÇH3
li
O gás d'água é um combustível. É também matéria prima em muitas sín-
teses orgânicas.
HULHA
' -
A hulha é uma variedade de carvão mineral. Ela contém aproximadamente
80% de C, 5% de H, 4% de O, 2% de N, 2% d~ S e 6% de cinzas.
O soterramento de madeiras de grande porte na era do carbonífero, após
diversas transformações gradativas sem o contacto com o ar, originou a hulha.
A destilação da hulha é feita em retortas especiais e produz três frações:
a) Gás de iluminação que é a fração gasosa.
b) Fração líquida: águas amoniacais e alcatrão da hulha.
c) Resíduo: coque.
8% de CO Destilação da hulha
12% de outros gases.
Esse gás é também utilizado como fonte de H2 na síntese industrial do NH 3 •
As águas amoniacais contêm substâncias que são transformadas em sais de O alcatrão da hulha é submetido a uma destilação fracionada e produz as
amôneo que são fertilizantes. seguintes frações:
O alcatrão da hulha é a parte densa e contém numerosas espécies de a) óleos leves ➔ até 160°C ➔ Benzeno, tolueno, xileno, etc.
compostos aromáticos. b) óleos médios ➔ 160º- 230ºC ➔ Fenol, piridina, naftaleno, etc.
O coque é o resíduo da destilação, sendo praticamente carbono puro. Tem c) óleos pesados ➔ 230° - 270°C ➔ Cresóis, naftóis, anilina, etc.
emprego como redutor em indústrias metalúrgicas, principalmente no alto forno,
d) óleos de antraceno ➔ 270° - 360ºC ➔ Antraceno, fenantreno, etc.
que fabrica o ferro gusa - este produz o aço.
e) Resíduos ➔ piche.
O coque é ainda utilizado como matéria prima para obtenção do gás d'água.
lOOOºC Na destilação do óleo de antraceno fica um resíduo de 60% de píche.
e + co +
O alcatrão da hulha era a única fonte industrial de compostos aromáticos.
coque vapor Hoje, muitos compostos aromáticos podem ser industrialmente obtidos do
d'água gás d'água
petróleo.
'1
EXERCfCIOS E TESTES
1) Dar o nome oficial ao composto de fór- 9) Qua11do o benzeno reage com o Br2 cm
mula presença de FeBr3 temos uma reação de:
a) adição dctrófila
b) adição nuclcófila
e) substituição clctrófilâ
d) substituição nuclcófila
e) eliminação
1 Díálcooís
Glicerina
EXERCICIOS
l
, QUÍMICA ORGÃNICA 295
ALCOOIS
2) Oassificação quanto à posição da bidroxila
DEFINIÇÃO
CH 2 - CH 2 - CH3 álcool primário (OH está em C primário)
Álcoois são compostos orgânicos que possuem uma ou mais hidroxilas (OH), 1
OH
ligadas diretamente a átomos de carbono, que não pertençam a um anel aromá-
tico. CH 3 - CH - CH3 álcool secundário (OH está em C secundário)
1
Exemplos: OH
CH3 - CH2 - CH 2 OH álcool acíclico saturado CH3
1
CH2 = CH - CH2 0H álcool acíclico insaturado CH 3 - C - CH3 álcool terciário (OH está em C terciário)
1
CH2 - CH 2 diálcool OH
1 1
OH OH
NOMENCLATURAS
t) A nomenclatura oficial (IUPAC) é feita com a terminação OL (em casos es-
álcool cíclico saturado
peciais pode-se designar o OH por HIDROXI, numerando-se normalmente sua
posição).
álcool aromático
Mas atençtl.o: 2) A nomenclatura comum é: , álcoo).,<\)~\io~~:~~;P \~~?::;
naõ é álcool,· é um fenol, pois a hidro.xila está ligada di-
retamente ao anel aromático. 3) Há também uma nomenclatura antiga, mas ainda usada em certos casos es~e-
ciais, que considera todos os álcoois derivados do metanol, chamando-o entao
Os álcoois costumam ser representados, abreviadamente, por R - OH.
CLASSIFICAÇÕES
de ca,biMl IH•Siiítj
Além de obedecer às classificações normais das cadeias orgânicas (álcoois Nomenclatura Nomenclatura
Composto Nomenclatura oficial
alifáticos, alicíclicos e aromáticos; áJcoois saturados e insaturados, etc), devemos çamum do Carbinol
mencionar: CH30H metanol álcool metilico carbinol
1) Classificação quanto ao número de hidroxilas CH3 -· CHzOH etanol ákool etílico metil - ca.rbinol
CH2 - CH2 - CH3 CH3 - CH - CHa propanol -2 -'IL-ool isopropíttco dimelil - carbinol
1 monoálcool ou mono) 1
OH
OH
CHa - CH - CHz - CH3 butano! - 2 .:i!L"OOI .~.t.•c·butíJko metil-etil -
CH2 - CH - CH 3 diálcool ou diol ou glicol 1 carbinol
1 1 OH
OH OH CH 3
1
CH2 - CH - CH2 triálcool ou trioJ CH3 " e- CtiJ 2. mctil •• propano!· 2
.ih.'Ool ti:rdo
trirnctil - carbinol
1 1 1 1 buti'fo.-o
OH OH OH .................... OH
!' CH 3 '-ÇH-CH2 -CH10H
áko<;I i,opentílioo
poliálcoois ou polióis
i CH,~
3 • metil - butanol • l
ou isoamlfko
;,obutil - carbinol
296 FEL TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA 297
R - C + 2 [H] R ~ C -· OH
são muito abundantes, na forma de ésteres, tanto no reino vegetal como animal. --. H (R') 1
Além disso, o álcool etfüco, que é sem dúvida o mais importante, é obtido em H (R')
de Zn + HCI
larga escala por processos de fermentação de açúcares. aldeído ou H2 + cat. (Pt, Ni, ...) álcool primário
(ou cetona) ou LiAlH 4 (ou secundário)
1) Hidrólise de ésteres:
5) Reação de aldeídos ou cetonas com compostos de Grignard
r.e e·, (±) OMgX OH
R · e""'º
'OR'
+ R e-:::-º
'oH
+ [R' -· OH/ (R') H
ffiJO
e 1/
\
+ R:: MgX -
1 H O 1
(R') H - e R ......2..._ (R') H - e - R + Mg(OH)X
'H(R") ! 1 1
/ H~, H~~
A reação deve ser catalisada por ácidos ou bases; neste último caso, obtém- 'i I(Í i
se o sal elo acido que constitui um sabão ( daí o nome de reação ele aldeído fórmico -•~---·----------► álcool primário
saponificação ). ou aldeído qualquer álcool secundário
1/ i ou cetona álcool terciário
,' \. ', i :' ; . ". ( " ' li ,e, . cnr,
,_,·•,. '
2) Hidrólise de haletos (em meio básico): Uma reação semelhante é a do óxido de etileno com compostos de Grignard:
H20
CH2 - CH2 + RMgX - R - CH2 - CH2 OMgX - - R - CH2 - CH20H + Mg(OH)X
R -- X + NaOH (aq) --- IR - OHI + NaX \ /
o
óxido de etileno - - - - - - - - ~ - - - - álcool primário
Nesta reação há uma substituição nucleó/ila do x· por um Off, a qual
pode seguir um mecanismo SN 1 ou SN~, como já foi explicado no capítulo Nesta reação obtemos um álcool primário com dois átomos de carbono a
de mecanismos das reações orgânicas.
mais que o radical (R) primitivo. Outros álcoois mais complicados poderão ser
Como produto secundário, esta reação produz a/cenas, cuja quantidade vai obtidos a partir de "óxidos de etileno" substituídos R 2 C - CR2 .
aumentando ao se passar de haletos primários ➔ secundários ➔ terciários - \ I
- o
(aqui o produto principal é realmente o alceno).
-
. , ·,'d!{,
PROPRIEDADES Fl'SICAS
3) Hidratação de alcenos;
Os álcoois mais simples (metanol, etanol e propano!) são líquidos móveis,
R,C = CR2 + H2 0 incolores, voláteis, de cheiro característico e totalmente solúveis na água. Com o
( do petróleo) aumento da cadeia carbônica, os álcoois tornam-se mais viscosos, menos voláteis
e menos solúveis em água, até chegarmos a álcoois de massa molecular elevada
Esta reação obedece a regra de Markownikoff, de tal modo _que o H da que são sólidos e insolúveis em água.
água vai se ligar ao carbono que já está mais hidrogenado. O mecanismo Este comportamento pode ser explicado da seguinte forma. A molécula de
é normal, iniciando-se com o ataque eletrófilo à dupla ligação: um álcool R - O H é semelhante à molécula da água H - O - H; portanto
um álcool é uma substância polar, embora muito menos que a água. Essa pola-
ridade permite que uma molécula de álcool forme pontes de hidrogênio seja com
outra molécula de álcool seja com a molécula da água (ou outro solvente polar);
isto ex plica:
7
- a formação de ''alcoolatos", semelhantes aos "hidratos" formados pela R-0 C _ R'-R-O-C-R'+H O(reaç~ode_es-)
li II 2 tenficaçao
água: o o
ácido éster
CaCh • 6 H2 O - aqui temos "água de cristalízação"
CaCh • 3 C2 Hs OH - aqui temos "etanol de cristalízação" R-0
Entretanto, é bom notar que, num álcool R - O - H, a polaridade diminui cloreto de ácido éster
à medida que aumenta o radical orgânico R e aumenta à medida que aumenta o
11úmero de oxidrilas OH: R-0 e- R'- R - o- e- R' + R' - COOH
11 li
o o
C.h - OH é polar e totalmente solúvel na água
CH3 - CH2 - CH2 - CH 2
CH 2
1
OH
-
1
OH
1
OH
1
OH
1
-
CH - CH - CH - CH - CH 2
OH
CH 2
1
OH
- CH 2 - OH é pouco polar e insolúvel na água
é novamente polar e solúvel na água
(
,.
R-0
anidrido
'--.......;..--'-'--'---......... composto de
Grignard
éster ácido
Enfim, nós sempre devemos raciocinar com um álcool, ·pensando em suas (reação de Zerewitinoff - usada para "dosar" H
"duas partes": "ativos", como é o caso do ROH; mede-se, então
o volume do R' - H gasoso que é produzido.
1
301
300 FEL TRE - SETSUO QUIMICA ORGÂNICA
nada ou "quebra" Notem que o ~cido acético já é um ácido fraco e o álcool etílico é mais
da molécula fraco que a própria água. Por isso, o etanol não reage nem mesmo com as bases
mais fortes que são as alcalinas; no entanto, ele reage com os metais mais ele-
l •ílrnol secundário 1 tropositivos, que são os alcalinos e alcalino-terrosos (e com alumínio amalgamado):
CH 3 CH 2 0H + Na - - - CH3CH20Na + ¼ H;
etóxido de sódiO
COH nada ou "quebra" da molécula
Além disso, esse débil caráter ácido diminui ainda mais, à medida que au-
J ,íkool terciário 1 menta a cadeia carbônica, devido ao efeito indutivo positivo (+IJ do radical or-
gânico.
Estas oxidações, são feitas a quente, e podem ser provocadas ou pelo oxi-
génio do ar na presença de um catalisador (ex.: cobre) ou pelos agentes oxidan-
tes comuns (KMn0 4 , K2 Cr2Ü1, etc).
Como todas as substâncias orgânicas, os álcoois também sofrem oxidação O efeito +1 8 aumenta a densidade eletrônica do oxigênio, que passa a "atrair"
total ou queima dando C02 e H2 O. o hidrogênio, com mais intensidade.
S) Reações de redução Como "bases" os álcoois são também bases fraquíssimas, do tipo de "base
de Bronsted - Lowry". Conseqüentemente esse caráter básico só é revelado frente
Obtidas somente com redutores enérgicos.
a ácidos fortes:
ROH + 2 HI (reação de Berthelot)
+ HCl [C2Hs~Hr
+ cr
íon de etoxônio
EXPLICAÇÃO DAS PROPRIEDADES QUl'MICAS (nome genérico: íon de oxônio ou alcoxônio)
Corno já dissemos, a grande reatividade dos álcoois é devida ao forte ca- Notem a semelhança com:
ráter eletronegativo do oxigênio em relação ao carbono, o que provoca uma forte (H30r + cr
polaridade na molécula do álcool..
íon de hidroxônio
De certa forma podemos dizer que os álcoois funcionam como substâncias
1111J<íteras, comportando-se às vezes como "ácido" muito fraco, outras vezes como Esses íons de oxônio são decompostos por aquecimento:
"base" muito fraca. Isto vai depender principalmente do outro reagente que o © ©
álcool irá "enfrentar"; um álcool irá se comportar como "ácido" se o outro rea- CH 3 - CH2 - O - H b,, CH3 -- CH2 + H20
gente for fortemente básico e, vice-versa, irá se comportar como "base" se o 1
H íon de carbônio
segundo reagente for fortemente ácido.
Os íons de carbônio são também instáveis ~ portanto muito reativos, sendo
responsáveis por inúmeras reações dos álcoois em meio ácido, como por exemplo:
Como "ácidos" os álcoois são ácidos fraquíssimos:
ácido acético { CH 3 COOH ~ tt• + CH3COO" Ka == 1,8 X 10·5 V ©
água { H2 O :::;:::=:=:=~ tt• + OH Ka == 2 X 10"16 H--~~-H
.,·tt··-, H
álcool etílico { CH 3 CH 2 OH ~ tt• + CH 3 CH 2 o- Ka == 10·1s
304 FEL TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA 306
® ---- 6.
- água (85 a 90%)
CH2 + :o -
le)<
Cll.i CH2 - CH3 -
1 - ácido acético (6 a 10%)
H daí o caráter ácido da solu-
2) ácido pirolenhoso =
ção
__/à__ CH3 - CH2 - O - CH2 - CH 3 250°C = mistura liquida
!éter 1 Madeira - metanol (1 a 3%)
retortas
(ausência de ar) - acetona (0,5 a 1%)
Em particular, os ions de carbônio terciários são mais estáveis e portanto - etc
mais fáceis de serem formados que os secundários, e estes mais fáceis que os 3) alcatrão de madeira = mistura líquida contendo gran-
primários. Isto se deve à "assistência" das cadeias carbônicas vizinhas, que, com de número de compostos orgânicos, especialmente
seu efeito +1 5 , "aliviam" a carga positiva localizada no átomo em questão: alicíclicos de moléculas complicadas.
4) resíduo sólido = carvão de madeira
CO + 2 H2
400ºC/200 atm
invertase
ETANOL +
glicose frutose
O etanol, também chamado álcool etfüco, álcool comum ou espírito de
vinho, é preparado: 1 C6Hll06 zimase. 2 C2HsOH + 2 co;
glicose ou frutose etanol gás carbônico
1) A partir do acetileno:
Estas reações prosseguem até a solução conter cerca de 12% de etanol,
CH = CH quando os enzimas perdem sua ação catalítíca - temos então o chamado mosto
fermentado. Notem também que, na segunda reação, há despr~ndimento de gás
carbônico; ao sair, esse gás nos dá a impressão de que a solução está fervendo,
Ê o processo carboqu{mico, já que o acetileno é obtido do carbureto (CaC 2)
daí o termo "fermentar" que vem do latim e significa ferver. Nas grandes usinâs
e este do carvão coque e óxido de cálcío.
de álcool e nas grandes fábricas de bebidas fermentadas, o gás carbônico é reco-
lhido e vendido ou aproveitado na fabricação de bebidas artificiais (refrigerantes).
2) Por hidratação do etileno
O mosto fermentado é a seguir destilado em colunas de fracionamento re-
sultando:
~ o processo petroqu{mico, uma vez que o etileno é produzido nas refina- - álcool comum - solução contendo cerca de 96% de etanol e 4% de água,
rias de petróleo e indústrias petroquímicas. Este processo está sendo cada vez em volume, e por isso chamado de álcool a 96 "graus Gay-Lussac" (96° G.L.).
mais empregado em países com petroquímica adiantada como é o caso dos Esta- Esta mistura álcool-água, não pode ser separada por destilação, pois é uma "mis-
dos Unidos e Japão. tura azeotrópica" de ponto de ebulição constante (78,15ºC) e inferíor ao álcool
puro (78,3°C).
3) Por fermentação de hidratos de carbono - óleo fusel (em quantidade muito menor que o álcool) - mistura com-
1 plicada de ésteres, aldeídos, cetonas e álcoois de pesos moleculares mais elevados
E o processo mais usado no Brasil, seguindo-se o esquema:
'
que o etanol e que destilam em temperatura mais elevada. Por redestilação do
óleo fusel são aproveitados, por exemplo, os álcoois propílicos, buti1icos e amí-
licos usados como plastificantes e como matéria primária para obtenção de outros
compostos orgânicos.
cana de trltura,i,;rKl
Esquematicamente temos então:
açúcar t!m nmcnd.i:i.
condensador
lftrl1"'""'·ã"
~
mosto dl'"~tila,·ão ~
fermentado - - · - 1óleo fuscl
condensador
rcsíduu
Daí por diante a glicose é fermentada como no caso anterior. Em particular, lembramos que as bebidas classificam-se em:
A glicose pode também ser obtida por hidrólise da celulose existente na não-alcoólicas = refrigerantes =soluções aquosas contendo açúcar, corantes e
madeira: essências
(C6H10Üs)n + n H2O
HCl
n C6H12O6 não-fermentadas =licôres =misturas de água e álcool, contendo
celulose glicose açúcar, corantes e essências
2.J) Álcool absoluto: é o etanol anidro, isto é, isento de água (etanol 100%). vinho = da fermentação
do suco de uva
Como já dissemos ele não pode ser obtido diretamente pela destilação da mistura em tonéis
álcool-água, pois ela forma um azeotrópico com 96% de álcool e 4% de água - d t'I d { champanha =da fermentação do suco de
nao- es 1 ª as uva na própria garrafa
Para eliminarmos esses 4% restantes de água temos dois processos: - alcoólicas
cerveja = da fermentação do malte, lú-
a) processo químico: junta-se cal viva ao álcool 96%; a cal reage com a água: fermentadas pulo, etc
li) FRAÇÃO (pe = 64,8ºC): azeotrópico ternário de benzeno (74,I %), etanol
(18,5%) e água (7,4%) - que elimina toda a água DIÃLCOOIS
2-.t FRAÇÃO (pe = 68,2ºC): azeotrópico binário de benzeno (80,2%) e etanol
(19,8%) - quando sai o benzeno restante Diálcoois, dióis ou glicóis são compostos que possuem duas hidroxilas na
molécula .
.H FRAÇÃO (pe = 78,3°C): álcool absoluto
Os glicóis, que apresentam as duas hidroxilas num mesmo carbono (glicóis
3~) Álcool desnaturado: é o álcool comum (96%) ao qual se adicionam I, 1), são instáveis e se decompõem espontaneamente, dando aldeídos ou ceto11as:
substâncias tóxicas ou substâncias de cheiro e sabor desagradável. Este álcool está OH
Íujcito a impostos mais baixos e é vendido para fins industriais. Este "truque" 1
ó usado para impedir que pessoas inescrupulosas usem esse álcool em lugar do R - C - H(R') R - C - H (R') + H2 O
1 li
lllcool especial para fabricação de bebidas, o qual sofre impostos mais elevados. OH o
110 FEL TRE - SETSUO , ,QUÍMICA ORSÃNICA 311
O glicol mais importante é o etanodiol, etileno-glicol ou glicol comum: A reação acima pode ser efetuada usando-se como catalisadores ácidos ou
110 CH 2 - CH 2 - OH. Ele é preparado a partí:c do etileno: bases fortes. Com catálise ácida obtemos realmente a mistura de ácidos graxos,
que é vendida com os nomes comerciais de estearina (usada na fabricação de
+02 (ar) CH 2 -CH2 velas), olef11t1, etc, confonne predomine um ou outro ácido graxo. Com catálise
Ag/250°C "o/ básica (NaOH por exemplo) não obtemos os ácidos graxos mas sim os seus sais
etileno óxido de etileno glicol comum (no caso: R - COONa), que constituem os sabões comuns.
112 FEL TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA 313
H2S04 + K2S04 1) Escreva as fórmulas estruturai.~. dê os no- 4) Escreva a reação de hidratação do pro-
CH 2 -- CH -- CH 2
1 1 1 230°C mes oficiais e •em função do carbinol e pileno.
OH OH OH classifique cm primário, secundário e ter-
glicerina pro penal ou acrole ína ciário os oito álcoois am11icos. 5) A partir do álcool et11ico indique como
se pode obter:
A acroleína é um líquido volátil, de cheiro irritante que se polimeriza fa- 2) Dê os nomes oficiai.~ e em função do car- a) propano!- 2; b) propano! - 1
cilmente. É a acroleína que nos da o "cheiro forte" e a "irritação nos olhos" bino! e classifique cm primário, secundá-
rio e terciário os seguintes á!coois: 6) Por que é possível preparar mais facil-
causada pela "gordura queimada".
mente o propano! - 2 do que o propano! -
CH3.__ __.CH3 1, por via petroquímica?
a) CH __. Ç - CH .._ CH
3 OH 3
Usos da glicerina: é usada como solvente, plastificante, lubrificante, agente 7) Ordene os seguintes compostos, do mais
adoçante, no preparo de cosméticos, de tintas, etc. CH3--. ~H solúvel ao menos solúvel em água: buta-
b) CH .-- CH -CH2 -Ç ~ CH3 no, butano! - 1, metanol, butanodiol -
na produção do gliptal (resina do tipo poliéster ou alquídica) 3 CH3 - CH - CH3 1,4.
c) CH2 = CH - CH20H 8) Escreva a reação do metanol com sódio.
CH3 Como se dissocia o composto formado?
o o
d) CH =e - ç - e =
OH
CH Como é chamado? O que acontecerá com
o composto formado em solução aquosa?
-HiO 11 li . Por que?
+ HO - CH 2 • CII •· Cl!2 ·· OH
1 ~ · · · 0@-<H,-i~,-CH,·, 3) Quais os principais produtos formados na
OH reação de uma solução aquosa diluída de 9) Como reage o isopropanol com:
NaOH com: a) ácido acético;
1111ldrido ftálico glicerina
a) brometo de n-butíla; b) anidrido acético;
b) brometo de terc-butila e) cloreto de acetila
114 FEL TRE - SETSUO
10) \lm monoálcool alifático saturado pro• 15) O que explica a maior reatividade dos
<l u1. imec.liatamente o teste de Lucas. álcoois terciários em muitas ocasiões?
()uundo 0,88 g deste álcool reage com
hroml"to de metilmagnésio, em excesso, 16) Complete as seguintes reações, dando os
silo libertados 224 mi de metano, nas nomes dos compostos orgânicos forma-
<'omlições normais de pressão e tcmpera- dos:
1urn. (.)ual o álcool considerado? a) metanol + cálcio -
(li = l; C ~ 12: O~ 16) b) etanol + cloreto de ,ulfurila
(SO2CI2)
1l ) hcrcva as reações de 1 mo! de ácido sul- e) etóxido de sódio + água -
fúrico concentrado com l e 2 moles de d) cíclopcntanol + KlvlnO4 + H2SO4-
,·1anol rcspcctivamente. Quais os nomes
dos compostos formados? l 7) Por que a síntese do metanol, por via
carboquímica, exige pressões elevadas?
12) 1-:scn.,va as possíveisreaçõesde desidrata-
,·aio do bu tanol - 2, dando os nomes dos 18) Dê o esquema e as principais reaçõt:s de
compostos formados. fabricação do álcool etílico no Brasil. Por
que essas reações são de grande interesse
1J) Como reagem os (a) álcool n-bu tílico, para os bioquímicos industriais?
(b) álcool sec-butílico, {e) álcool tcrc-bu-
tílico com o KMn0 4 em meio ácido? 19) Que são (a) álcool absoluto e (b) álcool
Capítulo 12
ll<' os nomes dos produtos formados. desnaturado?
14 l \lm álcool tem caráter ácido ou básico? 20) Corno se fabrica a glicerina, no Brasil?
,
Por que? Mencione três aplicações desse álcool.
FENOIS
DEFINIÇÃO
NOMENCLATURA
PREPARAÇÃO
PROPRIEDADES FISICAS
PROPRIEDADES OUIMICAS
CASOS PARTICULARES
Fenol comum
Cresóis
Naftóis
Difenóis
Trifenóis
EXERCICIOS
1
OUlMICA ORGÂNICA 317
,
FENOIS PREPARAÇÃO
São compostos que possuem um ou mais grupos OH ligados diretamente Da destilação do alcatrão de hulha obtém-se, em escala industrial, os fenóis
ao anel aromático. mais simples como, por exemplo, o fenol comum, os cresóis (orto, meta e para),
O fenol mais comum é, pois: os difenóis e os naftóis.
NOMENCLATURA
@ + H 2 S0 4 @--so 3 H + H20
A nomenclatura oficial é idêntica aos álcoois, isto é, ou usando-se a termi-
nat,:ão OL (o que praticamente não se usa, por trazer confusões) ou usando-se o
2 @--so3H + Na 2 SÜ3 - 2 @--s03Na + H2 0 + S02
prefixo HIDROXI. Nomes comuns são muito empregados para os fenóis mais
imp,irtantes. Exemplos: t
1
fusão
@--s0 3Na + 2 NaOH @--oNa + Na2SÜ3 + H20
350ºC
Exemplo Nome oficial Nome comum
OH
fenol ou @-- ONa + H 2 O + C0 2 -- @ - OH + NaHC0 3
@@ a: - hidroxi - naftaleno
a: - naftol e a 170 atm.
OH
Si02
SOOºC
@-oH + HCl
@
ânion fcnóxi, fcnato ou fenolato
~ um processo industrial moderno, pois constitui uma variante econômica
do processo anterior, já que somando as duas reações acima temos:
(daí o fato do fenol comum ser também chamado de ácido fênico ou ácido car-
bólico)
@-oH
O caráter ácido dos fenóis (Ka ~ 10· 10 ) é mais fraco que o dos ácidos
carbox11icos (Ka a! 10·5 ), porém mais forte que o da água (Ka ~ I 0- 16 ) e que
o dos álcoois (Ka ~ 10" 18 ).
4) Oxidação do cumeno (isopropil - benzeno) O caráter ácido dos fenóis é explicado da seguinte maneira:
/CH3 _
@ - CH + 0 2 (ar) OH
"CH3
. 130ºC
•• •• ••
@
••
OH
É um processo industrial moderno, decorrente da petroquímíca, onde o
cumcno é obtido em larga escala. Note que o processo produz fenol e acetona,
duis produtos orgânicos de grande importância industrial. Ó'e
5) Hidrólise de sais de diazônio
A preparação dos sais de diazônio é discutida no capítulo dos compostos É interessante notar que o caráter
nitro~enados. Este processo só é usado em laboratório ou na obtenção de fenóis ácido dos fenóis torna-se muito mais for- OH
111dl~ l;U111p1exos que o fenol comu~. te, quando existem no anel outros radi-
cais que "ajudam a puxar" o par eletrô-
nico do grupo OH para o anel (radicais O,N1$TNO,
PROPRIEDADES F(SICAS de efeito -1 e/ou -M). Assim, por exem-
plo, o 2, 4, 6 - trinitro - fenol é um áci-
Os fenóis são, em geral, sólidos, pouco solúveis em água, de cheiro forte do tão forte quanto os ácidos minerais, N0 2
e característico. São tóxicos e têm ação cáustica sobre a pele.
1 daí seu nome comum - ácido pícrico.
r
no FEL TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA 321
OH
5) Reações de redução
y
B r ~ Ü Br
2, 4, 6 • trib, m10 - fenol a) Podemos reduzir o grupo OH (a redução do OH dos fenóis é mais fácil que
dos álcoois):
@
Br H
Enquanto o benzeno só reage com HNO3 concentrado, em presença de H2SÜ4
concentrado, o fenol reage com HNO 3 diluído dando: + Zn @ + ZnO
Os fenóis são facilmente oxidados, pelo próprio oxigênio do ar e mesmo em FENOL COMUM
temperatura ambiente. As reações são complicadas e produzem misturas comple-
l(as; por exemplo: O fenol comum (ácido fênico ou ácido carbólico) é um sólido (pf = 4lºC;
pe = l 82ºC), cristalino, incolor, tóxico, corrosivo e ligeiramente solúvel em água.
OH OH o o OH
É obtido na destilação do alcatrão de hulha, mas atualmente mais de 90%
@
fonol
[O]
@- OH
hidroquitiona
[o]
ó o
quinona
óo
• 2 @ da produção mundial é feita pelos processos sintétícos já mencionados (processos
Dow, Raschig e oxidação do cumeno).
O fenol ·comum é usado:
- como désinfetante e germicida
lincolor) {incolor) (amarelo) complexo vermelho
- na fabricação de baquelite
É por isso que o fenol comum vai "avermelhando" com o tempo.
- na fabricação de fenolftaleína {indicador e laxante)
JH FEL TRE - SETSUO aufMICA ORGÃNICA 325
na produção de corantes sintéticos São tóxicos e pouco solúveis mesmo em água quente.
na produção de ácido pícrico e seus derivados São sub-produtos da destilação do alcatrão da hulha e podem ser obtidos
picrato de amônio (explosivo) pelo processo de fusão alcalina, já visto.
picrato de butcsina (medicamento contra queimaduras)
São usados na produção de corantes e outros compostos orgânicos.
CRESÔIS
OH OH OH DIFENôlS
@CH,
@-CH, ($] OH
orto • cresol
súlido incolor
meta - crcsol
líquido incolor
CH3
para • cresol
sólido incolor
@OH c$J
OH
pf 30°('; pc = 191°C pf = 11 ºC; pe = 202°C pf = 34°C; pc = 202°C (piro) catccol ou resorcinol ou hidroquinona ou
(piro) catequina resorcina hidroquinol
sólido incolor sólido incolor sólido incolor
São também tóxicos e pouco solúveis em água. pf = l 05°; pe = 245°C pf = 1 lOºC; pe = 280ºC pf = l 7GºC; pe = 285°C
Os três aparecem misturados na fração denominada "cresol", que é obtk':•
pl'la destilação do alcatrão de hulha; daí eles podem ser separados por ulterior
São tóxicos e mais solúveis em água do que o fenol comum, devido à pre-
ll'llcslilação. O para-cresa! é ainda produzido pelo método de fusão alcalina, já
sença das duas hidroxilas.
llll'ndnnado.
São obtidos em geral pelo processo de fusão alcalina.
Os crcsóis são usados:
como desinfetantes e germicidas (menos tóxicos que o fenol comum) Os difenóis são usados como antissépticos, na fabricação de corantes e me-
dicamentos. Em particular, a hidroquinona é importantíssima na fabricação de
na fabricação de corantes, explosivos, perfumes, etc reveladores fotográficos e como anti-oxidante.
na conservação da madeira (ex.: dormentes de estradas de ferro)
na fabricação de "creoliná" e "lisol" - que são misturas de cresóis neu-
tralisados por NaOH (portanto, cresolatos de sódio) e/ou sabões
TRIFENôlS
OH OH OH
,.
@@ 00-0H
~OH
~OH HO©OH
1 • hidroxi - naftaleno 2 - hidroxi - naftaleno
1
pirogalol ou fluoroglucinol ou
ou a:- naftol ou {3 • naftol ácido pirogálioo lluoroglucina
sólido amarelado sólido incolor (redutor e revelador (usado na fabricação de medicamentos
pf = 94°C; pe = 288°C pf = 122°(; pe = 295°C fotográfico) e oomo reagente analítico
321 FEL TRE - SETSUO
EXERCfCIOS E TESTES
1l Di• nomes aos seguintes compostos: 6) Os fenóis sofrem esterificação direta com
OH
os ácidos carboxílicos, à semelhança com
os álcoois? Por que?
c)
di e trinitração do fenol?
ETERES OBSERVAÇÃO:
Existem éteres cíclicos que serão estudados no capítulo dos heterocíclicos.
Em particular, quando o _oxigênio está ligado a dois carbonos vizinhos, temos os
DEFINIÇÃO
chamados "óxidos" ou "epóxi -- compostos", como por exemplo:
!!teres são compostos que apresentam um átomo de oxigênio diretamente CH 2 - CH2
liV,,1do a dois radicais orgânicos.
\ / óxido de etileno ou epóxi - etano
I' ,cm pio: o
CH 2 - CH - CH3
Ao menos estruturalmente, podemos considerar os éteres como "óxidos or-
v.:111icns". \ / óxido de propileno ou l, 2 - cpóxi - propano
o
í
Estes compostos têm propriedades totalmente diferentes dos étcres comuns.
CLASSIFICAÇÕES
R O ..... X }R'
IN_a__+_ _ R - O --- R' + NaX Os éteres são pouco reativos. Esta é outra razão para usá-los como "solven-
alcóxido de
sódio
haleto de éter alifático { tes inertes" em muitas reações orgânicas. No entanto, é bom não esquecer que
os éteres são altamente inflamáveis; por isso, só devemos trabalhar com uma so-
alquila (sim. ou assimétrico) lução etérica na ausência de qualquer chama, cigarro aceso e até mesmo resistên-
Ar x+
O .__IN_a_ _+_ __ R' Ar - O-· R' + NaX
cia elétrica exposta (o éter comum é um dos maiores causadores de acidentes em
laboratórios de Química Orgânica).
ícnóxido de
sódio
haleto de
alquila
1) Caráter básico
com Ar - X, pois os haletos aromáticos são pouco reativos. Os éteres comportam-se como "bases de Lewis", pois o ox1gemo dispõe
com R - X secundários e principalmente terciários, que produzem olefi- de dois pares isolados de elétrons. Por este motivo, os éteres reagem com ácidos
nas, provocado pelo caráter básico forte do RONa (ou ArONa). dando os correspondentes "sais de oxônio":
••
C2Hs - O - C2Hs + H2SÜ4 - [C2Hs -
••
R- C2Hs] HS04
.l) Reação de haletos com óxido de prata 1
J " H
R-0-R + 2 AgX sulfato ácido de dietil oxônio
4) Reação de fenóis com diazo - metano Por isso os éteres são solúveis em H2 S0 4 concentrado a frio (a quente há
ruptura do _éter). Este comportamento permite diferenciar, na prática, os éteres
Ar - OH + Ar - O - CH 3 + dos hidrocarbonetos e dos haletos orgânicos.
O diazo - metano só reage com H "ácidos" e produz especificamente éte- Ainda devido ao seu caráter básico, os éteres reagem com os "ácidos de
rc& aril - metfücos. Lewis" dando complexos denominados "eteratos":
F
ax ••
PROPRIEDADES FISICAS + B :F - C2Hs - O - C2Hs
ex ••
Os éteres são substâncias muito mais voláteis que seus correspondentes ál- F F:a:F
coois isômeros; assim, por exemplo, o éter dimetI1icr é um gás (pe = -24ºC) floreto de boro
enquanto seu isômero, o álcool comum é um Hquid J (pe = 78ºC). Isto ocorre (o boro está com
porque as moléculas de um éter não podem se associar, por meio de "pontes
de hidrogênio", como acontece com os álcoois. i
4
6 elétrons) eterato de fluoreto de boro
CiHs -0-
•• ~Hs
O éter meti) - etílico é ainda um gás (pe = 8°C). Do éter dietilíco (ou ••
~ler comum) em diante, os éteres são líquidos incolores, de cheiro agradável,
••
2 C2Hs - O - C',:iHs R:Mg:x
pouco solúveis (e menos densos) que a água. Somente éteres de massa molecular
elevada é que são sólidos.
•• composto de Grignard
(o Mg tem 4 elétrons)
..••
CiHs -0-CiHs
eterato do composto
Os éteres líquidos comuns têm constantes dielétricas baíxas, servindo então de Grignard
como "solventes apoiares". O éter comum, por exemplo, é um bom solvente pa-
ra quase todas as substâncias orgânicas, exceto as fortemente iônicas e as poli- Por isso, os compostos de Grignard são sempre preparados e usados em
hídroxilas (ex.: açúcares); enfim o éter é um solvente do "tipo oposto" ·da água. solução etérica.
◄
A molécula de um éter é rompida quando aquecida com H2 SO 4 , ácidos O éter etfüco (ou éter dietüico ou éter comum ou éter sulfúrico) é um Jí.
lwlngcnídricos (a reatividade é HI > HBr > HCI) e até mesmo com certos "áci- J quido íncolor, muito volátil (pe = 35ºC), de cheiro agradável, pouco solúvel na
dos de Lewis" como o AICb: água mas solúvel nos solventes orgânicos usuais.
Ele é normalmente preparado por desidratação do álcool comum, a
I35º/I40ºC, em presença de lfiS0 4 concentrado - daí seu nome "éter sulfúrico".
O éter comum é usado:
Esta reação é usada como método analítico de dosagem de grupos meto- - como anestésíco
xila, O - CH 3 (método de Zeisel): - como solvente em laboratório e na indústria (solvente para celulóide, pól-
vora sem fumaça, colódio, etc)
+ m R -- OH + CH 3 Il'
- na extração de óleos, gorduras, essências. etc, de suas fontes naturais.
o ('11.il é volátil, reage facilmente com AgNO 3 dando o Agi que é dosado gra-
vimclricamente.
Apesar de pouco reativos, os éteres são, sem dúvida, mais reativos que os
akanos. Assim, por exemplo, o éter comum pode ser clorado a frio e em ausfa1-
l'ia de luz, coisa que não acontece com um alcano.
EXERCfCIOS E TESTES
• •
o radical funcional :::: C = O, denominado carbonita .
Nos aldeidos uma das valências do carbono é preenchida obrigatorí.amente
pelo hidrogénio e a outra por um radical alquila ou arila. Ternos então as fórmu-
"""
las gerais R - C ....._ o
H
ou Ar - C ..._ """ºH , que podem ser abreviadas para RCHO
ou ArCHO (não devemos escrever RCOH ou ArCOH para evitar confusão com
. ~o
os álcoois). Notem porém que o aldeído mais simples é o H -- C::: .
H
Nas cetonas as duas valências do carbono são preenchidas por radicais al-
quila ou arila. Temos então as fórmulas gerais
Capítulo 14 J R -· C - R' (cetona alifática), Ar - C - Ar' (cetona aromática) ou
li li
o o
,
Ar - C - R (cetona mista)
ALDEIDOS E CETONAS o
li
NOMENCLATURAS
DEFINIÇÕES A nomenclatura oficial dos aldeídos é feita com a terminação AL e o car-
NOMENCLATURAS bono do grupo --CHO recebe o número 1. A nomenclatura vulgar é derivada do
PREPARAÇÃO ácido que o aldeído produzirá por oxidação.
Métodos gerais
Preparação de aideídos
Preparação de cetonas Aldddn Nome oficial Nome vulgar
PROPRIEDADES F11l1CAS alúeído fórmico
H e~º metanal
PROPRIEDADES QUIMICAS •..._H ou formaldeído
CASOS PARTICULARES
aldeído acético
Aldeído fórmico CH; e""º lõ!tanal
'H ou acetal de ido
Aldeído acético
Acetona _..,()
aldeído acrílico
Cll1 = CH ç~ propcnal
EXERCIÍ:IOS li ou acrolcína
•· S 4 3
l'H, -- CH ·- CH- ·- CH - C' ,,-
2 l ..-:O
2, 4 - dünctil - pcntanal
• 1 • 1 "-H
CH_, CH.,
o aldeído b~n1.óico
@-- e"" -....H ou benzaldcído
FEL TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA 337
/\ 1unncnclatura oficial das cetonas é feita com a terminação ONA. A no- R - [o] R--._C=O [O] nada ou quebra
~ CHOH
111,·11r.:h1I ura vulgar é formada pelos nomes dos dois radicais que estão ligados à R',,,- R',,,- da cadeia
,·arho11ila e maís a palavra cetona.
álcoois secundários 1 cetonas
R..____
C'dona Nome oficial Nomt• vulgar [O]
R' - COH nada ou quebra da cadeia
<'ll.1 e CH3 propunona dimt'til •- cetona ou R"_,,,-
li ac~tona ( cetona comum.)
() fü:oois terciários
C'll_1 (' CH, -- CH2 -- CH3 pentanona - 2 mdil - prupil - <:l'lona
li A oxidação é executada pelos agentes oxidantes comuns (KMn0 K 2 Cr 0- 4 , 2 1 ,
OBSERVAÇÃO: R Cu
'-cHOH 300°C
R --.C =O + H2
Existe um grupo de dicetonas cíclicas muito importantes que é o das cha- R',,,. R' _,,
1m1das QUINONAS.
2) Aquecimento de sais de cálcio (ou de bário) de
o o o
o
ácidos carboxílicos (método de Píria)
óº o
000 o
/4-
R -
R'--
coo....._
coo,,,,
Ca R--._C=O
R'_.,..
cetona
+
CH 2 - CR 2 - COO ,
PREPARAÇÃO [ Ca
CH 2 - -· CH 2 - COO .,,.
Métodos Gerais para Aldeídos e Cetonas
\ adipato de cálcio ciclopentanona
1) Oxidação ( ou dehidrogenação) de álcoois
Uma variante deste processo parte dos próprios ácidos carboxfücos:
[o] [O]
R - COOH MnO ou ThO2
2 CH 3 - COOH
300°C
álcoois primários 1aldeídos 1 ácidos
FEL TRE - SETSUO OUIMICA ORGÂNICA 339
338
Este processo, de um modo geral, não é muíto empregado, primeiro devido É um método interessante para obter cetonas de cadeias (R) longas, pois
a dificuldade de se obter o dihaleto inicial, segundo porque a reação dá produ- as nitrilas correspondentes (R - C = N) são obtidas a partir de ácidos graxos
tos secundários (acetilenos e dienos). No entanto a reação é útil na obtenção do (ácidos naturais de cadeias longas).
benzaldeído:
2) Reação de cloretos de ãcidos com compostos orgânicos de cádmio
R - C? O + R' Cd Cl R - C - R' + Cd Ch
2 HCl 'Cl !)
luz U.V.
o
CHO
Notem que o reagente R'CdCl é semelhante a um composto de Grignard
@ + 2 HCl
(R'MgCl). O composto de cádmio é, contudo, menos reativo que o de Grignard,
que acabaria reagindo com a cetona e produzindo álcoois terciários.
CH - (CH2h Esta oxidação é muito fácil (pode ser provocada até pelos oxidantes mais
brandos), por isso dizemos que os aldeídos são redutores.
li "e=º
/
CH - (CH2h [o]
NADA, ou quebra da cadeia por
bcnzaldeído oxidantes muito fortes
(cssê ncia de vanilina civetona
umêndoa.~ amargas) Por isso dizemos que as cetonas não são redutoras.
Esta diferença de comportamento nos oferece vârios' processos analíticos
PROPRIEDADES QUÍMICAS para se diferenciar aldeídos de cetonas:
CH 3 -- C - Clh "'ºONH
R- C.:::
4
+ 2Agt + 3NH 3 + H2 0
.__,,
li
o espelho
de prata
A forma enólíca reage com sódio metálico:
b) Reativo de Fehling (ou licor de Fehling): é preparado, no instante da reação,
CH2 = C - CH3 ...1l:!!_ CH2 = C - CH3 + ½ H2 misturando-se duas soluções aquosas:
1 1
OH ONa uma de sulfato de cobre Il
outra de NaOH e tartarato duplo de sódio e potássio (sal de Seignette),
o sódio desloca o equilíbrio cuja função é complexar o Cu*, evitando a precipitação do Cu(OHh:
Os aldeídos e as cetonas são bastante reativos. Os aldeídos são, em geral, R - C 1/0 + 2Cu(OH) • sai de
'H 2 Seignette
mais reativos do que as cetonas, especialmente nas reações de O:Xidação. De um
modo geral, os aldeídos e cetonas alifáticos são mais reativos do que os corres- complexo iµul precipitado de cor
pondentes aromáticos, onde a carbonila está ligada ao anel aromático (pois neste vermelho-tijolo
)
caso a carbonila entra em ressonância com o anel). As cetonas também não provocam esta reaclfo.
342 FEL TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA 343
2 @ + N,OH @ +
aldeídos
(ou cetonas)
ácido
cianídrico
aldocianidrinas (ou cetocianidrinas) im-
portantes na obtenção de Q - hidroxi -
ácidos, por hidrólise do -CN a -CQOH
<oxidado) (reduzido) OH
í°"o
bl C±EJ 1
reação de\
R - e + Na HS03 R - C - S03Na (
BertagniniJ
Como dissemos, anteriormente, as cetonas não são redutoras, mas podem "H (R') 1
ser oxidadas (à força), por oxidantes enérgicos (KMn04, K2 Cr 2 O?, etc), haven- H(R')
do então ruptura da cadeia: aldeídos bissulfito 1 - hidroxi - alquil -- sulfonato de sódio
(ou cetonas) de sódio (composto bissulfítico); são precipitados
c~istalinos que servem para a identifica·
tt
ou ou çao de alde1dos (e cetonas)
mistura dos ácidos
[o]
R - CH 2 ~ CH2 - R' R - CH 2 - COOH, R' - COOH,
~ ®0
OH
R - COOH e R' - CH 2 - COOH 1
o R - C.,,,,_O + HOH R -· C - OH
'H(R') 1
H(R')
2) Reações de redução: aldeídos diálcool geminado (instável) a não
(ou cetonas) água ser em casos especiais como o hi-
R-C ~º
'H(R')
+
Ni
R - CH - OH
1
drato de cloral
H(R') OH OR"
aldeídos (ou cetonas) álcoois primários
l'o
R-C,.... +
0'+'
R"OH
~ H+ 1
R - C - OR" exc,
r
R,r C - OR"
(ou secundários) --.....H(R') 1 R"OH 1
H(R') H
aldeídos átcoois semiacetal acetal
3) Reações de adição à carbonila (ou cetonas) {idem para (ou semicetal) (as cetonas não
R"SH) chegam a este ponto)
A carbonila é muito reativa devido sua forte polarização, decorrente da
OMgX OH
ressonância: f'o 0®
R - C,,.,
"H(R')
+ R"MgX
-
éter 1
R-C-R" _&Q_ R - C - R" + Mg(OH)X
1
H(R')
1
1
H(R')
Várias substâncias podem então se adicionar à carbonila, segundo o esque- aldeídos compostos álcoois secundários
(ou cetonas) de Grignard { ou terciários)
ma de ataque nucleófilo ao carbono: (ou primários se tivéssemos
partido do formaldeído)
OH
0.
R - C::;::oO
0® 1
+ R"C = CH R - e - e= CR"
"H(R') 1
H(R')
aldeídos
(ou cetonas) alclnos átcoois acetilênicos
FEL TRE - SE.TSUO QUÍMICA ORGÁIIIICA 345
344
R- ~to+ R -- C - Nlh + H2 O
hidrazina aldohidrazona
1
H H H H b) Condensação aldólica
1 1
-C-C-C- - e ➔ e ,._ e OH
1 llj 1 1 .,-:;:Ü
-· C ,:;;,-
-
-º!!__ CH -· C - CH2
1
H O H H 08 H '-H (R) 3
1
H(R)
Há dois exemplos importantes da reatividade dos hidrogênios em a: duas moléculas de aldeídos {3 - hidroxi - aldeído ou
(ou cetonas) com H em a {3 - hidroxi - cetona (ALDOL)
e1) Substituição por halogénios
Esta reação mostra, por um lado a reatividade do H em a (da 2:J. molécula)
('li.,
ro
e, +CI2
CH2Cl - C,
..,..o +exc. Cl1
CCl 3 - e,
..,..o e por outro lado, um novo exemplo de adição nucleófila à carbonila ( da l :J. mo-
H -HCI H -2 HCI H lécula).
aldeído aldeído aldeído tricloroacétko
Os aldóis assim obtidos desidratam-se facilmente, dando aldeídos a, {3 - in-
a,·Jtico monocloroacético (cloral) saturados:
+Ci] + exc. Cl 2
C'l l.1 C - CH3 CH 2 Cl - C - CH3 CCh - C - CH 3
li -HCI -2 HCI
li li
o o o aldol comum aldeído crotônico
acetona monocloro - acetona tricloroacctona
Daí a reação chamar-se reação de crotonização.
Estes derivados triclorados são decompostos por solução aquosa de NaOH,
dand<i clorofórmio:
CASOS PARTICULARES
1/0
C<'l.1 C, + NaOH CHCh + H-c:::- 0 ALDElbO FÓRMICO
H ONa
clorofórmio formiato de sódio O aldeído fórmico (formaldeído ou metanal) é um gás (pe = -21 ºC) inco-
lor, de cheiro característico e irritante e bastante solúvel em água. A solução
C'C'l.1 C - CH3 + NaOH + aquosa, contendo cerca de 40% de formaldeído, é vendida com o nome de formo!
li ou formaJina.
o clorofórmio acetato de sódio
É produzido industrialmente por oxidação do metanol:
Essas reações se processam, consecutivamente, numa solução aquosa de hi-
poclorito de sódio (NaCJO), que se obtém dissolvendo o gás cloro em solução
aquosa de NaOH; o mesmo vale para o bromo e para o iodo, produzindo-se então
o hrof1'/ofórmio (CHBr 3) e o iodofórmio (CHI 3) respectivamente. Essa reação é
- 6
Pt
2H-C:.--
"H
,,-::Ü
muito importante, ocorre com todos os aldeídos e cetonas que apresentam a É usado:
t..-rminação - C - CH 3 , e é chamada de reação do halofórmio. como desinfetante
/
1
11
o na conservação de cadáveres e· peças anatômicas
FEL TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA 349
-6 H20 O doral é usado como hipnótico, para clarificar tecidos animais (anatomia)
e na produção do DDT (inseticida):
H Cl
ClI O +
na produção da ciclonita ou RDX, forte explosivo, obtido por nitração da
urotropina H CI
A acetona é muito usada: 8) Os aldeídos e as cetonas não são ácidos e) butanal + OH"
mas reagem com sódio ou potássio me- f) acetona + semkarbazida
como solvente, no laboratório e na indústria, para acetileno, acetato de ce- tálico. Por que? g) pentanona - 2 + NaHSO 3
h) benzaldeido + reativo de Tollens
lulose, nitrato de celulose, sedas artificiais {rayon), tintas, vernizes, esmal- i) benzaldcído + NaOH (concentrado)
9) Qual o tipo de reação que melhor dife-
tes, etc rencia aldeídos de cetonas? j) bcnzaldeído + fenilhidra?.ina
na extração de óleos e gorduras de sementes, etc
10) Que é reativo de Fehling? E reativo de 14) Efetue as seguintes transformações:
na fabricação de pólvora sem fumaça Tollens? Para que são usados? a) ácido propiônico a pentano! - 3
na fabricação de medicamentos hipnóticos (clorofórmio, sulfonal, cloretona, b) etanal a butcnal - 2
11) O que explica a reatividade da carbonila e) acetaldeído a n • butano!
etc) e que tipo de adição ela normalmente d) propanal a· meti! - acetileno
-- na produção de anidrido acético: sofre? e) bcnzaldeído a fenil - etil - carbinol
700°C 12) Como podemos dcteire eliminar o ace- 15) Que é formo!?
taldcído que está impurificando uma
ceteno amostra de cetona? 16) Que é paraldcído?
13) Escreva as seguintes equações, dando os 17) Como se obtém o cloral? Para que é usa-
nomes dos produtos formados: do? Que é cloral hidratado e o que ele
a) butanal + etanol (excesso) apresenta de especial?
b) propanat + hidrazina
e) butanona - 2 + NaOBr 18) Quais são os processos modernos de ob-
d) ciclobutanona + hidroxilamina tenção da acetona~
EXERCÍCIOS E TESTES
,,,, • . ! '
1) Dê o~ nomes oficiais e vulgares dos se- 2) Que são quinonas? Qual a fórmula da
11:uintcs compostos: quinona comum? l
, ®
CHO CHO
Cll3
f)
® CHO
6) Que é reação de Rosenmund?
DEFINIÇÃO
CLASSIFICAÇÕES
NOMENCLATURAS
PREPARAÇÃO CLASSIFICAÇÕES
PROPRIEDADES FISICAS
PROPRIEDADES QUIÍVIICAS Os ácidos carboxílicos podem ser classificados:
CASOS PARTICULARES
Ácido fórmico 11) de acordo -::om o número de carboxilas existentes na molécula:
Acido acético ....-,Q
Diácidos monoácidos ou ácidos monocarboxílicos: têm um - C :::::: OH
EXERCICIOS
exemplo: ácido acético: CH 3 COOH
diácidos
exemplo:
011 ácidos dicarboxílicos: têm dois - C:;: gH
ácido malônico:
__.COOH
CH 2 ---.COOH
- .•
4 3 2
OBSERVAÇÃO: l'll.1 CH - CH2 COOH ácido 3 • mctil - butanóico tíddo iso - valérico
1 (ou ac. (3 • mctil - butanóico) (ácido isopropil - acético)
Os monoácidos de cadeia longa são denominados ácidos graxos, pois são CH3
encontrados nos óleos e gorduras (vegetais e animais) na forma de ésteres da
glicerina.
Ácidos lnsaturados
l 'li i = C'H -- COOH ácido propcnóico ácido acrílico
C'II =C -· COOH ácido propinóico áddo propargílico
NOMENCLATURA
PREPARAÇÃO
ÂCIDOS NOME OFICIAL NOME VULGAR
l ) Por meio de reações de oxidação:
(n"'rco<)H ácido o • ftálico Corno já vimos· a oxidação enérgica de álcoois secundários ou álcooís ter-
ácido benzeno - dicarboxílico - 1, 2 (ou simplesmente ciários ou cetolllS também produz ácidos carbox(licos, com cadeias menores que
~COOH
ac. ftálico) os compostos iniciais, já que ocorre ruptura da cadeia original.
CH2 -
OH
e -
OH
1
OH
CH2
ácido 2 • hidroxí - propano -
triéarboxílíco
ácido cítrico
(no limão· e laranja)
@ [o]
@ \
1 1 1 tolueno ácido benzóico
COOH COOH COOH
aor§:L. OH
ácido 3, 4, 5 - trihidroxi -
benzeno - carboxílico ácido gálico
2) A partir de compostos de Grignard:
ácido malônico ácido acético Os pontos de ebulição• dos ácidos são bem mais elevados que o dos álcoois
ou aldeídos de massa molecular igual, devido a pontes de hidrogênio bastaate
R ....._ ,,,-COOH R fortes que produzem dimeros:
t:. -,,...CHCOOH + co;
R,,,,,c'cooH R'
4) Por hidrólise de derivados de ácidos (sais, éstercs, anidridos, amidas, nitri- São as pontes de hídrogênio que explicam também a solubilidade dos ácidos
las, cloretos de ácidos, etc) cm água:
Os casos mais importantes são:
R C ,:::.O H H
a) hidrólise de ésteres - '- ' '
OH···O-H···O-H···
,:::::-0
R - C, +
.R-C ~º + R'OH
OR' '-- OH
ácido aloool
Esta reação é importante pois muitos ésteres são encontrados na natureza, PROPRIEDADES QUllVllCAS
tanto no reino vegetal como no reino animal.
1) Caráter ácido
b) hidrólíse de nitrilas
Os ácidos carboxl1ícos têm caráter ácido devido à dissociação:
'lo
R - C • +
-....OH
nitrila amida sal de amônio
Esta reação é importante porque a nitrila pode ser facilmente obtida pela Esta dissociação é possível devido à ressonância:
reação:
Notem que, na última forma canônica de ressonância, o ox.igênio do grupo CH2 +- COOH ácido monoiodoacético: Ka = 7,5 X 10"4
OH está com carga positiva de modo que ele irá "repelir" o H (que também é t
positivo) obrigando-o a sair (dissociar) da molécula.
Uma vez dissociado o H, o radical carboxilato restante é também estabili-
CH 2 ..- COOH ácido monobromoacético: Ka = 1,38 X 10" 3
zado por ressonância:
t
onde notamos) Br
-?o que os dois
R -C...._ 8 CH2 ..- COOH ácido monocloroacético: Ka = 1,55 X 10·3
o oxigênios são
.j,
equivalentes
Cl
Este fato, contudo, faz com que o ácido carboxüico perca a maior parte CI +- CH ..- COOH ácido dicloroacético: Ka = 5 X 10·2
das reações típicas do grupo carbonila ( :: C == O) que foram vistas nos aldeídos i
e cetonas (lembrem-se que a ressonância também faz o anel aromático perder as Cl
propriedades das duplas ligações). Cl
O "caráter ácido" dos ácidos carboxílicos é, no entanto, fraco, como po- t
demos ver pelas seguintes constantes de dissociação: Cl ..- C ..- COOH ácido tricloroacético: Ka =2 X 10·1
.j,
H - COOH ácido fórmico: Ka = 1,7 X 10·4 CJ
CH 3 - COOH ácido acético: Ka = 1,8 X 10·5
CH 3 - CH2 - COOH ácido propiônico: Ka = 1,4 X 10·5
Pelo mesmo motivo, um ácido dicarboxílíco, com carbox.ilas vizinhas, é mais
(lembramos que para: R - COOH = R - COO 8 + H@ temos:
forte que um ácido monocarboxílico.
ácido propiônico:
f ~9.· l (não há ressonância com a cadeia)
' ,.,,,o
~~:~~•dmd, ~•ómm m =OO•~ , ,~ (lh =CH-C....._ ácido acn1ico:
tanto diminui a "chance" da ressonância explicada OH
acima.
aqui há ressonância (devido ao efeito mesomérico -M da carboxila).
No entanto, se na cadeia orgânica existir algum radical de efeito indutivo
negativo (-1), ele irá "atrair" os elétrons da carboxila, facilitando a saída do H•
r--.... 00 @ 08
\
e aumentando a força do ácido; como exemplo temos: CH2 1. CH ~ C -:P - - - - CH2 - CH == C .,,-
...... OH ...__OH
OUfMICA ORGÂNICA 363
312 FELTRE - SETSUO
,---••-••~••••w---,
O mesmo podemos dizer dos ácidos aromáticos, com a carboxila ligada di- R --- coloH + nio11L R'
retamente ao anel: e·----·-·----- -- __ :
ruptura éster com
@-cooH ácido benzóico: Ka = 6,6 X 10· 5 oxigénio - acila oxigênio - 18 (radioativo)
Neste caso, o ácido será ainda mais forte se tivermos, no anel, outros radi- Isto se deve ao seguinte mecanismo (é o mecanismo mais comum)
cais que "puxem'' elétrons para sí. •
R-
Vo
e:--- -------R -
0
e----
08 +
_!!__ R - cG:)7
,,,-OH n. , H9_-R
Em decorrência do "caráter ácido" os ácidos carboxi1icos apresentam as . . . _ OH ....__OH "-
OH
reações normais de todos os ácidos:
OH OH
reação com metais: [ (±) -H• I H O 1/0
R--C-0-R' - R-C-0-R' - 2 R-C
......_OR'
R - COOH + Na R - COONa + ½ H; 1 1 1
OH H OH
sal
Já nos álcoois terciários (e alguns secundários) acontece o contrário, o H
reação com bases: sai do ácido e o OH do álcool:
- - - - R - COOMgX +
R'
sal misto
íon de
carbônio
2) Reação de esterificação:
H+
R - COOH + R' - OH .::;:::::::::::::::::::!: R -- COOR' + H2 O
.H Reações com haletos de fósforo
Esta reação, que é chamada de esterificação direta ou esterificação de Fisher,
3R-C1/0 + PCh
é uma reação lenta, reversível (rendimento da ordem de 60%) e é catalisada por 'OH
ácidos minerais fortes (l{iS0 4 ou HCI concentrados).
cloreto de ácido
Na esterificação, a ordem de reatividade dos álcoois é: primário > secun-
?o
dário > terciário (estes são muito pouco reativos). + PCls R- C + POCh + HCI
-----c1
Com o auxílio do isótopo 18, provou-se que, nos álcoois primários (e al-
guns secundários), o H sai do álcool e o OH do ácido: cloreto de ácido
314 FEL TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÃNICA 365
Idem para o bromo e iodo. Resistem às oxidações porque o carbono da carboxila já está no "estágio"
Estas reações são muito importantes na obtenção dos cloretos de ácidos. mais elevado de oxidação. Faz exceção o ácido fórmico, cuja molécula ainda
Um outro caminho interessante é: apresenta a estrutura de um aldeído·:
R-C
,::::;O
'OH
+ SOCh
~
-
cloreto de
R - C-:?"O
'Cl
cloreto de
+ so; +
~v-z
gases
Hei'
. O ácido fórmico
é um redutor
. ,::::;.O
,--------;~\
iH - C;,-.::··· .....___grupamento aldeídico
·-------- OH
método de Kolbe (eletrolitica) É um líquido (pe = 101 ºC) incolor, fumegante, cáustico, de cheiro forte e
1 1 irritante. Ocorre em formigas, daí seu nome.
2 CH3 - COONa + H20 - CH 3 - CH 3 + 2 C0 2 + 2 NaOH + H2
É preparado industrialmente pela reaç'
etano
CO + NaOH lO atm H - C7 0
6) Reações de oxi-redução: 200°C -.......ONa
Os ácidos carboxílicos resistem bem às reações de oxi-redt1ção. formiato de sódio ácido fórmico
fx _ ('~,1 1 , 1 -- Pi ; j •
f'· .- ' • r .• . - 1 .. !
y I li,')t' ,ov ! . •~ l)l-1//r ~':"Ir,,
.r
ÁCIDO ACÉTICO
DIACIDOS r
,-
li um líquido (pe = l l 8ºC) incolor, de cheiro penetrante, de sabor azedo
(acetum "'vinagre), solúvel em água, ãlcool e éter. São importantes os diácídos ¼t~rados:
Quando puro (e isento de água) o ácido acético congela a 16,7°C, tornan- C'OOH ácido oxálico (usado na indústria textil e de coran-
1
do o aspecto de gelo, daí o nome ácido acético glacial dado ao ácido acético puro. C'OOH tes, para "tirar" ferrugem, em química analítica)
O ácido acético é preparado: ,,,..COOH ácido malônico (usado nas "sínteses malônicas" que
n1
z--. COOH serão explicadas no próximo capítulo)
l) Por oxidação do álcool etílico
('li ~ COOH
1 2
CH 3 - CH 2 0H + 0 2 (ar) \ ácido succínico (usado em química analítica)
('11 2 - COOH
' . f_ ;{_,· .:,,.-,; ' • t',:..."· ,.•;
\ \. .
.-··r• ... .J (
.,-·.
/~ l.i, (,; ....,. .,,, .
1
388
..:.,... ' ---~;. FEL TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA ~.- ~ r. >7/. ~ ,': ,r 369
/ .... ,~
COOH EXERCfCIOS E TESTES
ácido glutárico
COOH
1) Dê os nomes oficiais e vulgares dos se- 6) Por que o grupo carbonila dos ácidos car-
guintes ácidos: boxílicos não apresenta as reações de
ácido adípico (importante na fabricação do nylon) a) CH3 - CII - COOH adição vistas no estudo dos aldeídos e
1 cetonas'?
CH3
(
r li
1
DERIVADOS DOS ACIDOS
,.11 1, f ,, OL O
!/
{ r-
ÉSTERES
~
-. ,- r
CLASSIFICAÇÃO
"",. _ _,)e,,,' ,·1'r.e
Capítulo 16 A classificação mais geral divide os ésteres em ésteres orgânicos e ésteres
inorgânicos conforme sejam derivados de ácidos orgânicos ou inorgânicos respec-
t ivamente.
DOS ACIDOS
/ /
_,._,_, .-: ... ,- .
do ácido nítrico:
DEFINIÇÃO
CLASSIFICAÇÃO "'
~
NOMENCLATURAS
ri dD ácido sulfúrico:
PREPARAÇÃO
PROPRIEDADES FISICAS '·· (
(1111.- • os haletos comuns podem ser considerados "ésteres" dos correspondentes áci-
PROPRIEDADES QUIMICAS
usos
-r n l\1/s. dos halogenídricos:
r
CASOS PARTICULARES (74~- '·
º" (
/
1:
li ; ~ ·, l- ,· :)
r, NOMENCLATURAS
CH3 -COOC4H11, etanoato de n-butila acetato de n-butila b) existem alguns orto-ésteres derivados dos hipotéticos orto-ácidos orgâni-
cos; exemplo:
CH3....._
,...CH - CH2 - COOC2Hs 3 - metil - butanoato de etila isovaleriato de etila C(OH)4 C(OC2Hs)4
CH3
ácido ortocarbônico ortocarbonato de etila
(hipotético) (estável)
CH2 =CH - COOCH3 propenoato de metila acrilato de metila
HC(OH) 3 HC(OC2Hs)3
lr°OCH3 etanodioato de oxalato ácido de ácido orto - f6rrnico orto formato de etila
COOH (mono) metila metila (hipotético) (estável)
yOOCH3
etanodioato de dimetlla oxalato de (di) meti la
COOCH3
PREPARAÇÃO
02N - OCH3 nitrato de metila
Muitos ésteres, de massa molecular elevada, existem na natureza na forma
O...__ .,,..O~Hs de óleos, gorduras e ceras.
s sulfato ácido de etíla
o,....- 'oH A maior parte dos óleos e gorduras são misturas de ésteres dos ácidos este-
árico (C 17 H35 COOH), palmítico {C 15 H31 COOH) e oleico (C 17 H 33 COOH) com a
ou (C2Hs)HS04
glicerina; eles obedecem, pois, a fórmula geral:
O...__ _.,,.OC2Hs
s sulfato de (di)etila
o_...,. 'oc2Hs CH 1 - OOC - R Quando os radicais R, R' e R" são predominante•
J
ou (C2HshS04 CH - OOC - R' mente saturados, o produto é sólído (gordura); caso
1 contrário é líquido (óleo).
CH 2 - OOC - R"
a) ésteres muito complicados podem receber nomes como sendo derivados palmitato de miricila (existe na cera de abelhas)
dos hidrocarbonetos. Aparecem então nomes como:
Ésteres mais simples slío encontrados em óleos essenciais di plantas e fru-
tos, sendo responsáveis pelos seus odores; exemplo: ,
- radical carbometoxi:
---
- CO - OCH 3
carbo --...-
metoxi
acetato de octila (existe na laranja)
- radical acetoxi: - CH 3 - CO - O
-.-
acet oxi Os métodos usuais de preparação dos ésteres são:
374 FEL TRE - SETSUO QUl"MICA ORGÃNICA 375
l
QUÍMICA ORGÂNICA 377
376 NO FELTRE - SETSUO
R" R"
2) Reação de alcoólise (transesterificação) í,,e::r,i j)f J11,..Cl'OL
+R"MgX 1 . 1
mais rápida
R C - R" R - C - R" + Mg(OH)X
1
1/0 R - C~
/40
+ R'OH OMgX
1
OH
R C~ + R"OH
~OR' l::,, 'OR" ákool terciário
éster álcool éstcr
Notem que da cetona em diante nós recaímos nas reações normais de ce•
É uma reação de "dupla troca" entre um éster e um álcool. --•- h --• - • • • .. tonas com compostos de Grignard que nos levam a álcoois terciários (como já
fora visto no estudo das cetonas). Nesta seqüência de reações nós não podemos
3) Reação de amonólise "parar" na cetona, pois ela é muito mais reativa que o próprio éster de partida.
1/0
+ R-C + R'OH
'---NH2
éster amida usos
OBSERVAÇÃO: Os ésteres são muito usados como:
Esquematicamente, as reações apresentadas até aqui obedecem a uma mes- ---· solventes industriais para tintas, vernizes, plásticos, etc. É o caso do ace-
ma idéia: tato de etila e do acetato de amila ("óleo de banana")
-- como "essência de frutos" -:r , ,: '-' I'.' 11 '··o r.J H •..
hidrólise R - CO OR' + HOH R -· COOH + R'OH - acetato de octila: essência de laranja o:r--11·;0 _, l'-"t.-llDAn:.
(saponificação): R - CO ÓR' + H ONa R - COONa + R'OH -.. valeríato de isoamila: essência de maçã
alcoólise R -- CO OR' + H OR" R --- COOR" + R'OH os ésteres superiores (óleos, gorduras, ceras, etc) têm enorme aplicação
na alimentação e na confecção de muitos produtos
amonólise R - CO -OR' .· t -H NH2 R -·· CONH 2 + R'OH -.-----....._
4) Redução
Os ésteres são reduzidos mais facilmente que os ácidos carboxílicos, pro- CA.SOS PARTICULARES
duzindo-se dois álcoois:
O malonato de etila (chamado simplesmente de "éster malônico"):
R - COOR' + 2 H2
A redução é efetuada:
- com H1 e catalisador (Ni), a quente
- com [H] nascente, produzido pela reação do sódio com etanol (reação
de Bouveault - Blanc)
com o hidreto de lítio e alumínio (LiAIH4)
O acetil - acetato de etila (ou "éster acetil - acético"):
5) Reação com compostos de Grignard
8 <±) OMgX
+R"MgX R_ t __ R" -Mg(OR')X
R -· C -- R" cetona
mais lenta 1 li
OR' o
378 FEL TRE - SETSUO
ANIDRIDOS
DEFINIÇÃO
COOH NOMENCLATURAS
hidró- R _ C _ CH / __Q__ R-C---CII--COOH
lisc ~ 'cooH -C02 t Tanto a nomenclatura ofkial como a vulgar são idênticas às dos ácidos,
ccto·ácidos trocando-se a palavra "ácído" pela palavra "anidrido".
380 QUÍMICA ORGÂNICA 381
FEL TRE - SETSUO
ANIDRIDO ACÉTICO
+
Ê preparado:
00
hoxílico e do ácido clorídrico (a reação direta não se verifica):
~
2
R-C:::----. + HCl +
OH -
É comwn falar-se em cloretos de acila (alifáticos) e cloretos de aroila (aro- Os cloretos dos ácidos mais simples são líquidos (cloreto de acetila -
máticos): pc = 52ºC), de cheiro forte e irritante, tóxicos, insolúveis e mais densos que a
água.
Cfh --- """'º
e·'c1
PROPRIEDADES QUfMICAS
NOMENCLATURAS Os cloretos de ácidos são mais reativos que os anidridos e muito mais rea-
tivm que os ácidos co"espondentes. Daí serem usados em muitas reações de aci-
Tanto na nomenclatura oficial, como na vulgar, usamos a terminação ila lação (introdução do grupo R - C ~ O) onde os ácidos falham ou dão rendi-
:;::::;O mentos baixos.
para o radical R - C ---.. .,_
As principais reações dos cloretos de ácidos são:
Cloreto Norne oficial Nome vulgar
com a água R - CO Cl + H OH - - - - R - COOH + HCl
(hidrólise) ácidos
cloreto de etano11a cloreto de acetila
com álcoois R - CO + H O R ' - - - - R - COOR' + HCI
(alcôólise) ésteres
cloreto de benzoüa com alcóxidos : R - CO Cl;:' + Na OR' - - - _ . R - COOR' + NaCl
ésteres
com fenóis R - CD Cl·· +·a OAr - - - - R - COOAr + HCI
(fenôlise) ésteres
PREPARAÇÃO
com fenóxidos : R - CO c1, + Na OAr ---► R - COOAr + NaCl
ésteres
Por reação do ácido (ou seu sal) com cloretos de fósforo (PCb ou PCJ 5)
ou cloreto de tioníla: com amoníaco : R - CO CI + H NH2 - - - - R - CONH2 + HCI
(amonólise) arnidas
3 R - COOH + PCh - - - - 3 RCOCl + P(OHh com arninas R - CO CI +' H NR2 - - - - R - CONR2 + HCI
R - COOH + PCls RCOCl + POC1 3 + HClt (arninólise) amidas substituídas
R -- COOH + SOClz - - - - RCOCI + so; + Hei' com sais R - CO Cl + . Na OOC - R' --:::::::=t=--R - CO - O - CO - R' + NaCI
anidridos
Notem que essas reações são idênticas às que transformam um álcool (ou com o hidrogênio: R - CO Cl +. H H R - CHO + HCI
fenol) em haletos de alquila (ou de arila): (redução) aldeídos (reação de Rosenmund)
3 ROH + PCl 3 - - - 3 RCI + P(OHh com compostos R - CD Cl+R'-ol R ' - - - - R - CO - R' + R'CdCI
orftânicos do cetonas
Cádmio
A reação só não dá o mesmo resultado com o ácido fórmico, pois o clo-
reto de formila, que deveria se formar, é instável: com compostos R - CO Çt +~'XMg R' - - - - - R - CO - R' + MgXC'I
de Grignard cetonas (que imediatamente
reagem com excesso do com-
H - C,:::::-O posto de Grignard chegandc, 1
'OH álcoois terciários.)
386 FEL TRE - SETSUO
COMPOSTOS HALOGENADOS tividade aumenta, em geral, na seqüência mencionada (como aliás aconteceu tam-
bém com os álcoois).
•~_;) 4 )i;i Neste capítulo iremos falar especialmente dos haletos de alquila.
,.· [._) 4:Sl""",( r ,·; ;·,...\ ,;." ' ~. r-
DEFINIÇÃO
ma" mais cara que os álcoois, por exemplo). Os fluoretos constítuem uma "classe Br
a parte", pois sua preparação e, propriedades diferem bastante dos cloretos, bro- CH 3
metos ou iodetos. 1
2 - metil - 2 - iodopropano iodeto de terc-butila
CH 3 -C -CH3
Podemos classificá-los também em derivados mono, di, tri, ... , polihaloge- 1
I
nados, de acordo com o número de átomos de halogênios presentes: CH 3 Cl,
CH 2 Ch, CHC1 3 , CC1 4 . CH 3 F fluormetano fluoreto de metila
_+_Cl-'--"-2 - CCl4
-HCI -HCl -HCI
0
+ Cl G} cm duas etapas
Os haletos mais comuns e importantes são líquidos incolores. de cheiro R3 C © • + OH rápida R,COH
agradável porém tóxicos, insolúveis em água mas solúveis em solventes orgânicos.
{ G + R3CCI -,. [HO ··· R_,C -·- CI 1---+ R-1 COH + CT} em
Os haletos líquidos são "líquidos normais", ou seja não apresentam asso- SN2 HO ·' etapauma
ciação molecular (ao contrãrio dos álcoois por exemplo). Por isso, eles apresen- estado int,•n11t•diário
tam pontos de ebulição "normais" - assim por exemplo, os cloretos têm pontos
de ebulição próximos aos alcanos de mesma massa molecular. Também por isso, Estas substituições nucleófilas são de grande importância no estudo dos ha-
seus pontos de ebulição aumentam normalmente com o aumento de massa mole- lctos de alquila.
cular, o que pode ser causado seja pelo aumento do radical orgânico, seja pelo Neste particular, os haletos aromáticos são menos reativos, pois o efeito
aumento da massa do halogênio; conseqüentemente o ponto de ebulição aumenta indutivo @ é contrabalançado pelo efeito mesomérico positivo que @ ,
ao passarmos dos fluoretos, para cloretos, para brometos e para iodetos; aumenta aparece devido à ressonância de um par eletrônico livre do halogênio com o anel
também passando-se de um mono, para um di, para um tri, ... e para um po- arnmático:
lihaleto.
Dos haletos, os monofluoretos e monocloretos são menos densos que a água;
já os brometos e iodetos são mais densos; os polihaletos, em geral, são bastante
densos; em particular, o CH1 Ii é o líquido de maior densidade (d "'3,32 g/ml)
conhecido na Química Orgânica (ele é usado como "líquido de contraste" no
estudo de minerais ao microscópio).
PROPRIEDADES QUfMICAS isto faz com que diminua a polaridade e conseqüentemente a reatividade da mo-
lécula.
Os haletos de alquila são muito reativos e a partir deles podemos obter
praticamente todas as outras funções orgânicas. Isto os toma importantíssimos
nas "Sínteses Orgânicas"; a única dificuldade, que limita o emprego mais amplo
(e mesmo industrial) dos haletos é o seu preço, que é mais elevado que o de
outras "matérias primas", como por exemplo os álcoois.
A grande reatividade dos haletos de alquila é explicada pela forte polari-
dade da molécula, que é causada pelo fato do halogênio ser muito mais eletro-
negativo do que o carbono. O halogênio irá então "puxar" elétrons para si (efei-
to indutivo negativo @ ):
+Ó -ó
R3C - Cl . ,-.• ,.· ......
·' t t / ,, •
A molécula fica então polarizada e poderá sofrer uma reação de substitui- ... ,...
ção nucleófila (~), que como já vimos poderá seguir um mecanismo monomo- 1- ,-, ,· '1 .... :1
lecular (SNl) e bimolecular (SN2). Assim, por exemplo, sob ação do reagente
nucleófilo Off, proveniente de uma base, podemos ter:
394 FEL TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA 396
1) Reações de substituição Como aconteceu com os álcoois, estas eliminações obedecem à regra de
Saytzeff: junto com o halogênio, sairá o hidrogênio do carbono menos hidroge-
R X + Na OH (aq) - - - - - ROH + NaX nado.
sim R - CH = Ctl - CH3
R - CH 2 - CH - CH 3 ~
hidróxido alcalino álcool
R X + Na SH (aq) - - - - - RSH + NaX
sulfeto ácido tio-álcool
tl ~ R - CH 2 - CH = CH2
R X + _Nà OR' - - - - - - - - R - O - R' + NaX (Williarnson) As reações de eliminação estão sempre "concorrendo" com as reações de
a!coóxido éter substituição vistas no item anterior:
R X + Na SR' - - - - - - - R - S - R' + NaX KOH/álcool R _ CH = CH _ CH ( re~ç~o d~ )
tio-alcoóxido tio-éter 3 ehmmaçac:f
R ···· CH 2 - CH - CH3
R X + Na OOC -- R' - - - ROOC - R' + NaX (ou AgX) 1 R ·- CH 2 - CH - CH 3 (1eaçã? ~e - )
Cl I - substltmçao
(Ag) sal éster
OH
R X + Na C = CR' - - - - - RC = CR' + NaX
acetileto alcino Conforme as condições irá "predominar" a eliminação ou a substituição.
C'omo regra geral podemos dizer que a facilidade de "eliminação" aumenta:
R -X + Na CN - - - - - - RCN (pouco RNC) + NaX
cianeto nitrila isonitrila - passando-se de haletos primários, para secundários e para terciários (aqui
R X +- .Ag NC RNC (pouco RCN) + AgX praticamente só há eliminação)
. ,. isocianeto isonitrila nitrila à medida que empregamos bases mais fortes; daí o uso de Ag2 O (ba-
R X + Na ONO RONO (pouco RN0 2) + NaX se fraquíssima) quando queremos evitar as reações de eliminação:
nitrito nitrito nitro-composto
R X + Ag ONO - - - - - RN0 2 (pouco RONO) + AgX RX ROH (álcool)
(~ AgOH)
nitrito nitro-composto nitrito
RX __A~g=2_0_s_e_co___ R _ O _ R (éter)
R X + N NH2- - - - - - - R -- NH 2 + HX
amoníaco ____ amina pnmana
R X + H NHR :.--
-------- R2NH + ·HX reações em 3) Adição de metais
amina primária _ _ _ __ amina secundária seqüência
CH 3 Br + Mg éter CH 3MgBr (composto de Grignard)
R X + H NR 2 -------- R3N + HX (método de
Hoffmann) seco brometo de metil-magnésio
amina secundária __ _ amina terciária
NR3
--- ---
--------- [R4NJ©xG
éter CH ZnBr3
R X +
brometo de metil-zinco
amina terciária sal de amônio quaternário
(semelhante a NH4 X)
Estes compostos "organo-metáliéos" (especialmente os Compostos de Grig-
nard) são muito reativos e se prestam a inúmeras "Sínteses Orgânicas".
2) Reações de eliminação
A reatividade dos compostos de Grignard é explicada pela polaridade da
Há formação de compostos insaturados: molécula, que possibilita uma fraca dissociação:
R - CH - CH --- R' KOH
álcool
R - CH = CH - R' + HX RMgX - R8 + G) MgX
. 1 1
H X
forma-se então um íon orgânico contendo um carbono negativo (íon de carbânio),
388 FEL TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA 397
que irá atacar reg1oes positivas de outras moléculas (ataque nucleófilo). Notem 2) Como solventes:
que, ao iniciarmos este capítulo, nós falamos em íon de carbônío (+); agora esta-
mos falando em íon de carbânío (-); estas duas alternativas abrem uma frente Especialmente os compostos polihalogenados são bons solventes para óleos
cnonne de sínteses, a partir dos haletos orgânicos. e gorduras; assim por exemplo o tricloro-etileno (CHCl = CCb) é usado para
"desengraxar" metais; o tetracloroetileno (CCh = CCh) para lavagem de roupas
4) Formação de hidrocarbonetos "a seco"; etc. A grande vantagem desses solventes está no fato de não serem
inflamáveis, ao contrário dos derivados da gasolina; no entanto, eles são mais ou
Além das reações de eliminação que nos permitem chegar a hidrocarbone- menos tóxicos ..
tos insaturados, dispomos de vários caminhos que, partindo dos haletos, nos levam
aos hidrocarbonetos:
si'ntese de Wurtz:
CASOS PARTICULARES
2 RX + 2 Na - - - - R - R + 2 NaX
redução dos haletos, por meio de H2 /Pt, Na/álcool, HI ou LiAlH 4 : em sínteses orgânicas
Pt como anestésico
RX + H2 1 RH + HX
Na/álcool na fabricação de "lança-perfume"
RX + 2 [H] RH + HX
- na produção de chumbo-tetraetila, usado como "antidetonante" na ga-
RX + HI RH + IX
solina:
4 RX + LlAlH4 4 RH + LiX + AlX 3
4 C2H 5 Cl + 4 NaPb - - - - - Pb(C 1 Hs )4 + 4 NaCl + 3 Pb
(liga metálica) chumbo tetraetila
usos
Os principais usos dos compostos halogenados são:
COMPOSTOS POLIHALOGENADOS
l) Em ''Sínteses Orgânicas":
Os mais importantes são os cloretos contendo um ou dois átomos de car-
Dada sua grande reatividade, os compostos halogenados constituem exce-
bono na molécula: CHC1 3 , CCl4, CCh - CCh, CCh = CC1 2 , etc.
lente ponto de partida para a preparação de inúmeros outros compostos orgânicos.
O preço elevado dos compostos halogenados, no entanto, limita um pouco seu Por cloração sucessiva do metano obtemos:
emprego industrial. CH4 ➔ CH3Cl ➔ CH2Cl2 ➔ CHCh ➔ CC14
oufMICA ORGÂNICA 399
FEL TRI: - SETSUO
Como é difícil controlar a reação, de modo a "parar" numa das etapas interme- I
diárias, e como também é difícil separar os vários compostos formados, prefe-
re-se "forçar" a reação para ela chegar ao seu final; temos então o tetracloreto Kl @ + N'. + KHSO,
de carbono (CC14), que é um líquido incolor, de cheiro agradável, insolúvel e
mais denso que a água e muito empregado como solvente e na extinção de in· anilina sulfato ácido de ·iodo-benzeno
cêndios. diazônio
Por redução do tetracloreto de carbono, chegamos ao clorofórmio:
É possível também haver adição de cloro ao anel, que deixará então de
CC4 + 2 [H] Fe/HCI CHCh + HCl ser aromático.
Cl
O clorofórmio é· também um iíquido incolor, de cheiro agradável, insolúvel e mais
denso que a água e muito empregado como solvente e como anestésico. @ + 3 Cl 2 luz
CI~Cl
c1vc1
BHC
(inseticida)
Fe
Por este motivo os compostos fluorados são obtidos indiretamente, a par-
+ (§J-Cl + HCl tir de outros compostos halogenados:
Compostos monofluorados são mais ou menos reativos. Compostos polifluo- d) iodeto de etila + metóxido de potás- d) acetileno em 1,.1, 2, 2 -tetraclaro -
rados são, contudo, pouco reativos e conseqüentemente muito estáveis. sio ---- etano
e) brometo de benzila + sulfeto ácido e) propeno em 1, 2 - difluorpropano
O CC1 2 F 2 obtido na última equação é um gás incolor, inodoro, não-tóxico, de sódio - - f) eteno em cianeto de etila
mio-inflamável, muito usado como ''gás de refrigeração" e conhecido pelo nome f) 2, 2 - dicloro - propano +
comercial de freon - 1 2. +NaOH(aq)- 9) Qual o emprego importante do cloreto
g) 2, 2 - dicloro - propano+ de etila, no setor da produção da gaso-
Compostos polifluorados são usados também como: +KOH(alc)- lina.
lubrificantes inertes: CF 3 (CF 2 ) 4 CF 3 perfluorhexano h) brometo de metila + bromobenzeno +
+sódio~ 10) Como é preparado, industrialmente, o
plásticos de alta resistência química: (- CF 2 - CF 2 -)n tefon. i) iodeto de etila + amoníaco - clorofórmio?
j) brometo de n-propila + óxido de pra-
ta (seco)- 11) De um modo geral, quais são as princi-
k) iodeto de metila + magnésio (em éter pais aplicações dos derivados halogena-
seco)--:- dos dos hidrocarbonetos?
EXERCÍCIOS E TESTES 1) brometo de etila + brometo de me-
til - magnésio - 12) Como são preparados o cloro-, bromo-
m) brometo de isobutila + hidreto de lí- e iodo-benzeno?
IJ Escreva as fórmulas estruturais e dê os tio e alumínio -
e) buteno - l + ácido bromídrico -
nomes oficiais dos quatro dicloropropa- f) cloreto de n-Propila + iodeto de só- 13) Como é obtido industrialmente o BHC?
dio aceton!I B) Como podemos transformar:
nos.
a) acetileno em 1, 1 - dicloro - etano 14) O que caracteriza a obtenção dos derj-
2) Dê os nomes oficiais e vulgares dos se- 4) Ordene, segundo pontos de ebulição cres- b) acetileno em 1, 2 - dicloro - etano vados fluorados dos hidrocarbonetos?
guintes compostos halogenados: centes, os seguintes compostos, dos quais e) acetileno em 1, 1, 2 - triclaro - etano No que são eles empregados?
aJ CH3 - CHBr - CH3
damos os pesos moleculares, entre pa-
rêntesis: (li ..!.· ('/1., • (1'
b) (CH3)zCH - CH20 metano (PM = 16),
hexano (PM = 86), ci-1"3,- (H-{'1.1',
e) CH202 cloreto de metila (PM :!!: 50), r
cloreto de etila (PM E:i 64) e
d) CCl4 etanol (PM = 46). 1
Explique a razão desta ordenação. .. ,. e - rr
e) CChF2
·t•··t.
f) CH2 = CHCI 5) Ordene os seguintes compostos, de acor-
do com densidades crescentes: água, clo-
I!) CH2 = CH - CH2Br reto de n-butila, fluoreto de n-butila., di- .., '.J'
iodometano, clorofórmio,
h) BrOCH3 r ti ....
6) Corno se explica à grande reatividade dos
haletos de alquila? Por que os haletos
i) @-.cH2CI de arila são menos reativos? . .- ·'
1
I COMPOSTOS ORGÂNICOS
i
NITROGENADOS
COMPOSTOS "DERIVADOS" DO AMONfACO
R._____NH R '---
NH3 R ·-· NH2 R'-N
R'_..,,...
Capítulo 18 amoníaco amina amina
R"/· •
amina
primáría secundária terciária
OBSERVAÇÕES:
COMPOSTOS IMINAS
Derivam do NH 3 ou de urna amina primária pela substi-
ORGÂNICOS tuição de dois hidrogêníos por um radical bivalente:
R - CH = NH ou R - CH = N - R'
NITROGENADOS ( bases de Schiff: R -- CH = N--@ )
AMINAS
AMINASCComIC0LlaCAp1~r1·d1·na 0--
-.., 1 e outras serão estudadas no ca-
N
AMIDAS pítulo de heterocíclicos.
NITRILAS
ISONITRILAS AMIDAS Derivam do NH 3 pela substituição de um, dois ou três lúdrogênios
NITROCOMPOSTOS por um radical acila.
DEFINIÇÃO amidas
CLASSIFICAÇÕES
NOMENCLATURAS OBSERVAÇÕES:
PREPARAÇÃO AMIDAS N-SUBSTITUÍDAS
PROPRIEDADES FISICAS
Derivam das amidas pela substituição de um ou dois hi-
PROPRIEDADES OUIMICAS
drogênios do grupo NH 2 por radicais alquila ou arila (daí
usos o nome "N-substítuídas").
CASOS PARTICULARES
EXERCICIOS ,:;:::::,O ~o
R C, ~R--C~ ,....-,R'
'NH · R' 'N
.____R"
amida simples arnida amida
N-rnonossubstituída N-N-díssu bsti tuída
404 QUÍMICA ORGÂNICA 405
CH2 -
1
,:?o
e,
/NH
@=
tuição de dois hidrogênios por um radical ácido bivalente.
Q ,:1/o
e,
/N-R
R - NO nitroso-composto
CH2 - e~ e~
o o COMPOSTOS "DERIVADOS" DA HIOROXI LAMINA
E DA HIDRAZINA
AMIDAS DERIVADAS DO ÂCTDO CARBÔNICO
São importantes por si, e por seus derivados:
H2N - OH - - - -
R.___,_
,....-C = N - OH ou ª- C =
R'_..-
N - OH '
H
hidroxilamina aldoxbnas cetoximas
ácido
carbônico
ácido
carbâmico uréia guanidina
ª'--
H
,......e= N - NH2 ou ª- e=
R'_..-
N - NH 2
/ aldo-hidrazonas
H2N ~- NH 2 - - - H2 N - NH - R
ceto-hidrazonas
H-0-C=N---R-0-C=N
ácido ciânico cianatos (instáveis)
H-N=C=O---R-N=C=O
ácido isociânico isocianatos
H-O-N=O---R-0-N=O
ácido nitroso nitritos
,:;:;::O ,:;:;::O
H-0--N R-0-N....._
'O o
ácido nítrico nitratos
H-N=N==N---
,t"1An i,,-iAr,:i,.,,.n,irn
OUIMICA ORGÂNICA 407
AMINAS Exemplos:
DEFINIÇÃO _..J. • Ir
Amina Nome oficial Nome vulgar
dímctilarnina
CLASSIFICAÇÕES
fcnilamina anilina
2) De acordo com o radical orgânico:
R NH, Ar NH2
arnina alifá tka amina aromática N - meti! - fenilamina N - meti! anilina
H2~ @J pentano
NOMENCLATURAS
1, 3 - díamino - propano trimetilenodiamina
'°""O
R-C....,_ + NH3 -
8 [ R-~-NH2
OH -
1
~ -H20 +H2
[ R-CH=NH] - R - C H 2 -NH2 +RX ~Cs:-R NaOH
-KX
aldeído instável instável a.mina primária ~e¾:,
o
A reação é efetuada a 200ºC, 100 atm e na presença de níquel como ca-
talisador. Os aldeídos aromáticos são os que reagem mais facilmente. Como a
amina primária ohtida pode continuar reagindo com o aldeído, nós iremos obter,
ftalimicla potássica
@= COONa
COONa
+
RNH 2
amina primária
no final, uma mistura de aminas primária, secundária e tercíária.
3) Por redução de vários compostos nitrogenados S) Rearranjo de Hoffmann (para aminas primárias):
R-C=N + 4 (H] R -- CH 2 - NH 2 -,,,,-.O N 08 -"""º
R-C......_ ª r R-C......_ NaOH
R-N=C=O-
nitrila amina primária NH2 (ou Br2 + NaOH) NHBr
mais simples são incolores e têm cheiro forte que lembra, as vezes; o amomaco cloreto de metil-amônio
e outras vezes "cheiro de peixe". ou cloridrato de metil-amina (sal)
Se compararmos as polaridades das moléculas abaixo, notaremos o seguinte: O motivo destas reações é sempre o mesmo e se deve ao par e/ctr<),i/m
R-....._ R...____
R - OH R - NH 2 _......NH R- N livre que existe no amoníaco e nas aminas (bases de Lewis) e que irá se ligar
R R/ dativamente a um próton ou a um ácido de Lewis:
álcool amina amina amina
H
secundária terciária
rH -l-Hr
primária 1
H - N: + H+ (da água. o_u )
1
de um acido
a polaridade decresce H
amoníaco radical amônio
[m, -l~{
H
1
drogénio" (a amina terciária não pode formar pontes de hidrogénio}. Conseqüen- CH3 -N: + H+ ~a água. ~uJ
temente, em igualdade de massa molecular, os pontos de ebulição d·ecrescem no 1 e um aCJd
mesmo sentido. H
metilamina radical metil-amônio
Devido ao seu caráter básíco (que será detalhado mais adiante) as aminas
são mais solúveis em água que os álcoois; assim por exemplo, o C6H13NH2 é
Como acontece com o NH4 OH, os hidróxidos das aminas são instáveis e
totalmente solúvel em água, enquanto o C6 H 13 OH só é parcialmente solúvel.
só existem em solução aquosa. Já os sais das aminas, como acontece com os
Ainda devido seu caráter básico, as aminas são ainda mais solúveis em soluções
sais de amônio, são sólidos, brancos, cristalinos, solúveis em água e são decom•
aquosas ácidas, e menos solúveis em soluções básicas. postos por bases fortes:
!
+ hidróxido de amônio (base)
+HCl (-H20)
o hidrogênio, em volta do nitrogênio : =:: N - R, deixa "pouco espaço" livre
para a aproximação e a fixação do próton, dific1;1ltando a reação de formaçlo do
i- HCl - - - - - NH 4 © Cl G cloreto de amônio (sal) R 3 NH ~ Este fenómeno é conhecido, em Química Orgânica, pelo nome de
-----
Impedimento espacial ou impedimento estérico. Notem ainda, que as coisas tor- Os sais de amônio quaternário tratados com uma base, formam os corres-
nar-se-ão mais difíceis se, no lugar do H+, usarmos um ácido de Lewis também pondentes hidróxidos de amónio quaternário.
volumoso, corno por exemplo, AlCh ou BF 3 .
Em resumo, tratando-se de arninas allfáticas podemos dizer que, embora
Iodas sejam bases fracas, à "força básica" aumenta, normalmente, na ordem: cloreto de hidróxido de
tetrameti! - amônio tctramctil - amônio
amina terciária < NH 3 < amina primária < amina secundária
Ao contrário das aminas. esses hidróxidos de amónio quaternário são bases
aumento da "força básica" fort(ssimas, de· força comparável ao NaOH ou KOH, e também tóxicos e vene-
nosos. Quando aquecidos, eles sofrem uma decomposição conhecida como degra-
As arninas aromáticas são bases fraquíssimas (ainda mais fracas que as ami- dação de Hoffmann:
nas alifáticas terciárias), porque é difícil protonizar o par eletrónico livre do grupo t-,.
mnino, uma vez que esse par eletrônico "foge" (isto é, entra em ressonância) para [(CH 3 ).1 N]OH + CH 3 0H
hidróxido de trimetilamina metanol
o anel aromático:
tetrameti! - amônio (amina terciária) (álcool)
6.
a mina alce no
Hidróxido e sais de amônio quaternário hidróxido de amónio quaternário tcrdária
Já vimos, no primeiro método de preparação das aminas (alquilação do Esta reação é importante no estudo da estrutura das aminas naturais, que
amoníaco ou reação de Hoffmann), que a reação final é: são obrigadas a reagir com o CH 3 X até chegar ao sal de amônio quaternário
(vide o primeiro método de preparação das aminas) - é o que se denomina
RX + R3N (R4N) 0 x0 metilação exaustiva. A seguir o sal de amônio quaternário é transformado em
halcto amina sal de amônio seu hidróxido e sofre a reação acima; eliminando-se então o radical antino.
terciária quaternário
Além disso, os próprios radicais de amônio quaternário aparecem nos seres
Este sal de amónio quaternário é idêntico a um sal de amônio comum vivos e desempenham papel importante no metabolismo (colina, acetil-colina, le-
NI 14 X, onde os quatro hidrogênios foram substituídos por quatro radicais orgâ- citinas, etc).
nicos (R). iguais ou diferentes entre si: Sais de· amônio quaternários são usados como sabões especiais e como ger-
micidas.
CH 3 _,.,,,.CH 3]©
[
/'----N ~ c1 8
CH 3 CH 3 2) Reações de alquilação
clort:to de amônio cloreto de tctrametil--amônio
Já foram vistas no primeiro método de preparação das antinas (alquilação
do amoníaco ou reação de Hoffmann):
CH 3 • _.,, C2 H5] 8
[ )N:__ HS0 4 8 R
R'X + R -··· NH 2 ...____NH + HX
CI-'3 C2 Hs R'_,........
sulfato ácido de sulfato ácido de amina amina
amônio dimetil -- dietil - amônio primária secundária
414 FEL TRE - SETSUO QUfMICA ORGÃNICA 415
+@ - @
NH2 NH-ü-CH3 R"/
,:::::-0 o amina terciária
CH3 -C + HCI não havendo nada
-----c1
de característico
cloreto de anilina ace tanilida
acetila (amina) (amida N-substituída)
As aminas aromáticas têm um comportamento diferente:
ou com anidrido acético:
CH3 -
CH 3 -C %
e,
,:90
,,,...o
~o
NH2
+@ @8
NH-C-CH3
+ CH 3 COOH
amina primária
(anilina)
[~1
hidróxido de
OH0
benzeno - diazônio
A acetanilida é usada como medicamento - analgésico e no combate a febre.
(na verdade esta reação é feita em meio ácido, de modo que no final ob-
temos não o hidróxido mas sim o sal correspondente, por exemplo, cloreto
4) Reações de identificação das aminas de benzeno - diazônio.)
a) Reação com o clorofórmio em meio básico
Somente as aminas primárias .reagem com clorofórmio em meio básico, dan-
do isonitri/as que são substâncias facilmente reconhecidas pelo seu cheiro muito
forte e desagradável:
amina secundária nitroso - amina
(N - meti! - anilina) (N - nitroso - N - metil - anilina)
amina primária isonitrila
Esta reação serve também como método de preparação das isonitrilas. (esta reação é idêntica a das aminas secundárias não aromáticas.)
e) Método de Hínsberg A anilina sofre inúmeras reações importantíssimas, tanto no anel aromático
como no grupo amino.
É a reação da amina com cloreto de benzeno • sulfonila (ou cloreto de
p • tolueno - sulfonila) em meio básico: No anel aromático, as reações de substituição são mais fáceis que no pró-
prio benzeno, uma vez· que o grupo amino é atilu1te do anel e orto - para - diri-
gente; como exemplo podemos mencionar:
NH 2
amina
primária sal solúvel em água @ + H,SO, (cone) + lhü
As aminas terciárias não reagem. O ácido sulfanílico é muito importante na síntese de corantes e de medi-
camentos especialmente da classe das "sulfas", como por exemplo:
usos
sulfanilamida ( H2N-@-so2NH2),
As aminas •são usadas:
- no preparo de vários produtos sintéticos, como por exemplo medica-
mentos.
sulfaguanidina (H2N-@-so2NH - c-(::2) , etc.
- como "aceleradores" no processo de vulcanização da borracha
a etanolamina (OH - CH 2 - CH1 - NH 2 ) é usada como "tensoativo", is·
to é, para mudar a tensão superficial de soluções aquosas. No grupo amino temos também muitas reações importantes:
aminas aromáticas são muito usadas na produção de corantes orgânicos
a) formação de sais
CASOS PARTICULARES
ANILINA
A anilina é um líquido incolor (torna-se amarelado e por fim avermelhado cloreto de .fenil -' amônio
ou cloridrato de anilina·
com o tempo, devido a oxidações), oleoso, tóxico, pouco volátil (p.e = 184ºC),
insolúvel na água, mas solúvel em soluções ácidas devido à formação de sais.
b) reações de acila.ção dando "anilidas"
A anilina é extraída do alcatrão de hulha mas, atualmente, a maior parte
da anilina é preparada sinteticamente de acordo com a seqüência: o
CH 3 -C~
....._Cl ---,- @-NH - C
li
- CH3 + HCJ
N02 NH2 o
@ nitração
HN03 +H2S04
wncentrados
@ redução
Fe + HCI @ anilida do ácido acético
ou acetanilida
e) reação de diazotação
AMIDAS
DEFINIÇÃO
@--NH2 + NaN02 + 2HCI ~ [ @ ~ = N ] C I G + NaCI + 2H20
= HN02 + NaCI São compostos derivados do amoníaco ( ou de uma arnina primária ou se-
cloreto de benzeno - diazônio ( tmd iíria) pela substituição de um (ou mais) hidrogênio por um radical acila.
.-,:;O
Esta reação é válida para qualquer amina aromática e é executada em solu- A amida mais simples será, então representada por R - C .::'.:: .
ção aquosa, a baixa temperatura (O - SºC), pois os sais de diazônio se decom- NH2
põem pelo calor. Vice-versa, podemos considerar a amida como sendo derivada de um ácido,
1wla substituição do OH por um radical -NH 2 ou -NHR ou -NRR'.
Os sais de diazônio são solúveis em água, são muito reativos e servem como
como ponto de partida para o preparo de muitos outros compostos orgânicos:
CLASSI F ICAÇÔES
reações com eliminação de gás nitrogênio: Além das classificações gerais em alifáticas e aromáticas, saturadas e insa-
l11radas, etc, podemos falar em:
' ,-., .,..:
• 90 90
R - C--....._NH - R' R- e, _,....R'
N
'R"
amida simples amida N-monossubstituída amida N, N-dissubstituída
N=N
© ~ d0 + K I @--r + N; + KCI l' também em:
haletos
R-C----...
9Ü
R -
-ro o~
e,
...,.-NH _......N-C-R
N=N
0 ~ c1° + Na CN ó.
@--cN + N; + NaCl
R - C::::,...
._,_,,o R-C~
o
amida primária amida secundária amida terciária
cianetos (ou nitrilas) (simples)
reações de "copulação" com a posição para (ou orto) de aminas As amidas secundárias e cíclicas são chamadas imidas.
aromáticas tercitrrias ou fenóis:
O- 5°C
azo - composto
azo - composto Tanto na nomenclatura oficial como na vulgar, o nome da amida é derivado
do nome do ácido correspondente trocando-se a terminação ÔICO ou ICO pela
terminação AMIDA. Em amidas substituídas, a letra N deve preceder o nome
Reações deste tipo são importantíssimas na produção dos corantes sinté-
dos radicais ligados diretamente ao nitrogênio.
ticos chamados azo-corantes (incluindo-se aqui indicadores corno o metilorange).
.•.1111r,' 1 ~,. ,:),,! ",
(
(
/1 ( /li "- OH
r rJ1-' '\ 421
420 QUÍMICA ORGÂNICA \J
11,
PREPARAÇÃO .L,--- vru 1.1º
AMIDA Nome oficial Nome vulgar Normalmente as amidas não existem na natureza. Elas são preparadas: r.-1 • ·, /
CH3 -C ""'º
'NH2
c.tanamida acctamida
2) Por hidratação de nitrilas
,,,o
Cl·I 3 -C N - metil - etanamída N - meti) - acctamida
'NH - CH 3
'NH
,..,,o
0 N - meti! - propanamída N - me til - propionamida hidratação crescente
CH 3 -e""º
-..___NH -
@
Q
N - fcnil - ctanamida
N - fcnil - acctamida
ou acctanilida
R - CO ""-
. ~O + 2 NH 3 6. R - CONH 2 + R - COONH 4
R - CO....--
(CH3CO)zNH díetanamida diacctamida
R - COOR' + NH 3 6 R - CONH 2 + R'OH
(CH3CO),N trietannmida triacctamida
Reações idênticas podem ser feitas com aminas primárias (R - NH2) e se-
cundárias (R 2 NH) no lugar do amoníaco. A reação, chamada agora de aminólise,
CH 2 e ""º
'NH2 nos leva às amidas N-monossubstituídas e N, N-dissubstituídas, respectivamente.
butanodiamida - 1, 4 su-cdnamida
1
CH 2 - e"'""'ºNH2
PROPRIEDADES FfSICAS
1 JMIDAS
1 A formamida (H CONHl) é um líquido incolor (pf = 2ºC; pe =2IOºC);
a acetamida (CH 3 -CONH 2 ) é um sólido branco, cristalino (pf = 81 ºC; pe = 222ªC);
('H
1 l
""º
- e..___
sucdnimida as demais amidas são também sólidos cristalinos. As amidas mais simples são so•
NH
/' lúveis em água; em geral, todas são solúveis em álcool e éter comum.
CH 2
- '""o
Os pontos de ebulição das amidas são muito superiores aos dos ácidos cor-
@r c·?º
e~
_::NH ftalimida
respondentes, apesar das massas moleculares serem aproximadamente iguais:
Pode-se provar esta afirmativa, substituindo os hidrogênios do grupo -NH2 2) Reação de hidrólise
por radicais -CH3; verifica-se então que os pontos de fusão e de ebulição dimi-
nuem, apesar do aumento da massa molecular: 1R - CONH2! + H2O R - COONH 4
A reação deve ser feita em meio ácido ou básico. Em meio ácido teremos,
CH3 -e-;:::::O
., PM = 59 pf=81ºC pe = 222ºC (sólido) a seguir:
NH2
R - COONH4 + HCl R - COOH + INH4al
90
CI-h -C PM =73 pf ., 28ºC pe = 206°C (sólido) e em meio básico:
'NH - CH3
90 R - COONH 4 + NaOH R - COONa +INH(I + H2O
CH3 - C.........._ ,......-CH3 PM = 87 pf = 6ºC pe = 166°C (liquido)
N O mesmo irá ocorrer se partirmos de uma arnida N-substituída, chegando-
'CH3
se no final a uma amina (ou seu sal) no lugar do NH3 (ou do NH4Cl).
3) Reação de desidratação
PROPRIEDADES OUIMICAS t:,
R - C =N + H2O
nitrila
1) Caráter ácido ou básico
Comparem a seqüência: 4) Reação com hipohalogenitos {halogênios em meio básico)
amina amida imida Esta reação, devido a Hoffmann, serve para a preparação de aminas primá-
(é bdsica) (é tão fracamente (o hidrogénio assinala- rias, com diminuição de um átomo de carbono na cadeia orgânica; por isso, a
básica que podemos do é fracamente ácido)
considerá-la neutra)
reação é um dos métodos mais usados para a "degradação" de cadeias orgânicas.
R - e """º
-.....NH2
+ HN02 ------- R - e~yÜ
~OH
+ N2t + H2 o ,.,--NH2
O= C-
,.,--NH 2
O=C-..._
~oNH 4 OC2Hs
amida simples ácido
carbamato <lc amônio carbamato de ctila (metanol
R -C
~o
'-NH - R'
+ HN0 2 - R ~º -
- e"~N R'
A uréia, pelo contrário, é perfeitamente estável, é um sólido (pf "" 132ºC)
branco, cristalino e solúvel em água, tem grande importância biológica, pois é
1
amida N=O um dos produtos finais do metabolismo dos animais superiores, quando é elimi-
N-substituída nitroso-amida minada pela urina.
"""º
R - C-..._ ,.,,,.--R
N
+ HN0 2 - não há reação
~R' PREPARAÇÃO
amida N, N - dissubstituída
1) A partir de CO 2 e NH3 (é o método industriai)
usos C0 2 + 2 NH 3 200ºC
100 atm
O = c:::NHi
NH2
+
As amidas são importantes em muitas sínteses de laboratório e como inter- 2) Por aquecimento do cianato de amónio
mediários industriais na preparação de medicamentos e outros derivados.
O nylon é uma "poliamida" cuja preparação pode ser esquematizada assim:
CASOS PARTICULARES
PROPRIEDADES OUfMICAS
UREIA
De um modo geral, a uréía apresenta as reações das amidas.
A uréia é a mais importante de todas as amidas e corresponde a díamida
I) Caráter básico
do ácido carbónico:
Ao contrário das demais amidas que são praticamente neutras, a uréia tem
,.,--NH2 caráter básico fraco, assemelhando-se então às arninas; deste modo, a uréia reage
O=C-..._
NH2 com ácidos fortes produzindo sais:
ácido monoamida do ácido diamida do ácido
cnrhônico carbônico ou carbônico ou uréia
H2 N - C - NH 2 + HN03 e- NH/~l NoP
li li
ácido carbâmico o o
426 FEL TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA 427
2) Hidrólise
Como as demais amidas, a uréia também sofre hidrólise na presença de
,ícidos fortes ou bases fortes:
em meio ácido: acctil-ureido {ou acetui:eido)
2 NH4Cl + co; Neste grupo, os mais importantes são os ureidos cíclicos derivados de áci-
- em meio básico: dos dicarboxilicos:
o o
li li
C2HsO-C'--., /NH - C'--..
A hidrólise é também realizada pelo enzima urease: + /CH2 O= C, CH2 + 2 C2HsOH
C2HsO - C 'NH-C/
O = C (NH2 h + 2 H2 O li li
o o
uréia malonato de etila ácido barbitúrico
3) Reação com hipohalogenitos (halogênios em meio básico) (éster malônico)
Ao contrário das demais amidas, a uréia não produz amina, mas sim nitro-
gênio, quando tratada com halogênios em meio fortemente básico: De modo idêntico são obtidos inúmeros barbituratos, de grande emprego
1 cm medicina, como hipnóticos; exemplo:
O =C (NH2)2 + 3 Br2 + 8 NaOH - - - N 2 + 6 NaBr + Na2 C0 3 + 6 H2 0
CH2
Como acontece com as aminas, a uréia pode ser acilada, por meío de clo- 1
retos de ácidos, anidridos ou ésteres, dando compostos denominados w-eidos: f N - CO - NH - CH2 t 11
QUÍMICA ORGÂNICA 429
1l Reação de hidrólise
Pode ser feita em meio ácido ou básico (é o inverso da última reação).
HCI R ... COOH + NH4CI
Nitrilas são compostos que apresentam na molécula o radicalj-c = N. j CN ~ R - CONll2 H2 0 R - COONll4 ~
Podemos considerar o gás cianídrico {H - C = N) como sendo a nitrila ~ R -COONa + NH; + H20
mais simples, da qual todas as demais seriam derivadas:
1) Reação de alcoólise
Nitrila Nome oficial Nome vulgar
gás cianídrico ou R -- CN + R' ·-- OH + H2 O
H-C=N metanonitríla
cianeto de hidrogênio éster
nitrila álcool
acetonitrila ou
CH3 - C ::iõ N etanonitrila
cianeto de metila
.\ ► Reação com compostos de Grignard
propiononitrila ou
CH3 - ..CH2 -C =N propanonitrila R' R'
cianeto de etila
1( C =N + R'MgX - R - ~= N -··· MgX ~R- i: =O+ NH{ +
cetona + Mg(OH)X
Da acetonitrila até o C 14 H 29 CN as nitrilas são líquidos, estáveis, insolúveis
na água; daí para diante as nitrilas são sólidas, em condições ambientes.
A grande polaridade do grupo -C = N faz com que as nitrilas apresentem 4) Redução
altos pontos de fusão e de ebulição.
R-C=N R - CH = NH R - CH 2 - NH2
As nitrilas são tóxicos, apesar de o serem muito menos que o gás cianídrico. nitrila imina amina primária
PREPARAÇÃO
R -- X + NaCN - - - - - - R -- CN + NaX A acrilonitrila é, sem dúvida, a mais importante de todas as nitrilas, pois
é usada industrialmente, em larga escala, para a produção de borrachas sintéticas,
2) Por desidrataçijo de sais de amônio de alta qualidade.
A acrilonitrila é preparada a partir do acetileno:
R - COONH 4 --"t,."--► R - CONH2
P20s
sal de amônio amida nitrila
CH = CH + HCN
QUÍMICA ORGÂNICA 431
R - C = N + NaX
ISONITRILAS OU CARBILAMINAS NaCN
cianetos (de preferência)
OU ISOCIANETOS DE ALOUILA R-X
R -·-· N-C + NaX
isocianetos (de preferência)
Isto acontece porque o íon cianeto possui pares de elétrons livres tanto do
··1a<lo" do carbono como do "lado" do nitrogênio (:C = N: 0) podendo, então,
Isonitrilas são compostos que apresentam na molécula o radical 1-N ~ C. r!'agir ora de um ''lado" ora de outro, conforme as condições de reação (íon
"ambidente").
As isonitrilas são isômeros das nitrilas e transformam-se nestas últimas, por
aquecimento:
2) Por reação de aminas primárias com clorofórmio em meio básico forte
CH 3 - N~C 250°C CH 3 - C =N R - NH 2 + CHC1 3 + 3 NaOH ------ RNC + 3 NaCl + 3 H2 O
isonitrila nitrila
(menos estável) (mais estável)
As isonitrilas mais simples são líquidos incolores, de cheiro extremamente 1) Reação de hidrólise
desagradável e muito tóxicas. São ligeiramente solúveis em água e bastante solú- meio R - NH2 + H - COOH
RNC + 2H 2 0 ácido
veis em álcool e éter. isonitrila amina primária ácido fórmicO
3) Redução A preparação e as propriedades destas duas classes são, como veremos mais
H2 adiante, bem diferentes.
R - N=C - - - - R - N = CH 2 R-NH- CH3
Dinitro e trinitrocompostos só têm importância dentre os derivados aro-
isonitrila imina amina secundária
máticos.
Notem que aqui se formam aminas secundárias, enquanto que as nitrilas,
cm idênticas condições produzem aminas primárias. NOMENCLATURA
4) Reações de adição A nomenclatura oficial, que é também a nomenclatura comum, é feita com
Como já dissemos o carbono terminal de uma isonitrila é insaturado e pode, o prefixo NITRO.
por esse motivo adicionar outros radicais, como por exemplo:
CH 3 - NO2 nitrometano
R - N-C + ½ 02 R - N= e = o
isonitrila isocianato CH 3 -· CH - CH 2 ·- CH3 2 - nitrobutano
1
NO2
R -N-C + s R N =e = s
isonitrila isotiocianato NO2
@ nitro benzeno
NITROCOMPOSTOS m - dinitrobcnzeno
(ou 1, 3 • dinitrobenzeno)
DEFINIÇÃO
nitrocompostos aromáticos: @- N0 2
Os aromáticos são nitrados com mais facilidade, em fase líquida e tempe-
raturas menores que os alifáticos:
434 FEL TRE - SETSUO.. QUÍMICA ORGÂNICA 435
2) Reação de haletos com nitrito de prata Este equihbrio é semelhante ao que ocorre nos aldeídos (equihbrío aldo-
cnólico), nas cetonas (equihbrio ceto-enólico) e nos ésteres. Aqui, entretanto, a
- - - - - R -· N02 + Agi "acidez" da aci-forrna é mais pronunciada que a dos enóis.
Esta reação produz um pouco do nitrito correspondente; no entanto, se a Às vezes podemos separar as duas formas, como por exemplo:
reação for efetuada com NaNO 2 ou KNO 2 , o nitrito será o produto predomi-
nante. Tudo isto acontece porque o íon nitrito é um "frm ambülente", possuindo
0 e /'r;\ ·CH = N::::O
~
l(l(
pares eletrônicos livres tanto no nitrogênio como no oxigénio, • : O - N = O , OH
de modo que a ligação far-se-á, ora pelo nitrogênio (dando o nitrocornposto) ora
líquido oleoso amarelo sólido branco
pelo oxigénio (dando o nitrito).
Através da aci-forma, os nitroalcanos reagem com soluções de bases fortes,
3) Preparação do nitrometano
dando os sais correspondentes:
CICH 2 - COONa + NaN0 2 02 N - CH 2 - COONa + NaCI
cloroacetato de sódio nitroacetato de sódio
,..,...-0 ,..,...o
R CH=N- + NaOH---R-CH=N, + H2 0
' ...... OH ...... ONa
ácido base sal
R -·- C - NO,
:, . + H,. O
- Esta reação é muito mais importante para os nitrocompostos aromáticos
N OH do que para os alifáticos:
áddo 11irrólico, por isso,
1füsolvc-.k" em bases r-.:02 NH2
@ + 6 [Hj
Fc/HC'I
@ + 2 H2 0
nitrohcnzcno anilina
não é ácido. por isso,
não s~ dis,oln· cm bast's Reações deste tipo são importantes. pois constituem o principal método de
preparação das aminas aromáticas. que têm um grande emprego na produção de
nffo reage com HNO; corantes orgânicos.
A redução da anilina. em meio nrutro ou básico, é muito mais complicada,
levando a produtos tais como:
Esta reaçffo permite distinguir nitrocompostos primários, <los secundários e
dos terciários. NO
e) alquilaçiio
0 R'
@
R CH; · \"02 AgOH f.R - ê_!H · N02 ]Ag G:) -R'X I
- - R -- CH - N0 2 + AgX nitrobL·nzcno nitroso benzeno N - fenilhidroxilamina
1111 então:
3) Hidrólise
N02
A hidrólise de um nitroalcano pode ser feita de duas maneiras:
- hidrólise da nitroforma: @
nitrobcn1.~no azoxibenzcno azobenz,mo l!idrawbcnzcno
:íddo hidroxilamina
Á
o
COMPOSTOS l
R -S'-R'
i '• ' ' •sulforia
SULFURADOS o
R. -• S ·- S - R' dissulfeto ,de aiquila
R - S03H ácído sutfônico . . •
INTRODUÇÃO
TIOÁLCOOIS R2S04 sulfato de alquila . . .
TIOl:TERES Ou sulfatos· alquil-metálicoí como: • (CH 1)NàS0:4
ÁCIDOS SULFÔNICOS
SULFATOS
EXERCICIOS
Outras funções, como tio-aldeído, tio-cetona, tio-amida, etc, já apresentam
uma importância muito menor. Dentre compostos particulares, tem importância:
.,,,..-SNa
S = C--..__,OR xantatos - importantes na fabricação de sedas artificiais.
(rayon)
442 FEL TRE - SETSUO OUfMICA ORGÂNICA 443
TIOALCOOIS, TIÔIS OU MERCAPTANAS 2) Reação com compostos de metais pesados (Hg, Ag, Pb, ... ):
Oxidação enérgica:
Os tióis mais simples têm cheiro muito desagradável, perceptível mesmo em
quantidades mínimas. Por isso são usados para "detectar" o escapamento de gases RSH loJ
cm reservatórios e tubulações.
ácido sulfônico
Os tióis são pouco solúveis em água, mas solúveis em soluções básicas fortes,
pois apresentam um "caráter ácido" mais forte do que os álcoois.
TIOETERES OU SULFETOS
Ao contrário do etóxido de sódio (C 2 H5 ONa), o mercáptido quase não se CH3 - S - CH 3 : meti! - tio - metano sulfeto de mctila
hidrolisa (reação inversa), pois o tio! é um "ácido" mais forte que a água. CH3 - S - C2 H5 :. meti! - tio - etano sulfeto de me tila e etila
444 FEL TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA 445
Os sulfetos simples não ocorrem na natureza e são de importância relati- ACIDO$ SULFÕNICOS
vamente pequena. A '•'iperíta" ou '"gás mostarda",
Obedecem à fórmula geral:
o
que é um sulfeto clorado, foi usada durante a Grande Guerra como gãs tóxico. t
Ou estruturalmente: R -- S - OH
..
Os sulfetos são preparados habitualmente pelas reações: o
REAÇÕES PRINCIPAIS:
E"'.xemp/os de nomenclatura:
1) Reações de adição:
oficial comum
CH 3 - S0 3 H: ácido metano• sulfônico ácído metíl • sulfônico
O iodeto de sulfônio R 3 SI é iônico R 3 S 0 I 0 , e em presença de bases for- ácido 4 • meti! - benzeno • ácido p • tolueno •
tes forma um hidróxido que é também base forte: sulfônico sulfônico
hidróxido de sulfônio
(base forte)
PREPARAÇÃO:
2) Oxidação:
1) Reação do hidrocarboneto com ácido sulfúrico concentrado
oxidação branda: ( ou fumegante) ( ou SO 3 )
+ + H2 0
oxidação enérgica:
o
[o] t A reação é lenta mesmo a quente, e é reversível (ao contrário das outras
R - S -- R R -- S - R (sulfona) substituições aromáticas). Além disso, como o grupo S0 3 H é desativante e me-
HN03
õ ta-dirigente, a segunda substituição torna-se muito mais difícil:
446 FEL TRE - SETSUO CIUIMICA ORGÂNICA 447
©S03H c§:JSO,H
.,, Reações de substituição do grupo SO.,H:
+ H2S04 + H20
I
R SH
[o]
HN03
R - S03H /
\ '
(
>) -S0 3 Na + Na CN @ - c N + Na2S03
@ - s 0 3 H • 3 H 2 0;
inclusive seus sais de cálcio, bário e chumbo são solúveis em água, ao contrário Sulfonamidas: Ar - S0 1 NH 2 são amidas dos ácidos sulfônicos e tem gran-
dos sulfatos desses metais. O aumento de solubilidade em água, que o grupo S0 3 H d,· importância como medicamentos do grupo das "sulfas"; um exemplo impor-
acarreta aos compostos aromáticos, é aproveitado na fabricação de corantes orgâ- l;111le é a sulfanilamida.
nicos.
+ +
sulfato ácido de ctila
DEFINIÇÕES
1) Dê os nomes oficiais e comuns dos se- f) CH3 - S - S - CH3 COMPOSTOS HETEROCICLICOS COM
guintes com postos: Anéis pentagonais
g) C2HsS03H
CH3 Anéis pentagonais fundidos com anel benzênico
a) ::cu - SH h) C2HsS02O Anéis hexagonais
CH3 Anéis hexagonais fundidos com anel benzênico
i) (fj)-so,n EXERCICIOS
SH
b) [ s J c u , Cl
j) C2Hs S02 0CH;i
COMPOSTOS
, a mesma distribuição de orbitais que no benzeno:
\f...<·-.~.~ . ---~,,.
Compostos heterocíclicos são compostos cíclicos conten•
do, no anel, um ou mais átomos· diferentes do carbono. H H
H "':~';t H
o
"
~ ··••.•.>.)::,:~::,i ,,i:/.. ·-.
o (J ~N)J
1
H -- a mesma facilidade à ressonância que há no anel benzênico:
- a11idridos: CH2 -C
1
CH2 -C~
~o
-;:;:::-º
"'o
/
etc
cujos anéis são rompidos com facilidade, dando reações que mais se assemelham
o sulfonaçâo
0-SO,H
COMPOSTOS HETEROCl'CLICOS COM ANEIS PENTAGONAIS No tocante à estabilidade do anel e ao "caráter aromático" podemos dizer
que:
.,-· s .
. • ...
º--__ •t· i:umo solvente:
1
·- _ iurano
tioféno. - ·_H
• pirrol catalisador
q
O furano, o tiofeno e o pirrol podem ser preparados a partir do aldeído
succínico:
furano
V 1
H
t KOH
KG)
t H2 0
N - potássio -- pirrol
CH2 - CH 2 CH - CH
1 1 li li
CH CH CH CH tiofcno Hidrogenado o pirrol produz a pirrolidína, cujo anel aparece na cocaína e
li li 1
OH
1
OH na atropina:
o o
pirrol
o 1
H
catalisador
CJ H
1
• plrrolidina
464 FELTRE SETSUO QUíMICA ORGÂNICA 455
:w:
·.
4
7
. o
1
cum.u-ona
tionafteno •
(benzotiofeno)
501.3
6
o
pirano
2 o N
piridina pirirnidina
(be nzofurano) (benzopirrol}
,º~
Quando puro, contudo, o indo! tem odor agradável, servindo para a fabri- A piridina tem caráter básico muito fraco, mais fraco que as aminas ter-
cação de perfumes. ciárias:
o
Do ponto de vista industrial, a grande importância do indo! é o fato dele
servir como matéria prima para a fabricação do índigo, um corante azul, usado
+ HCI _ _ _ ___,_ ,,- / c1 8 (sal)
no tingimento de tecidos:
OcJ oxidação
N ~@
H
o
1
H
índigo + Br
e sal de amônio
quaternário
Outro composto heterocíclico, se- N
melhante ao indo!, e de grande impor-
tância biológica é a purina. A estrutura
da purina aparece na cafeína, no ácido
A piridina é usada como solvente, como "catalisador básico", cm sínteses
úrico e na adenosina ( existente em áci-
orgânicas e para "desnaturar" o álcool etílico (tornar o álcool etílico industrial
dos nucléicos).
impróprio para a fabricação de bebidas).
'1156 FEL TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÃNICA 467
O núcleo da piridina aparece na: O núcleo do benzopirano aparece em corantes de folhas, flores e frutos.
A quinolina, que é o composto mais importante do grupo, exis(e no alca-
1nio da hulha. Seu núcleo aparece na quinina. •
A isoquinolina ocorre também no alcatrão da hulha. Seu núcleo aparece
m1 morfina e na papaverina.
Por redução, a piridina dá origem à piperidina, cujo núcleo aparece na co- EXERCfCIOS E TESTES
caína e na piperina (alcalóide da pimenta branca):
o N o H
1
piperidina
1) Escreva as fórmulas estruturais dos se-
J!Uintes compostos:
a) a - meti! - furano
b) 3 - nitro - pirazol
e) 2 - bromo - tiazol
d) 6 - etil - indo!
e) brometo de N -_ etil - piridônio
b)
O·+N
1
H
OEFINIÇAO
éS'< E.,i> +
Capítulo 21 ..\"' e'st,
e:>,...
= LÍPIDO
,
LIPIDOS
É uma mistura onde predomina éskrcs.
DEFINIÇÃO
CLASSIFICAÇÃO
GLICÉRIDOS
CÉRIDOS Os lípidos mais comuns são conhecidos com o nome de óleos ou gorduras.
FOSFÃTIDOS
CEREBRÓSIDOS
EXERCIC:1OS CLASSIFICAÇAO
Lembremos que os éstcres são produtos de ácido + álcool. Num éster pode-
se examinar qual é o ácido original e qual o álcool que está associado. Daí pode-
mos subdividir os lípidos em diversos grupos:
a) Glicéri dos
b) Céridos
e) Fosfátidos
d) Cerobrósidos
1
GLICÉRIDOS Ácido oleico - C 17 H 33 - COOH. (1 dupla)
~cido ricino~eico - C17 H 32 (0H) - COOH (1 dupla)
Os glicéridos são misturas de ésteres onde temos: insalura<los
Acido hnole1co - C 17 H 31 COOH (duas duplas)
➔ parte alcoólica ➔ glicerina ou propanotriol Ácido lmolênico C 17 H 29 -- COOH ( três duplas)
H
H2C - C - CH2 Vejamos as estruturas de alguns deles:
1 1 1
OH OH OH
u-1) Ácido palmítico
➔ parte ácida ➔ ácidos graxos superiores
H2 H2 H2 H2 H2 H2 H2 H2 H2
(mais de 10 C na molécula)
H3C - e- e e- e- e- e- e- e- e
que poderá ser indicado dos seguintes modos:
A fórmula geral de um és ter constituinte de um glicérido é:
º~
H2C - O - C - R ou ainda:
1 º"'
HC - O - C - R' ~COOH
1
ou
~COOH
Os principais ácidos deste tipo são:
H2 C - O - CO - C11H3s Um glícérido reage com a base alcalina e produz glicerina e sais de ácidos
1
graxos superiores. O sabão é a mistura desses sais.
HC - O - CO - C11H3s
1 Exemplo:
tripalmitina
H2 C -- O - CO - C11H3s
trie stc arina
H2 C
1
+O -
•
CO - C,sH31 Na'OH
Vejamos alguns exemplos de óleos e gorduras. Para avaliar determinadas características de um óleo ou gordura costµma-se
submetê-lo a processos analíticos dos quais resultam certos "índices". Um destes
toucinho, sebo, manteiga, testes é o índice de saponificação.
Gorduras {
gordura de cõco, etc
Vamos calcular o I.S. da triestearina: Era de se esperar que as gorduras tenham índices à.e iôdo bastante baixo, ao
contrário dos óleos.
H2C - O - CO .- C 11H3s
1 Quanto mais duplas ligações contiver na molécula maior será o índice de
HC - O - CO - C 1,H 35 + 3 '---.,-------'
KOH íi11.lo.
1
H2C - O - CO - C17 H 35 PM = 56
e) Rancificaçâo
tricstearina
PM = 890 Trata-se de uma série de reações bastante complexas que se efetuam diante
llo 0 2 do ar e também catalisadas pelas bactérias existentes no ar atmosférico.
Efetuando-se o cálculo estequiornétrico:
A 1:aracterística desta reação é o desprendimento de um odor desagradável (ran-
(KOH) ,,oso). É o caso da manteiga rançosa, azeite rançoso, etc. Os óleos, em virtude
890 g 56 000 mg X 3 lia presença de duplas ligações, são mais fáceis de ser rancificados que as gorduras.
IS = 1 X 56 000 X 3
1g X (I.S.) • • 890
f) Sabões
x = 188,7 rng de KOH/g de triestearina Os sabões são misturas de sais de ácidos graxos superiores.
Os sabões duros são aqueles sólidos e possuem sais de sódio de ácidos gra-
O I.S. da triestearina é 188,7. Quanto maior o P.M. do glicérido menor será xos. Os principais sais são:
seu I.S.
C1sH31 - C ""'º
'üNa
palmitato- de sódio
d) lndice de iôdo (U.)
estearato de sódio
oleato de sódio
dctcrgenks artificiais
Quando se coloca sabão, os "alfinetes" espetam as impregnações gorduro- Um exemplo importante de detergente, utilizado como produto comercial
sas ficando com a parte [-COO] em contato com a água. L' o p-dodecil-benzeno sulfonato de sódio cuja fórmula é:
e,, u,.-@-so,N,
CÉRIDOS
Os céridos são mais conhecidos como ceras. Podem ser de nrigcm animal
ou vegetal: (cera de carnaúba, cera de abelha, cera de espcrmacctc. etc).
Uma agitação faz com que a "sujeira" desprenda-se na forma de pequenís- Os céridcs são constituídos de ésteres de ácidos graxos e álcoois superiores.
simos aglomerados envoltos pelas moléculas do sabão (alfinetes).
Exemplos:
C2s Hs1 • COOII
ac. palm(tico ª'-'· cerótico
b) Álcool superior:
Os álcoois superiores são aqueles com muitos carbonos na cadeia.
Exemplos:
O papel do sabão no fenômeno descrito é conhecido como ação detergente. H H
O sabão comum foi um dos primeiros detergentes empregados. C1sH31 - C - OH C2sHs1 - C - OH
Hoje, são fabricados muitos detergentes artificiais, principalmente empre· H H
gando subprodutos da refinação do petróleo. álcool cettlico álcool cerílioo
468 FEL TRE - SETSUO OUIMICA ORGÂNICA 469
Vejamos alguns ésteres constituintes das ceras: Exemplo de um éster fosfátido: lecitina palmítica
H HoC - O - CO - C1;H31
"1
C -· C2s H,1
H HC - O - CO - C1sH31
ff
palmitato de cerila f H 2 C - O - P - O - CH 2 - CH2
ó
e:º H
~o - e - C1sHJ1
lecitina palrnítíca
.r!z H2 H
FOSFÃTIDOS H2Ç - ( - C - NH2 H2 C - C
1 l
OH OH NH 2
São também conhecidos como fosfolípídos. Na ci;tnstituição dos ésteres des- colarnina serina
ses lípides participam:
..
... 1 ac. graxo ;.,...-----:a ... t-· c:Q::H:fl' •· l
.
.Q
'C
l
(a)
~!t;:~9~· • (a)
<11·
-~
·e
··· I .·ac, graxo
l ( {3)
EXERCÍCIOS E TESTES
e) nenhum deles i 1
DEFINIÇÃO
o o o
1 1 1 CLASSIFICAÇÃO
7) A diforença entre óleos e gorduras é que: co co co LIGAÇÃO PEPTlblCA
a) somente os óleos possuem cadeias 1 1 1
REAÇÕES CARACTERISTICAS
normais C1sH31 C'.1sH31 e nll3s
ESTRUTURAS DAS PROTEÍNAS
b) os ókos possuem peso molecular
é: DNA E RNA
maior que das gorduras
e) somente os óleos possuem glicerina a) uma lccitina EXERCÍCIOS
esterificada b) um cen:brósido
d) os óleos possuem predominantemen- C) uma ccfalina
te cadeias insaturadas ti) um cérido
e) os óko, possuem áglla de hi<lratação e) um glicérido
OUIMICA ORGÃNICA 473
AMINOACIDOS H
1
R-N-H
Exemplos: H
H3 C - C*
H ,...-::Q H 1
- C*- C :::--- H2 C ce., NH2
1 "OH 1 1 alanina serina
NH2 SH NH 2 (o ~OH do carbono 3 não é nem ácido
ac. ú - amíno - etanóico ac. ú • amino - propanóico ácido a: - arnino - nem básico)
f3 • tio! - propanóico
(glicina) (alanina) (cisteína) -;Yo
e---....
OH valina
Nos amino-ácidos sempre existe um grupo amino (-NH 2 ) ligado ao carbo-
no a (vizinho da carboxila).
O carbono a é assimétrico, razão pela qual todos os amino-ácidos (exceção
da glicina) possuem isômeros ópticos.
li) Os amino ácidos que possuem 2 carboxilas e apenas 1 grupo amíno são
Os amino-ácidos possuem nomes particulares e sua grande importância se aqueles de cardter ácido.
deve ao fato de serem constituintes das protefnas.
Exemplos:
H2 H2 H -;Yo
CLASSIFICAÇÃO - e- e- C*
1
C..___OH
NH2
a) Quanto ao número de grupos -NH 2 e -COOH ácido <)~pártico ácido glutâmico
1
H
R - e - C:;,-
-~º,
..___ :1J + OH" .,1
NH 2 o,'<~l . . _. . _______ .. .
º~-e
HO.,.,- ac. aspártico - pHi = 2, 77
Os proteídos podem ser classificados em:
Estas substâncias que não são amino-ácidos são denominadas de. grupo pros-
tético e podem ser: ácido fosfórico, glúcides, lípidos, etc.
por hidrólise só
Holoproteídos {
produzem aminoácidos
Proteídos
PROTEÍNAS PROTEÍNAS
,
Heteroprotctdos
{ por hidrólise produzem
, •. .
amino-acidos + grupo prostetico
DEFINIÇÃO n
ce tºd
1 os
{ resultam
. , . da ,
p h1drohse dos prote1dos
As
: pro t ernas
' - rnacrornoléculas que resultam pr" • ai
sao d
sação d tn • • •d mc1p mente a conden- Os holoprotddos podem ser classificados em divcl'sos grupos conforme a
e a mo-ac1 os,_ encontrados nos animais e vegetais, e constituem os . solubilidade, peso molecular, coagulação por calor, etc. Os principais grupos são;
complexos compostos Já conhecidos. mais
I) Albuminas na clara do ovo
. El'.'8 constitu~rn juntamente com os lípides e glúcides os alimentos e os
conshtumtes essenc1a1s para os seres humanos. II) Globulinas seroglobulina do sangue
III) Histonas no pâncreas, no rim
. Estas, m~c~omol~culas possuem pesos moleculares que variam desde alguns
milhares ate vanos milhões. -Vejamos alguns exemplos: IV) Protaminas -- esperma do salmão, arenque
LIGAÇÃO PEPTll>ICA
REAÇÕES CARACTERfSTICAS DAS PROTEINAS
Os amino-ácidos possuem a capacidade de condensar-se. Na molécula de São reações que produzem colorações que caracterizam as proteínas:
um amino-âcido a carboxila de uma molécula pode ligar-se ao grupo amino da
outra molécula.
a) Reação Xantoproteica
Quando você trabalha com ácido nítn..,o sua mão fica amarelada. Trata-se
da reação do HNO 3 com a proteína da pele que dá uma coloração amarela. Esta
coloração é devida à formação do ácido pícrico.
b) Reação de Millon
Quando se ferve uma solução de uma proteína com nitrato mercúrico
Hg(NO 3 ) 2 , forma-se um coágulo vermelho pardo.
.?s
amino-ácidos podem condensar-se resultando moléculas dipeptídicas, tri-
pcpt1d1cas, etc.
co a) Estrutura primária
Vamos admitir que a molécula de um amino-ácido seja assim:
NH
co
NH ligação - · - • - - - ligação
pcptídica pcptídica
Vamos supor que essa corda representa uma proteína com estrutura secun-
dária.
Agora tomemos um pedaço dessa corda e coloquemos no chão deixando-a
contorcer como quando a gente solta um fio de macarrão no prato.
Esta estrutura é a terciária. Com este tipo de estrutura temos a hemoglobina.
estrutura primária
pontes de hidrogênio Então, este amontoado da corda é uma estrutura terciária; se esticarmos
estrutura helicoidal ou
DNA - ácido desoxiribo-nucleico
secundária. RNA - ácido ribo-nucleico
A estru_tura espiral ou helicoidal é mantida graças às pontes de hidrogénio Estes ácidos são os responsáveis pela reprodução das células.
entre as moleculas que se aproxin1am na espiral. Vejamos em primeiro lugar os constituintes dos ácidos desoxiribonuclei-
Neste grupo estão as proteínas fibrosas, como a queratina encontrada na co (DNA) e ribonucleico (RNA).
unha .
Oô(JJOO \
3C--C2
1
OH
1
OH
/
·•- -··· ,., _________
482
FEL TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA 483
b) Desoxi-D-ribose
São apenas essas 8 substâncias que formam os ácidos nucleicos responsáveis
Basta tirar o oxigénio do -OH ligado ao carbono-2 pelos códigos genéticos.
5 CH2OH
E eis a pergunta: como pode com tão poucos compostos estabelecer uma
I___.--o...______ /OH
diversificação tão grande de genes'!
4C C1 Esta pergunta poderia ser comparada com a seguinte: Como pode o código
\ / Morse ter apenas ponto e traço (. e - ) e emitir tão variado número de men~agens'?
3C--c2
1 l 4.,_ Achamos que o leitor já entendeu que a possibilidade de associações dessas
OH ~,i
tirado o O
moléculas é praticamente um número quase infinito.
e) Ácido fosfórico No entanto existe uma scqüência com determinadas restrições na formação
desses ácidos nucleicos.
Estrutura do DNA
No DNA participam as seguíntcs moléculas:
'
'. __ -- est es H podem esterificar o -OH da ribose. a) o açúcar que é a desoxiribose - chamaremos de S
d) Bases b) o ácido que é o fosfórico - chamaremos de P
@ N (Q NH~
HaC~
OH
ON (Q
OH
N
(5is • - ·si\9
N:) N~OH N~OH N~OH 1
pirimidina citosina desoxiribosc ácido fosl"órico
timina uracila
e T u
Bases purínicas - são derivados da purina. Agora imaginemos duas fileiras dessas colocadas paralelamente. Vamos ligar
as moléculas S dessas filas de modo semelhante àquela escada de corda usada
São apenas dois: adenina e guanina.
pelos marinheiros. Para ligar as moléculas de S vamos utilizar sempre duas mo-
3 léculas de base sendo uma pirimidínica (A ou G) e outra puríníca (C .ou T).
N 9 Estas bases ligam entre si com pontes de hidrogênio.
2f'~NH
1N0- 1
5 N 8
J
6 7
purina
º"""
_,.,.e -
lh H2 l:;l- cro
e - e - e - e, 10) Tanto o DNA como o RNA são molécu-
Modelo de Watson-Crick para o DNA. HO NH2 011 las de estrutura:
(ácido glutámico} a) linear
·)) helicoidal
Estrutura do RNA st't".Í aproximadamente: • e) axial
d) is_omctrat
a) 3 b) 7
O RNA apresenta uma estrutura semelhante ao do DNA. e) 10 d) 14
e) desord,mada
Agora ao invés de desoxiribose temos a ribose. Ao invés da tiamina temos e) nada se pode afirmar
o uracilo.
Então, no RNA participam:
a) o açúcar - a ribose - S
b) o ácido - H 3 P04 -- P
e) as bases: Adenina - A, Guanina - G, Citosina - C e Uracilo - U
EXERCÍCIOS E TESTES
GLUCIDES
DEFINIÇÃO
i Exemplos:
GL. UCIDES H,
- 1
H H H H
e --· e -- e - e - e -e 90
1 1 1 1 '-H
H,C -
- 1
H
1
H
1
H
e - e . - e - e --
1 li
CHi
1
OH OH OH OH OH OH OH OH OH O OH
glueosc frnctosc
(poliol + alckído) (poliol + cetona)
DEFINIÇÃO
CLASSIFICAÇÃO
ES~RUTURA E NOMENCLATURA DAS OSES CLASSI F ICAÇAO
EPIMEROS
TAUTOMERIZAÇÃO
A classificação dos glúcides segue o quadro abaixo:
REAÇÕES COM FENIL-HIDRAZINA
CICLIZAÇÃO
Aldoses
MUTA-ROTAÇÃO {
OSES
PRINCIPAIS GLÚCIDES
Cetoses
EXERCICIOS
Glúcides
holosídeos
OSIDEOS {
heterosídeos
488
FEL TRE - SETSUO
auiMICA ORGÂNICA 489
l
sacarose glicose + fruto~e carbono aumentado
(Llissacarídeo) +H 20 r--------------------------------- -7
maltose glicose + glicose
:' HO--..,__ -?O H '--._ -9'O':
lactose +H20
glicose + galactose ! c=N e e i
~-- - - -f----- - -- -- -- - - - - ----~-- - -- - - - --- - - ---- --- ~ -l------
(polissacarídco) amido +1120 H-C-OH H-C-OH H-C-OH
n glicose
HCN dcsoxigcnação
Nos heterosídeos, a hidrólise produz ose e outros compostos que podem
ser orgânicos e inorgânicos.
amigdalina _+_H-=.2_0 ___ 2 glicose + HCN 1 + benzaldeido
Desta forma urna aldotetrose pode produzir uma aldopentose, e assim su-
A amigdalina é encontrada em amêndoas amargas.
cessivamente, aumentando 1 átomo de carbono na ase.
490 QUÍMICA ORGÂNICA 491
FEL TRE - SETSUO
H H H H H :-------
11ic1 e - e
~o síntese e - e -- e
..-,::O
1 representa a aldoxila -e;::::-º
.____ H
c'- H ~e:?'.
1 1 de Kiliani 1 1 1 i '-H
OH OH OH OH OH OHc,,.-----
_ \- ..-
__ _ . /
representa o -OH em C*
aldotetrosc aldopen tosc '\ carbono
aumentado
T AUTOMER IZAÇÃO
As ases em solução aquosa sofrem o fenômeno da tautomerização que é
característica dos aldeídos e. cetonas.
1 1
C=O-.., - - - - - C-OH
1, 1 - li
-C--1...H./ -C
1 \ 1
aldeído ou enol
cetona
> .,-l .,.;-o
...o~ ~ ~
Cl
õ ,::
::, õ O carbono vizinho da carbonila já possui •-OH. Surge então um dienol ·em
is .,o ~ !l [ ~
~
" ~ "' equihbrio tautomérico.
"
A glicose, a fructose e a manose produzem o mesmo dienol já que nelas,
os carbonos 3, 4, S e 6 são iguais.
Estruturas D
Vejamos a enolização da glicose:
EPfMEROS HO-C
Duas oses isômeras são ep(meras quando diferem nas posições do -OH de
apenas l carbono.
Exemplos:
glucose
,,tt,------,
\._,.,,1 '\
H-C-OH • H-C-OH
1 j
e= cr--~-'- - - - - -
li
C-OH
1 1
HO-C-H HO-C-H
d ( +) glucose
epímeros em C2
d (+) manose d (+) manose d (+) talose
epímeros em C4
1fructose
1 dienol
---------------- ---- -
484
FEL TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÃNICA 495
Reparem que o dienol é o mesmo, tanto da glicose como da fructose. O Nas oses, tanto os radicais aldeído ou cetona reagem com a fenilhidrazina.
mesmo dienol é obtido na enolização da manose.
O produto obtido continua reagindo até que uma molécula de ose, após reagir
Na realidade, quando se coloca qualquer uma .dessas três ases, estabelece-se com três moléculas de fenilhidrazina produz a osazona.
11111 eqwUbrio dinâmico entre esses compostos com o dienol.
Vejamos as reações da glicose com fenilhidrazina:
Glicose - Dienol ---- Fructose
JI
Manose
tt-c_;_o
1 •
H-C-OH
Um fato interessante é o comportamento da fructose. diante de reativos oxi-
dantes como o Licor de Fehling.
Recordemos que:
REAÇÕES COM FENI L-HIDRAZINA As osazonas são compostos cristalinos, amarelos e de fácil identificação.
Esta é a fonil-hidrazina Veja que os radicais da fenil-hidrazina ligam-se aos carbonos l e 2 apenas
e não altera os ,restantes carbonos (3, 4, 5 e 6).
Vimos no estudo dos aldeídos e cetonas que a fenilhidrazina reage com a De fato: a glicose, a manvse e a fructose produzem a mesma osazona, já
formação de fenílhid~!zonas.
que eles só diferem nos carbonos 1 e 2.
t:=t>
1
1
prod11zem a
Jncsma usa.zona
o furano
o pirano
l . ~ - - - - - - - - - ~- ~ --- - - - -- - - - - - - - - - - -~ - - - - - - ----~J, Agora examinemos a posição ôo -OH do carbono-!. O ---OH poderia estar
para cima ou para baixo na formação da glicofuranose ou também da glicopi-
ranose.
CICLIZAÇÃO
Conclusiio: a ciclizaçãu de uma a/dose produz dois isômcros (ci;- e trans) depen-
Foi visto no estudo dos al,'eídos que eles reagem com álcoois formando dendo da posição do -OH formado na aldoxila.
os scmi-acetais. Quando os carbonos 1 e 2 possuem -OH no mesmo semi-espaço temos a
formação eis: caso contrário teremos a forma trans.
O grupo alde(do de uma a/dose pode ciclizar-se ao reagir com o grupo al-
málico -OH da própria molécula. No caso da glucopiranose temos as designações a: e /3 respectivamcnte para
as estru luras eis e trans.
Se a combinação for com o -OH do carhono--1 temos urna f11ranosc; se
for OH do carbono-5 temos uma piranose.
-- 2
C1
/
H MUTA-ROTAÇÃO
glucose
HNO3 dil.
1 (ac. sacárico)
ácidos do tipo
ÂRICO
líbrio dinâmico.
Após certo tempo estabelece-se uma porcentagem fixa para cada forma. O
a médio é na verdade a média ponderai dos o:i para cada forma. (ac. glucorônico)
organismo
ácidos do tipo
URÔNICO
1,
H0~ 2~
--
l®I
OH
3 1
glicose
2
1
e__
H0~ ~ ~ 6 H
2 li
O
3 4 5
frntosc
~
®o
A hidrólise da sacarose produz glicose e fructose como já foi comentado
no estudo da fermentação alcoólica.
d) Lactose
É também chamado açúcar do leite, pois é encontrado no leite dos mamí-
ou 0\1 feros.
A lactose é um dissacarídeo. A lactose é constituída pela condensação de
urna molécula de /l-galactose mais uma molécula de o:-glicose.
Sua estrutura é:
H2COH
1
5
1
CHpH CHpH
4 º® :-:.~----
--. __ ~
_.-.,..-- o 5
o
3 2 o
3
LACTOSE
/l- galactose' O:- glicose
/\ solução coloidal da piroxilina em álcool e éter, chama-se colódio - pela 5) Escreva a estrutura da O'.-glucopiranose. 8) A muta-rotação da glicose é um fenóme-
l'vapornçào do solvente obtém-se os fios de nitrocelulose que constituem a seda no causado pda:
a1 ti lkial ou raion. 6) São epímeros;
a) condensação da glicose
Pelo tratamento da celulose com anidrido acético produz o acetato de ce- a) glucose, fructosc e manosc b) enolização Ja glicose
b) galactose e fructose e) cídização da glicose
lulose que é outro tipo de seda artificial. e) galactose e manose d) decomposição da glicose
/\ hidrólise da celulose diante do HCl produz a µ-glicose. Isto prova que d) galactose e gluco.se e) nenhuma das proposi~·Õt's anteriort's
e) nenhuma das anteriores
a n~lulusc é um polímero da µ-glicose.
9) Qual das substâncias não <: uma ose?
f) Amido 7) A ktra D colocada antes de uma osc in-
a) glicose d) fructosc
dica:
b) lactose e) manosc
( um polissacarídeo também de fórmula (C 6 H JOO, )n com peso molecular
a) q uc a substância é destrógira e) galactose
11:11 ia11do entre 60.000 e 1.000.000.
b) que a substância é anti-destrógira
É encontrado como produto de reserva das plantas e formam grânulos bran- e) q uc pode ser obtida do aldeído D-gli- 10) Qual é o número total de isômeros opti-·
cúido atravc;s de sínteses carncntc ativos da glicose?
ros.
d) que 6 Jíastcrcoisômero a) 8 b) 16
O amido é encontrado nos cereais: arroz, trigo, centeio, etc; e também nas e) não desvia o plano da luz polarizada e) 24 d) 32
rnlH·s ou tubérculos e nesse caso é chamado de fécula: batata, mandioca, etc. e) 64
J) Glicugênio
EXERCfCIOS E TESTES
11 l)u.il a difrrcn1·a fundamental sob o pon· 3) Por que a fructmc que nao possui i;rupo
lo de vista químico entre a glicose e a aldeído é capaz de reduzir o Lirnr de
frudose? Fchlíng'!
,
POLI MEROS
Substância macromolecular é toda a substância que é
formada por moléculas muito grandes e consequente-
mente apresenta massa molecular bastante elevada.
OBSERVAÇÃO:
No setor de fibras texteis além de falarmos em fibras naturais (algodão,
seda, juta, etc) e fibms sintéticas (nylon, poliéster, etc) falamos também em fibras
artificiais ou modificadas, como por exemplo o rayon. A fabricação do rayon
já parte de uma macromolécula, que são as fibras naturais do algodão; a seguir,
por meio de várias reações químicas, purifica-se a macromolécula e no final faz-se
urna nova fiação, resultam então fios e fibras de composição química igual à ma-
POLfMERO crornolécula inicial, mas de muito melhor qualidade, que constituem o rayon.
Por extensão, continuamos a usar nestes casos os nomes monômeros, poh'- 2) Quanto à reação de preparação
ml'ros e reação de polimerização. Por fim podemos dizer que, atualmente, as
a) puffmeros de adição: quando o polímero é a soma de moléculas pequenas,
p:1lavras macromolécula e polímero são usadas praticamente como sinônirnos. todas iguais entre si.
A "Química Macromolecular" começou praticamente a um século atrás, com
as primeiras tentativas de se fabricar a "seda artificial". No entanto, o grande n CH2 ""CH2 (- CH2 - CH2 )n
dcsl'nvolvimento dos "plásticos" ocorreu de trinta anos para cá. Hoje em dia, é etileno (monômcro) polietileno (polímero)
incontestável a importância dos plásticos (folhas. chapas, envólucros, móveis, brin-
qm·dos. encanamentos, etc), das fibras sintéticas (nylon, poliéster, etc) e das bor- Neste caso, o produto é também chamado de homopolímero e a reação
r111·lras silltéticas. Por isso, o século XX já está sendo chamado de século dos é uma reação de homopolimerização.
1>histicos; alguns pensadores voltam-se para um futuro mais longínquo e dizem
l(IIC estamos no começo de uma nova era - a Idade dos Plásticos - fazendo
b) copoUmeros: quando o polímero é a soma de dois tipos de moléculas dife-
1l'qüéncia às idades da pedra, do bronze e do ferro. rentes ( dois monômeros diferentes).
CLASSIFICAÇÕES @
Os polímeros podem ser classificados segundo vários critérios, que não se butadicno estireno
l'itclucm mutuamente - isto é, o mesmo polímero poderá aparecer nas várias (Lo monômcro) (2.o monômero)
classes que serão mencionadas abaixo:
,;1/0 Mesmo que a cadeia apresente ramificações ( desde que a ramificação não
-C +···- "ligue" uma cadeia a outra cadeia vizinha) o polímero continua sendo conside-
~···
rado linear:
hcxametilenodiamina ácido adípico
(diamina) (diácido)
(1. 0 monômero) (2. 0 monômero)
CH2 - CH 2 - CH 2 - CH 2 - CH 2 - CH 2 - CH 2 1
polietileno s
1
••• - CH2 - C ··· CH
h) 1wUmervs de cadeias heterogéneas: quando na cadeia aparecem átomos dife- 1 1
rentes do carbono (ou, de um modo mais geral, átomos diferentes entre si). CH3• S1
- CH, C - CH - CH 2
• 1 1
li H O O CH3 S
1 1 li li 1
N CH2 -CH2 -CH2 -CH2 -CH2 -CH2 -N -C--CH2 - CH2-CH2 -CH 2 • C-···
nylon-66
Deste modo obtemos a borracha vulcanizada (contém de 5 a 8% de enxô-
CH 3 CH 3 CH 3 CH3 CH 3 fre), que é mais elástica. mais resistente e menos sensível ao calor e aos agentes
1 1 1 1 • 1 atmosféricos que a borracha natural.
Si O .._Si - O - Si -- O -- Si - O - Si -·· O - •••
1 1 1 1 1 Aumentando-se a porcentagem de enxôfre, aumenta o número de ligações
CH 3 Clh CH 3 CH 3 CH 3 cruzadas em todas as direções do espaço:
Silkona
Deste modo obtemos a ebonite (contém de 25 a 30',)f, de enxofre) que não
4) Quanto à estrutura final do polímero é mais elástica (é rígida) mas que apresenta uma grande dureza e resistência me-
cânica.
a) fJOlimnos lineares: quando a macromolécula é um encadciamcnto linear de Polímeros tridimensionais dão origem a materiais termofixos. Nestes casos,
átomos. ao menos a última fase de produção da macromolécula deve ser feita simultanea-
Clfz - crii - Clh - CH2 · · CH2 ... CH2 - CH2 - Cll2 - mente com a modelagem do objeto desejado. Em outras palavras, uma vez pron-
polietileno tos. esses polímeros não podem ser novamente amolecidos pelo calor (um aquc-
110 FEL TRE - SETSUO QUIMICA ORGÂNICA 511
POLfMEROS DE ADIÇÃO
l
!\: > Classificações industriais
b} Polipropileno: obtido do propileno ou propeno v-::;;
São as classificações que dizem respeito às aplicações práticas dos polímeros.
Uma classificação bastante ampla é a que divide os polímeros em:
a) elastómeros: quando apresentam "propriedades elásticas" acentuadas; é
o caso das borrachas naturais e sintéticas. O polipropileno é mais duro e mais resistente ao calor que o polietileno.
1
b) plásticos: quando se apresentam no estado sólido, mais ou menos rígido; :É muito usado na fabricação de artigos moldados e fibras.
é o caso do polietileno, do poliestireno, do cloreto de polivinila (PVC), etc. c) Poliisobutileno: obtido do isobutileno ou isobuteno
É verdade também que muitos "plásticos", em menor grau de polimeriza-
ção, se prestam muito bem à produção de tintas, vernizes, lacas, etc; é o caso do 3
acetato de polivinila (PVA). n CH2 = ~H ---- (·· - CH2 -~H~ ···)
CH3 CH3 n
e) fibras: quando o polímero tem grande resistência à tr.ação mecânica e,
cm conseqüência, se presta bem à fabricação de fios; é o caso do nylon, do po- Ele constituí um tipo de borracha sintética denominada borracha butilica,
liéster, etc. muito usada na fabricação de "câmaras de ar" para pneus.
r
@ c-CH, ~ - - · · ) , CH 2 = CH - COOH
a) Polimetacrilato de meti/a: é obtido a partir d? metil-acrilato de me1ila
ou abreviadamente metacrilato de metila.
O poliestireno é outro plástico de grande uso no mundo atual. Ele se pres-
la muito bem à produção de artígos moldados como pratos, copos, xícaras, etc.
l'.k é bastante transparente e bom isolante elétrico.
Expandindo, a quente, por meio de gases, o poliestireno dá origem ao isopor.
(
•• - CH, - ia~~' "
CH 3 )
Este plástico é muito resistente e possui ótimas qualidades ótícas; por isso
e) Cloreto de Polivinila ou Policlorcto de Vinila (PVC): obtido do cloreto
é muito usado como "vidro plástico", conhecido pelo nome de plexig)as ou lucite;
til' vinila
ele é empregado em lentes para óculos infantis, frente às telas dos televisores, em
n CHi = CH ••• -- Clh - <rH - ·--) parabrisas de aviões, nos "vidros-bolhas" de automóveis, etc; normalmente o ple-
1 ( xiglas é transparente, mas pode ser colorido pela adição de outras substancias.
CI CI n
b) Poliaailonitrila: obtido da nitrila do ácido acrílico ou acrilonitrila
O PVC, juntamente com o polietileno e poliestireno, constituem os três
"111i1iorcs" plásticos da atualidade. O PVC tem boa resistência térmica e elétrica. n CH 2 = CH
Com o PVC "duro" são fabricadas caixas, telhas, etc. Com plastificantes o PVC 1
CN
torna-se mais mole, prestando-se então para a fabricação de tubos flexíveis, luvas,
sapatos, "couro-plástico" (usados no revestimento de móveis estofados, automó- É usado essencialmente como fibra textil; sua fiação com algodão, lã ou
wis, etc). seda produz vários tecidos, conhecidos comercialmente como orlon, acrilan ou
dralon, muito empregados especialmente para roupas de inverno.
f) Acetato de Polivinila ou Poliacetato de Vinila (PVA): obtido do acetato
de vinila:
/ 3) Polímeros diênicos:
n CH 2 = CH .. • CH2 - ~H - ···)
1 ( Quando o monômero apresenta a estrutura de um dieno conjugado
CH 3 - COO CH 3 - COO n '-...,, /
C=C--C=C •
O PVA é usado na produção de tintas à base de água (tintas vinílicas), de / 1 1 '-'
adesivos e de gamas de mascar. • os polímeros desta classe constituem vários tipos de "borracha sintética":
© /
melamina
H
CH2
d) Poliésteres ou resinas alquídicas
C'1t.
Resultam da reação de esterificação de poliácidos ( ou seus anidridos ou
... CH,@' seus ésteres) com poliálcoois. Um dos poliésteres mais simples e mais importantes
no mundo atual é aquele obtido pela reação do éster meh1ico do ácido tereftá-
OH Oq lico com o etileno-glicol:
OH Oq
.. :_·_~CH3looc-@-coo\ctt3 + HO t CH2 - CH2 ~ : : ~ ... -
A baquelite é o mais antigo polímero sintético de uso industrial ( I 909);
ela se presta muito bem à fabricação de objetos moldad~s. - ... (- ooc--@-coo - CH2 -- CH2 ~)~·· + 2 CH3OH
b) Polímero uréia-formaldeído: Este polímero é a principal fibra textil da atualidade e recebe os nomes
de terilene ou dacron. Em mistura com outras fibras (algodão, lã, etc) constitui
o tergal.
···-N-···
1
C=O
1 Outro poliéster importante é o gliptal, obtido pela reação do anidrido ftá-
N --- CH 2 - N - ••• lico com a glicerina:
1
C=O
1
••• -- N - Clh - N -
1
C=O
1
... -- N -- ...
O glíptal é muíto empregado na fabricação de tfotas secativas ou não. 9) nos compostos abaixo, quaís poderão
formar polímeros? Quando possível.
;/'.,,e) Poliamidas ou nylons mencione a reação plausível c diga se o
11
(_,
Os nylons são plásticos duros e têm grande resistência mecânica. São mol- (
) 1
''
. [.{l"(.l .,-~.f, {-·(/j '-19 /. ,.S ~..I [}: 1,/ ~ .(11"}
EXERCfCiOS E TESTES
'/ \
I A
ANALISE ORGANICA
Já tivemos uma idéia geral sobre Análise Química, no volume Ili - Físico-
Química, ao tratannos da Análise Volumétrica. Pois hem, o mesmo esquema con-
tinua válido para a Análise Orgânica em particular:
1 lê EXl'CUTAIJA VISANDO: 1
CIIEGA.,SE A:
1 POR: 1
1 prucc-s.s,m; mccâ~ M!1,arar as 1 substância
ANÁLISE 1 nkos. e físicos s.u bstâncias de 1 puro
IMEDIATA j de ~e paração uma mistura 1
e purüld·Jas
1
processos <le qu.lis. são 1
QUALITAHVA "pi:;squit:;.1" o:s elementos. 1 eomposi1·ao
~xis-kntts na 1 l:t:nksimal
ANÁLISE {
Capítulo 25 ANALISE
ORGÂNICA
ELEMENTAR
QUANTITATIVA
procl.'.ssus dt"
su hst•1nda ~
t1U:untu há tk 1
1}
1 •
fórmula
º"Lh1~1..•m" cada elt!tnento'! 1 mínima
1
, ~
DETERMINARÇÃO DA
MASSA MOLECULAR
proa~!-.os. f ( s.i cos
cJu fís.h.:o-químicos
drkru,.inar a
massa rnokçular
j fórmula
molecular
ANALISE ORGANICA
ela substância [
1
rca,õcs química.., c()rno r.~tão 1 fórmula
ANÁLISE cs.p<.•dfü::as ou arrumado.~ o~ 1 c:i1trutur.al
ESTRUTURAL j prot"\.'SSOS fí s.i L"O• álomos lltmtro 1
1 químicos <lo1 rnoll~cu!a'!
1
ESQUEMA GERAL
ANÁLISE IMEDIATA
ANÁLISE ELEMENTAR Apesar do grande progresso das Sínteses Orgânicas, que dia a dia, nos cria
Qualitativa 11ovns produtos, a Análise Orgânica continua tendo uma importância enorme. De
Quantitativa foto, a Análise controla e orienta os passos da Síntese, já que a primeira vai
COMPOSIÇÃO CENTESIMAL E FÓRMULA MÍNIMA isolando e identificando os novos produtos se são sucessivamente produzidos pela
DETERMINAÇÃO DA MASSA MOLECULAR segunda. Em resumo podemos dizer que foi o desenvolvimento e o entrosamento
ANÁLISE ESTRUTURAL ..:ada vez maiores dos Processos de Síntese e de Análise Orgânicos. que permi-
Processos químicos tiram o desenvolvimento enorme da Químil:a Org:inica, no século XX.
Processos físico-químicos
Cromatografia
Espectroscopia infravermelha
EXERCICIOS
ANÃLISE IMEDIATA
A Análise Imediata é de grande importância na Químíca Orgânica porque, - destilação a "vácuo" (ou destilação a pressão reduzida): quando as subs-
muito dificilmente, nós iremos encontrar uma substância orgânica já pura. De tâncias a separar sofrem decomposição por aquecimento; neste caso, o aparelho
fato, quando a substância é proveniente do reino vegetal ou animal, ela vem nor- de destilação é ligado a uma bomba de vácuo; com a redução da pressão inter-
malmente misturada com várias outras substâncias - torna-se necessário então, na, as substâncias irão destilar a uma temperatura mais baixa, diminuindo-se o
separá-las e purificá-las. E mesmo quando a substância é preparada sinteticamen- risco de decomposição.
te, através de uma reação feita em laboratório ou na indústria, ela estará freqüen-
lcmcnte impurificada por outras substâncias, formadas em reações secundárias, - destilação com "arraste de vapor": qq.ando devemos separar uma quan-
que são muito comuns em Química Orgânica - mais uma vez é necessário sepa- tidade pequena, de uma substância sensível ao calor, que está presente numa
rar e purificar a ,substância desejada. mistura muito complexa; neste caso, passamos vapor de água através do balão
de destilação, que "arrastará" a substância desejada para fora da mistura inicial.
Os processos de separação das substâncias orgânicas são os mesmos proces-
sos gerais de separação, que foram estudados no volume I - Química Geral -
CRISTALIZAÇÃO FRACIONADA: para a separação de misturas de subs-
do nosso Curso de Química. Em particular, no campo da Química Orgânica, os
dois processos de separação mais usados são: tâncias sólidas.
água de
- resfriamento
~ funilromum
ml11ura
• aeparar
para a pia
• "' 1
chapa de aqucdmento ~létriro
ml&tu.ra +
Kllvente
Outros processos também utilizados na separação e purificação de substân- ANÁLISE ELEMENTAR QUALITATIVA
das orgânicas são: decantação, sublimação, extração, etc.
Aqui vamos "pesquisar" a existência de C, H, O, N, S, halogênios, etc, em
nossa substância-problema (abreviadamente designada por S.P., de agora em
Urna vez aplicados os processos de purificação, devemos 1•erificar se a subs· li iante):
tânda foi realmente piu-ificada ou não. Recorremos então aos critérios de pureza
já mencionados no volume I - Química Geral. Os critérios de pureza mais usados 1) Pesquisa de carbono e hidrogênio
cm Química Orgânica são as medidas das seguintes constantes fi'sicas: É decisiva, pois a existência ou não de C e H, indicará se a S.P. é realmen-
ponto de fusão (para substâncias sólidas) te uma substância orgânica ou não.
.. ponto de ebulição (para substâncias líquidas) Algumas indicações preliminares já nos levam a acreditar que uma substân-
1.:ia é orgânica; assim, por exemplo, substâncias inflamáveis, substâncias combu&-
índice de refração (para substâncias líquidas)
tiveis, substâncias que queimam com chama fuliginosa (como a chama de uma
Na verdade, o processo completo de purificação de uma substância é bas- vela. que deixa uma mancha preta sobre urna porcelana) são, com grande certe-
tante trabalhoso; "purífica-se" a substância e mede-se uma constante física; "pu- ia, substâncias orgânicas.
rifica-se" uma segunda vez e torna-se a medir a mesma constante física; e assim No entanto, a prova irrefutável da existência de C e H numa substância
por diante, três, quatro, cinco ou mais vezes, até duas medições consecutivas da nos é dada aquecendo a mesma com óxido cúprico; o óxido cúprico liberta oxi-
mesma constante física não revelar alteração apreciável; só então considera-se que genio segundo:
a substância em estudo foi realmente purificada.
2 CuO
Tocando-se um fio de cobre limpo numa substância, levando-o à chama oxi- 1) Dosagem de carbono e hidrogênio (método de Liebig)
dante de um bico de Bunsen e aparecendo uma coloração esverdeada, é quase
ccrtll que a substância contém halogênio (este é o chamado teste de Beilstein).
navícula de
tubo de
por-c-clana
Entretanto, a prova decisiva da existência de nitrogénio, halogênio ou en- fornos de tuba de vidro com
com o S.P.
. ./ aquecimento vidrn t·orn NaOH + CaO
xofre, numa substância orgânica, nos é dada pela fusão da substância com sódio lubo de --- 1
quartzo ~-~--"--~)
metálico. (Método de Lassaigne). Neste caso teremos:
/'; '\
Na + X (halogênios da S.P.) NaX CuO retenção de HiO
2 Na + S (da S.P.) Na 2 S
Uma massa conhecida da S.P. é colocada numa navícula de porcelana e
Notem que, nesta "mineralização", o N, X e S da substância orgánica são aquecida num tubo de quartzo, cm corrente de oxigénio puro. Pela ação do oxi-
transformados em compostos minerais ou inorgânicos (NaCN, NaX e Na 2 S res- gênio e do CuO, a S.P. queima, de tal modo que:
pcçtivamente). Ora, esses compostos inorgânicos podem ser facilmente identifica- e (da S.P.) + 02
<lns pelas reações usuais da Qulmica Anal(tica Inorgânica:
2 H (ela S.P.) -t !12 02 H 2 O (vapnr)
NaCN FcS04 +FeCl3
Na 4 (Fe(CN)6] Fe 4 (Fe(CN)6 h
meio ácido O CO 2 e o vapor de água são arrastados para diante, pela corrente de oxi-
azul da Prússia
(cor azul intensa)
gênio; a água é absorvida por Mg(ClO 4 h e fica retida no primeiro tubo; o CO2 é
absorvido pela cal sodada e fica retido no segundo tubo. Pelo aumento de peso
AgCl - precipitado branco desses doís tubos ficamos sabendo quais foram as massas de H2 O e C02 respec-
AgN03
NaX meio nítrico AgX.). AgBr prccipi tado amarelado tivamente produzidos; a partir dessas, por meio de um cálculo estequiométrico,
calculamos as massas de carbono e oxigénio existentes na amostra inicial da S.P.
Agi - precipitado amarelo
HgCl2 Exemplo: 0,0504 g de uma substância orgânica produziram O, 1584 g de
Na2S HgS.). (precipitado preto)
meio ácido CO 2 e 0,0648 g de H 2 O. Quais as massas de carbono e hidrogénio existentes
na amostra? (H = 1; C = 12; O= 16).
E assim por diante, existem reações para pesquisar inúmeros elementos que Calculando:
podem aparecer nas substâncias orgânicas.
e + 02 ~~-
C02 }
12 44
X 0,0432 g carbono
ANÁLISE ELEMENTAR QUANTITATIVA
0 0,1584
2H
Aqui vamos "dosar" a quantidade de C, H, O, N, S, halogénio;. etc, exis- ·,
lcntes cm nossa S.P.
y = 0,0072 g hidrogénio
mas sim de CO 2 puro. O nitrogénio da S.P. é transformado cm N2 gasoso; seu cálculo da massa de nitrogênio na S.P.:
volume, pressão e temperatura são medidos e, com auxílio das fórmulas dos gases,
calculamos a massa de nitrogénio existente na amostra inicial. N NH3 }
1 4 - - - - 17
0 0.0102
x = 0,0084 g nitrogênio
Exemplo: 0,0900 g de uma substância orgânica produziram 33,6 ml de
nilrogénio, nas condições normais de pressão e temperatura. Qual a massa de ni•
3) Dosagem de halogénios e enxofre (Método de Carius)
lrogênio existente na amostra'? (N = 14)
Uma massa conhecida de S.P. é fortemente aquecida, num tubo de vidro
Calculando :
fechado, com HNO 3 concentrado e AgNO3 (para o caso dos halogénios) ou BaC1 2
22.400 mi N 2 (CN) - 1 mo! = 28
/v\g
33,6 mi N2 (CN) - - - - - \V
~ x --1 O,0420 g nitrogenio
•
(para o caso do enxofre). O I-INO 3 concentrado destroi a S.P. e teremos:
Já havíamos calculado que as 0,0504 g da S.P. encerram 0,0432 g i:arbono No entanto, ela é indispensável na determinação da fórmula molecular da
l' 0,0072 g hidrogênio. Daí teremos: ' substância-problema. De fato, no cálculo anterior chegamos à fórmula mínima.
CH 2 ; ora nenhuma substância orgânica poderá ter essa fórmula molecular, pois
- Cálculo da composição centesimal: ela contraria a tetravalência do carbono; conseqüentemente a fórmula molecular
~
ll,0504 g S.P. o,0432 g e ~ {fórmula verdadeira) da substância em estudo deverá ser um múltiplo de CH 2
x= 85,7% e - C2H4, C3H6, C4Hs, ... , (CH2)n - o que corresponde a toda a fam11ia dos
100% 0 alcenos e dos ciclanos. Qual será, então, a fórmula real da nossa substância-pro-
l
0,0504 g S.P. 0,0072 g H } blema? Só a determinação de sua massa molecular é que poderá indicá-lo.
y = 14,3% H
100% G)
Na determinação de massas moleculares devemos considerar dois casos prin-
Notem yue 85,;% C + 14,3% H ,~ 100,0% totais. Dadas as dificuldad,·s prá- cipais:
ticas de uma análise química, devemos tolerar um erro de 0,1 a 0,2% no total.
No cnlanto, se a soma se afastar muito de 100%-, a d1j'erença como já dissemos
.vmi urribui'da ao oxigênio. 1) Quando a substância é um gás ou um líquido volátil
Pesa-se cuidadosamente uma pequena amostra da S.P. e determina-se o seu
Cálculo da fórmula mínima: volume, no estado gasoso, em condições conhecidas de pressão e temperatura.
Podemos fazer este cálculo a partir da composição centesimal: A seguir, aplicamos os cálculos já vistos, no estudo dos gases (volume I -
Química Geral):
divisão pelas divisão pelo menor Fórmula
massas atômicas dos resultados (7,15) mínima Volume Molar = 22,4 ,li (CN)
1 M = 2 óH 2 1 - M = 2 X 14 - 1 = l--}
M 28
~
Essa determinação não é feita por análise química, mas sim por processos E portanto a fórmula molecular procurada seria
físicos ou físico-químicos.
1
:
1!132 FEL TRE - ~ETSUO auiMICA ORGÂNICA 533 1
Lançamos mão das pMpriedades coligativas, que tamhém já foram estuda- Cx Hy 0 2 ~ ma&sa molecular "" 74 (dado)
das (volume IIl - Físico-Química):
teremos:
na criomctria e l'it = K 1000 rn
100'.lr comp. - - 48,64% C
ebulimnctria m'M
para o e
1 74 comp. --- ( 12 X) C f B
~ B
na osnwrnctria: PV =~RT I00'l <.:ornp. 8.16'/,c H
1
form. molecular
para o H
1 74 comp. (1 y) H
C3H6O 2 1
Exemplo:Um grama de substância orgánica foi dissolvida em 19,3 gramas 100% comp. - - 43,20'/4- O
f B
de :ícido acétírn, produzindo uma soluç:10 que solidifica a !4JºC. Qual a massa para o O
molecular da S.P.? 1 74 comp. (16 z) O
l
Calc11la11do:
1 '--...H
Calcula11do: OH
Cll 2
N(>tcm LjUL' 4ô,64'/ C + S,l6'/i H = 56.X0'é, / '" ')
Ou CH CI-l
l'mlanlo: 1OO'C~ - 56,80'l = c\3 ,20'/c, oxigenio 1 1
OH OH
(já dissemos que o oxigénio é calculado por diferença) Etc.
134 FEL TRE - SETSUO aufMICA ORGÂNICA 535
São mais rápidos, mais precisos e exigem menos S.P. que os Processos Quí-
micos; daí o grande impulso tomado pelos Processos Físico-Químicos, em nossos
dias. O único obstáculo é que os Processos Físico-Químicos exigem, freqüente-
mente, aparelhagem mais cara e complicada.
Dos inúmeros Processos Físico-Químicos de Análise Orgânica, nós iremos
A Análise Estrutural pode ser feita por: mencionar os dois mais empregados atualmente que são - Cromatografia e Es-
pectroscopia Infravermelha.
processos químicos
processos físico-químicos
CROMATOGRAFIA
PROCESSOS QUIMICOS DE ANÃLISE ESTRUTURAL
Neste caso nós separamos e identificamos as substâncias-problema, na me-
Consistem numa série de reações usuais da Química Orgânica visando des- dida que uma solução líquida (cromatografia em fase líquida) ou uma mistura
rnbrir, na molécula considerada, a existência de duplas ou triplas ligações, de gasosa (cromatografia em fase gasosa), contendo a S.P., percorre um papel de
:111éis, de radicais funcionais (é a Análise Funcional), etc. filtro (cromatografia em papel), um tubo com sólidos granulados (cromatografia
em coluna), uma placa de vidro com uma película sólida (cromatografia em ca-
Assim, no exemplo anterior, com respeito à fórmula molecular C3 H6 02 mada delgada), etc.
fizemos:
Vamos exemplificar, através da técnica mais simples que é a cromatografia
P! HIPÔTESE: a fórmula estrutural seria CH 3 - C :::::oº
CH 2 -
em papel, supondo que se queira separar e identificar três aminoácidos - A, B, C -
---....OH existentes numa mistura.
Ora, se a substância-problema tem realmente esta fórmula, ela é um ácido
l' como tal deve apresentar as reações usuais dos ácidos - mudança de cor dos corta-se uma tira de papel de filtro especial
indicadores, reações com as bases, formação de ésteres, etc. marca-se, com lápis, a "origem" ou "ponto de
.;;:::;O partida" (+)
2~ HIPÔTESE: a fórmula estrutural seria CH 3 - CH - C
coloca-se, _no "ponto de partida", uma gota da
' ---....H
OH mistura contendo os arnino-ácidos em estudo.
Nessa hipótese a substância é álcool e aldeído. O radical aldeído é redutor pendura-se a tira de papel num tubo de vidro,
◄ reduzos reagentes de Fehling e de Tollens), reage com NaHSO 3 , etc (verifique sem encostar nas paredes do tubo, de tal modo
as propriedades químicas dos aldeídos). O radical álcool tem também suas reações que a extremidade inferior da tira venha a mer-
características (veja o capítulo dos álcoois). gulhar numa solução especial (para a separação de
E assim por díante. amino-ácidos usam-se soluções contendo água, fe.
no!, propano!, etc).
Além disso, freqüentemente nós transformamos a S.P. num outro composto
(chamado derivado), que seja de identíficação mais fácil que a própria S.P. e que tapa-se o tubo de vidro para evitar evaporações
venha indiretamente confirmar a fórmula estrutural da S.P. Por exemplo, um áci-
do pode ser transformado num éster, cujo ponto de ebulição é mais fácil de se espera-se 2, 3, 4 horas ou mais; durante este tem-
determinar; um aldeído pode ser transformado em oximas ou hidrazonas, cuja po a solução "sobe" pelo papel, por capilaridade,
cristalização e ponto de fusão são bem característicos, etc. arrastando consigo os amino-ácidos em estudo
retira-se a tira de papel do tubo de vidro
Como vocês estão vendo, os Processos Químicos de Análise Estrutural são
bastante trabalhosos e demorados. deixa-se secar
138 FEL TRE - SETSUO
QUIMICA ORGÃNléA 637
anotam-se os pontos onde aparecem as manchas A "luz" atravessa o tubo B contendo a S.P. A estrutura e os vários radicais
dos amino-ácidos A, B e C (às vezes é necessário funcionais que existem na S.P. vão absorver, mais ou menos intensamente, os
fazer a "revelação" do cromatograma; neste caso vários comprimentos de onda existentes na radiação infravermelha.
borrifa-se a tira de papel com uma solução capaz
de colorir as manchas, tornando-as visíveis) A seguir, a "luz" atravessa um prisma especial (C) e é.decomposta nos vários
comprimentos de onda {do mesmo modo que a luz solar, atravessando um prisma
de vidro, é decomposta nas "cores do arco-iris").
Pois bem, em condições padronizadas, a maior ou menor "subida pelo pa• Um dos "raios luminosos", que tem comprimento de onda bem definido,
pcl" é uma característica de cada amino-ácido e permite identificá-lo. atravessa o furo da placa D e chega ao detector E; o detector é uma espécie de
Costuma-se indicar a "subida pelo papel" através de uma grandeza indicada fotômetro e "percebe'' quando a intensidade da radiação que está chegando é
por Rr. Seja: maior ou menor; esta informação, o detector envia ao registrador F, que marca
então sobre um gráfico a intensidade da radiação que está chegando ao deteétor.
s = distância máxima percorrida pela solução
a = distância percorrida pelo amino-ácido A Durante o andamento da análise, o prisma C gira lentamente, sincronizado
Dizemos então que o Rr do amino-ácido A é: com o tambor do registrador F. Deste modo, radiações de vários comprimentos
de onda vão passando sucessivamente pelo furo da placa D, e suas intensidades
vão sendo sucessivamente registradas no gráfico do registrador F.
1 Rr =¾ 1 No final, retiramos o papel que estava sobre o tambor do registrador F e
temos um gráfico; por exemplo:
Repetimos: em condições padronizadas (isto é, usando sempre o mesmo ti-
po de papel de filtro, a mesma solução, a mesma temperatura, etc), o Rr é uma
100
característica de cada substância química e, por isso, permite identificá-la. pun:entag<-m
n.u.lh.1ç.io
LI!.!
trnnsmttid.J 80
ESPECTROSCOPIA INFRAVERMELHA bO
:!O
o 4
.::ompríu1. dr ondil (microns)
- o pico (1) indica a existência do grupo OH 6) A composição centesimal de uma subs- 0,0780 g de uma substância orgânica. No
tância orgânica é 40,00% C, 6,66% H e processo de Carius obtemos 0,0942 g de
o pico (II) indica a existência dos grupos ;; CH do anel benzênico 53,33% O. Sua massa molecular é 180. Agi a partir de 0,0624 g da mesma subs-
o pico (III) indica a função éster -COOCH 3 Calcular sua fórmula molecular. tância. Qual a fórmula molecular da subs-
m = 1; e= 12; o= 16) tância, sabendo-se que sua densidade em
os picos (IV) indicam a existência do anel benzênico relação ao ar é S,42?
7) Uma substância, de massa molecular 60, (H = l; C = 12; O = 16; Ag = 108;
o pico (V) indica a existência do grupo -CH 3 e assim por diante encerrd 20,00% C, 6,66% H e 46,66% N. I = 127)
Qual sua fórmula molecular?
Enfim, para uma pessoa com prática, um gráfico desses funciona como uma (H = l; C = 12; N = 14; O= 16) 10) Um hidrocarboneto contém 93,71% de
verdadeira "impressão digital" da substância-problema, permitindo identificá-la carbono e 6,29"A, de hidrogênio. Dissol-
com rapidez e segurança. 8) 0,0564 g de um composto orgânico pro- vendo-se S,00 g do hidrocarboneto em
duzem 0,0264 g de CO2 e 0,0108 g de 100,00 g de ácido acético glacial, a so-
H2O. Na dosagem de bromo, 0,1410 g lução congela a 15,!2°C. Qual a fórmu-
do composto produzem 0,2820 g de la molecular do hidrocarboneto?
Cumpre-nos por fim assinalar que, somente aparelhos modernos de análise AgBr. Calcular a fórmula molecular do Dados:
( Análise Instrumental), como cromatógrafos, espectroscópios infravermelho, e ou- composto, sabendo que sua massa mole- massas atômicas: H =l; C = 12; O= 16
tros, é que nos permitem "decifrar" a estrutura de substâncias muito complexas cular é 188. (H = l; e= 12; O= 16;
temperatura de solidificação do ácido
como vitaminas, honnônios, ácidos nucléicos, etc. Daí o grande progresso atual Br = 80; Ag = 108)
acético glacial = 16,64ºC
da Química Orgânica e da Bioquímica. 9) No processo de Liebig obtemos 0,0440 g constante criométrica do ácido acético
Como última precaução, logo depois de decifrarem a estrutura de uma subs- de CO2 e 0,0255 g de H2O a partir de glacial = 3,90ºC (para 1000g do solvente)
tância natural, os químicos procuram 'sintetizá-la para verem se a substância sin-
tética "empata" com a substância natural. Deste modo, têm sido descobertas vias
sintéticas para a fabricação industrial de vitaminas, hormônios, medicamentos, etc.
EXERCÍCIOS E TESTES
DE EXAMES 3. {Med. S. Casa - 70) A molécula do metano apresenta todas as ligações C - H ê todos os
ângulos H - C - H (109° 28'} iguais. Esta observação demonstra que o átomo de cai:bo-
VESTIBULARES no se combina:
a) no estado fundamental
b) utilizando 3 elétrons em orbitais "p" e um elétron cm orbital "s".
e) utilizando 4 elétrons em orbitais "p".
-4 utilizando orbitais híbridos de orbitais "s" e "p".
, e) nenhuma das indicações é correta.
5. (CESCEM - 68) Qual dos compostos abaixo possui um átomo de carbono como centro
de um tetraedro regular:
a) formaldeido )(_> dimctilpropano
b) acetileno e) ácido fórmico
e) benzeno
7. ((TSCEM - 72) Admite-se que para a formação do eteno ocorre uma hibridação de orbi- 1J. ( M,·d. S. Casa - 68) A união entre o grupo acetato e o meti!, no composto
tais do carbono, resultando ângulos iguais entre as ligações. Êste tipo de hibridação ( '11. 1COO - CH 3 , bem como nos outros ésteres, é por:
a) forma ligações dirigidas para os vértices de um triângulo a) covalência d) forças iônicas
b) forma ligações dirigidas para os vértices de um tetraédro e) forças de London
h J eletrovalência
e) envolve 2 orbitais s e um p
d) envolve 1 orbital s e três p , , forças de Van der Waals
e) envolve 1 orbital s e um p
11 t('(,:SCEM - 71) A scqüência que corresponde aos ní11neros de oxidação do carbono nos
H H
1 1 ,q.iuintcs compostos: monóxido de carbono, dióxido de carbono, formaldeido, ácido
K. (EE MACKENZIE - 69) Na molécula do eteno H - C = C - H as Iiga(Ões C - H da rno-
lécula são sigma do tipo: ti',rlllico e tetrafluoreto de ce1rbono é:
a) s - sp 3 ,1) + 2, + 4, -2 , + 2, -4
t 2,
.,
),1) s - sp 2 I>) -2, -4, zero. +4
-2, + 4, -2 + 2. -4
e) s - sp
,1, + 2, t 4, -2 -2. +4
d) s - sp 3 , s - sp 2 e s - sp •·l + 2, + 4, zero, + 2, +4
e) s - sp 2 e s - p
1-1 i Mcd. S. Casa - 70) Na scqüência de reações:
10. (PUC - SP - 71) Em compostos orgânicos a hibridação sp do carbono aparece em: 16. (PUC - SP - 71) Na fórmula
a) ligações simples e origina urna configuração tetraédrica 0)CH3
b) ligações duplas e origina urna configuração linear
@1 ®
e) ligações triplas e origina uma configuração tetraédrica CD CH 3 - ®cH C - CH 3
d) ligações simples e origina uma configuração triangular 1 1
17. IC'ESCEM - 72) No etano a distância entre dois átomos de carbono é 1,54 Â; no propa- 13. (Med. 1T AJUllà - 73) Assinale a alternativa 0111 que aparece uma substâ11cia que
mio c,•rrcspondc ao grupo funcional:
no a distância rntrc dois átomos de carbono não ligados entre sí é 2,51 Â. Se um com-
11osto contendo 11 átomos de carbono, ligados entre sí por ligações simples, for estirado
:1·1('ll3COOII (ácido) e (CH3hCOH (ákool)
SL'm que !IC altere a estrutura tetraédrica do carbono, sua molécula terá um comprimento h) Cll_lOC2lls (éskr) e C2 H, NH 2(amina)
L') OhCHO (aldeído) e (Cll3)iCO (cetona)
cm  de: o
al 10 X 1,54 d) 10 X 2,51 d) C3Hr, (alqucno) e C2 Hs e,;:::: (amida)
'NH2
b) 11 X 1.54 e) 5 X 2,51
L') 5 X ( 1,54 + 2,51) l'I l!OOC ··- COOH (ácido) e C2H5COOCH3 (éstt•r)
OH
CAPfTULO 2 - FUNÇÕES ORGÃNICAS 68) A vanilin;i ~OCil3, apresenta os seguintes grupam,·ntos fundo-
uais: y
li!. (FFCLliSl' 67l A fórmula do brometo de benzila corrc~pondc a: mo
" .-,:O
a) C6lls CII! or
e)
o-e~
1 'B
a) álcool, óxido e aldeído e) éter-óxido, aldeído e fenol
~ r h) aldeído, cetona e fenol d) fenol, éter e carboxil:ícido
h) 0 - B r
d) nenhuma delas 1.\. (Mcd. -- GB - 66) Quando um dos hidrogênios do amoníaco é substituído por acila,
u composto resultante é:
19. (Meti. - ITAJUBÁ - 72) As funções R - H, R - OH, R - O - R', R - C - OH,
amina d) sal de amônio
são rcspcctivamcntc: O u)
h) imimt ,é) amida
a) hidrocarbonl'to, álcool, éstú, ácido carboxílico. d imida
b) hidrocarboneto, fenol, éstcr, ácido carboxílico.
u) hidrocarbnncto, álcool, éter, éstcr.
d) hidrocarboneto, álcool, éter, ácido carboxílico. U'll(' SP - 71) Para responder as três questÕl'S st·guintcs, considere os dados abaixo:
t•) hiclrncarboncto, álcool, peróxido orgânico, éstcr.
compostos funções
20. (1-:E São Carlos - 67) Das f6.rmulas moleculares qual pode indicar um éter acíclico IA) CH3 - CO - NH2 (!) antlda
saturado? (II) nitro composto
(8) CH3 - co - O- CO -· CH3 (III) anidrido
(IV) amina
({') CH3 - N02 (V) éster
21. (Mcd. - Santa Casa - 73) Um composto de fórmula bruta H2 C3O2 corresponde a:
11) ácido monocaiboxílico d) diálcool 26. O composto (A) é:
b) hidroxialtlcído e) oetoaldeído
a) 1 b) II e) llI d) IV e) V
e) dialdcído .
22. (ITA - 67) Ordenando a 21J. coluna com a l!I: 27. O composto (B) é:
148
FEL TRE - SETSUO . . . .ICA OROÃNICA 547
30. (Med. - Pouso Alegre - 73) Assinale a alternativa correta que rep:tesenta a associação
entre as fórmulas e as funções dadas: H, (Med. - Santa Casa - 68) Os nomes dos grupamentos funcionais
32. (Univ. Federal - MG - 67) Nas combinações fórmula geral-função, qual não é correta? CAPITULO 3 - ISOMERIA
a) CnH2n+3N - amina d) CnH2nO2 - ácidos carboxílicos
J9. (l'llC SP -- 71) O número de isômeros que obedecem à fórmula C4Hg é:
b) CnH2nON - amida e} CnH2n-6 - benzeno e homólogos
111 1 b) 2 e) 3 d) 4 e) 5
e) CnHzn-2 - dienos e alcinos
40. (Mcd. e Cirurgia - RI - 68) O ciclo-pentano é isómero do:
33. (ITA - 65) Qual das substâncias abaixo é o melhor exemplo da categoria de substân-
cias designadas de compostos "organo-metá!icos'"I ■) 1 • pcnteno d) 2 - pentino
b) 3 - meti!• 1 • butino e) nenhum deles
a) acetato de chumbo d) tiocianato de potássio
c) dímctil - propano
b) chumbo tetra-ctila e) sais de cálcio de át.idos graxos
e) ferrlcianeto de potássio
41. (<'ICE - RJ - 69) O metilclclopropano e o buteno - 1 são isômeros:
34. (EE São Carlos - 68) O radical R - C =O-é denomiando: 1) geométricos d) óticos
" 1 b) de função e) nenhuma das respostas anteriores
a) ,.;~~ila b) fenila e) acila d) vini1a e) arila e) de cadeia
1548 FEL TRE - SETSUO QUIMICA ORGÂNICA 549
42. (Med. - Santa Casa - 65) O composto 2, 2, 3 trimetilbutano é isômero estrutural de: 50. (CESCEM - 65) Para um composto orgânico apresentar isomeria geométrica, basta
a) n-heptano e) 2 - meti! - heptano que ele tenha:
b) 3, 3 - dimetil - hexano d) 3 - etil - hexano a) ligantes diferentes no mesmo carbono
b) uma dupla ligação
43. (PUC - SP - 70) Isômeros são compostos que apresentam a mesma fórmula mole- e) ligantes diferentes nos carbonos de uma dupla ligação
cular ma.~ que apresentam propriedades diferentes, pois têm estrutura igualmente dife- d) equilíbrio ceto-enólico
rente. O hidrocarboneto - C4H10 forma, pela perda de um hidrogênio, radicais isôme- e) uma tripla ligação
ros diferentes. Examine os radicais apresentados em seguida e indique a opção em que
os nomes certos dos radicais se encontram na ordem de sua apresentação. ~], (Mcd. - Itajubá - 72} O número de isômeros geométricos do buteno-1 é igual a:
H (Mcd. . Pouso Alegre - 72) Indique qual dos seguintes compostos não apresenta iso-
44. (Fac. Ciências Médic:is · GB -· 70) Quantos isômcros cstruturnis são, teoricamente, po.~-
síveis para os compostos de fórmula C3HsBr? mL•rismo geométrico (cis-trans):
a) buteno-2 d) 1-cloropropcno
a) 2 b) 3 e) 4 d) 5 e) nenhuma das respostas
b) 1, 2 - diclorocteno e) 2 - mctilbutcno - 2
a) éter sulfúrico d) acetato de ctila (Mcd. - Santo Amaro - 71) Abaixo são apresentados os nomes de quatro compostos
b) áddo pcntanóico e) metanoato de cti]a orgânicos:
e) mctil - propil - cetona
I - buteno-2
46. (Mcd. e Cirurgia - RJ - 70) O metoxim,•tano é um isômero fw1cional do: lI - penteno-1
III 1, 2- dimetil ciclopropano
a) etanal dJ etanol IV - ciclo butano
b) eteno e) nenhum ddcs
e) glicol Em relação à possibilidade de apresentarem isomt'ria cis-trans, pode-se afirmar que ela
aparece:
47. (FFI -- 67) Os ácidos 2 - hidroxi - propiônico e 3 - hklroxi - propiônico são: a) apenas no composto I
a) isômcros de posição; b) cm todos os compostos citados
b) rnomeros óticos; e) no$ compostos II e lV
e) isômcros funcionais.
d) somente nos compostos I e III
e) nos compostos 11, 111 e IV
48. (Med. -··· Catanduva - 73) Uutanal e meti! - propanal, são isômeros de:
a) isômcros de função d) isômcros de posição
b) isômeros de cadeia e) nenluuna das respostas anteriores 55. (l'FCLUSP _ 67) Qtial o número mínimo de átomos de carbono que um composto
e) isômeros de compcnSa\ão orgânico contendo t~ês átomos de cloro deve possuir para poder apresentar isomcria
eis +-l> trans?
49. (CICE -- RJ - 69) Isômcros cis-twns geralmente: a) um b) dois e) três d) quatro
a) contém um átomo tle carbono assimétrico
56. (Med. - UFRJ -- 69) Os ácidos maléico e fumárico são exemplos típicos de isomcria:
b) desviam o plano da luz polarizuda
e) são cnantiomorfos a} diastcroisomeria d) cis-trans
d) contém carbono com dupla ligação b) alfa-beta e) ótica
e) são compostos mgânicos alicíclicos eontcnJo sempre um hctcro-átomo. e) epimeria
. -~=-----
57. (C'ESCEM - 70) Ao aquecer brandamente uma mistura de ácidos maléico e fumá- fl4. (PlK' - SP -- 71) O alcano mais simples que apresenta isomeria ótica é o:
rico, com a finalidade de desidratá-los, obtém-se:
a) •·tano b) butano e) 2, 2 - dimetil propano
a) anidrido maléico e ácido succínico 11) 3 - meti! hexano e) nenhum alcano pode apresentar isomcria ótica
b) anidrido maléico e anidrido fumárico
e) anidrido fumárico, o ácido maléico permant'cendo inalterado
CMcd. - UFIU - 69) Qual dos compostos abaixo apresenta isorneria ótica:
d) anidrido maléico, o ácido fumárico pcrmam·ccndo inalterado
t') ambos os ácidos permanecem inalterados ai 3, 3 - dictil pentano d) 2-buteno
h) 2, 2, 3, 3 - tetrameti! butano e) 2-butanol
58. (ITA - 73) A rcspdto das moléculas de acctíkno, l'tilcno e l'tano, marque a afirma- ,·) 2-mdil butano
tiva FALSA:
(M,·d. T,mhaté - 73) lsômcros ôpticos com um único carbono assimétrico, difo-
a) neste conjunto de moléculas, existe um total de 3 lig-.içõcs rr e 15 ligações a
r,•nciam-se um do outro por:
b) a hibridação dos orbitais do carbono no etileno é sp 2 e no acetileno é sp
e) somente na molécula de acetileno todos os átomos pertencem a um mesmo plano a J rotação óptica, configuração e atividade biológica
d) somente na molécula do etano existe rotação livre ao longo da ligação carbono-car- h) rotação óptica, configuração e outras propric"tladcs químicas
bono L") rota~·ão óptica, configuração e propriedades físicas
e) somcntl' derivados do etileno podem apresentar isomeria cis-trans li) rotação óptica
•·J conformação
59, 0-:E l\fackenlic -- 69) Um composto é oticamente ativo quando:
aJ a molécula possuí átomo de carbono assimétrico
,,,. C~kd. Gama Filho - GB - 68) Assinalar o número de isôrncros que, de acordo com
b) sofre inversão de Waldcn a regra de Van't Hoff, pode apresentar um compo~o com 6 carbonos assimétricos:
e) não modifica o plano da luz polarizada ai 64 b) 36 e) 6 d) 18 e) 2
d) há compensação mok•cular
e) a molécula apresenta assimetria
1,H. Wt•:SCEM 71) Quantos isômcros óticos admite o composto l - meti! - 2 • cloro - 3 •
- bromociclopropano?
60. (EEU Minas Gerais - 67) Qual dos compostos abaixo possui carbono assimétrico:
a) nenhum b) dois c) quatro d) seis e) oito
u) C'2Hs - CH2 - C2Hs d) C2H 5 -- CHCI - CH3
b) CHC'l2 - ÇH CH, e) nenhum deles
(,9. (Med- Santos .. 72) O número de isôm,·ros óticos que o ácido tartárico apresenta é:
CH3
b) 2 e) 3 d) 4 e) 5
e) HOOC - CCl2 -- C2Hs
61. 10. (M,·d. Santa Casa - 70) Um composto "meso" J opticamcntLJ inativo porque:
(Med. e Cirurgia - RJ -· 68) No 2, 3 - dimctil - 3 - hexano! há um carbono assimétricq
que é o carbono número: a l é uma rnistu rn ra cê mie a
a) quatro hl ainda não existem métodos de rcsolm,~ão satisfatórios
b) um e) dois d) cinco e) três <') l'ic é internamente compensado
62, (CESCEM - 68) d) ,·k· não pode ser supcrposto li sua imagem especular
Qual dos compmtos abaixo enumerados pode ser desdobrado ,•m
l') a e e estão ct,rre tas
antípodas óticos?
d) ll3C CH2 CO - C'll3 11. Wniv. Fcd. Mumincnsc -- 70) O composto 2, 3 - hutanodiol é suscetível de:
h) H3C CH2 - CH•CH3 COC>H e) (H3C)iCH - Cll2 - Cll2 OH ;i)apr,·scntar-sc na forma de dois enantiômcros
e) CHBr ::= C·CH3Cl
h) apresentar-se na forma de dois cnantiômcros e uma forma mcso
d apre.sentar i&omeria cis-trnns
63. íCESC'EM 70) O álcool primário, de- menor peso 111ol.cn1lar 11uc apresenta isomc- d) mctamcria de posição
ria ótica é o: d t.iutomcria
a) 2-butanol
b) 2 - 11)etil - 1 - propano! -,i. er.kd. - ABC - 69) Pda.~ configurações estruturais das moléculas do 2, 3 • dicloro-
e) l - mc_til - 1 - etanol prntano e 2, 3 - didorobutano pode-se concluir que o número de ísômcros óticos (que
LI) 2 - meti! - 1 • butano! uprcsentam atividade ótica) cm cada caso é respectivamente:
e) 3 - meti! - 1 - butano( 11.l 4, 4 b) 2, 2 e) 4, 2 d) 2, 4 e) 1, 1
552 FEL TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA 553
73. (f-EI -- 68) A fórmula uo ácido olcico CH3(CH2 hCH = Cll(CH 2 hCOOH indica: 711, (Biomédicas Univ. (;B 71 f Quando llois compo,tos que d,·sviam o plano _d'-' lu~
a) insaturação e isomcria óptica polarizada para a difl'it:I reagem entre si, podc·,c afirmar que o produto da rcaçao sera:
b) insaturaçiio e isomcriu geométrica ;1) '-IL-xtro~~ro b) kvógiro e) rac0rnico
e) átomos de carbono assimêtricos e isomeria óptica il) in:1tivo por compcn,açiío intramokc-ttlar e') nada se pode at"irm;n
d) insaturaçiio e cadeia ramificada
86. (Med. - Santo Amaro - 71) Na medida qae aumenta o número de formas canônicas são respectivamentc:
contribuintes para a formação de um híbrido de ressonância, a l'stabilidadc do mesmo, reaçéi~ de adição reQ<,·ões de substituição
cm ger.i.l: a) II I
b) li HI e IV
a) não se alter.i b) aumenta e) diminui
e) e 11 V
d) pode aumentar e diminuir
d) li 1 e IV
e) nenhuma das respostas anteriores é correta
e) 1 e IV II e Ili
8 7. (PUC - SP -- 71) Na rcsson:incia
91. (Mcd. - C.atanduva ·-· 73) Dada a reação abaixo:
~ r"o H H
= CH H....._ ,...H 1 1
CH2 - C~
H
-
e= e + H--Hr - - 11-C1 e1 -- Br
H,... 'H H H
estamos notando um efeito:
Então podemos afümar que:
a) indutivo d) hipcrconjugação
b) me~omérico e) iônico a) trata-se de mna reação de substituição
e) clctromérico b) trata-se de uma reação de polimcw.ação
e) tr.ita-sc de uma reação de hidrólise
88. (Mcd. ••· Santa Casa·- 68) As reações CH2 =CH2 + HBr - CH3 - CH2Br; d) trata-se dl' uma reação de adição
CH3 -·· CHO + H2N -- C6Hs CH3 CH N • C6Hs + H20; = e) nenhuma das resposta.~ anterio.n.-s
CH3 - OH + HBr - - - - CH3Br + H20 são rcspcctivamcntc exemplos de rea- 92. (Univ. Fed. - MG -- 67) Qual dos reagentes abaixo é eletrofílioo:
çõcs de: e) H 3 0+ d) ROH e) H20
a) NH3 b) HCN
a) rearranjo, eliminação e substituição
b) adição, condt.'tlsação e eliminação 93. (Univ. I'ed. -- MG - 67) Qual dos reagentes abaixo é nucleofílico:
e) condensação, eliminação e rearranjo e) AICl 3 d) Cl2 e) H20
d) adição, condensação e substituição
e) nenhuma das alternativas acima é correta
94. (Med. - Itajubá - 73} Qual dos reagentes abaixo é nucleófilo:
89. (Med. • Santa Casa - 7-0) A síntese de 2•dorocicloh<:xanona partindo de cidohexanol a) NH 3 b) BF 3 e) A!Cl3 d) Na• e) nenhum ddcs
usando os reagente~ H2S04, HOC! e Cr03 pode ser feita na seguinte seqüência:
115. (Univ. Minas Gerais - BH -· 70) A reação seguinte pode SCI classificada como:
o HOO
d) adição eletrof11ica
a) hidrólise _ _ _ _.., adição substituição e) eliminação bimolecular
b) hidrólise substituição - - - , . oxidação
e) desidratação -----+ condensação - - - + hidrólise 96. (Med. - Santa Casa .. 70) A reação do etc no com bromo, na presença dos sais inorgâ-
ii) desidratação -----+ adição ---~ oxidação nicos: NaCI, NaN0 3 e NaI, le-va à formação de: BrCH2 -· CH2Br, BrCH2 -- CH20.,
e) desidratação - eliminação - - - + oxidação BrCH2 - CH2 No 3 e B1CH1 -- ClhL Desde que tais sais inoi:gânícos !Ião desprovidos
de ação sobre os alquenos, quando na a1,1.\ência de halógenos, conclui-se que a reação
do eteno (alqueno) com o bromo (halógeno), é uma {Cação de ••••••• • • • • • ,
90. (PUC -- SP ··· 72) Dentre :i!l reações abaixo:
que se processa por via . . . . . . . . . . , sendo que a primeira etapa da reaç,ão enrol-
(1) CH4 + Cl2 ➔ CH3Cl + HO Ye o . . . . . . . . . . . . . proveniente de uma cisão . . • . • • • • • • • •
(II) =
CH2 CH2 + Br2 ➔ CH2Br - CI-12Br a) adição; não .iônica; bromo; heterolÍtica
(li[) CH3 - COOH + NaOH ➔ CH3 - COONa + H20 b) eliminação; iônica; sal ínorgâníco; homolítica
(IV) @ + HN03 -+ @- N02 + H20
e)
d)
adição; tônica; bromo; hetcrolítica
eliminação; não iônica; sal inorgânico; homolítica
IV) CH3 - CH20H ➔ CH2 7 CH2 + H20 e) adição; iôníca; bromo; homolítica
556 FEL TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA 557
97. (Univ. Minas Gerais - BH -· 70) A reação seguinte pode ser classificada como: 101. (Univ. f'cd. - MG - 67) As etapas 1 até 5 representam a importante síntese do glice-
rol como um dc~ivado pctroquímico. Uma destas etapas se processa através de radical
7H, \H3 livre. Assinale-a.
CJI3 - y - CL + H20 ----+ CH 3 C -· OH + HCI Cl2 (400ºC)
CH3
1
Cl-!3 a) CH3CH = CH2 CICH2 CH = Cl-!2 + HO
OH"
a) substituição cletrofílica b) ClCH2CH = CH2 HOCH2CH = CH2
HClO
b) adiç.To nucleofílica e) HOCil2CH = Cl-12 -> HOCH 2 CHO!ICH2Cl
e) ,u b, tituição nuclcofílka mono molecular cal sodada
d) HOCH 2 CHOHCH2Cl I10CH2CHCH2
d) adição ek•trofílica \/
e) substituiçiio nuclcofílica bimokcular o
H20
e) HOCH2CHCH2 HOCll2CHOHCH 2 0H
98. (Med. - San tu Casa - 70) A hidrólise do cloreto de t-butila em 0 OH segue cinctica- \/
mcnte a equação o
velocidade o: [ t-buti!a] 1<X ~ proporcional a 1 102. (Mcd. - Santa Cas,t - 69) Relacione as reações abaixo com os seus resp~ctivos meca-
enquanto o bromdo de metila obedece à equação nbmos:
H H H
vclocidadC" o: [brometo de metilaJ X [ 0 OH] ' / 1
99. (Fac. Nac. Med. - 70) O 1-bromobutano reage com o hidróxido de potássio cm solu- Mecanismos:
çiio aquosa para dar origc,m ao butanol-1. O mecanismo desta reação é de: 1) velocidade da reaç5o proporcional à concentração dos reagentes; processo de subs-
a) diminação unimolccular (E 1 ) tihtição nudcofílica
b) eliminação bimolecular (E 2 ) 2) clivagem de pontes covalentes por energia térmica; mação com radicais livres de
e) substituição nuckofílica (SN 1) transição - pirólisc
3) reação de catílisc ocorre regeneração do catalisador, existe redistribuição de clé-
d) substituiçJo nucleofílica (SN2)
e) substituição ektrofílica (SE) tron-s.
4) reaçao com radicais livres de transição fotólise
100. (Univ. Fed. -- MG - 68) aJ I - 4; II • 2, III - 3; !V· l d) I - 3; II - 2; III - 4; IV - 1
O mecanismo:
b) 1-2; 11-1; III-3; IV-4 e) nenhum dos casos acima
hv e) I-1; 11-2; III-3; IV-4
Cl : Cl CI • + CI•
CI • + RII ----,. HCI + R •
R • + Cl2 ~ RCI + CJ.
indica uma reação:
a) por rad leais livres CAPITULO 5 - ALCANOS
b) de substituição clctrofílica
103. (FFCLUSP 67) O 2, 4. dimetil- 3 - etilhcxano é representado pela seguinte fórmu-
e) de• eliminação iónica
d) de substituição nuclcoffüca
la bruta:
e) de fissão heterofílica d) nenhuma delas
558 FEL TRE - SETSUO OUiMiCA ORGÃNICA
104. IMcd. e Cirnr!,!ia RJ -- 68) O pn.>cesso (k Wurtz permite obter alcanos com: e) hidrogenação catalítica de alifáticos insaturados
a) aumento de cadei.1 ,n todo, eles d) processo de oxidação branda, usando como reagente KMn04 diluído e a frio
h) diminui1;ão de ca,kia ,.;) nenhum deles e) nenhuma das respostas anteriores
e) m,•smo número de :ítoinos de carbono
113. (Fac_ Nac. Med. - 70) A halogenação fotoquímica de um hidrocarboneto é tipicamen-
105. ((TSCEM 701 O(s) produto(,) d:t rc.ição entre Na ,, CH 3 1, ,·rn meio te uma reação:
etén:o {CH3 CH2 O CH2 CH3) é hão): a) que envolve radicais livres d) endotérmka
a) CH.i(CH 2 }iCH3 Na! b) de adição e) reversível
l' d) CH 2 = CH2. Na! l' l-12
b) CH3 CH 2 Na e Na! l') CH 3 e) de substituição eletrofflica
fH - CH3 e Nal
e) CH.,•CH, ,Na!
Cll3 114. (Med. e Cirurgia - RJ - 70) Os halogênios Br 2 , Cl 2 e l2 reagem com os akanos:
106. (U: Mackrnzic - 69) Uma mistura de iodo metano e iode, et,1110 trntadc, com ,ódio a) igualmente d) na oniem h > Br2 > 02
fornc'<..'C: b) o cloro e o bromo são mais ativos e) na ordem Cl2 > Br2 > I2
a) etano, butano,, 1oddo de ,ódw d) etano, propano. hutano i; io,kto de sódio
e) na ordem Br 2 a2> l2 >
h) propano e' iodeto de sódio l') propano. butano,, iodeto ele ,,xho
115. (Med. - Taubaté -- 73) A reatividade dos halogênios com alcanos diminui na seguinte
e) mdano. <:tano e iodeto de sódio
ordem:
107. <Biomédica, UrRJ 71) Qual dos hiclroc,uboncto, abai,,o é obtido por dcstila,·c10 a) Cl2 > Br2 > l2 d) não diminui, pois a reatividade é a mesma
do a,ctato dé súdío anidro em presença de cal sodat!a: b) l2 > Br2 > Cl2 e) não diminui nem aumenta, pois os alcanos não rea-
metano etano e} Br2 > Cl1 > l2 gem com os halogênios
.a) b) d butano e) nenhum ,kks
116. {Fac Nac. !11'-d ..... 70) Pela lrnlogL'llação ,k um :1kano, qu,1t a prd'crêncí.i de localí,a-
108. (~kd. S:rntos - 72) O método de Kolbc· para prl'paraçâo tk alrnno, consi,tc em:
\·ão do halogi:snio:
• a) l'ktróli-.,c de soluçõc~ aquos:.i~ con,xntrada~ de sai~ orgtlnico~
b) tratamento de halogeneto, orgâ11ico, com ,ódio mctáficu
a) ,·arbono prim,íriu > sccund,irio > krci:írio
r) hiclrogrnação catalítica J,, hidrocarbonetos in,aturados
b) c,Hbono ,ccund,irio > primário > tndariu
d) fus.io de uma misttm, de ,ai orgànico com cal soc!:,da
e) carbono primário > !nciário > ,eeuncLirio
e} todas a., afirmativas estão errada,
d) carbono terciário > ,crnnd:irio > primário
e') carbono krci:Írio >. primário > ,ccund,.írio
109. {Fac. Nac. Mcd. 70) A cktrófüc do acl'l·Jto de ,ódio fornece·. I 17. tMcd. Pouso Alcgf(' 72) l•azcndo-sc a dora,;fü> de 2. 2, 4 - tri-mctilpentano o nú-
a) propano.na b) ctanal d) dano nlero di.: isôn!l•ros monodorad-os oh tido é:
a) 2 h) 4 di 5 e) 6
110. (Med. - Taubaté 73) A dctróli,c ,k uma mistura de acetato ,k sódio t' propanoato
de só,!io fornece: t )8. (]T Mau:i 67) Na combu,tão J<c uma molinila-~rama de um alcano:
a) etano. propano e butano d) dano e bu tanu igual ao número de rnoks de .:.Íg:ua menos um
o nlllnero de 111ule, de C02
b) prupanu. butano e pL·ntano e) butano, hi._•xann '-' pentano ª'b)
o nún1cro dl' moks de COz é maior que (J núnll'rO ck moks de' H20
e) et,rno e propano igual ao núrncro ele- mok, de :Íp-Ud
e) O n(1m1~ro ,k 1nok:--. de CO:
Ili. (('fO RJ 69) O composto de• cuja dl'!róli"-' L'm solução aquosa resulta o dime-
"
1 ]9. (ITA - 73) Quanto, litros de ar, medidos a J57°C e' 3,0 atm devem ser misturados
til - 2, 5 - h,:xa110 i:
a 1,0 litro de iso-octano gasoso (CKH 18 J, rnl'didu nas mesmas condições, para que seja
a)octanóico dJ didoro - 2. ·l - bul"no n;irantido um c:--ccsso de 101.Y: além ,b quantidade leÓrica, do ar ncccssário à combus-
bl mctil - 3 - butanuato de sódio e) ncnhullla das respostas anteriores ;i.ío compkta do hídrocarbonl'to? Sabe-se que a composição volum,'trica elo ar é 2U';/ Oi
e) di1tll'lil - 2, 2 - propanoato ck potássio e 80',; N 2 , e supõe-se que os p,cs sejam pt·rfritos.
a) 31.3 litros
112. (Mcd. - Catanduva 73} O processo de Sabatier-Sanderc·ns para obtl'n~ão de akanos
se J<•frrc· a: b) 60,0 litro,
e) 62 ,5 lllros
a) r,·dução dç haktos, álcoois e ácidos COlll HI d) 80,0 litros
b) fusão <k sais de sódio de ácidos carbo.,ílicos rnlll cal sodada eJ 125 litro~
560 FEL TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA 561
(CESCEM - 70) As d_uas questões seguintes, referem-se à situação esquematizada 122. (CESCEM - 70) Um bico de Bunsen está consumindo 2,24 litros/minuto de butano
abaixo. Uma vela queima numa câmara com tiragem forçada. Os gases da combustão (medido nas CNTP). Em virtude da reação de combustão, a velocidade de formação
passam por substâncias absorventes de CO2 e/ou H2 O. Pesa-se antes e depois da com- de dióxido de carbono será de:
bustão o conjunto esquematizado, isto é, a câmara de combustão com a vela e os tu-
bos absorventes anexos, a) 0,10 moles/minuto d) 0,40 moles/minuto
b) 0,20 moles/minuto e) 0,50 moks/minuto
e) 0,30 moles/minuto
123. (CICE -- RJ - 69) Das considerações abaixo sobre propriedades dos alcanos:
1) os alcanos queimam em atmosfera de o:-.igênio formando dióxido de carbono e água,
1
1
1
1
Saída constante
de gases
segundo a equação geral:
.
1
1
Entrada +
1
~'v
constante de
ar seco e i-
t
:
a 2) o etano reage com cloro a uma temperatura de 300ºC aproximadamente, com a pro-
gressiva substituição do hidrogénio pelo halogênio dando corno produto final C2 Cl6
sento de CO2 ! 3) o metano pode ser nitrado, por reação com vapores de ácido nítrico à cerca de 300°C,
1
1
128. (Med. - Santos - 72) O g,is engarrafado de uso doméstico ~ uma mistura dt•: ~113
a) CH4 a C'2H6 d) C12H26 a C1sH32 ~ CH2 • CH3
bJ C'sH12 a C7H16 eJ C3IIH ,1 C4H10 Cll3
e) C6H4 a C12H26 b) CH3 CH3 ➔ Cll2 = CH2 + H2
,Clh
129. (CESCEM 70) O chamado éter de petróleo ~ con~tituído, principalmente, de: e) CH3 -- CH2 - CH2 -- CH3 ➔ CH3 .. CII
..._ CH3
a) étt'r etílko e óleos csscnd;tis
b) ékr l'tÍlko obtido da destilação do petróleo
e) pcntanm ~ hexanos
d) hidrot·arbonctos aromáticos
e) hidrocarbonetos não saturados
141. (EE Mauá ·· 66) Os akanos e alcenos dão, rcspectivamentc, rcaçõ,-s de: e) uma mistura aproximadamente cquimo!ccular de 2-bromopcntano e 3-bromopcntano
d) pcntc-no-2 mio reage com HBr
a) polimerização e oxidação e) 2, 3-dibromopcntano
b) substituiç:fo e adição
e) adição e oxidação 149. (EE Mackcnzie - 73) Reagindo-se propeno com HBr e o produto formado com bro-
meto de scc-butil magnésio obtém-se brometo de magnésio e:
142. (Med. e Cirurgia - RJ - 70) As reações de adição das olefinas são possívl'is gra,,as a
existência de dois pares de elétron, que ·ocupam orbitais diferentes, denominados pelas a) n-hcptano d) 2, 4 - dimetil pentano
letras grcga'i: b} 2, 3 - dimctil butano e) 2 - metil hexano
e) 2, 3 - dimctil pentano
a) alfa ,• bt'ta d) rô e delta
b) sigma e pi e) nenhuma delas 150. (Fac. Odont. - UFRJ - 69) A ozonólist' de meti!- 2- ctil - 3 - pcnteno - 2 produz:
e) épsilon e gama
a) som~ntc cetonas
143. (Mcd. S.tnla Casa - 66) A adição de cloro a alemos produz: b) cetona e aldddo
e) cctom1, aldeído e álcool
a) doro-akcnos e) diclorctos vicinais d) aldeído e álcool
b) diclorctos gêminos d) didorctos isolados e) cetona, aldeíclo e ácido
144. (_Univ. Fcd. Fluminense•· 70) Os hidrocarbonetos não saturados podem ser distinguidos
151. (CESCEM - 70) Por hidrólise do produto da adição de ozone a 2 - rnetil - 2 - buteno,
dos suturados através da reação:
obtém-se:
a) com a solu,-ão alcoólica de hidróxido de potássio formando alcoó1ddos de potássio
b) com u água bromada, formando ckriv,1dos dibromados
a) somente CH3 eli d) CH3 - CjH e=
1
o e HC1 =O
e) com o doreto de benzeno sulfonita, formando os éstcn,s correspondl•ntcs o CH3 H H
d) com o dordo de 3,5 - dinitrobcnzoila, formando os 3,5 - dinitrobcnzoatos corres-
pondentes
b) H~ = O e CH3 ·- S -· CH2 -- CH3 e) nenhuma das alt~rnativas anteriores
H O
e) com o áddo acético glacial
~H -·· CH3 e CH3 - CH2OH
145. (FEi - 681 Uma mistura de etano e etileno tem o volume de 672 mi nas condições OH
normais. rcagL' qu.mtitativamcntc por adiçiío com 3,2 g de bromo cm solução. A quan-
tidade ~m peso. de etileno na mistura é: (li = l: C = J 2; Br = 80) 1S2. (1\-kd. - Taubaté - 73) Na ozonólisc e posterior hidrólise de um mo! de 2 • meti! - 2 -
0,28 g 0,14 g d) nenhum d,-sscs valores - pcnteno formam-se:
a) h) 0,56 g e)
a) 1 mal de isopropanol e 1 mol de propanaldcído
146. (PUC - SP • 72) A ,·quu\·:io que representa corretamente a rcução do propeno com b) 2 moles de acetona
o bromidrl'to ,:: e) 1 mol de aix:tona e 1 mo! de álcool n-propílico
d) 2 moks de isopropanol
a) Cf'2 = Cll -· Cl13 + llBr ➔ Cll 2 Br CH2 Cll3
e) 1 mo! de acetona e l mol de propanaldcído
hJ Cll2 = CII - Cl13 + IIBr --,. Cll3 CIIHr - C'l13
l')Cll2 = ('li CH;, + 2 l!Hr ➔ Cll3 Cll2 Cil3 + Br2 153. (CESCEM 71) A ozonização e posterior hidrólise, cm presença de zinco, de um
dJ Cll2 = CII CII_, + 2 llHr __,_ Cll2 Br -· Cllllr - Cll3 + H2 certo hidrocarboneto forn('ceu exclusivamente aldeído fórmico e 2-metilpropanal. O hi-
e) Cll2 ::..e Cll - Cl13 + 2 HBr ➔ Cl-14 + Br 2 CH CH3 drocarbondo é:
a) 2 - metil - 2 - buteno d) 1 - pentcno
14 7. (CICJ·'. - RJ 70) Na rcaciiu do HBr com o mdil - 2 - propcno - 1, o principal produ- b) 3 - mt•til - 1 - butcno e) 2 - pentt'no
lo formado ,: : e) 2 - mt•til - 1 - bukno
1S5. (Med. - Santos - 72) Um alceno A por ozonólise produz meti - 2 - butanal e p1opa- 161. (Mcd. - Itajubá - 73) Um alqueno por oxidação enérgica produz ácido acético e buta-
nona. este alceno é: nona. Este alqueno é:
a) dimetil - 2, 4 - hexeno - 2 d) dímetil - 2, 3, 5 - penteno - 2 a) butcno • 2 d) 4 - metíl - penteno - 2
b) trlmetil - 2, 3, 4 - penteno - 2 e) alcenos não dão ozonólise b} 3 • meti! - pentcno - 2 e) nenhuma das respostas
e) propeno - 2
e) dimetil • buteno - 2
156. (EE Mackenzie -- 69) A ozonólise de um alceno forneceu água oxigenada e butanotr.t. 162. (Eng. - São José dos Campos - - 72) Uma otefína após sofrer mddação, produz ácido
O alccno é: acético e ácido propionico. A fórmula estrutural desta olefina que tem densidade 35
a) 3 - metilhepteno - 3 d) 2, 4 - dimetilhexeno - 3 em relação ao hidrogênio é:
b) 3, 4 - dimetilhexeno - 3 e) 3, 3 - dimetilhexeno - 1 a) H3C-Ç=CH -CH3
e) 2, 3 - dimctilhexeno - 2
CH3
1S7. (Med. - Pouso Alegre - 72) Queremos determinar a estrutura de um alqueno "X" de b} H3C - CH =CH- CH2 -CH3 d) nenhuma das respostas anteriores
fórmula molecular CsHl6. Pard isto, fizemos a ozonólise do mesmo e obtivemos entre
os compostos resultantes da reação, a "propanona". Das estruttuas abaixo, a que cor- 163. (CICE - RJ - 70) Das afirmações abaixo:
responde ao alqueno "X" é: 1) a hidrogenação pode ser usada para medir o grau de insaturação de um hidrocarbo-
a) CH2 "" CH - CH2 -- CH2 - CH2 - CJ½ -
CH2 - CH3 neto, quando em presença de um catalisador (por exemplo, paládio, platina, níquel)
'r
b) CH; - = CH - CH2 - CH2 - CH2 -- CH;
e a poucas atmosferas de pressão.
CH3 2) os alcenos podem ser oxidados por uma solução de permanganato de potássio se-
gundo a reação:
Oh
1
➔
e) CH3 - CH =CH - 1H -- OI - CH3 3 aI3CH ""CH2 + 2 KMn04 "': 4 1-120 2MnO2 + 3CH; - ÇH - f.;H2 + 2KOH
OH OH
CH3
d) CH3 - rH - CH =CH -<jll - CH3 3) os alcanos são substâncias essencialmente polares por serem formadas apenas por
carbono e hidrogênio, com os hidrogênios sendo de uma maneira mais ou menos
CH3 CH3
simétrica distribuídos em torno dos carbonos
e) CH3 -?1-CH :c::Ç- CH1 - CH3 4) os al<:anos são solúveis em solventes não polares como o benzeno, tetracloreto de
CH3 CH; carbono e outros produtos do petróleo
5) entre os alcanos o ponto de ebulição aumenta regularmente com o aumento do pe-
158. (PUC - SP - 71) A reação do 2 - metil- buteno - 2 com permanganato de potássio so molecular
diluído em meio levemente alcalino produz: Podemos concluir quc:
a) acetona e ácido acético d) 2 - metil - butlH!OdiGl - 2, 3 a) só são verdadeiras as de números 2, 3, 4 e 5
b) apenas acetona e) neste CllSO nio há reação b) todas são verda:dei:ras
c) apenas ácido acético e) somente as afirmações 1 e 5 são verdadelras
d) só a afirmação 3 é falsa
159. (Med. - ltajubá - 72) Os produtos de oxidação a fundo cem permanganato de potás- e) nenhuma das respostas é satisfatória
sio, do meti! butcno, são respeclivamente:
a) acetona e ácido acético d) fonnaJdeído e ácido acético (CESCEM - 73) A hidrogenação de qual ou de quais compostos abaixo formulados:
b) acetaldeído e ácido acético
c) acetona e CO.
e) formaldeído e acetona 1) H-.zC ""9 - CH2 - CH2 - CH3
?12
aI3 H
160. (CESCEM - 66) Qual dos hidiocarbonetos abaixo produz C02 e (CH3}iCHCOOH 1
formaria• hidrocarbonetos oticamente ativos? 171. (Fac. Odont. -· UFRJ - 69) A reação do ácido Bromídrico com o propino produz
a) somente l d) somente IV cm maior quantidade:
b) somente I e li e) todos a) 1, 2 - dibromopropano d) 1, 2 - dibromopropcno
e) somente 1, li e III b} 1, 1 - dibromopropano e) propano
e) 2, 2 - dibromopropano
165. (!TA -- 73) O iso-octano é um excelente combustível para motores de combustão in-
terna. Esse hidrocarboneto é obtido nas refinarias por um processo de alquilação ca- 172. (Med. -- UFRJ - 69) A hidratação do etino conduz ao:
talítica:
a) óxido de etileno d) etanóico
~H3 'i;II2 cat. )'H3 Tlh b) etanol e) etanoato de etila
H3C - CH - CH3 + H3C -- C - CH3 • H3C - )' - CH2 - CH - Cil3 e) etanul
CH3
isobutano isobuteno iso-octano 173. (Mcd. e Cirurgia - RJ - 69) A hidratação de alquino verdadeiro, com exceção do ace-
tileno, conduz à formação de
Assinale qual das afirmações abaixo é FALSA:
a) álcool primário d) aldeído
a) na reação acima estabeleceu-se uma ligação entre o carbono terciário do isobutano b) álcool secundário e) cetona
e o carbono primário da dupla ligação do isobuteno e) álcool terciário
b) um bom catalisador para a reação acima é também um bom catalisador para a rea-
ção inversa 174. (PUC -- SP - 70) • Butino - 1, reagindo com solução aquosa diluída de H2 S04, em
c) o isobutcno pode ser obtido em laboratório pela desidratação tanto do 2 - mctil - presença de cátions mercúricos, fornece:
- 1 - propano! como do 2 meti! - 2 - propano!
d) o isobuteno reage com HCI gasoso, formando-se 1 - cloro - 2 - meti! - propano a) butanal d) 1, 2 • butanodi'>l
e) nas mesmas condições de temperatura e pressão, o isobutano é 2,0 vezes mais pesado b) butanona e) ácido butanossulfônico
que o ar c) butano) - 2
175. (Med. - Santa Casa - 66) Reage com sódio metálico o seguinte alcino:
CAPITULO 7 - ALCINOS a) metil-acctileno e) dietil-acetilcno
b) dimetil-acetilcno d) metil-etil-acetileno
166. (Biomédicas·· UFRJ - 71) Nos alquinos a hibridação dos orbitais de carbono é do
tipo: 176. (Fac. Nac. Med. - 70) Qual dos compostos abaixo reage com o nitrato de prata amo-
a) sp4.12 b) sp3
niacal para dar derivado de substituição:
d) sp e) de tipo diferente
a) butano b) buteno-1 e) buteno-2 d) butino-1 e) butino-2
167. (Mcd. - Itajubá -· 73) O estado de hibridação do carbono no ctíno é do tipo:
a) sp 2 b) sp 3 e) sp d) s2 p e) nenhum desses 177. (Med. - Pouso Alegre - 73) Para diferenciar o butino-1 do butino-2 o reagente usado é:
a) HI04 d) HBr
168. (Biomédicas - Univ. GB • 71) Uma ligação tríplice entre dois átomos de carbono se b) AgN03 + NH40H e) FeCl3
compõe de:
c) H20
a) 3 ligações sigma d) 3 ligações sigma e 3 ligações pi
b) 2 ligações sigma-e 1 ligação pi e) 3 ligações pi 178. (EE Mackenzie - 73) Um alcino tem fórmula C6H10• Sobre ele sabe-se que;
e) 1 ligação sigma e 2 ligações pi 1) Não dá precipitação com Ag+ aquoso.
II) Por oxidação enérgica dá mistura de ácidos sendo um deles de cadeia ramificada.
169. (Eng.···· São Joi.é dos Campos - 72) Para dois hidroc,Lrbonetos, um alceno e um alcino,
O a!cino é:
ambos com o mesmo número de '.Ítomos de carbono, o número ele isômeros será:
a) 4 - meti! pentino - 2 d) hexino.- 1
a) maior pam o alccno e) igual para os dois b) 4 - meti! pentino - 1 e) hexino - 2
b) maior para o alcino d) impossível prever c) 3 - metil pentino - 1
170. (Med. - Santa Ca'.sa - 65) A ação do cloro sobre o· acetileno leva à formação de: 179. (PUC - SP - 71) "O acetileno, em condições ambientes, é um . . . . . . . . . . . ,
a) tctracloroetileno e) hexacloroctano obtido facilmente por hidrólise do . . . . . . . . . . . . . . . , e cada vez mais empre-
b) tetracJoroctano d) não há reação gado na fabricação de . . . . . . . . . . . . "
670 FEL TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA 671
181. {FEi - 68) Urna mistura de acetileno e metano, na proporção de 1 mo! de cada um, 188. (CESCEM - 68) Borracha natur.i.l é um polímero de:
sofre combustão completa teórica. Qual a proporção de C02 e H2O que se formam, a} isopren.o d) ácido acrílico
respectivamente: b) butadieno e) 2, 3 - dimetilbutadieno
aj 1:1 W 2:1 c) 3: 2 c) acetileno
182. (Med. e Cirurgia - RJ - 70) Pela passagem, em tubo aquecido, de 3 H - C = C - H 189. (EE São Carlos - 66) A borracha natural é um produto cuja fórmula molecular é:
obtém-se:
a) C12H22Ou e) C6H12O6
a) benzeno d) hexano b) (CsHs)n d) (C6H100s)n
b) hexeno e) nenhum deles
c) ciclohexeno 190. (Med. - Santos - 7Ú A ozonização da borracha natural, e subseqüente hidrólise, for-
nece como compostos principais:
a) somente cetonas d) somente cetoaldefdos
b) somente aldeídos e) somente dialde{dos
e) some11te dicetonas
CAPliULO 8 - ALCADIENOS
191. (ITA - 73) Ooropreno, um elastômero sintético, pode ser obtido industrialmente a
183. (Univ. Fed. Fluminense - 70) A fórmula H2C = CH - CH = CH2 corresponde: partir do acetileno:
a) um alqueno com duplas ligações acumuladas H1 H
1
H
1
b) um dieno conjugado 2HC=CH ➔ HC:êêC -C::=CH2 ➔ H2C=y- C =CH2 ➔(- CH2 -y=C- CH2 -)n
c) um alqueno com duplas ligações isoladas Cl CJ
d) um hidrocarboneto poliênlco (]) (II) (III) (IV)
e) nenhuma das respostas Qual das afirmações abaixo é FALSA?
a) o composto I é obtido pela reação de carbeto de cálcio com água
184. (Fac. Ciências Médicas - GB - 69) Assinalar o nome mais correto, segundo a nomen-
clatura de Genebra, do seguinte composto: b) o composto li chama-se 1 - buten - 3 • ino ou vinil-acetileno
e) na molécula do composto II, os 4 átomos de carbono se encontram dispostos em
CH 3 - CH2 - ~H2 linha reta
CH3 - CH2 - CH = C - CH CH2 = d) não existe composto, isômero de III, que apresente cadeia ramificada e duas duplas
a) 4 - hexadieno - 3, 5 d) 3 - propil - hexadieno ligações
b) 3, 5 - propil - hexadieno 4 e) 4 - propil - hexadieno - 1, 3 e) o composto 111 não apresenta isomeria cis-trans, mas o polímero IV pode apresen-
c) 3 - propil - hexadieno - 1, 3 tá-la
185. (Med. - UFRJ - 69) A adição de 1 mol de bromo ao metil-butadieno fornece em (EE Mackenzie - 73) As duas questões seguintes devem ser respondidas de acordo
temperatura ambiente, predominantemente: com as informações abaixo.
11) CH2 :C(CH3) CHBr CH2Br d) CH2Br C(CH3):CH CH2Br Um hidrocarboneto de fórmula CnH2n-2 tem o seguinte comportamento:
b) CH2Br CBr(CH3} CH:CH2 e) diferente O 9,6 g do hidrocarboneto dão na combustão 30,8 g de CO 2.
II) O hidrocarboneto reage com cloro dando um dihaleto não vicinal insaturado.
e) CH2Br CH(CH2Br) CH: CH2
111) Por oxidação ele fornece entre outros nroduto• im• <'.Jlrhnnic,o " hlltannn~
572 FEL TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA 573
a
embora útil, não representa a verdadeira estrutura. Podemos com1ucendcr melhor a c1-
OH trutura molecular desta substância por hibridizaçiio do tipo . . . . . . . . . . . . .
204. (Med. e Cirurgia - RJ - 68) A estabilidade do núcleo bcnzênico é devida, principal- (Biomêdicas - Univ. GB -· 71) O radical trivalente do tolueno (C 6 Hs - C =) é cha-
mente, a: mado de:
a) anel hexagonal d) todás elas a) lolu11a b) benzenila e) benzoíla d) ftalila e) naftila
b) energia de ressonância e) nenhuma delas
e) simetria molecular 212 (Med. - Gama Filho - GB - 70) Apresentam duas valências livres presas ao núcleo ben-
tênico:
205. (EE São Carlos - 68) Dadas as seguintes fórmulas estruturais do xileno temos: a) alcoilenos b) alcoílas e) alcoilidenos d) arílcnos e) arilas
JI 1 (l\kd. - Santos - 71) O assim chamado caráter aromático dos compostos orgânicos
caracteriza-se por:
al reações de adição d) reações de redução
b) reações de substituição e) reações de polimerização
a} 2 p-xiknos e 1 o-xileno ~) reações de oxidação
b) 2 o-xilenos e 1 p-xileno d) 1 p-xileno, 1 m-xilcno e 1 o-xileno
e) 2 m-xilcnos e 1 p-xileno e) todos os xilenos das figuras são vicinais (C'ESCEM - 67) A reação de bromo ccim benzeno para formar bromobenzeno é rea-
lizada sob a seguinte condição:
206. (Med. - Santa Casa-· 73) Um hidrocarboneto AROMÁTICO de fórmula bruta c9 tt 12 a) cm presença de um álcool
poderá apffsentar isõmeros aromáticos em número de: b) cm presença de um ácido de Lewis
a) 3 bJ 5 e) 6 d) 7 e) 8 e) somente em presença de cloreto de alumínio anidro
d) sem catalisador e à temperatura elevada
207. (Med. - Santo Amaro - 71) O número de isômcros de posição do C{)mposto dibromo- é) à temperatura elevada e em presença da luz
nitrobenzeno 6 igual a:
a) 2
J1 ~e (PUC - SP -- 70) Na reação de um mo! de dom com um mo! de tolueno à tempe-
b) 3 e) 4 d) 5 e) 6
ratura ambiente, ao abrigo da luz e com catalisador, forma-se:
208. (Univ. Minas Gerais - BH -- 70) Qual o número máximo de derivados mono-halogena- ;iI cloreto de l)('nzila
dos da estrutura abaixo? h) o-clorotolueno e p-clorotolueno
d mcdorotolueno
,1) cloreto de benzilideno
d ao abrigo da luz, não há reação
a) 5 b) 4 d) 2
e) nenlwm dos números .!presentados (M~. Santa Casa - 70) O dibromobcnzeno apresenta 3 isômeros: Orto, Meta e Para.
Usando condições adequadas, que conduzam à introdução de apeirns mais um átomo de
209. (Med. -- Gil -- 66) O mesitíleno ou trimetil-benzeno simétrico é: bromo a cada uma destas substâncias teremos, conforme o dibromobcnzcno empregado,
a formação de 1, 2 ou 3 tribromobenzenos diversos.
a) 1, 2, 3 • trimetil-benzeno d) 1, 3, 5 - trimetil-benzeno
b) 1, 2, 4 - trímctil-benzeno e) 1, 4, 5 - trimetil-benzeno
e) 1, 3. 4 - trimc-til-benzeno
Orto Meta Pllra
---·~
210. (Univ. Fcd. - MG - 68) Assinale a estrutura correspondente ao 1, 4 - difcnilpentadie- a) três um -dois
no -1, 3: b) um dois três
a) C6 H 5 C'H =CH - CH =Ç- C6Hs e) dois um três
CH 3 dJ dois três um
b) C6Hs -CH2 - CH=CH-9=CH2 e) um três dois
C6Hs
e) C61Is - CH ;:,:CH - CH 2 -Ç =CH 2 (Med. Santa Casa - 70) Partindo"se de uma mistura dos três isômeros dibmm:,;los da
C6Hs questão anterior, quantos tipos de derivados tribromados diferentes entre si serão ob-
d) C6 H5 -·· CH =
CH - CH2 - Ç- C6 H5 tidos?
CH2 a) um b) seis c) dois d) três e) cinco
676 FELTRE - SETSUO GUIMICA ORGÂNICA 5n
218. (Med. - Pouso Alegre - 72) A equação U4. (Mcd. -- Santa Casa - 66) Para se transformar 0,5 mo! de benzeno em ciclohcxano são
o
nl•,;cssários em condições normais,
+ HN0 3
@ ~
b) oxidação do álcool bendlico e) todos eles
[) + SO3 e) hidrólise da bcnzonitrila
H SO 3 8 1 n. ('.'ifod. - Santos - 70) Um composto tem a fórmula molecular C8 H 10- Não descora a
água de bromo cm condições normais, é atacado pelos ácidos sulfúrico e nítrico e, por
~ Cê)
II) oxidação, forma o mesmo ácido dibásico obtenível por oxidação do naftaleno. Esse
composto é:
a) meta-xikno d) etilbcnzcno
H , . ____..,. S03G SO3H
b) para-xilc no e) 5 - ctil-eiclo hexa-1, 3 - dicno
Na fase I, o óxido de enxôfre (VI) e o benzeno funcionam, rcspcctivamenk, como: e) orto-xilcno
a) ácido e base de Arrheniús d) base e ácido de Lewis
b) ácido e base de Brõnsted e} base e ácido de Bronsted .'lll. (Univ. Campinas -- SP • 67) Para-nitrotolueno ao ser oxidado em condições drásticas
e) ácido e base de Lewis fornece:
a) ácido 1, 4 • bcnzenodicarboxílico d) ácido para-11itrobcnzóico e água
220. (Ese . .Médica - RJ - 71) Na síntese de Fricde!-Cnrfts temos; b) tolueno e ácido nítrico e) nitrobenzeno e anidrido carbônico
a) formílação d) halogenação e) nitrobcnzeno e metano
b} nitraçfo e) sulfonação
c) acilação 229. (Mcd. e Cirurgia - RJ 69) Os orientadores de primeira classe (= espécie), quando
221. (Med. e Cirurgia - RJ - 68) O transportador de clétrons usado na síntese de Friedd- presentes cm núcleos aromáticos, orientam a entrada de um segundo radical em:
Crafts é: a) somente orto d) orto e meta
a) forro b) some ntc para e) orto e parn
d) clorl'to de antimônio anidro
b) cloreto de zinco anidro e) cloreto de alumínio anidro e) somente meta
c) piridina
230. (Biomédicas - Uf'RJ - 71) Os orientadores de segunda classe (=espécie), quundo pre-
222. (Univ. Min~i; Gerais -- BH - 70) A reação de Friedcl-Crafts é catalisada por ácidos de sentes cm ní1clcos aromáticos, orientam a entrada de um segundo radical em:
Le1>,is. Das substâncias AICJ 3 (I), FeQ 3 (II}, BC! 3 (III) e PC1 3 (IV), as que podem fun- a) somente orlo d) orto e para
cionar como catali:!adores na reação de Friedel·C'rafh são: b) somente para e) para e meta
a) 1, li, IH ~ IV d) somente III e IV e) somente meta
b) soin,·nh• 1, II e IH e) somente I
e) somrnlc' l e II 231. (Univ. Minas Gerais - BH - 70) Sabe-se que m substituintes do anel aromático capa-
zes de lhe ceder elétrons orientam a entrada de um novo substituínte para as posições
223. (PUC - SI' -- 71) Fazendo-se reagir 1,290 gramas de cloreto de etila com benzeno orto-para. Dados os substituintes abaixo, assinale a alternativa que contenha som-,ntc
em excesrn, pelo método de Friedcl-Crafts, e supondo um rendimento de 70,00% para orientadores orto•para:
a reação, a massa do produto org-ânico formado será: -· N0 2 - OH - COCH3 - OC'H3
a) 2,120 g b) 3,028 g e) 1,484 g d) 0,148 g e) 0,212 g (III) (IV) (V) (VI)
578
FEL TRE - SETSUO
QUl°MICA ORGÂNICA 679
a) II, lll, IV, VI d) III, IV, V
b) II, III, IV B7. (Mcd. - Santa Casa - 70) O 1, 4 - dimetilbcnzeno e etilbenzeno são isômcros e podc·m
<J) nenhuma das alternativas está correta
e) I, II, IV, VI ser distinguidos experimentalmente por mononitração direta no anel. Pode-se dizer cor-
retamente que:
232. (Med. - Pouso Alegre - 73) Entre os vários b'l'Upos abaixo, indicar qual contém somen- a) o 1, 4 - dimetilbenzcno origina dois derivados mononitrados e o ctilbcnzcno três,
te orientadores orto-para:
sendo um em pequena concentração
a) NO2 , --OH, -CHO, - CONH2 , - N(CH 3 )i li) 0 1, 4 - dimetilbenzcno origina um derivado mononitrado e o etilbcnzcno dois, so-
b) -NH2, -NHCH3, Br, -C2Hs , -0- CJ-:1 3 mente
e) .. 01& -SO3H, -COOH, - -CN, . SH e) 0 1, 4 - dimetilbenzeno origina um derivado mononitrado e o ctilbenzeno três, sen-
do um em pequena ~-onccntração
d) -N (Cl-13h, --CI, -COOCH3, ... cOCH 3 , -O COCH 3
li) o 1, 4 • dimctilbenzeno origina tr6s derivados mononitrado; e o etilbcnzcno três,
e) --NH-COCH3 , --C 6 Hs , -COOC 2 H 5 , NO; , --CH 3 sendo um cm pequena concentração
e) nenhuma das alternativas anteriores estií certa.
233. (Mcd. -- Pouso Alegre - - 72) Dentre os grupos abaixo, o qne contém somente orienta-
dores meta é:
} IK. (Mcd. - Taubaté - 73) Na mononitração do ácido bcnzcnossulfônico obtém-se predo-
a) NO2 , Cl, Br dJ Cl-13 , Cl, OCH3 minantemente:
b) SO3H, NO2 , COOH e) NHCHO, OH, CN a) ácido 2-nitrobenzenossulfônico
e) CHO, NH2 , CH3 b) ácido 3-nitrobenzcnossulfônico
e) ácido 4-nitrobenzenossulfônico
234. (Univ. Fed. - MG -- 68) Os dcativadores do núcleo arom,ítico tais como --NO 2 , -COOH d) uma mistura equimolecular dos ácidos 2-nitro e 4-nitrobcnzcnossulfônico
e - SO 3 H orientam a substituição em meta porque: t') uma mistura equimolecular dos ácidos 2-nitro, 3-nitro e 4-nitrobcnzcnossulfônico
a) tornam as posições meta negativas, susceptívcis a ataque eletrofílico l.l'I. (CESCEM .• 69) Na monocloração do 1-hidroxi - 2 - nitrobenzeno observa-se a for-
b) tornam as posições orro e para negativas, refratárias a ataque eletrofílico mação:
e) tornam as posições orto e para positivas, refratárias a ataque elctroffüco
d) exercem forte efeito indutivo sobre as posições meta a) predominantemente de 1 - hidroxi- 2 - nitro - 4 - clorobcnzeno
e) tornam as posições meta positivas, susceptíveis a ataque eletrofílico. b) predominantemente de 1 - hidroxi - 2 - nitro - 6 - clorobenzeno
e) de uma mistura de l - hidroxi - 2 - nitro - 4 - clorobenzeno e
235. (CTSCEM - 68) Na reação do ácido nítrico concentrado com nitrobenzeno observa- 1 - hidroxi - 2 - nitro - 6 - clorobenzeno
se que: d) predominantemente de 1 - hidroxi - 2 • nitro - 3 • clorobcnzcno
0) de uma mistura de 1 - hidroxi - 2 - nitro - 3 • clorobenzcno e
a) forma-se somente o-dinitrobenzcno
b) forma-se somente p-dinitrobenzeno 1 - hidroxi • 2 - nitro - 5 - clorobenwno
e) forma-se predominantemente m-dinitrobenzcno
d) forma-se urna mistura de o-dinitrobcnzeno e p-dinitrobenzcno
(CESCEM - 71) Questõn· 240 e 241. Para respondê-las utilize as alternativas abai-
e) formam·se O·, m- e p-dinitrobenzeno nas mesmas proporções
xo:
236. (CESCEM - 72) A trinitração do tolueno, considerando as regras usuais de substi- a N02
tuição aromática, forma, preferencialmente, o seguinte composto:
@NO, @N02
,di(CH' rnYCH, ü,N~CH,
~ NO2
N02 Cl
O2N Ü NO2 02N~N02 (a) (b) (e) (d) (e)
NO 2
(a) (b) (e)
240. Pela cloração do benzeno, seguida de uma nitração e outra nitração obtém-se prepon-
derantementc qual dos compostos acima?
O2N CH 3 O2N CH3
(d)
O2N
)§X NO2
(e)
02N1$1
241. Pela nitração do benzeno, seguida de outra nitração e posteriormente de uma cloração,
obtém-se prcponderantemcnte qual dos compostos acima?
243. (Mcd. Santa Casa 65) Por destilação seca da hulha, o produto qu~ S<' obtém em J\O. (Fac. Ckndas Médicas. GB -6!1) o número de álcoois isômerus de fórmula
maior quantidade (cm peso) (i_ CsH110H 6:
a) picJic b) alc~!rào e) óleos pesados d) coque a) 7 b) 8 e) 6 d} 9 e) 10
244. (Mcd_ - Santa Ca~a - 65} O gás de ilumi11aç,io (gás de rua) contém, príncípalnwnte: 1' 1. (Unh·. Fcd, fluminense •·· 70) A <1btern;iio do ,Hcool fonil etílico pode ser detuadit m<'·
a) metano, propano e butano diante a reação:
b) hidrogfoio, nionóxido de carbono e metano ,l)H3C COOC611s + IIOH d) H3C -· COOCII3 + C6ll6
e) monóxido de carbono, vapor de água e argônio b) C6Hs - Cll3CIIO + HOH e) C6116 + Cll3COOH
d) acetileno, etano e amônia
e) ll3C -· CO -- C6Hs + H,.
245. (FfCLUSP · 67) Do alcatrão de hulha obtém-se: l\l. (Med. -· GB -- 66) O cpóxi-ctano reage com o iodeto de mctil-rnagnésio dando produ-
a) grni1tc e) coque to que se hldrolisa para:
b) compostos aromáticos d) ncnhum dos produtos dtados a) álcool primário d) glicol bi-primário
b) álcool secundário e) glicol bi-sccund,írio
246. (PUC •• SP - 71) "A hulha é uma variedade de c:rrvão, de origem . . . . . . e) álcool terciário
que por d,•.,lilaçiio .,cea produz . . . . . . . . . . . . em maior quantidade, t1lém do
- , • • • ••••• • . - que é de grandt• impol'tância para a indústriu química orgânica." )\ 1. (Mcd. UFRJ - 69) O 3 • metilpentanol- 3 pode ser obtido reagindo:
A melhor cumpk111t'nta~iio dt·ssa !"rase é: a) butanona + brometo de ctilmagnésio
a) animal ·- carviio coqut• --- alcatcãu b) butanal + brometo de ctilmagm:sio
b) vegetal - carvão coque -- alcatrão e) propanona + brometo de propilmagrn:isio
e) w,getaJ -- alcatrão -- carvão coque d) propanal + brometo de isoprnpilmagnl!sio
d} vegetal - carvão coque amoníaco e) n,:nhum deles
e) animal - carviio coque - gá,1 do ilumina~-:1o
H4. (Med. -- ltnjubá - 73) Qual dos compostos abaixo dá, com reagente de Grignard, um
álcool ~ecuiidiírio?
CAPITULO 11 - ÃLCOOIS CH3 - CHO CH, _ CH2 CH3 fi -
CH3 oli
"-. I o CH3 - C - O - R
247. (EE S.io Carlos - 68) Utilizando a nomenclatura de Kolbc podemos dizer q111: o com-
o
OH (I} (li) (Ili) (IV)
1
posto CH 3 CH2 • ~'. -- \'li - CH 3 ~ u: a) somente d) SO!lll'IÜC IV
CH3 CH3 I,) sornentc H e) nenhuma das respostas
C) somente lII
a) l, l, 2 - trimt•til - 2 - lrntanol d) meti! -<:til - isopropil, carbinol
b) 2, 3 • dinwtil - 3 - pentanu! e) nenhum dos nonws anteriores .'\.~. (Mcd. - Santa Casa - 68) A série homóloga de :ílcooh saturados primários aprc11enta
e) nwlil - e til - propil - c;u-binoJ
ponto tk ebulição (PE) muito superior aos hidro~arbonetos saturados correspondentes,
como a t.1beh1 ~xemplifica:
248. (Mcd. -·- Tat1baté - 73) O m,·til - isopropil - c.irbinol, seguindo as rcu-ras de nomencla-
tura da llJPAC (União Internacional de Química Pura e Aplicada), iS chamado: SUBSTÂNCIA PJ::SO MOLECUAI.R PE ("C)
a) 2, 2 - dímetil - propano! metanol 32 64,7
d) 3 - pentano\
b) 2 - mctíl - 2 - butano! etanol 46 78,4
e) 3 - mctil - 1 - butano! metano 16 -161,5
e) 3 • metíl - 2 - bu tanol
etano 30 -88,4
582
FEL TRE - Sl:TSUO QUIMICA ORGÂNICA 583
A melhor eJ.'.plicação para esse fato é:
a) os álcoois possuem P.M. supeilor ao do~ hidrocarbo to 261. (Med. - Pouso Alegre - 7 3) Assinale a ordem crescente de facilidade de desidratação
, 1
b) as mo1ecu , • ne s correspon d entes dos álcoois abaixo:
as dos alcoois possuem forças de atraç-ao • • t t •· rH3
carbonetos melUs en es entre as de hidra.
CH3 - CH2 - CH2OH CH3 - CHOH - CH2 - CH3 C6Hs - CH2 - COH - CH3
e) os álcoois são, mais solúveis na ag' ua do qu e os hid rocarbonetos
d) (1) (II) (UI)
e~tre as molecufas dos hídrocarbonetos existe uma força intensa de repul - ·
XJstente entre os álcoois sao, me- a) III, 1, II b) lll, li, I c} II, I, m
c) as alternativas e e d estão corretas d) II, III, 1 e) 1, II, III
256.
~~e?i - Ttaíli~baté -d 73b) ~ pon:° de ebulição do n·butanol é maior que o do pentano 262. {Med. e Cirurgia - RJ - 69) Nas reações de substituição da hidroxila de um álcool, a
e er e I co e o utiralde1do, porque o álcool: ' preferência de reatividade é:
a) tem maior momento dipolar > terciárit;
d) é mais solúvei em água a) primário > secundário
b} é um líquido associado
e) tem menor peso molecular
e) apresenta uma propriedade aqui não b) terciário > secundário > primário
citada e) os primários não sofrem reações de substituição da hidroxila
2S7. d) todos têm a mesma reatividade
(Med. - ABC - 73) O composto (1) e) somente os primários reagem
H H H
1 1 1
H-C-C-C-H JU. (Med. e Cirurgia - RJ - 69) Quando um álcool reage com o sódio para formar alco-
I I l óxidos de sódio, a preferência para a reação é:
OH OH OH
é um líquido de maíor ponto de ebulição do que o composto (11)
a) primário >
> secundário terciário
bJ terciário > secundário > primário
H H H H e} somente os terciarios reagem
1 1 1 1
H-C-C-C-C-H d) somente os primários reagem
1
H
1 H1 H1 e) a reação só se processa em condições especiais, não havendo, assim, preferência pa-
ra reação
H-C-H
1
H 164. (Med. - UFRJ - 69) Assinale a frase correta:
Isso pode ser explicado porque (]) possui: a) um álcool é composto neutro, não podendo formar derivado sódico
a) vários agrupamentos hidmJ.'.ila b) o derivado sódico de um álcool é o°!)tido reagindo o mesmo com hidróxido de sódio
d) maior variedade de tipos de átomos c) um álcool é suficientemente básico para receber um próton quando em presença de
b) cadeia carbônica menos ramificada
e) fórmula mínima mais complexa úm ácido mineral forte
e) cadeia carbônica menor
d) um álcool é ácido suficientemente forte para decompor um carbonato
e) a acidez dos á.looois corresponde à dos fenóis
2S8. (Med. e Cirurgia - RJ - 69) Na desid t ~ d 'I
água . d b . ~ açao os a coois, o hidrogê11io que vai formar
sai o car ono menos nco em h1drogênio, diz a regra de: IU. (PUC - SP - 72) 1,8 gramas de um álcool, de massa molecular 90, reagem com sódio
metálico, produzindo 448 ml de gás hid;ogênio, nas condições normais de pressão e
a) Saytzcff b) Karasch e) Thiele d) Hund
e) Oppenauer temperatura. O número de oJ.'.idrilas (OH) existentes no álcool cm questão é:
259. (CESCEM - 67) A facil'dad , uJ 1 b) 2 e) 3 d) 4 e) S
_ ,1 e com que os alcoois primários (AP), secundár1'os (AS)
e terciários (AT) sao de d tad r
reqüência: s1 ra os para ,ormar alquenos é representada pela seguinte
266. (Biomédicas - UFRJ - 71) Qual dos álcoois abaixo reage com ácido clorídrico con-
a) AP >AS> AT ccntr.ido, mesmo na ausência de cloreto de zinco anidro, dando precipitado:
d) AP >AS= AT
b) AP<AS <AT a) butano( - l b) butanol - 2 c) isopropanol
e) AP <As> AT
cJ AP = A.S AT > d) meti! - 2 - propano! - 2 e) nenhum deles
260. (Fac. Nac. Med. - RJ - 68) Qual dos pent '· b · • · • 367. (CESCEM - 66) Um álcool de fórmula bruta C5 H12O fornece por oxidação com-
d anois a aixo e lruUS facilmente transforma-
o em penteno correspondente por eliminação de 1 molécula de ágtia: pleta um ácido carboxílico com atividade ótica. O álcool em questão deve ser:
a) pentano! • 1 b) pentano! - 2 e) pentano! - 3 u) 2 - metilbutanol d) 2, 2 • dimetilpropanol
d) 3 • meti! • btitanol . 1 b) 2 •meti!• 2 - butanol e) nenhum dos álcoois assinalados
e) 2 - metil • butano! - 2
e) 3 • metilbutanol
586
584 FEL TRE - SETSUO
do ao:
284. (Med. - Marília - SP - 69) A reatividade do fenol, ern relação ao benzeno, nas rea·
a) baixo ponto de fusão
ções de substituição por um radical com carga positiva é:
b) caráter oxidante
a) maior, devido ao aumento de peso molecular que facilita os choquM -das moléculas e) caráter redutoI ..
na reação d) seu elevl!do coeficiente de ~lubilidade
b) menor, devido ao aumento de peso moleculat, que dificulta os choques das molé- e) nenhuma das respostas antcnores
culas na reação
•
, - 68) Qual das afirmativa.~ abaixo nao es - tá cotreta em relação ao
(Med. -- Santa easa
e) maior, devido ao aumento da densidade eletrônica nas posições orto e para, pefa
J,'JI.
conjugação com um par de elétrons não participante do oxigênio fenol (H = l; C = 12; O = 16 ):
d) maior, devido ao aumento da densidade eletrônica nas posições meta e para, pela
conjugação com o par de elétrons não participante do oxigênio a} peso molecular igual a 94
e) não há variação de reatividade nas reações acima citadas b) pode ser considerado como á~fº ~raco mo a formação de éter e éster
e) apresenta reações típicas dos a coo1s, co . id
285. (Esc. Médica - RJ - 71) O fenol comum por nitração total produz: d) foi amplamen t e usa
do como desinfetante e germic
. N
ª d
,a diminui de várias centenas e vczc•
e) a introdução de tadic;i.l NO1. em p_os1çao pa
a) fonolftaleína b) ácido pícrico c) picrato de amónio 11 ionização do grupamento hidrox1la
d) ácido salicílico e) tri •bromo• fenol
QUIMICA ORGÂNICA 589
588 FEL TRE - SETSUO
300. (Fac. Ciências Médicas - GB -· 70) Toma-se um frasco com éter comum e adipiona-se
CAPITULO 13 ÊTERES uma certa quantidade de sulfato ferroso cm pó. Assinale, entre as proposições< abaixo,
a mais correta:
292. (!TA - 70) Ãcido sulfúrico não é n•agcntc conwnienk para preparar mNano-oxi-etano
a) O sulfato ferroso reage com o éter dando desprendimento gasoso.
puro, a partir do mct,lllol e etanol, porque:
h) Após algum tempo, o éter será reduzido e o sal ferroso será oxidado à férrico.
a) é muito oxidante d) produz também acetato de ctih1 e) O sulfato forroso solubilizar-se-á, pois é um dos poucos sais minerais solúveis em
b) produz também outros étcrcs e) produz também mclil - ctil - cetona solventes orgânicos.
e) é fort~mcnte dcsidratan!t' d) O sal ferroso, dentro de algum tempo, poderá ser oxidado à férrico, devido à pre-
sença de peróxidos no éter.
293. (Mcd. e Cirurgia · RJ 69) Para se obter ctoxil'lano pela síntese de Williamson, deve- e) Duas das respostas acima estão corretas.
mos reai:,'Ír:
a) ctóxido de sódio + ctilamina d) etanol + monocloroctano
b) etóxido de sódio + etano.unida e) etanoato de sódio + monocloroetano
e) etóxido de sódio + monocloroetano CAPITULO 14 - ALDEfDOS E CETONAS
294. (Mcd. · • Santa Casa 66) A reação de 116 g de fcnolalo de sódio com excesso de bro- 301. {Mcd. - GB - 66) A 2-pentanona é i~ômcra de:
meto de nrntila produzirá no máximo: (H; 1: C º' 12; O ·" 16; Na~ 23) a) 2 - metil - butanóico d) 2 - me til - propanal
a) 54 g de aniso! e) 94 g de anisol b) 2, 2 - dimetil - butanal e) 2 - meti! - 2 - butanona
b) 68 g de aniso! d) 108 g de aniso! e) 3 - metil - 2 - butano na
295. (Biomé.dicas ill'RJ . 71) Rca!!imos halcto de alquila com óxido de prata seco, ob- 302. (CICE -· RJ - 70) Na hidrólise do dicloro - 2, 2 - butano o produto estável resultante
tendo-se: é:
a) álcool b) aldeído e) cdona e) éter a) butanodiol - 2, 2 b) butcno - 2 e) butanona
d) monocloro - 2 - buteno - l c) nenhuma das respostas anteriores
296. (Biom<:'dicas · UFRJ - 71) O mctano-oxi-mctano é obtido fazendo-se reaJc!ir iod,•to
de m,-tila com: 303. (Med. -· Santa Casa - 70) A acetona pode ser preparada de 1-propanol pelas etapas:
a) metano d) mctanoato de sódio
ii iii
b) m,·tanol e) mctanal 1-propanol propeno - - - + - 2-propanol acetona
e) m<·tóxido de prata
Os reagentes convenientes usados nas transformações i, ii, ili podem ser, rcspcctivamentc:
297. (Med. -- Santos - 70) Assinale a afirmativa correta:
a) H2SO4; HCI; KMnO4
a) O éter etílico ~ um solvente não polar e, portanto, com baixa comtank dielétrica.
b) HC!; H2S04 ; KMnO4
b) O éter etílico é um solvente nfo polar e com alta constank didétrica.
e) O éter etílico é um excelente solvcnk parn os sais. e) H2SO4; H2SO4; KMnO4
d) O éter ctfüco é polar pois se dissolve na :Í!:,'lHl. d) KMnO4; H2SO4; CrO3
e) O éter dfüco é um bom substituto p,1r,1 a :ígua como solvente e) KMnO4; HCI; H2SO4
305. (Mcd. e Cirurgia - RJ •· 69) Pode-se sintetizar a acetofenona fazendo reagir o benze-
299. (Fac. Nac. l\kd. - 70) Os éteres são cindidos por ·ação de ál'idos. Qual a ordl'm de r<·a-
no, em prcscn~·a de cloreto de alumínio anidro, com:
tividadc dos úcidos:
a) HC1 > >
IIBr Hl d) HBr >
HÓ > Hl a) aldeído acético d) acetato de fcnila
b) HCI _> Hl > HBr e) Hl HBr> HCI> b) ádd o acético e) cloreto de propionila
e) HBr > >
HI HCI c) cloreto de acctila
590 FEL TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA 591
306. (CESCEM - 71) Pela reação do brometo de etil-magnésio com um composto A e 314. (CESCEM - 71) Um composto de fórmula molecular Cs H 100, quando tratado com
posterior hidrólise, obteve-se 2 ·meti!· 3 • pentanona. O composto A é: iodo e hidróxido de sódio, dá uma reação positiva de iodofórmio. O composto deve ser:
a) cianeto de n-propila d) aldeído propiônico a) 3 - metilbutanal d) 3 - meti! - 2 - butanona
b) butirato de etila e) cianeto de isopropila b) 3 • metilciclobutanol e) 3 - pentanona
c} propionato de etila e) pentana!
307. (Univ, Fed. Fluminense - 69) Os aldeídos reagem com o ácido cianídrico dando: 315. (Fac. Ciências Médicas - GB - 69) Assinalar o item no qual todas as substâncias rela-
a) 01dmas b) purina c) pirimidina cionadas dão o teste do iodofórmio positivo:
d) ácido barbitúrico e) cianidrinas
a) CH 3 •·• CO - - CH 3 ; pentano! - 2; CH3 - CH 2 OH; formaldeído
308, (Biomédicas -- UFRJ - 71) Um composto A, reage com HCN dando B, que por hi- b) acetona; pentanol-2; CH 3 - CH 2 OH; ácido acético; (Cll3)2 - CH - CO - CH3
drólise, dá ácido lático. O composto A será: e) pentanol-2; butano; álcool etílico; formaldeído; acctaldeído
a) 1 • bromopropano d) etanal d) acetona; álcool etílico; (CH 3 h CH -- CO - CH3 ; CH3 - COH; pentanol-2
b) 1, 2 - dibromopropano e) 2 - propanal e) pentanol-3; acetona; álcool etílico ; (CH3)z - CH -- CO - CH3 ; acetaldeído
e) 2 - propano!
316. (Med. - Pouso Alegre -- 73) Para diferenciar as duas cetonas:
309. (Med. - Itajubá - 72) Qual é o composto que em reação com equivalente de NaHSO 3 ,
nas mesmas condições, apresenta maior rendimento? CH 3 - CO - CH2 - CH2 - CH3 e CH3 - CH2 - C0 - CH2 - CH3
310. (Biomédicas - UFRJ - 71) Os aldeídos reagem com hidroxilamina fornecendo: 317. (Med. - Santa Casa - 70) Acetais são estáveis em meio alcalino, porém, hidrolizam fa-
a) hidrazonas b) mdmas c) azidas d) hidrazldas e) osazonas cilmente em meio ácido aquoso. A hidrólise do acetal abaixo, nestas condições, leva à
formação de A e 2B sendo A e B, respectivamente:
311. (Univ. Minas Gerais - BH • - 70) A reação seguinte pode ser classificada como:
OR'
.,..CH3 1
CH3 - N = C, R - C - OR'
1
A + 2B
CH3
H
a) adição eletroffüca
b) substituição nucleoffüca bimolecular a) A = cetona; B = álcool d} A = álcool; B = cetona
e) •substituição eletrofílica b) A = aldeído; B = álcool e) A = álcool; B = acetona
d) adição nucleof11ica e) A = ácido; B = álcool
e) adição nucleofílica seguida de eliminação
318. (Mcd. e Cirurgia•·· RJ -- 69) Indique a expressão correta:
3Í2. (Biomédicas - UFRJ - 71) Reagindo propanona com cloreto de etilmagnésio, tere- a) todos os aldeídos dão condensação de tipo aldólico
mos: b) para que um aldeído dê condensação do tipo aldólico, é necessário que tenha mais
a) 2 metil • 2-butanol d) butanal de 3 carbonos
b) 2 meti! -1-butanol e) 2-pentanona e) para que um aldeído dê condensação do tipo aldólico, é necessário que tenha um
e) 2 pentano! hidrogênio em posição alfa
d) somente o acetaldeído dá condensação do tipo a!dólico
313. (CESCEM - 65) Reagindo-se um composto X com iodeto de metil-magnésio, obtém- e) não são os aldeídos que dão a condensação de tipo aldólico e sim os glicóis
se um álcool aromático que pode ser desdobrado cm isômeros ópticos e não pode ser
oxidado sem quebra de cadeia. Dos compostos relacionados abaixo, o único que pode 319. (Fac. Nac. Med. - RJ ·-· 68) Indique o aldeído que tratado com base não dá conden-
ser X é: sação aldó!ica.
a) benzoato de etila d) metilfenilcctona a) (CH3l3C - CH2 • CHO d) CH3 • (CH2h • CHO
b) benzaldeído e) etilfenílcetona b) (CH3hCH • CH(CH3) • CHO e) CH 3 • (CH2h • CH(CH3) • CHO
e) difenilcetona e) (CH1hCH • C(CH~h • CHO
692 FEL TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA 593
320. (EE São Carlos - 68) Um composto de fórmula C6 H120 apresenta isomeria ótica. 326. (Med. e Cirurgia - RJ -- 68) As cetonas dão, com o reativo de Schiff,
Quando reduzido por hidrogênio esté composto se transforma em álcool secundário. a) cor vem1elha d) álcool secundário
Qual dos nomes abaixo representa o composto: b) precipitado preto e) explodem
a) 2 - hexanona d) hexana! c) não reagem
b) 3 - meti! - pentanona e) 2 - mctil - 3 - pentanona
e) dimetil - butanona 327. (Biomédicas - UFRJ - 71) Qual dos compostos abaixo dá reação de Schiff positiva:
a) propano! d) propanóico
321. (PUC -- SP - 72) Podemos distinguir um aldeído de uma cetona, mais facilmente, por b) propanal e) metano-oxi-etano
meio de: e) propanona
a) redução ou reação com composto de Grignard
b) reação com hidroxilamina ou reação com fenil-hidraziru. (CESCEM -- 68) As duas questões a seguir se relacionam com a seguinte informa-
e) reagente tle Tollens ou reagente de Fehling ção: Um composto A reage com bromo, somente em presença de ferro, dando um com-
d) rcaçao com cianidrcto ou reação com bissulfito de sódio posto B, que com magnésio metálico fornece um oomposto C. O composto C reage
e) reação com amoníaco ou reação com pentacloreto de fósforo com acetaldeído fornecendo, após adição de tÍgua, um composto D, o qual com sódio
metálico desprende hidrogênio.
322. (.Mcd. - Santa Casa -- 73) Quais das reações abaixo representa MAIS CORRETAMEN-
TE a reação entre um aldeído e a solução amoniacal de nitrato de prata? 328. O composto A é:
~º
a) R - C ;:.,- + 2 Ag(NHJ>20H ➔ R - C ;,,-
/-0
+ 2 Agº + 4 NH3 + H20
a) benzeno
b) etileno
d) acetileno
e) bu tadicno
"H -.....OH c) metano
✓-º + 2Ag(NH3)zOH ➔
d) R - C:::
.130. (Med. - UFRJ -- 69) A substância A de fórmula CsH120 origina por oxidação CsH1oO
que dá reação halofórmica e que reage com a fenilhidrazina. A substância primitiva de-
H sidrata-se pela ação do H2 S0 4 formando hidrocarboneto CsH10 qu~, oxidado, dá ori-
gem à acetona. A substância A é:
a) metil - 3 • butano! - 1 d) metil - 2 - butano! - l
b) mctil - 3 - butano! - 2 e) pentano!· 2
e) metil - 2 • butano! - 2
323. {Esc. Médica -- RJ - 71) Empregado no licor de FL,hling como estabilizador dos íons
cúpricos: 331. (Fac. Nac. Med. - 70) Um composto A dá reação de Schiff positiva e reage com obro-
a) glioxal b) ácido tartárico c) ácido crotônico mo a frio, dando precipitado amarelo. A tratado com permang-Jnato, dá como produ-
d) tartarato ácido de potássio e) tartarato duplo de sódio e potássio to único o ácido oxálico. O composto A será:
a) buten - 2. - diol d) buten - 2 - dia!
324. (Med. - Taubaté -- 73) Tratando-se uma cetona com KMn04 em meio ácido, houve e) oxalaldcído
b) butcn - 2 - ai
formação de ácido acético, ácido propiônico e ácido butírico. A cetona é:
e) propcn - 2 - nl
a) dictilcctona d} etilpropilcctona
b) dipropilcctona e) etilbutilcctona 332. (Univ. Fed. Fluminense - 70) Das reações ab,úxo aprcscnladas, qual Jclas poderia ser
e) metilbutilcetona utilizada para a identificação de uma mctil•cctona:
- Ni
a) H3CCOCH3 + H2
325. (Biomédicas - UFRJ - 71) O pentacloreto de fósforo transforma o aldeído propiô-
níco em: b) H5C2COCH3 + PCls - - - ~
a) cloreto de propionila d) 1, 1 • dicloropropano e) HsC2COCH3 + NaOH + 12
b) aldeído alfa beta dicloropropíônico e) propanopcrclorado d) H3CCOCH 3 + HgZn/HCI
e) aldeído alfa alfa beta beta tctracloropropiônico
594 FEL TRE - SETSUO OUiMICA ORGÂNICA 596
333. (Med. e Cirurgia - RJ -· 69) Da reação entre formo! e amoníaco obtém-se: 339. (PUC - SP -· 70) Um composto A tem por fórmula molecular C4H9Cl. Ao ser tratado
com KCN, fornece um composto B. Na hidrólise de B obtém-se um ácido carboxílico
a) metilamina d) hexamctilenotetramina
C, que não pode ser clorado na posição alfa. O ácido carbox11ico C será:
b) dimetilamina e) trimctilenotetramina
e) trimctilamina a) butanóico d) alfa-dimetilpropanóico
b) pentanóico e) beta-metilbutanóico
334. (Med. - Santa Casa •.- 70) A transformação do iílcool etfüco cm acctuldcído é uma e) alfa-clorobutanóico
. . . . . . . . . . . . . A reação deve ser realizada destilando-se o aldeído que ~e forma
porque o . . . . . . . - , ... - . pode ser obtido do aeetaldeído, no mesmo meio de 340. (Med. e Cirurgia - RJ - 68) O ponto de fusão elevado do ctanóico cm relaçãc, a ou-
reação. O úlcool etílico tem ponto de ebulição . . . . . . . . . . . . . . . . . do que o tros ácidos da série, ao lado de outras particularidades, explica-~e pela formação de dí-
acctaldeído devido a prescn~•a de pontes de hidrogênio . . . . . . . , . _ . __ .. mcros, através de:
a) oxida~•âo, ácido acético, maior, intermoleculares a) ponte de H d) hibridação
b) oxidação, álcool etílico, menor, inkrmolt•cularcs b) troca de détrons e) reação de adição
e) redução, ácido acético, maior, intramolcculares e) partilhução de elétrons
d) redução, álcool ctfüco, menor, intermoleculares
e) oxidação, ácido acético, menor, intramoleculares 341. (Univ. Fcd. -· MG - 67) Qual dos ítens indica corretamente a ordem decrescente de
de acidez das estruturas: •
335. (CESCEM - 67) Em cada uma das afirmações abaixo temos, ~ucessivamcntc, uma re-
ferência a um método de obtenção da acetona e duas sobre as suas propriedades. Assi- OH COOH COOH
nalar qual delas é inteiramenk correta:
a) por pirólise do sal de cálcio de ácido butírico; é inflamável e miscívc.l com água
b) por oxidação -catalítica do isopropanol; dissolve o clordo de sódio e não é infla-
@~ @ HOOC - COOH
mável COOH
(1) (2) (3) (4) (5)
e) a partir do acetileno; forma urna osazona e por hidrogenação catalítica forma o
n-propanol
d) por pirólise do ácido propiônico; não é miscível com água e reduz o reativo de
a) 5 >4>3>2>1 d) 5 >4 >2 > 3 > l
To!lens b) 2 >5 >4 >3 >l e) 2 >3 >1 >5 >4
e) por pirólisc do etanoato de cálcio; dissolve bem os vernizes e reage com iôdo cm e) 5 >2 >3 >4 >1
meio alcalino.
]42. (Fac. Nac. Mcd. - 70) O processo mais simples e eficiente para transformação do ácido
336. (Biomédicas-· UFRJ - 71) Qual das substâncias abaixo dá a reação de Cannizzaro: bcnzóico em seu anidrido, consiste em:
a) propano! d) bcnzaldcído a) refluxar com anidrido acético
b) propanal e) todos eles b) refluxar com c_loreto de cálcio anidro
c) propanona e) aquecer cm cápsula de porcelana para eliminação de água
d) desidratação pelo ácido sulfúrico concentrado
e) reação do sal sódico com o halogeneto de alquila
CAPITULO 15 - ÁCIDOS CARBOXÍLICOS
J43. (Fac, Ciências Médicas -- GB -· 70) Se submetermos uma mistura de etano, etanol, ace-
337. (Med. e Cirurgia - RJ - 70) Pelo sistema de nomenclatura formulado pela !UC (lntcr- taldcído e ácido acético à oxidação prolongada pelo iwrmanganato de potássio, devemos
national Union of Chemestry) o carbono l de um mono-ácido saturado é o: obter, no final da reação:
a) CH3 terminal d) o ligado a uma ramificação a) etano, acctaldddo e ácido acético d) etano e ácido acético
b) designa do carbono alfa e) qualquer deles b) ácido acético e) nenhuma das respostas anteriores
c) do grupo carboxila c) etanol, acetaldeído e ácido acético
338. (Med. • UFRJ - 69) Partindo-se do n-pentanol, foram realizadas as seguintes opera- 344. (Med, - Santa Casa - 66) Os ácidos carboxfücos sob a ação de pentóxido de fósforo,
ções: l - Refluxo sobre PC1 5 , 2 - Destilação;3 - Reação com magnésio em solução transformam-se em:
etérea (éter etfüco), 4 -- adição de gelo seco (fonte de CO2). O produto obtido foi: a) haletos de acíla
a) pentanóico d) hexanóico b) éstcrcs de ácidos carboxílicos
b) pentanoato de etila e) butanóico e) anidridos de ácidos carboxílicos
e) pentanona d) sais de ácidos carboxílicos
696 FEL TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÃNICA 697
345. (Med. e Cirurgia RJ 69) O ácido acético, sob ,; açfo de cloreto de tionila, trans- 353. (Univ. Fed. Flumincnlt" 70) Na obtenção do anidrido ftálico podemos lançar mão
forma-se t·m: dos r,·ag,'ntcs:
aJ áddo monocloradtico d) aldddo acético a) anidrido acético e naftaleno
b} ácido dicloracético d clordu de acdila b) anidrido acético e ftalimida potássica
e) ácido tric!orai.:ético e) anidrido arsenioso e bi ftalato de potássio
d) oxidação do o-xileno com pentóxido de vanádio
346. (Bio1m(dica, UFRJ 71) O ácido propiimieo rc,1i:indo com diazomdano produz: e) benzeno + ácido sulfúrico
a) propanoazomct:rno d) propionato de metil:i
b) propionilazida d mdilpropilamina 354. (Biomédicas Univ. GB - 71) Um dos medicamentos que obtiveram maior sucesso
e) N - melilpropionamida na moderna terapêutica foi, sem dúvida, a asririna que é a mesma coisa que:
a) o ácido tiossalicílico
347. (r.fod. e Cirnrgfa --- lU 68) Os bet.1-edo-áddos tl'm analogi., de comportaJn.'nfo com b) o áddo acdil-salicílico
as bl'la-dkctonas: c:keompôcm-se com perda de C0 2 pdo calor l\ assim, o ácido lléta- e) a acctanilida
ceto-butírico (ou áddo di:,cético) dá ocigcm a: d) o ácido para-amino-bcnzóico
a) propanona d) ácido lático e) nc:nhuma das ~ubstâncias citadas
b} ácido malônico ~) nenhum deles
e) ácido s11ccínico
H- C
~ 0-H
/D e
1
364. O reagente 1 chama-se:
H a) ácido orto-toluico d) anidrido para-toluico
obteve-se um éster e água. Verificou-se que as moléculas de água continham átomos de . b) álcool bendlico e) ácido 4 - meti! - benzóico
oxigênio radioativo (isótopo 180). Com base nessa informação pode-se prever que o c} ácido salicílico
isótopo 18 0 estava presente SOMENTE no ou nos:
365. Assinale qual das afirmações abaixo, relativas ao produto II, é FALSA:
a) oxigênio (D d) oxigênios CD e @
a} ele é um homólogo do benzoato de metila
b) oxigênio 0 e) oxigênios (D e Q) b) ele tem fórmula molecular C11H14O:2
e) oxigênio Q) c) ele é um isómero do ácido 2 - fenil- pentanóico
d) ele é oticamente ativo
360. (Mcd. · · Taubaté - 72) Nas seguintes reações de csterificação: e) ele é isômero da 1 - hidroxi - 2 - fenll - pentanona - 3
A) ac1'do acet1co
' • + n-b utuno l H2S0 4 i acetato de n-b ut1·1 a + agua'
366. (Univ. Fed. Fluminense - 70) O cloreto de 3, 5 - dinitrobenzoíla, reage com o n-buta•
' 'd o acchco
B) ac1 '. + sec-b utano I --=-------'-+
H S0
2 4 acetato de sec-b uti·1a + agua
'
nol, formando:
C) ácido acético + terc-butanol " 2 804 acetato de terc-butila + água a) ácido 4 - butil - 3, 5 - dinitrobenzóico d) cloreto de 3, 5 - diamino - benzoO.
A ordem de facilidade das mesmas será: b) butanoato de 3, 5 - dinitrobenzoíla e) benzeno + propano
e) 3, 5 - dinitrobenzoato de butila
a)A>B>C d) A> C > B
b) B C> > A e) C > >
B A
e) B >A> C 367. (Med. - Santa Casa - 70) Do ponto de vista teórico, a hidrólise aquosa dos ésteres po-
deria processar-se através de uma cisão alquila-oxigênio como por uma cisão acibt-o,d•
361. (!TA -- 71) Na preparação cm laboratório do acetato de etila a partir de álcool etílico gênio.
e ácido acético, usa-se uma solução de carbonato de sódio: .,,_O
R-C
a) para ca !alisar a esterificação -...O - R'
b) para impedir a saponifinição
e) para dissolver o acetato de etila formado Constata-se que os ésteresê. em sua maioria, quando submetidos a tal reação cm ÍJUI
d) para remover o excesso de ácido do acetato de ctila formado enriquecida pelo isótopo 1 O produzem ácidos Íicos em 18 0. Tendo em conta que nem
e) para minimizar a ocorrência de reações paralelas indesejáveis o ácido, nem o álcool, depois de formados permutam oxigênio com a água enriqL1Dcld1
em 18 0, pode-se concluir que, na sua maioria, os ésteres sofrem uma cisão.
362. (Biomédicas - UFRJ • 71) Qual dos ácidos abaixo formaria éstcr com anidrido acé- a) aJquila -- oxigênio
tico: b) acima - oxigênio
a) ácido aceti!acético d) ácido lático e) alquila - oxigênio seguida de acib1 oxigênio
b) ácido oxaloacético e) ácido malônico d) acila - oxigênio seguida de alquíla oxigênio
c) ácido i:,-irúvico e) b e d podem ocorrer
FEL TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA 601
368. (ITA - 68) Pela ação de hidróxido de sódio sobre o composto 375. (Mcd. - GB - 66) O ácido malônico, mesmo depois de ter 2 carboxilas esterificada1,
H3C -- CH2 -- CH2 ... Ç --- O CH2 - CH3 fonnam-sc: ainda tem propriedades ácidas porque:
o a) tem grupamento metilênico ativo d} tem ligação tripla
a) ácido butanóico e álcool metílico b) possui mais carboxilas e) tem grupamento fcn61ico
b) butanoato de sódio e á.icool etílico c) possui hidroxilas
e) butanoato de sódio e etilato de sódio
d) butanal e ctanal 376. (Fac. Nac. Med. - 70) Iodeto de etila submetido a síntese malônica dá origem a:
e) álcool butílico e acetato de sódio a) etanóico d) pentanóico
b) propanóico e) isopen tanóico
369. (PUC - SP 70) Aquecendo-se 2,64 g de um certo éskr com 50 mi de solução aquo- c) butanóico
sa 1,0 normal de NaOH, consegue-se obt,·r hidrólise rnmplda desse composto. Estando
cm excesso hidróxido de sódio, foram necessários 20 mi de solnçfo 1,0 normal de IICI 377. (Biomédicas - UFRJ - 71) Reagindo sódio-malonato de dietila com A, tibtém-se com-
parn completa neutralização. O éstcr hidrolisado 6: (li~ l; C; 12; O; 16)
posto que por aquecimento a 100°, em presença de ácido sulfúrico, fornece ácido bu,
a) formiato de: propila d) formiato dl' lllL'tila tírico. O composto A será:
b) acetato de propila e) formü1to de etila a} monoclorometano d} cloreto de acetila
e) propanoato de ctila b) monocloroetano e} cloreto de propionila
e) monocloropropano
370. (Med. ~ Cirurgia - RJ - 68) Um ~stcr r,•agindo com halogeneto de alquil-magnésio pro-
duz; 378. (Med. -· UFRJ - 69) A hidrólise ácida do metilacetoacetato de etila fornece:
a) álcool primário d) aldeído
a) ácido metilacetoacético + etanol
b) álcool secundário e) cetona
b) 2-butanona + COz + etanol
·e) iílcool terciário
e} ácido acético + propionato de etila
d) ácido acético + etano + COz + etanol
371. (Mcd. -- Pouso Alegre - 72) Os éstcrcs reagem com o reagente de Grignard d:111do um
e) acetato de etila + ácido propiônico
produto que, após hidrólise, fornece:
a) álcool prim:írio d) aldeído
b) álcool secundário e) ácido carbox11ico
e) álcool terciário
CAPliULO 17 - COMPOSTOS HALOGENADOS
372. (JlhJtn~dicas -- UFRJ - 71) A reação: 379. (FFCLUSP - 67) O nome do composto
ACETATO DE VlNlLA + PROPJONATO DF MF.TILA ➔ ACETATO DE Ml:Tl-
LA + PROPIONATO DE VINILA é chamada de: <?13
a) transposiç:io
H3C - CH = 9- e - CHz - CH2a é:
d) cpimcrização C3H?
b) isomcrizaçiio e) trans--e sterificaç:io
e) alcoó lisc a) 6 • cloro: 4 metil - 3 - propílhexeno - 2
b) cloreto de 4 - meti!· 3 - propil - hexan - 2 - ila
373. (Fac. Nac. Mcd. - RJ - 68) A transformação de ácido ac.Stico cm anidrido acético c) cloreto de 3 - me til - 4 - propil - hexen - 4 - !la
exige sua transformaç..io pr.Svia cm: d) 1 - cloro - 3 - metil - 4 - etiliden - heptano
a) ácido acctoacético d) .ícido cloroat,:tíco 380. (Med. - Santa Casa-· 70) Ordenar as moléculas abaixo em ordem crescente da densi-
b) ac,•tato de ctila e) cloroacctato de ctila dade eletrônica do átomo de carbono:
e) c1 or,· to de acd ila
H1 H H Cl H
374. (Mcd. --- GB - 66) O cloreto de acctila tratado com água dá: '
H-C-Cl; H-C-H; '
C}-C-CI;
1
Cl-Ç-CI;
1
Q-C-Q
a'
1
H'
1
a) ácido acético H H C1
b) etanol (1) (II) (Ili) (IV) (V)
e) anidrido acético a) II, 1, V, III IV d) II, I, III, IV, V
d) aectaldc ído b) I, II, III, V, IV e) IV, V, III, I, II
e) esta reação é impossível e) 11, 1, III, V, IV
602
381.
FEL TRE - SETSUO
(CESCEM - 70) Etanol pode ser convertido em cloreto de etila pelo processo se-
QUIMICA ORGÂNICA
387. (Univ. Fed. Fluminense - 68) Fazendo-se reagir iodeto de etila com amálgama de sódio 394. (Med. - Santa Casa - 73) Novocaína (procaína) tem fórmula bruta C13H20N2O2 e fór-
obtém-se: mula estrutural
a) iodofórmlo
b) iodo nascente
c) ácido iodídrico
d) um composto organo metálico
e) o iodeto de metila não reage com
amálgama de sódio
H2N -@
o - ~
O
,..,..-c2Hs
O - y - y - N....__
H2 H2 CzHs
104 FEL TRE - SETSUO QUfMICA ORGÂNICA 605
Portanto é um composto que apn:scnta em sua molécula as funções: 400. (Univ. Campinas - SP -- 67) Uma solução aquosa de dietilamina tem cheiro caracterís-
a) éster, amida primária, amina secundária tico desagradávd. Este cheiro desaparece tratando-se a solução com ácido clorídrico:
b) éter,, amina primária, ·amida terciária a) por que se forma danol
c) cetona, amina primária, amida secundária b) porque se forma cloreto d~ etila
d) éster, amina primária, amina terciária e) porque se forma hidróxido de amônio
e) éter, amida primária, amida secundária d_) porque se forma etano
e) porque se fom1a cloreto de dietilamônio
395. (Med. - Santos - 71) O número de aminas que tem como fórmula C4 H 11 N é:
a) 2 b) 3 c) 4 d) 6 e) 8 401. (Med. - l\lanlia --- 69) A diminuição das proprk•dades básicas das aminas tcrciárius é
devida, com maior probabilidade:
396. (PUC - SP -- _71) "Uma amina é caracterizada pela presença do(s) grupo(s) funcional a) ao aumento da densidade eletrônica cm volta do útomo de nitrogênio como conSl!·
(is) . . . . . . . . . . . . . . e possui caráter . . . . . . . . . . . . dada sua scmdh,mça qüência do efeito indutivo dos radicais alquila que rcp~l~m eiétrons
com . . . . . . . . . . : . . . . . '" b) à diminuição da densidade clctrônica em volta do átomo de nitro~ênio como consL~
Completamos essa frase com: qüência do efeito indutivo dos radicais alquila que atraem elétrons
a) -Nl-12 , ácido, os ácidos do nitrogênh e) a um cfoito cstérico que aumenta com o tamanho dos radicais alquila ligados ao
b) -Nl-1 2 , básico, o amoníaco nitrogênio
d) as aminas terciárias possuem maior basicidade <lo que as primárias e secundárias
e) -•NH2 , ;:: NII ou ;i' N, anfótero, os compostos do nitrogênio e) nenhuma das alternativas anteriores
d) -NH2 , ;:: NH ou ;l N, ácido, os ácidos do nitrogênio
e) -NH2 , ;:: NH ou ;l N, básico, o amoníaco 402. (CESCEM •- 71) Considerando-se as seguintes substância~:
[) metilamlna
(ITA - 73) As duas perguntas seguintes referem-se aos compostos: li) amônia l
Ili) anilina
~-m,-ou IV) íon amideto
a seqüência que corretamente exprime a força das bases acima é:
a) Iv>1>n>m d) lH > I > II > IV
Cl b) I > li > III > IV e) IV > >
> III lI I
(1) (II) (III) e) II > Ili > IV > I
(IV) (V)
397. Qual das afirmações abaixo é VERDADEIRA? 403. (FEI - 68) Na reação do cloreto de propila com amônia:
a) forma-i;e nitrila
a) os compostos III e IV têm caráter básico
b) os compostos l e II têm caráter neutro b) formam-se aminas primárias, secundárias e terciárias
e) formam-se arnina secundária e arnida
e) os compostos I e IV têm caráter ácido
d) forma-i;e somente amina secundária
d) somente o composto V tem caráter básico
e) somente o composto III tem caráter ácido
404. (Univ. Fed. - MG - 68) A mctilação exaustiva de metilamina produz;
398. Qual das afirmações abaixo é FALSA? a) o íon dimetilamônio
b) trimctilamina
a) o composto IV pode ser obtido de V, por uma reação de oxidação
e) tctrametilamina
b) o composto II pode reagir com bromo, numa reação de adição
d) tetrametilhidrazina
c) o nome do composto I é para-hidroxi-etilbenzeno
e) o íon tctrametilamônio
d) nenhum dos compostos, de I a V, é gasoso na temperatura e pressão ambientes
e) o composto III é isômero da orto-propíl-anilina
405. (Biomédicas - UFRJ --· 71) Por aquecimento do hidr6xido de tetractilamônio
(135ºC) fonna-se:
399. (Med. - Santa Casa - 66) As aminas reagem com ácido -~orídrico, formando; a) etano + NH3 d) trietilamina + etanol
a) umid\ls e) cloridratos de amina b) etano + eteno + NH3 e) trictilamina + eteno
b) cloHfominas d) iminas e) butano + NH3
aufMICA ORGÃNICA I07
606 FEL TRE - sersuo
406. (Univ. Fcd. Fluminense - 70) O tratamento do isocianato de ctila em meio alcalino, 413. (Biomédicas - UFRJ - 71) Fenilamina a 0ºC reage com ácido nitroso (nitrito de IÓ·
fornece: dio em meio clorídrico) para dar origem a:
a) etano-nitrila d) carbamato de ctila a) sal de benzeno diazônio d) fenilhidrazina
b) etilamina e) uréia + metano b) benzeno azo benzeno e) todas as n,spostas estão erradus
e) etanoisonitrila c) benzeno + N 2
407. (Med. e Cirurgia - RJ -- 68) Um composto A reagindo com hidróxido de potássio dá 414. (Fac. Nac. Med. - RJ - 68) A reação da beta naftilamina com o nitrito de sódio cm
B. B reagindo com derivado halogenado fornece um composto C. C sendo hidrolisado meio clorídrico nas proximidades de zero grau centígrado, dá origem a:
em meio alcalino fornece uma amina. O composto A será: a) naftol beta d) diazotato de sódio
a) anidrido ftálico d) ftalil-amida b) naftaleno e) nenhum deles
b) ácido orto-ftálico e) nenhum deles e) cloreto de naftaleno diazônio
e) ftalimida
415. (Mcd. - Santos -- 72) Tratando-se a anilina com ácido nitroso, obtém-se:
408. (Univ. Fed, Fluminense -- 69) Quando tratamos uma amina primária pelo clorofórmio a) ciclo butano e água
em meio alcalino vamos obter: b) fenol e água
a) uma carbilamlna d) uma amida primária e) fenol, água e gás nitrogênio
b) uma nitrila e) um amino-ácido d) somente fenol
e) uma amina secundária e) mistura de fenol e amina secundária
409. (Biomédicas - UFRJ - 71) Das substâncias representadas abaixo, qual delas, por re- 416. (Biomédicas - UFRJ - 71) A reação do sulfato de benzeno diazônio com brometo
dução se transforma em fenllhidrazina: cuproso na presença de excesso de ácido bromídrico dá orig~m a complexo que se de·
a) C6HsNE±:),= N •• d) C6 H5 - NH - NH -- C6 H5 compõe por aquecimento (Sandmeyer), fornecendo:
=
b) C6Hs - N N - C6Hs e) nenhuma delas a) bromobcnz.eno d) difenilhidrazina
c) C6Hs - CH = N - OH b) benzeno azo benzeno e) substância diferente
c) fenilhidrazina
410. (Biomédicas - UFRJ - 71) Qual das substâncias reage com o cloreto de benzeno
sulfonila para dar produto insolúvel em solução alcalina diluída (teste de Hinsberg): 417. (Biomédicas - UFRJ - 71) Das fórmulas abaixo qual delas corresponde a azo com·
a) metilamina d) trimetilamina posto:
b) fenilamina e) nenhuma delas a) C6HsN+ N =
c) metilfenilamina b) C6Hs - N =N -C6Hs
e) C6 H5 - NH • NH - C6Hs
411. {Med. -- Itajubá - 69) A reação das aminas com ácido nitroso é imporatnte para dife- d) C6 H 5 - CH =N - NH • C6Hs
renciá-las:
e) C6 H5 - CH =
N -- OH
a) as primárias libertam nitrogênio, as secundárias não libertam e as terciárias não
1eagem 418. (Biomédicas - UFRJ - 71) O alaranjado II - sal de sódio do produto resultante da
b) todas reagem
ação do ácido sulfanílico diazotado sobre o naftol beta é um:
e) as terciárias libertam nitrogênio, as secundárias não libertam nítrogênio e as p1imá-
rias não reagem a) composto do diazônio d) hidrazida
d) as secundárias não reagem, as primárias libertam nitrogênio e as terciárias reagem sem • b) azo composto e) composto diferente
libertar nitrogénio e) diazocornposto
e) esta reação não serve para diferencia-las porque uma das aminas não reage com o
ácido nitroso
419. (ITA - 71) Assinale a única afirmação correta, relativa a fenilarnina.
412. (Med. e Cirurgia - RJ - 69) Das amlnas abaixo relacionadas, a que não reage com o a) muito solúvel em água
ácido nitroso: b) gasosa nas condições ambientes de temperatura e pressão
a) metilamina d) difenilamina e) pode ser obtida por redução do nitrobenzeno
b) dimetilamlna e) trimetilamina d) tem caráter ácido acentuado
e) fenilamina e) quando pura tem cor vermelha característica
608 Fl'l TRE - SETSUO QUIMICA ORGÂNICA 609
420. (Fac. Cic-ncia, Médicas -- GB 69) A anilina é praticanwnt<, insolúvel cm água, mas 426. (Med. - ltajubá - 69) As amidas e as aminas têm caráter respectivamente:
cxtremanwnlL' ~olúvd no benzeno. Ela pode, porém, wr facilmente separada deste últi- a) básico, ácido d) neutro, neutro
mo compo1to trat~ndo-se a mistura com ácido clorídrico diluído. Isto ,e dá porque: • b) básico, neutro e) neutro, básico
a) a anilina sofre dccompmição e) básico, básico
b) o benze 110 <, atac.ido pelo ácido clorídrico diluído
e) a anilincl possui grupamcntos polares eclipsado, que são ativados nas condições ,ics- 427. (Biomédicas -- UFRJ -- 71) O aquecimento da bcnzamida com solução diluída de ,íci-
critas acin1~\ do sulfúrico dá origem a:
d) há forma,c:io d, um ,ai de anilina quc-, por sua natureza polar, é solúvel em água e
0
a) benzeno d) ácido bcnzóico
insolúwl 110 benzeno b) bcnzalde ído e) tolueno
e) form;1-w cloridwto de anilina que, ,cndo extremamente volátil_, pode ,n separado e) álcool bcnzílico
por dc,tíbção
428. (Med. e Cirurgia - RJ 68) O principal produto de reação entre amida e ácido nitro-
AMIDAS so é:
a) álcool d) amina
421. (Univ. Fc·d. Fluminrn,c - 70) As amidas podem ser consideradas como resultantes de: b) ácido e) nitrila
a) substitui1·ão de um, dois ou três hidrogénio, do amoníaco por um, dois ou três radi- e) sal de diazônio
cais alquib
b} substituíç-ão de uma, duas ou mais hidroxilas de um poliol por grupamentos NO 2 429. (Fac. Nac. Med. - RJ 68) Por degradação de Hoffmann as amidas transformam-se
e) substituíçiio de u1n, dois ou três hidrogênios do amoníaco por um, dois ou três ra- em:
dicais adia a) amidas com I átomo de carbono a menos
d) reaçSo da amônia com, os anidridos de ácidos b) imidas
e) substituição do hidrugé•nio ácido de um carxilácido por alquilas ou aritas e) aminas primárias
d) aminas secundárias
422. {Med. e Cirurgia - RJ --- 70) Podemos preparar amidas: e) diferente
a) Pela destilação seca dos sais de amônio correspondente.,
b} pela ação da amónia so brc um és ter 430. (Fac. Nac. Med. - RJ - 70) O tratamento, a quente, de um produto do tipo RCONH 2
e) pl'la ação da amónia sobre um anidrido com hidróxido de sódio e bromo leva à formação de uma:
d l nenhuma delas a) bromoamida d) imida sódica
e) todas elas b) bromoamina e) hidrazida
e) amina primária
423. (Biomédicas - UFRJ - 71) O aquecimento a 150°C do acetato de amónio, em meio
acético, fornece; 431. (Med, e CirurgiaRJ - 69) A redução de amida pelo hidreto de lítio-alumínio con-
a) anidrido acético d) aldeído acético duz à formação de;
b) acctamida e) não se decompõe a) imida b) imina e) amina
e) nitrila acética d) atcano + amoníaco e) ácido carbâmíco
424. (Med. - Santos - 72) Da reação de acetato de fenilo com gás amoníaco resultam: 432. (Med. e Cirurgia - RJ 69) Da reação entre uma amida e o pentóxido de fósforo, a
aJ ácido acético e nitro benzeno dJ acetato de etila e nitro benzeno quente, obtém-se:
b) etanamida e ácido fênico e) não há reação a} ísonitrilâ + ácido ortofosfórico (H3PO4)
e) etanan1ida e nitro benzeno b) nitrila + ácido metafosfórico (HPO 3)
e) ácido carboxílico + fosfato de amônio
425. (Fac. Nac. !lfod. RJ 70) A transformação de um ácido em cloreto de acila como d} imina + trióxido de fósforo (P 2 03)
etapa intermediária na preparação de amida é:
e) não reagem nestas condições
a) indisp~nsável, pois não há outro meio de preparar a amida
b) recomendável, pois mais valem duas etapas fáceis que uma etapa difícil e de baixo
rendimento 433. (CESCEM - 71) Os estafilococus atacam o ácido p-aminobe11zÓíco que existe nor-
e) totalmente dispensável pois a transformação é igualmente fácil e eficiente malmente no organismo humano. A sulfanilarnida que os combate, é semelhante ao
d) usada apenas para amidas de aminas aromáticas ácido p-aminobenzóico em tamanho, forma e propriedades. Levando em conta estes
e) usada apenas quando o ácido, ou a amina, ou ambos são excessivamente voláteis dados, qual é a estrutura da sulfanilamida?
610 FEL TRE - SETSUO QUIMICA ORGÂNICA 611
~
b) o átomo de hidrogênio do grupamento imida é ativado pelos grupos earbonila e
© r§í"\~~' ~
NH,
dissocia-se como próton
c) há dissociação de um próton do carbuno alfa e de um do carbono beta, devido a
1o NH2 O~NH2 O~Nll2 OS1'11 1
1 j
o
2 atru<;ão exercida pelo grupamento imida
d) a pergunta cst:í mal formulada, pois a succinimida, como todas as imidas, têm ca-
o o o o
r,íter neutro
(a) (b) (e) [di (e)
e) a pergunta esta mal formuh1da, poh a succinimida tem, cvídentemcnt~, caráter básico
434. (Mcd. S:111ta Casa 69) Tendo em cont,i as duas rcaçfü·s seguintes: 4 .l<J. (Mcd. - UfRJ - 69) Qual das substâncias abaixo é uma urctana:
a) ácido carbônico d) carbamato d~ ctila
b) uréia e) etilur,qa
e) acctilurcida
•140. (11-fod - Ul'RJ - 69) Entre os derivados da uréia, de grande importância em Medicina,
encontramos:
Podemos diz~r que: a) sulfonamidas d) cardiotônícos
a) os compostos 1 e 3 correspond~m ao carbamato de amônio b) barbituratos e) msc ticidas
e) antibióticos
b) os compostos 2 e 3 correspondem à uréia
c) o composto 3 será carbamato de amônio e o 2 uréia 441. (Med. e Ci.rurgia .. RJ ·- 69) Os barbituratos podem ser obtidos fazendo-se reagir:
d) o composto 2 será uréia e o 3 a guanidina
a) ácido rnalônico + formo! d) ácido acctm1cético + uréia
e) nenhuma das respostas é corrda
b) ácido malônico + urotropina e) ácido aminopropiônico + formo!
(PUC - SP - 70) O ácido nitroso wagc, cm meio aquoso, com uréia. As duas ques- e) ácido malônico + uréía
tões seguintes dizem rcspdto a aspcctos dessa r<:ação: 442. (Biomédicas•- UFRJ - 71) O ácido barbitúrico proveniente da r~a~fo cntn, malona-
lo de etila e a diamida carbônica é uma:
435. Sabendo-se que dessa rt'ação resultam dois gases, pode-se afirmar que eles são:
a) uri:tana d) ureida cíclica
a) NH3, CO2 d) CO, N2 b) url'ina acíclica e) todas as respostas estão crri1aas
b) NH3, N2 e) CO, NB' 3 l") ureina cíclica
c) N2, CO2
NITRILAS - ISONITRILAS - NITROCOMPOSTOS
436. Se a quantidade de uréia utilizada na reação corresponder a 0,20 rnoks, processando-se
a reação totalmente, o volume gasoso, nas condições norma11 de T e P, será:
44J. (CESCEM - 68) Submetendo-se o composto H5 C2 •CN a uma hidrólise com ácido
a) 8,9 litros d) 17,9 litros clorídrico aquoso, obtém-se:
b) 13,4 litros e) 22,4 litros
a) álcool etílico e desprende-se ácido cianídrico
e) 4,5 litros
b) ácido propanóico e desprende-se amônia
437. (Esc. Médica -- RJ - 71) A uréia, aquecida a lS0ºC, se condensa com desprendimento e) cloreto de etila e desprende-se ácido cianídrico
d) etano e desprende-se ácido cianídrico
de gás amoníaco, produzindo um composto chamado:
e) ácido propanóico e forma-se cloreto de amõnio
a) hipobromito d) ácido barbitúrico
b) ácido propanodióico e) cianato de amõnio 444. Itajubá - 72) Seja o seguinte caminho de reações:
e) biurcto KCN H+
Cll3 - Br y
refluxo
438. (Biomédicas - Univ. GB - 71) A succinimida, cuja fórmula está abaixo representada,
tem caráter ácido porque; Y é igual a:
-C=O a) acetonitrila d) ácido acético
'-. NH b) ctilamina e) álcool etílico
/ e) anidrido acético
-- e= o
812 FEL TRE - SETSUO OUiMlCA ORGÂNICA 613
445. (Fac. Nac. Med. - RJ - 68) A hidratação parcial de uma nitrila conduz a: 453. (Med. e Cirurgia - RJ - 70) Pela ação do nitrito de sódio sobre o sal sódico do ácido
cloroacético, seguida de hidrólise a quente, obtém-se:
a) isociana to d) amida
b) isonitrila e) base de Schiff a) metanol d) nitrometano
e) iro.ida b) etanol e) nenhum deles
e) nitroetano
446. (Fac. Nac. Med. - RJ - 70} A alcoólise de uma nitrila produz:
a) amina d) imina
b) ácido hidroxâmico e) éster CAPliULO 19 - COMPOSTOS SULFURADOS
e) imida
454. (Biomédicas - UFRJ -- 71) Mercaptans são compostos de fórmula geral:
447. (Univ. Fed. Fluminense - 69) A hidrogenação de uma nitrila fornece: a) R3 =N d) R - S03H
a) carbilaminas d) ureidas b) R - hal e) nenhum deles
b) urelnas e) sais de diazônio c) R - SH
c) aminas
455. (Med. - Santa Casa-· 66) A fórmula da tiouréia é:
448. (Med. e Cirurgia - RJ - 69) Nitrilas, reagindo com haleto de alquil-magnésio, dão ori- e) CONH
a) CON2H4
gem a um composto B. O composto B tratado por ácido clorídrico diluído dá:
b) CSN2H4 d) CSNH
a) álc,>01 primário d) aldeído
b) álcool secundário e) cetona 456. (CESCEM - 68) Qual, entre as substâncias abaixo, provavelmente poderá ser empre-
e) álcool terciário gada como um bom detergente:
449. (Med. - Gama Filho -- GB -· 70) Compostos que obedecem à fórmula geral R - NC: a) H - COONa
450. (Univ. Fed. Fluminense - 70) Das reações citadas qual a que conduz à obte~ção de uma 457. (Med. - Santa Casa - 68) As sentenças 1, li, Ili, IV, V, VI se referem à seqüência de
carbilamina? reações simplificadas de síntese da sacarina, abaixo. Indicar a resposta que contém três
a) halogeneto de alquila + cianeto de potássio sentenças conetas.
b) halogeneto de alquila + amoníaco
c) halogeneto de alquila + cianeto de prata
d) halogeneto de alquila + carbamato de amônea
e) halogeneto de alquila + hidroxilamlna
452. (Med. - Santa Casa - 68) Nos compostos de fórmula geral R - N0 2, onde R é um 1) o composto II é formado por sulfonação do tolueno com ácido clorossulfônico
radical alcoíla ou arila, podemos dizer que: II) o .composto III é uma sulfonarnida
UI) a passagem de UI para IV é uma reação de oxidação sem redução simultânea
a) o nitrogênio se liga a um oxigênio por covalência e ao outro por eletrovalência IV) o composto V é uma imida, capaz de formar sal com HONa diluído
b) os dois oxigênios se unem ao nitrogênio por eletrovalência V) o composto V é uma unida, capaz de formar cloridrato em presença de HCI
e) um 1ios oxigênios se une por ligação covalente e o outro por ligação semipolar ou
VI) os compostos Ili e IV são sulfonaminas
dativa
d) uma das ligações com o oxigênio é feita através de dois elétrons do átomo de ni• a) VI, Ili, V d) 1, li, IV
trogênio b) II, Ili, IV e) I, II, V
e) as alternativas e e d estão corretas e} III, IV, VI
614 FEL TRE - SETSUO
QUÍMICA ORGÂNICA 615
461. tCESCEM 65) A fórmula da piridina é: 466. ( Mcd. -- Santa Casa 69) Óleos scc·ativo,:
a) ,e caracterizam pela presença de ácidos graxos insaturad·is com as dupla, liga~õc,
C) conjugadas
b) se carackrizam pda presença de ácidos graxos saturadus
e) se caracterizam p.:la prc~ença de ácidos graxo, imaturados com as duplas ligações
não conjugadas
d) indcpcndcm, quanto à sua eficiência, da posição d:is duplas ligações
e) nenhuma da, alternativas acima é wrdadeirn
o o o
~COOH
V
A afirmativa INCORRETA referente aos mesmos é:
~
~
469.
bJ hidrólise
e)_ oxidação
d) hidrogenação
'e) saponiiicação
470. (Fac. Ci&ncias Médicas - GB - 68) A oxidação de 1 g de gordura num org-dnismo hu- 4 77. (Med. - Santos - 70) O número de saponificação de um trigliceddio simples saturado
mano libera 9300 calorias. Se no nosso corpo existem 5300 g de sangue, quanto de é 189. Se o peso molecular do hidróxido de potássio é 56, o peso molecular do trigli-
gordura n6s devemos rnetabolizar para fornecer o calor necessário para elevar a tempc· cerídio será:
ratura do sangue da temperatura ambiente (25°C) até a temperatura do nosso corpo a) 3528 b) 102 e) 891 d) 173 e) 346
(37°C)? O calor específico do sangue é igual ao da água:
a) 68 g b) 6,8 g e) 0,65 g d) 65 g e) nenhuma das respostas 478. (Med. - Santa Casa - 66) Índice de iôdo é:
a) o número de gramas de iôdo adicionadas a 100 g de gordura
471. (EE Mackenzie - 69) A saponificação do triestearato de glicerila produz: b) o número de gramas de iôd~ adicionadas a 1000 g de gordura
a) monoes tearato de glícerila c) o número de miligramas de iôdo adicionapas a 100 g de gordura
b) trinitrogliccrina d) o número de miligramas de iôdo adicionadas a 1 g de gordura
e) triestearato de sódio {sabão)
d) estearato de sódio (sabão) e glicerina 479. {Med. - Santa Casa - 67) Qual dos ácidos abaixo tem um número de-iôdo (1) igual a
e) cstcarato de sódio e água 90? (1 = 127) •
472. (CESCEM - 65) Na hidrólise ácida de um óleo vegetal, obteremos sempre:
=
a), CH 3 (CH2hCH CH(CH2)7COOH (peso molecular 282)
b) sabões e glicerol
=
e) CH 3 CH 2 CH CHCH 2 CH = CHCH2CH = CH{CH2hCOO!{ (peso molecular 278)
485. (CESCEM - 70) A qLialidade de. um sabão cm remover s,:Drdu1cl\ de· 1ccido, m,1nclia· 491. (Jvkd. - Cama Filho CB 70) A fórmula CH 21':H 2 ('00ll torre.,ponuc a·.
dos rc•sul ta de sua aç:i:o:
a) tirosrna d) kucina
,1) oxidante d) cmulsif1cantc
b I fcnil-a!anina e) glícocola
hl neutralizante e) catalisadorct
e) ,k,infctanlc'
e) valina
500. (Med. - Taubaté - 72) As proteínas são macromoléculas formadas de aminoácidos co- 503. A reação de síntese entre 1 molél-'ula de alanina, l de glicina e l de aéido glutâmico,
mo unidades primárias. Essas unidades primárias estão ligadas entre si por: fornece um polímero:
a) forças de van der Waals a) com igual número de grupàs -NH2 e - CO2H
b) pontes de hidrogênio b) com duas ligações pcptídicas
e) pontes de oxigênio c) de massa molecular correspondente à soma das massas moleculares dos três reagentes
d) classificado como polímero de adição
d) ligações amídicas
e) constituído por três agrupamentos ainina primária
e) ou1ro tipo de ligação
a) (§Jc - li
O
0 - NI -- Cli - CH2 -- CH2 - COOH
H O
[) H3C - C - COOH
1
NH2
H H
1 1
H H II) HO - e1 -· e1 - COOH
1
1
N-C-C
1 1 li ~ - y- COOH H NH2
H CH3 O H CH3 H H
1 1
H3C...,___
III) HS - l - l - COOH
e) _,.,e - C - N - CH2@ H NH1
H,C 1 11 1
ª H O H a) somente I é correta d) pelo menos duas são corretas
b) somente II é correta e) as três são corretas
e) somente III é coueta
505. (Fac. Ciências Médicas - GB - 69) Sendo o peso molecular do amino ácido alanina
igual a 89, o peso molecular do peptídío penta-alanina será:
a) 370 b) 445 c) 355 d) 373
e) nenhum deles
506. (CESCEM - 70) Esta questão se refere ao texto abaíxo, escrito por um aluno, rela-
tivo a amino-ácidos:
"Os amino-ácidos são compostos que apresentam na mesma molécula as funções amina
(Med. - ABC - 73) As duas questô~s abaixo reforem-se às substâncias: e ácido carbox11ico. Eles também são chamados de amidas e podem ser obtidos pela
hidrólise de Iipídios. O amino-ácido mais simples é a glicerina. Os amino ácidos for-
H2N -yH -CO2H H1N - yH ···· CO2H H2N --yH · · CO2H mam sais quer por reação· com ácidos, quer por reação com bases. Nas proteínas' temos
CH3 H (~H2h amino-ácidos ligados entre si, formando as chamadas ligações peptídicas."
C02H O texto acima contém:
alanina glícina ácido glutâmico a) 1 erro b) 3 erros c) 4 erros d) 5 erros e) 7 erros
Dadas as afirmações: 507. (Med. e Cirurgia - RJ - 68) Os aminoácidos reagindo com ácido nitroso dão:
l) As três substâncias representam aminoácidos. a) hidroxí-ácido d) ímina
II) As três substâncias são oticamente ativas. b) amina e) imida
Ili) As três substâncias podem reagir tanto com âcidos quanto com base3, c} arnlda
au(MICA ORGÂNICA 623
622 FEL TRE - SETSUO
509. (Fac. Ciêm.:ias Médicas - GB • 69) A reação do ácido nitroso com uma proteína pode
ser utilizada na determinação do: 515. (CESCEM - 68) Submetendo-se uma solução aquosa dc' glicina (ácido amino-acético)
à eletrólise, verifica-se que a glícína migra parn o ânodo:
a) número de amino ácidos que compõem esta proteína
b) número t!e amino ácidos cíclicos existentes nesta proteína a) somente se a solução for acidulada
c) número de amino ácidos di·amino, dkarboxilicos desta proteína b) somente se a soluçfto for akalinizada
d) número de grupamcntos amina livres nesta proteína e) qualquer que seja o pH da solu~ão
e) amino ácido inicial da cadeia de proteína d) somente se a solução estiver no ponto iso-clétrico
e) sotncnte se o grupo carboxila for cstcrifkada
510. (Univ. Fcd. l'lumincnsc · 70) O ponto isoelétrico de um amino.,ácido corresponde:
a) a concentração de íons carbonium de uma solução na qual um amino-ácido se dissolve 516. (Fac. Ciências Médicas • GB - 70) Fez-se a análise dos pontos isoelétricos de dois
b) a concentração de íons carbonium de uma solução na qual um amino-ácido não se amino ácidos (A e B) por c!ctroforese. Trabalhou-se em condições adequadas, estando
dissolve o sistema tamponado à pH 3. O resultado obtido está representado no gráfico abaixo
e) a concentração de íons hidrogénio de uma solução nu qual um amino-ácido não (sendo O o ponto de aplicação das amostras):
migra sob a influência de campo détrico
d) a concentração de íon, hidroxila, existentes cm uma solução de triolcína B O A
e) nenhuma das respostas apresentadas ( - ) - - X - - X - - X--(+)
(cátodo) (ânodo)
511. (Med. ·- ltajubá - 69) Os aminoácidos com número de grupos - NH 2 maior que
-COOl:I em solução aquosa na quu.l se produz uma corrente elétrica: Podemos diier que:
a) migram para o ânodo a) os pontos isoelétricos de A e de B são menores do que 3
b) dividem-se, indo uma parte para o cátodo e outra para o ânodo b) os pontos isoelétricos de A e de B são maiores que 3
e} não migram, pois não contém carga e} os pontos isoclétricos de A e de B são iguais a 3
d) migram para o cátodo d) o ponto isodétrico de A é maior que 3 e o de B menor que 3
e) nenhuma das alternativas é rnrrda e} o ponto isoclétrico de A é menor que 3 e o de B maior que 3
512. (Med. Santos - 72) O ponto isodétrico do ácido aspártico é prl = 2,8. Podemos
afirmar qué: 51 7. (Esc. Médica - RJ - 71) O ponto em que à proteína tem um mínimo de solubilidade
a) para um pH maior que 2,8 o ácido aspártico sofre cataforcsc é:
b) para um pH igual a 2,8 o ácido aspártico sofre eletroforese a) RF
e• para um pH menor que 2,8 o ácido aspártico sofre anaforese b} ponto M fusão
d) para um pH maior que 2,8 o ácido aspártico sofre anaforesc e) ponto de ebulição
e) a clctroforcsc indepe nde do PH da solução d) constante de Michaelis
e) ponto isoclétrico
513. (~'ded. -· Iwjubá - 69) Um aminoácido que é dissolvido em agua possui um pH = 2.
Pergunta-se: O "zwitterion" é positivo ou negativo; o pH no ponto isoelétrico é supe-
518. (Mcd. - Santa Casa - 69) A constituição do linho, algodão, seda e lã é, rcspcctivamcntc:
rior, igual ou inferior a 2?
a) polissacarídica, proteica, proteica, polissacarídica
a) negativo e inferior
b) polissacarídica, polissacarídica, proteica, pro tcica
b) negativo e superior
c) proteica, proteica, polissacarídica, polissacarídica
e) positivo e inferior
d) proteica, proteica, proteica, polissacarídica
d) negativo e igual e) nenhuma das respostas anteriores é verdadeira
e) nositivo e sunerior
624 FEL TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA 625
d) estão relacionados com a disposição espacial de uma das hidroxilas do aldeído gli-
CAPITULO 23 - GLÜCIDES cérico
e) mistura de enatiomorfos em quantidades equimoleculares
519. (Med. - Santa Casa - 73) Leia com atenção o texto abaixo com a finalidade de des-
cobrir o número de erros conceituais existentes: 526. (CESCEM - 67) Assinalar qual das afirmações é correta em relação à glicose e à
"Açúcares são substâncias orgânicas que sempce se ">Sentam como polihidroxialdeído frutose:
de fórmula geral CnH2n-2On Muitas vezes as m~~~.:ulas mais simples polimerizam-se a) ambas são aldohexoses da série D
dando origem a polissacáridos, como amido e celulose, ambos facilmente digeríveis pe• b) a glicose é uma hexase e a frutose uma pentosc
los seres humanos." e) ambas são cetohexoses da série L
O número de erros conceituais é: d) ambas são oses dextr,§giras
a) I b) 2 e) 3 d) 4 e) 5
e) nenhuma das alternativas anteriores é correta
520. (EEU Minas Gerais - 67) Qual das afirmações abaixo é correta: 527. (Univ. Fed. Fluminense - 69) Sendo n o número de átomos de carbono de uma cetose,
quantos isômeros opticamente ativos apresenta?
a) oses são glicídios que se hidrolisam d) a sacarose é urna ose
a) 2n b) 2n·l e) zn-2 d} 2n-4 e) 2n-3
b) 6sides não se hidrolisam e) a glicose é uma óside
c) a sacarose é uma 6side
528. (Med. - GB -- 66) Entre as substâncias abaixo, a epímcra da glicose é:
521. (Med. - UFRJ - 69) Qual das oses abaixo é uma cetohexose: a) manose b) sacarose e} frutose d) ribose e) maltose
a) glicose b) frutose e) manose d) galactose e) ribose 529. (Fac. Ciências Médicas - GB - 69) O fenómeno da mutarrotação verificado em alguns
glicídios, quando dissolvido em água, é devido:
522. (CESCEM 73) Os açúcares apresentam, em geral, as seguintes propriedades:
I) são razoavelmente solúveis em água a) a degradação progressiva do glicídio
b} ao reajuste da estrutura molecular do glicídio, com o desaparecimento de um car•
II) oxidam-se facilmente
bono assimétrico
As propriedades I e II são, respectivamente, devidas à presença de: e) à formação de isómeros D e L
a} grupos aldeído e pontes de hidrogênio d) a existência de isômeros denominados alfa e beta
b) grupos hidroxila e pontes de hidrogênio e) à interconvenão de grupamentos aldeído e cetona
c) pontes de hidrogênio e grupos hidroxila
d) pontes de hidrogênio e grupos aldeído 530. (Biomédicas - Univ. GB - 71) Seria possível identificar-se os glicídios, glicose, fruto-
e) grupos hldroxila e grupos carboxjla se e manose através da formação, em condições adequadas, de suas respectivas fenil-
osazonas?
523. (Biomédicas - Univ. GB - 71) Um poli-álcool é formado por uma cadeia linear de a) não, porque eles nunca formam fenil-osazonas
carbono e contém um grupamento aldeídico. Sua fórmula geral é Cn(H 2 O)n. Assinale, b} sim, potque os cristais das fenil-osazonas destes glicídios são perfeitamente identi-
abaixo, o que achar mais correto: ficáveis
a) a substância é um lipídio d) a substância é uma aldose c) não, porque apenas a glicose forma fenil-osazona
b) a substância é um aldeído graxo e) a substância é a frutose d) não, porque todos os três glicídios formam a mesma fenil"0sazona
e) a substância é uma aldo-hexose e) todas as respostas acima estão erradas
524. (EE Lins - 67) Dois exemplos de dissacárido: 531. (Med. e Cirurgia - RJ - 70) As osazonas obtidas da glicose, manose e frutose são idên-
ticas e, por esse fato, Fischer demonstrou que isto ocorre por que:
a) glicose e levulose d) sacarose e levulose
b) glicose e lactose e) glicose e sacarose a) são isómeros entre si d) são todas dextrógiràs
e) sacarose e lactose b) tem os 4 últimos carbonos iguais e) são todas de origem natural
c) pertencem todos à série D
S25. (Univ. Fed. Fluminense - 70) Os símbolos D e L são utilizados para os compostos, en-
tre os quais os glicídeos que: 532. (Biomédicas - UFRJ - 71) Sob ação de ácidos minerais fortes não oxidantes as oses
a) apresentam atividade dextro e levo ratatória se transformam em:
b} sofrem decomposição ou que se apresentam à temperatura ambiente no estado Jí. a) ácidos aldônicos d) compostos pirrólicos
quido b) ácidos urónicos e) compostos furfurálicos
e} sofrem dimerização e são liposolúveis e) acidas áricos
626 FEL TRE - SETSUO
OUlÍVllCA ORGÂNICA 627
533. (l\kd .. Ul· RJ - 69) Pda ação dos áci<los minerais fortes não oxidantes as ases livres
5 39. (Mcd. e Cirurgia RJ 70) Os ácidos urônicos, obtidos por oxida<;fo de uma aldosc,
ou combin,i,hts se transformam cm:
possuem:
a) compostm forfuúlicos d) ácidos iíricos a) uma carboxila no carbono 6 d) uma carboxila ,·m C1
b) com pu, los pirânkos e) tióis b) uma carboxila cm C1 e outra cm C6 e) qualquer um ddcs
e) tiofênico~ e) não possuem carboxila (nome impróprio)
534. (Mcd. Sant:i Casa -- 70) Existem duas formas isômcras da glicose que são intcrcon- 540 (Med. • Gama Filho - GB - 68) Assinalar um produto de ferm,·11tJé·iio <ta glicose.
vertidas cm solução aquO!ia, produzindo uma mistura (k ambas, cm equilíbrio. Esse
fcnômcno é dc•nominauo: a) glicogi,nio d) 2-dcsoxirribosc
b) frutose cl ácido lático
a) polariw,-fo d) mutarota,,iio
e) ácido glutâmico
b) anfotni.,mo e) nenhuma das alkrnativas é correta
e) conformação 541. (BiomMicas - UFRJ -· 71) Considerando-se o rendimento de 100%, qual o volume
de CO 2 dcsprl'ndido, provc1Jicnte da fermentação de 90 mg de glkose, medidos nas
535. (Med. -- Santo André - 72) Na solução aquosa l molar de glicose existe um equilí- condições normais de temperatura e pressão:
brio entre as formas cm cadeia e cícli:ca: a) 5,6 mi d) 44,8 mi
Çil2OH b) 11,2 mi e) nenhum deles
HCO
c--o e) 22,4 mi
1 H-..., /H1 '-...._,_ _,..H
(1 HOH)4 ----e cr 542.
no/ ·'-...._,_ 9u ~/ ·---......ou (Univ. Fcd. Fluminense - 69) Quando se faz a redução da frutose vamos obter:
CH2Oll c--c
1 1
a) hexano di-ol 1-2 d) sorbitol + ácido sacárico
H OH b) osazona e) manitol + sorbitol
Se a 25ºC a constante de equilíbrio acima é 99, podMc ,tfirmar que a essa temperatura: e) furfural
a) a form,; em cadeia é a mais estável 54~ (Fac. Ciências Médicas - GB - 69) A hidrólise da sacarose produz:
b) 99'1, da ~licosc está na forma cíclica
a) a, D-glkosc e {3, D-frutose d) a, L-glicose e {3, L-fru tose
e) a 'fr da f,irma em cadeia é menor do que a temperaturas mais altas
b) {J, O-glicose e /3, D-frutose e) {3, O-glicose e a, D-frutose
d) a forma,ão do anel praticamente elimina a atividade Ótica da glicose
e) as molfrulas cíclicas associam-se mais facilmente do que as em cadeia e) /3, O-glicose e /3, L-frutose
544. (Fac. Ciências Médicas - GB 70) Durante o processo de hidrólise da sacarose, o po-
536. (Biomédica; - Univ. GB -- 71) A D-glicosc possui os isômcros alfa e beta. Isto se deve
der rotatório específico passa de positivo para negativo. Isto se dá porque:
a;
a) assimctJfa no carbono l d) assimetria no carbono 3 a) fica liberado um carbono assimétrico
b) assimetria no carbono 6 e) nenhuma das possibilidades anteriores b) os produtos da hidrólise possuem atividade redutora
e) assimetria no carbono 4 e) há a formação dos isômcros alfa e beta da glicose e da frutose
dl os campos magnéticos ressonantes da frutos~ se sobrepocm am da glicose, quando
537. (Med. e Cinugia - RJ -· 70) Os ácidos aldônicos, obtidos por oxidação de uma aldose, ~m soluções cquimolarcs
possuem: e) a frutose é mais lcvorrotatória do que a glioosc que é dextrorrotutória
a) uma carboxila no carbono 6 S45. ( Fac. Odont. - UFRJ - 69) A sacarose é um dissacarídco não rdutor. Assinalar a
b) uma carboxila cm C1 e outra em C6 ,rnsertiva que explica este comportamento:
e) não possuem carboxila (nome impróprio)
d) uma carboxila cm C1 a) o composto é de baixo peso molecular
e) qualquer um deles b) o grupamento cctônico da frutosc exibe propriedades oxidanté•;
e) o composto exibe o fenômeno de mutarrotação
538. (:Med. e CinHgia - RJ - 70) Os ácidos aldáricos, obtidos por oxidação de uma aldose., d) a ligação 1-2, entre a glicose e a frutosc, mascaram os grupam,,ntos redutores
possuem: e) o composto é facilment.c hidrolizável
a) uma carboxila no carbono 6
b) uma carboxila em C 1 e outra em C6 546. (Fac. Nac. Med . ., RJ -·- 68) A lactose, por hidrólise, fornece:
e) não possuem carboxila (nome impróprio)
a) glicose + frutose d} galactose + frutose
d) uma carboxila em C 1 b) glicose + manose e) galactose + manosc
e) qualquêr um deles c.) P-li~os.P. + i:r;1foctnSP,
628 FEL TRE - SETSUO QUÍMICA ORGÃNICA 829
547. {Biomédicas - Univ. GB - 71) Sabemos que: 553. (Fac. Ciências Médicas - GB - 70) Uma das diferenças entre o amido e o glicoaênlo
A lactose é um dissacarídio que conserva propriedades redutores. é que:
- A lactose por hidrólise enzimática produz galactose e glicose. a) o índice de iôdo do glicogênio é mais elevado
A lactose reage com a fenil-hidrazína dando uma osazona característica. b) o índice de iôdo do amido é mais elevado
Por hidrólise da lactosazona obtém-se glucosazona e galactose. e) o amido reage com o iÔdo, a quente, dando cor azul
d) o peso molecular do amido é, em média, bem maior
Podemos, então, concluir:
e) o glicogênio é muito mais ramificado
a} a lactose é um glico-galactosídio
b) a lactose é um galacto-glicosídio 554. (Biomédicas - Univ. GB - 71} Um oligossacarídio é polímero de glicose e tem um
c) a lactose não é nem glicosídio nem galactosídio peso molecular igual a 1800. Se hidrolizarmos completamente um mol deste sacaddio,
d) as respostas a e b são eqüivalentes quantos moles de glicose se formarão1
e) nenhuma das respostas corresponde à estrutura da lactose
a) 8 b) 9 c) 10 d) 11 e} nenhuma das respostas
548. (Med. - Santa Casa - 69) A celulose, da mesma maneira que o amido e o glicogênio,
é constituída por um grande número de moléculas de glicose. Teoricamente, portanto, 555. (Med. - Santo Amaro - 71) Em relação aos glúcides são feitas as afirmativas que se
ela teria a mesma importância nutricional que aqueles polissacarídios e assim capim e seguem, das quais uma não é correta. Assinale-a:
folhas poderiam resolver o problema da fome sobre a face da Terra. Entretanto, tal não a) a mutarrotação é um fenômeno comum a ·todos os monossacárides
se dá porque: b) todos os dissacárides redutores possuem grupamentos carbonílicos livres
a) as moléculas de glicose na celulose têm na realidade uma pequena diferença estrutu- c) a sacarina é um glúcide não redutor
ral daquelas encontradas no amido, o que impede a absorção pelo intestino humano d) o glicogênio é um polímero da glicose com cadeia ramificada
b) devido ao seu paladar exigente, o homem prefere passar fome à ingerir capim e) nem todos os glúcides pertencentes à família D são dextrógiros
e) por uma questão de ordem psicológica, o homem prefere a fome a ingerir alimento
que é utilizado por animaís inferiores
d) o homem não possui no suco gástrico ou intestinal, enzimas capazes de desdobrar
a celulose, pois a ligação glicose-glicose na celulose é diferente da ligação glicose- CAPITULO 24 - POLIMEROS
glicose no amido
e) nenhuma das respostas acima é correta 556. {Med. - GB - 66) A substância fundamental, passível de polimerização, chama-se:
a) epímero d) suporte
549. (ITA - 71) O material comumente chamado "nitrocelulose", é um:
b) molde e) monômero
a) nitrocomposto c) substrato
b) nitrosocomposto
c) nitrato 551. (CICE - RJ - 67) A associação de moléculas orgânicas leves para formar moléculas
d) nitrito mais pesadas, com formação de ligações entre átomos de carbono de diferentes molé-
e) nenhuma das alternativas anteriores culas, e libertação, geralmente, de moléculas d'água (ou de outras moléculas mais sim-
ples), é uma conceituação de:
550. (FEi - 67) O amido é: a) polimerização d) dissociação eletrolítica
a) glicerídio b) hidrólise e) nenhuma das respostas anteriores
b) carbohidrato c) condensação
e) heterosídio
5S8. (CESCEM - 72) Abaixo estão relacionados alguns álcoois e ácidos carboxílicos:
551. (CESCEM -· 73) O l!mido é um polímero orgánico constituído de cadeias de: álcoois ácidos carbox flicoa
a) aminoácidos I) etanol IV) m-benzenodióico
b) hexoses II) n-butanol V) p·benzenodióico
e) ésteres de glicerol com ácidos graxos III) 1, 2 - etanodiol VI) o-benzenodióico
d) hidrocarbonetos insaturados Quais destas substâncias poderão, em reações de condensação {álcool + ácido), dar ori-
e) á!coois superiores insaturados gem a um polímero linear com cadeia mais longa?
a) I e V d) li e VI
552. {Med. - UFRJ - 69) Qual a ose constitutiva da molécula do amllo:
b) II e IV e) III e V
a) 21icose b) manose c) ealactose d) frutose e) ambínose c) Ili e VI
----,
~(,7. (!TA --- 71) C.erto polímero muito utilizado é formado de moléculas Cl-13(CH2lnC'l13.
559. (EE São Carlos -- 68) O polietileno é um produto de polimerização cuja matéria pri-
Este polímero é chamado:
ma é o:
a) nylon
a) etano d) ctcno
b) poliestircno
b) propileno e) nenhuma das respostas anteriores
e) buna-S
e) propeno
d) tctlon
560 (Fac. Nac. Mcd. - RJ - 68) O monômero do polietileno pode ser obtido do etanol por: e) nenhuma das alternativas citadas
a) oxidação d) dcsidrogcnação (PUC - SP -·· 71) A polimerização do composto @-cH = CH2 dâ ori~l·m a
b) redução e) polimerização um plástico importantíssimo denominado:
e) desidra lação
a) polietileno d) poliéster
561. (Eng. - São José dos Campos - 72) O nylon é um plástico obtido pela polimerização de: b) cloreto de polivinila e) poliacrilonitrila
e) policstircno
a) hidrocarbonetos insaturados c) uréia e am ina
b) ácido carboxílico e amina d) nenhuma das respostas anteriores
(ITA -- 67) Ordenando a 2~ coluna com a 13 •
562 (ITA - 71) Qual dos polímeros abaixo contém nitrogênio na sua estrutura? a) H2C = CH2 (1) nylon-6
a) nylon d) polietileno _,,--NH
b) tcflon e) bakelite b) (CH2Js'--.. 1 (2) poli-etileno
e) policstiwno C=O
rH3
563. (Biomédicas - UFRJ - 71) A resina baquelita resulta da condensação do p,tr de mo- e) H2 C =C - CH = CH2 (3) poii-cstircno
nômeros; /H
d) H2C = c......._ (4) cloreto de poli-vinila (PVC)
a) uréia e formaldcído d) ácido adípico e hexamc tilenodiamina CI
b) fenol e'formaldcído e) nenhuma das respostas
e) ácido tcrcft:ílico e glicol e) 0-CH =CH2 (5) borracha sintética
S64. (Bimm,dicas - Univ. GB - 71) Um material que vem sendo empregado cada vez m,ús Tcrnmos:
na indústria, na tecnologia, na ciência e mesmo na medicina é o teflon, que é um po-
límero de: a) 1, 4, 5, 3, 2
b) 3, 5, 2, 4, 1
a) isopreno d) monofluoroctano
e) 2, 1. 5, 4, 3
b) dilcno e) dil1uoroctano
e) tetrafluoroctileno d) 4, 3, 2, l, 5
e) 5, 2, 3, 4, 1
565. (~ktl - Santa Casa 68) Durante a segunda guerra mundial, o poderio bélico da Ak~
manha foi cm boa parte devido ao grnnd~ avanço das pesquisas químicas daquele país. ~70. (ITA - 73) PVC é abrt•viaç.:ío de:
Químicos alemães, lidl•rados por J.W. Rcppe, co1m,guiram produzir borracha sintética a) carbono grafítico obtido por pirúlise no vácuo
utilizando: b) poli-carbom1to de vinila
a) glicose que pode ser sintetizada faL'ilmrntc e) pirovanadato de carbono
b) ácidm graxos saturados obtidos de animais d) poli-cloreto de vinila
e) proteínas wgetais obtidas da soja ,·) poli-carbcto de vanádio
d) acetileno produzido a partir do carbono, óxido de cálcio e águ.i
e) hidrocarbonetos oblldos do pdrólco ~ 11. (11-kd. • Santa Casa - 73) A rl·a~ão de polimerização entre molfrulas dos tipos:
HOOC (Cl-12) 11 -- COOH e H2N (CH2) 11 NH 2
566. (Univ. Fcd. Fluminense - 68) A polimerização do buta-di-cno com 20% de stircno ob-
pode originar:
bém-sc:
a) poliaminas d) police tonas
a) cs~ncia de laranja artificial d) uma cbonitc b) poliamidas e) poliald,•ídos
b) um clastômcro e) um fixador para perfumes
e) poliálcoois
632 FEL TR E - SETSUO QUiMICA ORGÃNICA 633
(CESCEM - 73) As duas questões abaixo referem-se às seguintes fórmulas estrutu- 576. (CESCEM - 73) O produto gasoso obtido da combustão total de 0,010 mal de um
rais, nas quais n representa um número elevado: certo ácido carboxílico, ao passar por uma solução aquosa de hidróxido de cálcio, for-
mou 16,0 g de carbonato de cálcio.
~ -)
H H H H
(- ~ H1 O11 )
- i-C-
11
(- ~ C=C
1
CH3
1 1
1
1
C-C-C=C
1 1
H H CH3
1
11
Supondo-se que a molécula deste ácido seja um dímero, qual o número de átomos de
carbono contidos no monômero?
a) 4 b) 8 e) 12 d) 16 e) 20
(A) (B)
eLJ,
577. (CESCEM - 70) Um ensaio qualitativo para a verificação da presença de certo ele-
H mento em amostras orgânicas desconhecidas é o teste de Beilstein. Ele consiste cm por
(+ -) 1 H
1 C
1 IH
I C1 I) um fio de cobre limpo em contato com a amostra e depois introduzir o fio de cobre
e ( -C-C-C-C-
1 1 1 1 na chama de um bico de Bunsen. Infere-se a presença de:
1
H H H H H n
n a} sódio se a chama ficar verde-azulada
(C) (D) (E) b} halogênio se a chama ficar verde-azulada
e) oxigênio se a chama ficar amarelada
572. A fórmula estrutural que corresponde ao polietileno é: d) nitrogênio ou fósforo se a chama ficar fuliginosa
e) mercúrio se a chama ficar esbranquiçada
a) A b) B e) e d) D e) E
578. {ESQ Oswaldo Cruz - 67) A pesquisa do nitrogênio nas substâncias orgânicas é feita
573. A fórmula estrutural que corresponde à borracha natural é:
com segurança acusando-o na forma final de:
a) A b) B e) e d) D e) E
a) hidrazina c) ferrociancto
b) nitre to de cálcio d) óxido de nitrogénio
CAPfTULO 25 ~ ANÁLISE ORGÁNICA 579. {Fac. Ciências Médicas - GB - 70) Na determinação de proteínas pelo processo de
Kjeldahl, multiplica-se o resultado (expresso em nitrogênio) por 6,5, porque:
574. (ITA -- 73) Uma amostra de 7,S g de um hidrocarboneto ocupa um volume de 5,6
a) é uma resolução legal internacional
litros nas CNTP. Podemos concluir que esse hidrocarboneto corresponde a um:
b) o nitrogénio representa 6,25% da proteína
a) alcano b) alccno e) alcino d) ciclano e) cicleno e) o nitrogénio representa 6,25 X 14 = 87,5, isto é, 87% da proteína
d) o nitrogênio representa, em média, 16% da proteína
575. (Univ. Minas Gerais - BH - 70) Realizou-se a experiência representada pelos desenhos e) nenhuma das respostas acima
abaixo:
580. (Med. - Santa Casa - 68) Uma amostra de líquido puro é colocada em recipiente de
platina pesando 1,078. O recipiente é novamente pesado acusando agora 1,152 gramas
e é colocado em aparelho especial que contém tubos para a absorção de CO 2--e de H2 O,
onde a amostra é aquecida. Após o aquecimento o tubo de absorção de CO 2 que pe·
sava 10,950 gramas passou a ter 11,0'82 gramas e o tubo de absorção de H2 O passou
de 12,866 gramas para 12,920 gramas. Qual a percentagem de carbono e hidrogênio da
substância .4 - -V~ amostra? H = 1; C = 12; O= 16
CuO___.. -·
a) C = 48,6%; H = 8,16%
solução b) C = 59,9%; H = 12,9%
turva
e) C = 25,4%; H = 4,3%
ANTES DO AQUECIMENTO DEPOIS DO AQUECIMENTO
d) C = 38,5%; H = 2,1%
A afirmativa mais completa referente às observações feitas é: e) e = 61,4%; H = 2,5%
a) a substância A contém halogênio
{PUC SP ~ 70) Esta explicação se refere às duas questões seguintes.
b) a substância A contém hidrogênio
e) a substância A contém carbono e oxigênio O gás obtido de 0,300 g de uma proteína, pelo processo de Kjeldahl (dosagem de ni-
d) a substância A contêm carbono e hidrogénio trogénio}, foi recolhido em 60 mi de solução 0,10 N de H2SO 4 , necessitando-se 20 mi
e) a substância A contém carbono de solução 0,10 N de NaOH para neutralizar o excesso de ácido. Pergunta-se:
- ..........
~K!!. (Fac. Ciências Médicas -- GB - 68) A oxiemoglobina, uma proteína do sanl.lu~•. rnn-
581. O gás obtido pelo processo de Kjddahl é: tém 0,335% de ferro. Parece certo, devido a outras evidências, <iuc cxisll'ln 4 âtmnoM
a) nitrogênio d) mdilamina de ferro na molécula. Seu peso molecular seria então: (f'e ~ 56)
b) amoníaco e) óxido de nitrngênio a) 66567,1 b) 66573,2 e) 6656,7 d) 66626,8 e) 16656,7
e) hidrazina
Sl!9. (CESCEM - 70) Qual é a ma,su molecular mínima do sal di-sódico dL' um ácitlo
582. A porccntagem de nitrogénio na proteína examinada 6: (H = l; N = 14) dicarboxílico sabendo que nesse sal e porcentagem em massa do sódio t; de 31 'J..'/
b) l 3.8'A, d) 18,7';i 21,0% Na - 23
a) 10,5% e) 15.4% e}
a) 296 b) 148 e) 100 d) 74 e) 31
583. (fac. Ciências Médica.~ - CB -·- 68) Vm composto formado por t·arbono. hidro)'é·11io e
oxigênio, contém 68,8'J de <:-arbono. 4.9% de hidrogênio. Sua fórmula empírica ,;: (Eng - São José dos Campos - 72) Uma substância orgânica nas condições normais Ül'
11rcssão e temperatura é 30 vezes mais densa que o hidrogênio. Quando 0,407 g desta
a) C3H3O (H=l; C=l2; O=16J substância é queimada completamente produz 0,895 g de CO 1 e 0,488 g de H2 O.
b) C4H3O Por oxidação parcial é transformada em aldeído. O nome desta substância é:
e} C6HsO2 (H = l; C = 12; O = 16)
d) C1H5O2 :1) etano b) etanol e) 1-propanol d) 2-propanol
d nenhuma das fórmulas anteriores
S9 l. (CESCEM 71) A análise elementar de um hidrocarboneto forneceu como fórmula
584. (Biomédicas - Uf'RJ - 71) A análise ccnksimal de dcll'rminada substânda fonwccu mínima C3Hs e a dctcnninação do seu peso molecular correspondeu a 82. A hidrn•
o seguinte resultado: gcnação total do composto mostra que ele adiciona I mol de hidrogênio por mal. AJ>l~
nas com estas informações pode-se afirmar que:
li = 6.66% O= 53,34"ii (por diferença).
a) o composto é um monoalceno
Qual das substâncias abaixo poderia ser a analisada: b} o composto é um cicloalceno
a) etanol e) o composto é um dialceno
b) ctanal e = 12 d) o composto é um alcino
e) etanóico H l e) não é possível chegar a uma conclusão
d) mctano-oxi-metano O = 16
d nenhuma delas 592. (CESCEM - 70) Na determrnação do peso molecular do ácido fórmico, de fórmula
mínima CH2O2, pelo método da medida da densidade do vapor, foi obtido o valor 70.
585. (CESCEM - 65) Um certo composto consiste de 1,21 • 10 23
átomos de carbono, Conclui-se daí que:
3,62 , 10 23 átomos de hidrogênio e 6,02 • 10 22 átomos de oxigênio. A sua fórmula mais
a) o vapor do ácido fórmico apresenta elevado grau de dissociação iônica
simples é:
b) ácido fórmico se decompõe apreciavelmente ao se vaporizar
a) C2H6O b) CH3O e) C3H 02 d) CHO e) CH2O e) possivelmente existem moléculas de fórmula bruta C2H4O4 no vapor
586. (CESCEM - 70) !>lo ~studo de certa substância nova, pura, cm virtude dos exames d} jg X 100% representa a porcentagem de moléculas (CH2O 2 h existentes no vapor
já efetuados, ficou estabelecido que sua fórmula bruta deve ser C6 H13O ou C6 H12O, e) a determinação deve estar errada porque o peso molecular CH1 Oz é 46.
Qual das alternativas abaixo é a mais indicada para dirimir esta dúvida:
a) cfotuar uma análise elementar muito mais precisa 593. (CESCEM - 68) A análise de um certo composto mostrou que ele contém 14,4'/f,
b) determinar o p~so molecular pelo método crioscópico de hidrogénio e 85,6% de carbono. Qual das afirmações seguintes é a mais correta acêr-
e) verificar se a subst[incia é um álcool ou não ca deste composto, com base exclusivamente nos dados acima: (H = 1; C = 12)
d) obter o espectro de emissão desta substância a) é um hidrocarboneto ·aromático d) seu peso molecular é 28
e) verificar se a substância é saturada ou não, isto é, se ela tem ligações b) sua fórmula empírica é CH 2 e) contém uma tripla ligação
- e = e - ou - e e = c) sua fórmula molecular é C2H4
594. (Univ. Fed. Fluminense - 69) Um hidrocarboneto contém 85,4% de carbono. Qual dos
587. (Biomédicas - Univ. GB - 71) 0,5 mo! de uma substância de fórmula geral igual a seguintes hidrocarbonetos será: (H=l; C"'l2)
CnH2n+l COOH contém 6 gramas de hidrogênio. Quantos carbonos tem esta substância?
d) 8 carbonos (H = I; C = 12 ; O= 16 ) a) 2, 2 - dimetil - butano d) meti! - ciclo • pentano
a) 5 carbonos b) hexino e) ciclo - hexano
b) 6 carbonos e) nenhuma das respostas c) benzeno
c) 7 cubanos
----------,---------------------------------------
138 FEL TRE - SETSUO
596. (Fac. Ciências Médicas - GB -- 70) Coloquei 10 mi de uma solução 0,1 M de um ácido
orgânico cm um recipiente graduado. Adicionei, em seguida, o volume necessário de
urna solução 0,1 N de NaOH para neutralizar aquele ácido. Acrescentei mais 20 mi de
água para obter uma solução 0,02 M do sal.
Assinale, dentre os abaixo citados, qual o que teria condições de ser o ácido em questão.
(H = 1; C = 12; O = 16)
a) oxálico b) cítrico e) benzóico d) acético e) nenhum deles
597. (Biomédicas - Univ. GB - 71) Em um laboratório foi preciso fazer-se uma solução
neutra de sulfato de benzilamina 0,1 M. Conseguiu-se isto juntando-se 1,07 g de benzi-
lamina com 5 ml de ácido sulfúrico 2 N e diluindo-se a um volume final de 100 mi com
H1O. Se usássemos um ácido sulfúrico 0,2 N, obteríamos uma solução de sulfato de
benzilamina com a mesma concentrac,ão, juntando: (H =1; C = 12; N = 14)
RESPOSTAS
a) 1,07 g de benzilamina + S mi do ácido + H1 O q.s.p. 100 mi
b) 1,07 g de benzilamina + 5 mi do ácido + H1 O q.s.p. 10 ml
DOS EXERCÍCIOS
e) 0,107 g de benzilamína + 5 mi do ácido + H2O q.s.p. 100 mi
d) 10,7 g de benzilamina + 50 mi do ácido+ H1 0 q.s.p. 100 mi
e) nenhuma das respostas
E TESTES
598. (CESCEM - 72) Se uma amostra de 7,0 g de um hidrocarboneto gasoso ocupa um
volume de 5,6 litros nas CNTP, podemos concluir que esse hidrocarboneto correspon•
de a: (H = 1; e = 12)
a) alcano b) alceno c} alcino d) ciclodieno e) ciclotricno
599. (ITA -- 72) Qual das substâncias abaixo, quando no estado .gasoso, necessita de maior
volume de ar, por litro, para sofrer combustão completa. Esses volumes são medidos
nas mesmas condições de temperatura e pressão.
a) metano b) propano e) éter etílico d) acetileno e) benzeno
600. (Esc. Médica •- RJ - 71) A cromatografia em papel dos aminoácidos depende de:
a) partição entre dois solventes d} anafore se
b) troca iônica e} teor de íons cromato
e) adsorção
138 FEL TRE - SETSUO
QUÍMICA ORGÂNICA 639
CAPfTULO 9 - CICLANOS
CAPITULO 5 -- ALCANOS
~H3 H H2
l) 2, 3 - dimetil - pentano 2) H3C -- 1 1- C 1) b
3) e
2) a) meti! - cklopropano
4 1 cadL'ia 5) e 6) d
b) 1. 1, 3 • trimeti! - dclohcxann
CH3 C2Hs
~H3 H2
3) meti!-prop,mo 4) H,C - ~ - C - CH 3 2. 2 • dimctil - butano CAPfTULO 10 - HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS
CH 3
1) 1 - meti! - 3 - dil "bé!lZélll)
5J 2, 3 - dimetil - butano 6) C3H 8 + 5 02 ➔ 3 C02 + 4 H2O
7) e 8) d 9) d 101 b CII,
)_
CH3
1) CnH2n - ciclanos 2) 2 - metil - butcno - l o-dimctil m-,Jímdil p-dim..tíl
H3C---.._ /CH3 bçnzcno bl'nZl'nO benzeno
3) ciclobutano e rn<:'l1·1 -c1c
• lopropa,10- 4) bute110 •2 H ...-- C = C ~, H
5) Na dcsidràtação dos álcoois O --OH sai com o H :izinho do carbono 11;cnos hid~ogenado.
6) buteno-2 7) Nas reações de adição o H vai para o carbono mais hidrogenado. 3) r~o
0 11 + No;
8) meti!- butcno - 2 9) a 10) d 11) b 12) "
AlCl3
CAPliULO 7 - ALCINOS 4) / n \ l l + Cl - - ~ - - , . HCl
\~1
1) duplas acumuladas. duplas conjugada:; e dupla~ isolada,., (Cll3)iCHCH2CH2UH 3 - meti! butano) - 1 isobutil - carbinol prirn.
H H {CH3)iCHCH(OH)CH:i 3 - me til - bu tanol - 2 meti) • isopropil - carbinol xccund.
2) H2e = e- e= CH2 {critrcno) butadieno - 1, 3
(CH3Ji C(OH)CH2 CH3 2 - meti[ - but,mol - 2 dimctil • etH - catbinol krc.
H H H II
. 3) H2 C =C -· C =CH2 + HBr - H3C -- e= e - CH2
1.
C~ 3 CH2_CH(CH 3 )CH2OH 12 • metil -- butano\ - 1 sec - butil • carbino! prim.
Br (CH 3 )JCCH2OH 2, 2 - dunetil - propano! - 1 terc - butil - carhinol prlm,
4) (CsHs)n 5) e
r
2) aJ 2, 3 - dimetil --- butano! - 2 dimetil - ísopropil - carbinol terc. 12) CII, C,'H -CH, - CJl3
b) 2, 3, 5 - trimeti! hexano! - 3 me til - isopropil - isobu til - carbinol tcrc. OH
e) propcn - 2 - o! - 1 vinil - carbínol prim. OBSERVAÇÃO: O l! sai Jo carhono menus l!idrogc11adu (regra de Sayueff); por isso nao
d) 3 - meti! --- pentadiin - L 4 --- ol - 3 meti! - dictínil - carbinol tcrç
se forma o butcno - 1.
Cll3 Cll2 ...--- CH2 Cfl3
2 Cll,i -- CH --- Cll2 - CII, CH - O CII
ÓH Cll 1 '--- Cll3
CH 3 \'.1!3 ékr Ui_~ :--et: - hutíHco
bl Cl13 - Ç _:_ CH3 + NaOII - - - CH2 C - CH3 + NaBr + H2O
l:lr
b1tlanal 011 butanóico ou
alckido butírieo ácido butírico
CH3 - CH CH3 (regra de Markownikoff)
OH , [01 mdaouql!cbra
b) Cl!.i - CH2 - C:ll -- Cll3 ~CH3 CHo - C Ul3 - a molécula
- li
OH o
CH3MgX OMgX II O butanuna ou
----c113 - e ----- ci'l. 3 __2__
meti! - e til cl'lona
i'r e
CH3 [O[
CH3 - CH - CH 3 + Mg(OH)X e I Cll:i (' - CH3 ---~ ,ioda ou quebra a molécula
OH 011
HBr M CH2 = O OMgBr 14f Tanto car~iter ..:.i3cidon como "'bá~'ico·· . ..-~mbora fraqt~(,;sín10. 1 ' ..~_L:ido~' porque pode- pcr_der f
b) CH3CII2OH - ~ CH3CH 2 Br _J;!___ CH3CH 2 MgBr - - - - H - CH 2 Ç- cH 3
li+ cm ccrtc1s reações e "b:í,ico" porque adiciona o li de Úcklos forte,, formando R - O!-12
II
1S) ( a 1n~1íor t'stnbilillJ.rlc do {on dt• cnrhônio L'-'rciáriu funnado.
/
6) Porque um produt~ petroquímico comum é o propileno CH 3 CH CH 2 ; mas o propílcno - - - ~ 1CH3Ol:Ca + II:
ao ser hidratado da o propano! - 2, CH 3 -- CH(OH) - CH 3 , de acordo com a regra de Mar- Tnl'tóxído de cákio
kownikoff.
S(h(OC 2 11,ía + 2 llCl
7) metanol> butanodiol-1,4 > butano! - ! > butano sulfato ,lc ctila
1O) Por cálculo cstequiométrico obtemos o mo! do álcool (88 g). Como o álcool é terciário 18) Veja o esquc-nw. e n·a\'Õ\.·~· no capúu:lo n:-fl·1\'t1tl~ ao chnúl. Essa~ reações kntere~1-.am .ao~ hío•
(teste de Lucas), só poderá ser o álcool amllico terciário: químü..:o~. pui~ s.e procl:'.<.;san1 sob LaL.ílis-e c-nzirn:Jtica. produzida pdo n1icroorganísmo sacchil·
romy ccs ~-en'ri~ac.
C2H50 - SO3H + H2O
sulfato ácido de etila 1YI Veja o capítulo do etanoL
(C2i15)2SO4 + 2 H2O 20) Pda hidrólise de óleos e gcrd1,r.1~ (por exemplo, sebo ck bc,,1 1'.ln cosméti,·os, L'OIIH> pla,-
~11Jf1}tn rn•:11 tr,1 .-Ir~ ,-, t-i1,, (c-11 lf'•i-tr. rlitH·/f;,...,...,_ \ tit"icantc e no pr<·paro de trinitrog!iccrina.
644 645
FEL TRE-SETSUO. QUÍMICA ORGÂNICA
OH
CAPfTULO 12 FENÓIS
OII
OH
2) Siga as quatro equações dadas para o fenol, admitindo, logo na primeira, que o H2 SO 4 reaja
com a posição /3 do naftaleno.
5) Um cre,ol, sendo um fenol, reagirá (e portanto irá se dissolver) com uma solução aquosa de
NaOH e dará coloração com uma solução de FcC1 3 . O álcool benzílico, como álcool, não 10)
te r:Í essas propriedades.
estas tig:.ições, por c-xen1plo, podem unir-~c cntr,: si, Ol~ liga-
6) Nfio. Porque os fcnóis têm caráter ácido, 'lllo os tornam incompatíveis com outros ácidos.
.• rcm-se a outros anéis "for:i" do plano em qucstao (a formu-
7) CH3--@--0H + NaO!l ~ CHr@-oNa + H20 ):-, _ ~ la é port,mto trídimcnsiomil)
... ~ C H 2 ? C H 2 - ...
p - cresolato de sódio OH OH
Cl!3 lo\
~
O --- C - CH3
8
+ HCI 11)
· - e, m,u,
A ox1daçao -, f'c'rl
a . O t'~rrol
, comum
· é oxidado pelo ar, cm comliçôes ambientes, tornan-
do-se avermelhado. O mesmo fenol só pode ser reduzido a quente e com reagentes espcc1ms
_. .
OH OH
p - dora - tolueno
OH
12) a) @ HN03 $-N02
NaO!l
N02
8) @ !IN03 c$)-N02 {'
/}iNO\
/ NO, h)
C$)
H 2 (Ni)
QCH3
[01
Cll3
CH3
$'~$' .
CH3
$
CH3
( é análoga a
02N Ü
OH)
N02
r) @ HN03
$__@_
NH 2 N :c;::N ]!1SO4
6
1120 $011
NO2
sal de diazô nio
o nt 3 + 2 Agllr CHO
Ar O -- C!l., ➔
/
N,
5) ultra-violeta
.,
(atualmente pode-se oxi da r con t ro la uamen
Ca(OHh
te o to lucno a benzaldeído)
©
6) Redução cont;olada de um cloreto de ácido a aldeído, com auxílio de um catalisador cspe-
O
1 - C',11
• s]Cl eia!: Pd + BaS04,
H
R + BCI
('I! o ('( 1: 7) ~ H +
+
c'1
<"I (',IL; () C 2 1ls + AlCJ_, - ~ C,fl.s O /1.ICl 2 -1 C-IH,<"I
8) Por causa da tautomeria:
ONa t
7) af o ~t1:r é ..-,olúvd cm H 2SCJ. 1 cuncc-ntr~Ldo, o octano n:io
•/.,..o ~ R-CH=C,✓ º" R - CII = C ,.- + ½ 112
hJ n L'kr n~io n'age com sódio. o ákool ~ím e liberta H2 R-CH2-C· 'i' 'H
"11 '
lil V"i ,,. oxidanuo e prndtuinclo pcr6.,ido, lc·xplojvosl.
648 FELTRE-SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA 649
10) Reativo de Fchling = mist11ra de solução de CuS04 e solução de NaOH + tartarato de sódio
@-CHO @-COONa
e potássio i) 2 + NaOH +
Reativo de Tollens = solução de nitrato de prata amoniacal benzoato de sódio álcool brnúfü,o
São usadas para dfatinguir aldeídos (dão reação positiva/ de cetonas (não reagem).
As adições são do tipo nuclcófilo, quando um radical negativo ataca o carbono da carbonila, fenil - hidrazona do bcnzaldefdo
que está positivado.
14) a) CH 3CH 2 COOH ~
Thü2 C!! 3 - CII •• Cli - CII
•••• 2 - CH
• 3 ~
Pt CH3CH2 ·- Ç'H
OH - CH2CII3
12) Podemos dctcctar o acdaldcído pelos reativos de Tollens ou de Fehling. Podemos eliminá-lo, o
oxidando--0 a ácido e transformando o ácido cm sal de sódio (reação com NaOH), que pre-
cipitará e poderá ser retirado por filtração.
O . OH OEt
13) al CH3CH2Cil,C ~~ ~Cll3CH1ClI2 -(-üEt ....!JQ!!__Cll 3 CH2CH 1 - ~>OEt
II H H e) basta efetuar a scqüencia anterior, e a seguir, hidrogenar o produto obtido, na dupla li-
scmi-acetal etílico acetal dietílico gação e 11a carbonita:
do butanal do butanal
<l) Cl13CIIC c;:e-
._
O
- - - e'li3C-,H 2
-PCls -
('li('!
- -2
_.2!{_ CII, a
- C = CH + 2 !ICI
"I-1
CH3CH2-·C=N-NH2 + H20
li
hidrazona do propanal e) @-CHO
d) IT O
+ H2N - OH ~ o= N-OH
+
16) f' o trímcro cídico do acetaldcído (vide fónnllla no capítulo correspondente).
660
FEL TRE-SETSUO
QUÍMICA ORGÂNICA 651
'-..
d) CII3 - (CH2)3 - CH2Br _Mg__ CH.~ - (CH 2 h - CH 2MgBr COz
CH2 = CEI - C00H há ressonância da dupla ligação com o / C =O
CH3 - (CH2h - CH2 - C00MgBr
_lL_
~ CH3 - (CH2h - CH 2 -- CO0H l -· CH2 - C00H
ou ainda:
Br - CH2 - COOH
CH3 - (CH2h - CH2Br ~ CH3 - (CH 2)3 - CH 2 - CN
Cl - CH2 -·· CO0H
l '"'"' indutiro "'"tiro (-l) =-«
CH3 - (CH2h - CH 2 - C00H
F - CH2 - COOH
e) CH2 =CH2 -1:!!!!..._ CH3 - CH2Br e recaímos numa das duas alternativas anteriores
C0OH
f) CH3 ·- CH -- CH3 _!:UL_. CH3 - CEI - CH3 por um dos dois caminhos mencionados 1 ressonância nas duas carboxilas
OH J.
Jí. em (d) chegaremos a CH 3 - CH - CH 3 .
C00H
COOH
Foi comprovado usando álcool "marcado" com oxigênio radioativo (0 18 ); este oxigênio per- 9Mgl
maccncu no éstcr e não apareceu na água. C - CII3
OC2H5
9) f a substituição dos H, cm posição O!, com relação à carboxila, por halogênios. Ela ocorre instável
porque esses li são mais "ativos" dada a sua vizinhança com a carboxila.
700ºC
CH3 - CO - CH3 + Cd(Cll3)Cl 10) CH3 - C - CH3 fosfato de eti!Jl. CH2 =C=O + CH4
acetona li
o
3) a) para o éstcr mctfüco do ácido acético:
CH3CO 0Cl13 +
11) São as imidas do ácido ftálico;
hidrólise: + HO H CH3COOH + CH30H
etanólise: + C2HsO H CH3COOC2Hs + CH30H ~Co--.. 0 + + H20
~co---
amonólise: + NH2 H Cl13CONH2 + CH30H
O hidrogénio assinalado conforc caráter ácido à ftalimida.
b) para anidrido acético:
CH3CO O --- COCH3
12) Reatividade: cloretos > anidridos > ácidos.
Cio PC!s
hidrólise: + HO H 2 CH3COOH 13) a) CH 3COOH ----!'...... Cl12CI ·-· COOH - - - CH2CI - COCI
ctanólisc: + C2llsO H CH3COOC2Hs + CH3COOH LiAlH4 -H20
b) (CH 3 CH 2 CH2COhO - - - - - CII3CH2CH2CH20H - C H 3 - Cll2 · CH =Cll2
amonó!ise: + NH2 H CH3CONH2 + CU3COOH
ROH CH 3MgX CH3MgX
e) CII 3 COOH - CH3COOR , Cli.3 - C -- CH3 --"----"---
e) para o cloreto do ácido acético: li H20
o
CH3CO CI CH3
hidrólise: + HO H CH3COOH + HCI CH3 - C -- CH3
etanólise: + C2HsO H
OH
CH3COOC2Hs + HC!
amonólise: 14) 2,2 gramas
+ NH2 H CH3CONH2 + HCl
15) O ácido butírico, sendo ácido, é solúvel cm soluções aquosa~ diluídas de NaOH {até cm
4) Na forma de essências de frutos, óleos, gorduras e ceras.
NaHC0 3 ), pois formará o sal, que é solúvel em água, Isto não ocorre oom o acetato de
ctila {sua hidrólise exigirá solução concentrada de NaOH, aquecimento e tempo).
ÇH3 ÇH3
CH3COOH + CH3 - C - OH - Cl13COOÇ - CH3 + H20
CH3 CH3
CAPITULO 17 - COMPOSTOS HALOGENADOS
A segunda reação é a mais difícil, e dá menor rendimento, porque o excesso de ramificações
próximo à carboxíla, dificulta a reação por "falta de espaço" (impedimento espacial ou es- 1) CHCl2 - CH2 - CH3 1, 1 - dicloro -'propano
térico).
CH3 - - CCl2 CH3 2, 2 - dicloro -- propano
6) Com diazometano: R - COOH + C!l 2 N2 - R - COOCH 3 +'N{ CH2Cl - CHCI - CH3 l, 2 - dicloro - propano
CH2 Cl - CH2 - CH2 Cl l, 3 - dicloro - propano
7) R - COOR' + NaOH R - COONa + R'Oll
(bases fortes) 2) a) 2 - brnmo •- propano; brometo de isopropila
Sua importância prática reside na reação: b) 1 - cloro - 2 - meti! - propano; cloreto de isobutila
óleos (ou gorduras) + NaOH - sabões + glicerina e) dicloromctano; cloreto de metileno
d) tetraclorometano; tetracloreto de carbono
8) No malonato de dietila (éster malônico) e) dit1uor - dicloro - metano; freon - 1, 2
f) cloro - eteno; cloreto de vinila
ru"'\ ,, COOC2Hs g) 1 - bromo - propeno - 2; brometo de alila
~e, h) 1 - bromo - 4 - meti! - ciclohc:xano
COOC2Hs
os dois hidrogênios assinalados são muito reativos (têm "caráter ácido"), Isto é aproveitado i) clorometil - benzeno; cloreto de benzila
cm inúmeras sínteses, especialmente em !Jl.boratório, denominadas sfnteses malônicas,
3) a) CH3 - ÇH · CH2 - CH3 + SOCl2 CH 3 - ÇH - CH-z • CJl3 + so: + HClf
OH Cl
666 FEL TRE-SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA 667
Cl
f) CH3 - C- Clh
1
+ 2 NaOH (aq)
Cl
@:rei Cl
+ + IICI (; - CH3 + 2 KOll !ak) CH = C - Cil3 + 2 K('l + 21120
ó pro pi no (hidrocarbo nc to)
ÇH - CH2 - CH3
Br h) CH3Br + @- Br + 2 Na @---c113 + 2 NaBr
CH:,COOC 2 H, + NaCl
acetato de ctila céstcr}
d) CH =CH + 2 C12 ~ CHCl2
e) CH3 - CH =CH2
C2lls - O - CII3 + Kl
éter meti! - etílico (éter} HCI KCN CH3 -- Cll2 CN
@- CII2 SH + NaHr 9) O cloreto de ctila é matéria prima para a produção do chumbo tclral'lila, •!lh' aunwnt• 11
"nrt~o~•"""m" n~ P-::1r«1lina ,l,":vidn a s.um;; mrn1iclades antidetonantes.
658 FEL TRE-SETSUO 669
QUÍMICA ORGÂNICA
redução • CHCl 3
CXC. [HJ
d) [(C 2H 5)4N)zS04 + 2 Agüll - 2 [CC2Hs)4N]OH + Ag2S04
11) Como solventes e como matéria prima para a obtenção de outros compostos orgânicos.
e) [(CH 3 )3NC 4 H 9 jcl + NaOH ~ (CH3),N + C'H2=CH-Cll2-Cll3 + NaC'I + 1110
12) Vide o capítulo correspondente.
Cl 6) a) a anilina é básica, por isso é solÍlvcl em soluções ácida,; o nitrobcnzeno ~ insolí1wl nns
13) @ + 3 Cl2
luz n-,,--\-c1
et--y-ct (a.nel não-aromático)
ácidos
b) com ácido nitroso ou com cloreto de bcnzcno·sulfonila (método de Hinsbcrg)
CI
14) Os derivados 11uorados não podem ser obtidos pela reação direta do 11uor com os hidrocar-
bonetos; são obtidos, em geral, a partir de outros derivados halogenados. São cmprng-,ulos +
como "gás de refrigeração", lubrificantes e plásticos.
ácido benzcno-sulfônico
3) a) eH2 -e
- -H2 -
HBr
CH3 - CH2Br -
NH3
CH3 - CH 2 NH2 + HBr acetato de fenil - amônio
NH3/H2 I;l
CH3 - C --- CH3 + H2O NH---C-CH3
©8
NH2 • NH2
Br
NaCN
e) Clh =CH -CII3 _!!!!!.,.CH3 -- CH - CH3 ~ C H r ÇII-CH3--CH3-ÇH-Cll3
CN
[H]
CH2-NH2
b) @ + CH3 -COCI + HCI
acetanilida
NH2
e)
© + HN02
0ºC
[ ~ " ] 011 + 1120
9) São compostos que apresentam a estrutura geral Ar - N = N -- Ar, com radicais amino e fe-
4) a) propilamina > mctil - etil - aminu > trimeti! - amina nol. São importantes como corantes industriais e indicadores em laboratório.
b) mc,til - etil -- amina >propilamina > trimeti! - amina
10) a) N • meti! - metanamida ou N - meti! - formamida
- - - - Cl13 - NH3 8 c1 G b) propenamida ou acrilamida
e) pentanarnida ou valeramida
CHJOH + H,O + Nt
660 FEL TRE-SETSUO QUÍMICA ORGÂNICA 881
b) (Cll3COhO + 2 Nll3 ___.à__ CH3CONH2 + CJ!3COONH4 22) No primeiro caso porque a nitração do hexano é mais difícil e se processa com muita rup-
tura da cadeia carbônica.
e) CH3Br ~ CH3CN ~ Cll3CONH2
23) O nitrohcxano, pois tem caráter levemente ácido.
d) Oxidando o etanol a ácido acétieo e caindo na primeira seqüência.
24) Por meio de ácido nitroso.
131 Devido às ponte, uc hidrogênio. qu,:; são mais fortes na amida do que no ácido.
25) Produção da anilina, que é um importante corante industrial.
17) A uréia tem caráter básico l' as amidas são neutras. Com bromo, cm meio bá,ico, a uréia CH 2 = CH2 + HBr
produz nitrogénio e as demais amidas niío.
a) C!l 3 - CH 2 Br + NaSH - CH 3 - CH 2 SH + NaBr
b) 2 CH 3 --- CH2Br + Na2S ~ CH3 - CH2 - S - CII2 - CH3 + 2 NaBr
e) 2 CH3 - CH2l!r + Na2S2 ------ CH3 - CH2 -- S - S - CH2 - CH3 + 2 Nallr
\laCN
H2S04 cone.
Friedel-Craft, sulfonação
19} a) CH3-CN + Cfl.~-CH2OH + 1120 - C l l 3 -COOCH2CH3 + NH3
[HJ
b) Cl13 - CN
C2llsOH + Na 4 l Pela diferença em seus carateres ácidos: o sulfcto é neutro e conseqücntcm,•ntc nio trai•
com nenhuma solução básica; o benzenotíol é levemente ácido e reage com solur;ÕC!M fortr
e) CH 3 CN C2 HsMgBr CH3-~'.=N--MgBr ~ CH3--y=O + NH3 + Mg(üll)Br mente básicas, como NaOH por exemplo; o ácido benzeno-sulfônico é fortcmcnle 6cldo •
,,Nu,, r-_rr_
"ti - o
1) éstcr
1) a) b) O N
NO 2
e)
2) glicérido = glicerina + ác, graxo superior
fosfátido = glicerina + ác. graxo superior + ác. fosfórico + amino-álcool
3) C15H31 ---- COOH - ácido pahnítico 4) É o número de miligrama.~ de KOII m·-
H' C 17H 35 - COOH ácido cstcárico cessário para saponificar complctaim·nk
C 17 H 33 COOH -- ácido oldco l g de óleo ou gordura.
5) São as reações de oxidação dos glicéridos com o 0 2 do ar catalisadas por bactérias e <1m·
d) e) Br 0 produzem mau cheiro (rançoso).
C H~
2 s~N'JJ 6) c 7) d 8) d 9) e 10) e
H
CAPfTULO 22 AMINOÁCIDOS E PROTEfNAS
2) a) + 2 NaOH í7 +
~ ,-,:O 2) São aminoácidos que não podem ser sintetizado~
NaOOC COONa 1) H 3 c - e - e:---
º ~º
anidrido cíclico '
NH2 'oH
nos mamíferos. São apenas 8.
abre o anel
(~ diácido) ác. o: • arnino - propanóico
3) Trata-se de urna molécula que sofre uma ionização interna criando-se extremidades ® e 0 .
b)
o 1)1
H
+ NaOH
o NG
Na@
+ H2O
4) Ê a ligação entre duas moléculas de aminoácidos: resulta da reação da carboxila do ácido
com o grupo amino da outra molécula.
5) São determinados grupos ligados a aminoácidos como ácido fosfórico, ácidos nucleicos, etc
que são libertados na hidrólise dos heteroproteidos.
6) c 7) a 8) b 9) a 10) b
,pirrol
(heterocíclico não abre o anel CAPfTULO 23 - GLÚCIDES
verdadeiro)
1
OH
li
C-CH3
OH
1
frutosc: poliálcool + cetona (epímeros no carbono 2)
3) por causa da tuutomcrização (dknolização).
4) Serão iguais porque as reações ocorrem nos carbonos 1 e 2.
+
H2O
6) a 7) e 8) c 9) b 10) b
+ 2 NaBr
dehidrogen. "'
o s CAPltULO 24 - POLIMEROS
2) Os polímeros sintéticos (plásticos, tecidos sintéticos, borrachas artificiais) estão se tornando f) nCH2 =e - C=CH2
cada vez mais importantes no mundo moderno. No entanto. nossa civilização ainda depende CH3 CH3
muito de polímeros naturais como proteínas (em nossa alimentação), fibras naturais (no Bra-
sil, por exemplo, o algodão e a juta são de grande importância e.conômica), etc. CH3 CH3
10) a) CH2 = CH + CH2 =C ••• - CH2 - CH - CH2 - C-· ··-
3) É a reação de polimerização entre monômeros diferentes. COOCH3 COOC2Hs COOCH3 COOC2Hs
© ó
. -
©
••• --CH2 - CH - CH2 -C =CH-CH2 -···
ó
ou queimando; conscqüentcmente ele não pode ser retrabalhado; sua estrutura é tridimen-
sional. e) É idêntico ao polímero uréia - formaldeído.
d) É idêntico ao gliptal.
5) Perfeitamente. O nylon, por exemplo, se presta à fabricação de peças meciinicas e à fabrica-
~'iio de fios para tecidos.
7) Queimando um pequeno pedaço. A borracha, sendo constituída por cadeia carbônica, irá CAPl'rULO 25 - ANALISE ORGÂNICA
queimar totalmente ou deixar um resíduo de carvão. A silicona não queimaxá totalmente,
deixando um rcs(duo arenoso (SiO2).
1) a) 75,0% C e 25,0% H; b) 45,9% C, 3,20% H e 50,8% Br
8) a)
( -- CH2 - <;'H -) b)
.. CI n 2) 0,1510 g CO2 e 0,0720 g H2O
CH )
( - CH2 -- Ç = CH -- CH2 -·)
e) ( •• - CHz - ~O~CH3 n d) 3) 6,83% N
CI n
4) 38,8% C; 9,60% H; 51,6% S
e) (- ooc-@-coo -- CH2 - CH2 - ) n
f) (- NH • • (CH2)6 - NH ·· OC - (CH2)4 - CO -- ln
$
••• - CH - CH, -$- CH,
10) C10Hs
·- CH - CH2
tridimensional
d) n CH2 = CH - CH2 - CH - )
1 (
COOH COOH n
linear
-• o w
• as
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666 FEL TRE •- SETSUO QUfMICA OR_GÃNICA 117
RESPOSTAS DOS TESTES DE EXAMES VESTIBULARES RESPOSTAS DOS TESTES DE EXAMES VESTIBULARES
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668 FEL TRE - SETSUO QUIMICA ORGÃNICA 669
RESPOSTAS DOS TESTES DE EXAMES VESTIBULARES RESPOSTAS DOS TESTES DE EXAMES VESTIBULARES
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