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Química Inorganica e Organica Aplicadas
Química Inorganica e Organica Aplicadas
Material Teórico
Química Inorgânica e Orgânica Aplicadas à
Cosmetologia e à Permeação Cutânea
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Química Inorgânica e Orgânica Aplicadas
à Cosmetologia e à Permeação Cutânea
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Conhecimentos correlacionados à química e à Cosmetologia dos
Produtos Cosméticos e como esses fatores interferem na perme-
ação cutânea.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Química Inorgânica e Orgânica Aplicadas à
Cosmetologia e à Permeação Cutânea
Átomos
É a menor parte da matéria, sendo assim caracterizado como elemento químico.
Quando o átomo está ionizado, forma o que denominamos íon (REBELLO, 2016).
Elemento Químico
É formado por átomos que apresentam o mesmo número atômico, as mes-
mas propriedades, como valência, afinidade química e potencial de ionização (RE-
BELLO, 201; NUÑEZ et al., 2003).
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Figura 2 – Tabela Periódica
Fonte: iStock/Getty Images
Número Atômico
É o número de prótons existentes no núcleo do átomo (REBELLO, 2016).
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Camada de Valência
As camadas eletrônicas de um elemento químico são denominadas K, L, M e N,
e seus subníveis s, p, d, f (FERREIRA; MATSUBARA, 1997).
A camada de valência é a camada eletrônica mais externa da eletrosfera e que,
efetivamente, participa das reações químicas, sendo essa camada importante quan-
do nos lembramos da ação dos radicais livres (REBELLO, 2016).
Definimos o termo Radical Livre (Figura 4) como átomo ou molécula altamente
reativa, que contém número ímpar de elétrons em sua última camada eletrônica
(FERREIRA; MATSUBARA, 1997).
A perda da estabilidade depende de diversos fatores externos (exógenos), como
radiação ultravioleta e fumo, e de fatores internos (endógenos) como falha imuno-
lógica (Quadro 1).
Nos Sistemas Biológicos, em condições fisiológicas do metabolismo celular ae-
róbio, o O2 sofre redução formando radical livre. A molécula pode sofrer homólise,
ou seja, a molécula sofre uma quebra na ligação (REBELLO, 2016; FERREIRA;
MATSUBARA, 1997).
Quadro 1
Endógenas Exógenas
Respiração acróbica Ozônio
Inflamações Radiações gama e ultravioleta
Peroxissomos Medicamentos
Enzimas do citocromo P450 Dieta
Cigarro
Fonte: Bianch e Antunes, 1999
Pode-se dizer que esta reação denominada homólise é o ponto de partida para
o aparecimento de radicais livres, sendo um elétron não emparelhado conferindo
uma alta reatividade (REBELLO, 2016; FERREIRA; MATSUBARA, 1997).
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Importante! Importante!
A natureza demonstra que os átomos ficam mais estáveis quando a sua última camada
eletrônica está completa. Esse fato acontece, na maioria das vezes, quando a última
camada contêm oito elétrons. É a famosa “Regra do octeto” (REY).
Assim, entram em ação os antioxidades, que combatem a ação danosa dos radicais
livres. O radical livre se liga ao antioxidante, preservando a célula (BIANCH; ANTU-
NES, 1999).
Quadro 2
Não-enzimático L-cisteína
α− tocoferol (vitamina E) Curcumina
β− caroteno Enzimático
Ácido ascórbico (vitamina C) Superóxido dismutase
Flavonóides Catalase
Proteínas do plasma NADPH-quinona oxidoredutase
Selênio Glutationa peroxidase
Glutationa Enzimas de reparo
Clorofilina
Fonte: Bianch e Antunes, 1999
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Moléculas
É a menor partícula de uma substância na qual existe certo número de átomos
ligados entre si, buscando sua estabilidade química (REBELLO, 2016).
Sabe-se que as moléculas são formadas a partir de átomos, ligados por forças
interatômicas e originando espécies estáveis (MORENO; TEIXEIRA, 1998).
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Figura 6 – Representação da molécula de Oxigênio
Fonte: iStock/Getty Images
Em Síntese Importante!
As reações descritas acima, de oxidação e redução, são processos recíprocos, isto é, quando
numa reação química uma substância é reduzida, é porque a outra se oxidou. Por exemplo,
a vitamina C em nosso organismo, que tem ação antioxidante, em que a vitamina C sofre
processo de oxidação para exercer sua função antioxidante (REBELLO, 2016).
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Ligações Químicas
A ligação química pode ser compreendida como uma busca pela estabilidade,
em que os átomos dos gases nobres, que já se encontram estáveis (apresentam
8 elétrons na última camada eletrônica, com exceção do hélio, que possui 2 elé-
trons), funcionam como padrão a ser imitado (COSTA, 2012).
Trocando ideias...Importante!
Como materiais tão diferentes como a gasolina, a naftalina e o gás de cozinha podem
ser constituídos por átomos de apenas dois tipos: carbono e hidrogênio? A resposta
está na forma de união entre os átomos. Sabe-se que os átomos podem se ligar uns
aos outros de diversas maneiras, dando assim, diferentes compostos com os mesmos
elementos químicos.
+
Na Cl
Fórmula NaCl
Fórmula Iônica Na+Cl-
Fórmula de Lewis [Na]+ [ Cl ]-
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• Ligação Covalente: nesse tipo de ligação, temos o compartilhamento de elé-
trons entre dois átomos neutros. Cada par eletrônico é constituído por um elé-
tron de cada átomo e pertence simultaneamente aos dois átomos. Um exemplo
é o diamante, formado apenas por átomos de carbono ligados covalentemente
e o átomo do gás hidrogênio (Figura 8) (REY; COSTA, 2012).
H + H H H Fórmula estrutural
H2 Fórmula molecular
• Ligação Metálica: é a ligação química que ocorre nos metais e nas ligas metá-
licas. A teoria do octeto não explica a ligação metálica (COSTA, 2012).
Matéria
É aquilo que ocupa lugar no espaço e tem massa, como a água, a madeira, o
petróleo etc. (REBELLO, 2016; COSTA, 2012).
É necessário observar que as substâncias com peso molecular elevado (peso molecular de
Explor
800 a 1000) não permeiam na pele (REBELLO, 2016; NARDIN; GUTERRES, 1999).
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pH
O termo pH significa “potencial hidrogeniônico”. Sendo uma escala que varia de
0 a 14. Esse símbolo representa “power” (p), ou seja, intensidade da concentração
de íons hidrogênio, H+.
Figura 9 – Escala de pH
Fonte: iStock/Getty Images
Em Síntese Importante!
Quanto mais próxima do zero, mais ácida, e quanto mais próxima do 14,
mais alcalina.
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Os alimentos também apresentam escalas de pH, conforme sua característica
(Figura 10).
Trocando ideias...Importante!
E se alteramos o pH da pele com o uso de substâncias alcalinas? Sendo o pH da pele
em torno de 5,0, ao utilizarmos substâncias com pH alcalino, aumentamos a permea-
bilidade cutânea. Mas, para cosméticos de uso diário, o ideal é utilizar produtos com
pH próximo ao pH fisiológico, ou seja, pH 5,0 (ácido) para mantermos a integridade da
pele e para ter a efetividade de sua função bactericida e fungicida exercida por esse pH
(REBELLO, 2016).
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Podemos medir o pH pelo pHmetro (Figura 11) ou fita com escala de pH (Figura 12).
Figura 11 – pHmetro
Fonte: iStock/Getty Images
pKa
Cada função orgânica possui seu pKa específico. Quanto maior o pKa, mais fra-
co é o ácido. O valor pKa do ácido glicólico é 3,83. Assim, existe uma relação com
o pH da solução e seu valor de pKa. Os alfa-hidroxiácidos, como ácido glicólico,
devem estar numa solução com um pH menor que o valor do pKa, para termos a
melhor permeação do ácido na pele (NARDIN; GUTIERRES, 1999).
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Estrutura Química – Funções Inorgânicas
Ácidos
São caracterizados pelo pH a seguir de 7,0. Segundo Arrhenius, podemos de-
finir como toda substância que, em solução aquosa, sofre ionização, produzindo,
como cátion, apenas o íon H+ (Figura 13) (COSTA, 2012).
H2o
HCl H+ + Cl-
Figura 13 – Representação dos ácidos
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O
HS OH
Figura 17 – Ácido tioglicólico
Bases
São substâncias que, quando colocadas em presença de água ionizam, fornecendo
íons hidroxila ou oxidrila (OH-) (Figura 18) (REBELLO, 2016; COSTA, 2012).
H2o
NaOH (aq) + OH (aq)
Na+1 -1
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Sal
Podemos definir como todo composto que em solução aquosa possui pelo me-
nos um cátion diferente do H+ e, pelo menos, um ânion diferente do OH- e que, na
presença de água, sofrem dissociação iônica.
Óxido
Composto binário em que o oxigênio é o elemento mais eletronegativo (COSTA, 2012).
Química Orgânica
É a parte da Química que estuda os compostos de carbono. O átomo de carbono
é tetravalente (Figura 19), ou seja, precisa estabelecer quatro ligações para obter
sua estabilidade (REBELLO, 2016; COSTA, 2010).
Trocando ideias...Importante!
Hidrocarbonetos, Ácido carboxílico, Éster, Álcool, Éter, Aldeídos, Fenol, Cetona, Amina
e Amida são exemplos de funções orgânicas. Compostos que têm átomo de carbono
em sua molécula. Um exemplo é a uréia, composto amplamente utilizado na estética
(REBELLO, 2016).
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Temos também os glicosaminoglicanos que formam longas cadeias de carboi-
dratos capazes de reter água na derme; são representados, sobretudo, pelo ácido
hialurônico e pela condroitina (COSTA, 2012; STEINER; ADDOR, 2014).
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas
BATISTA, C. M; CARVALHO, C. M. B; MAGALHÃES, N. S. S. Lipossomas e suas
aplicações terapêuticas: Estado da arte, Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas,
v. 43, n. 2, abr./jun., 2007.
Vídeos
Nanotecnolgia e Cosméticos
Nanotecnolgia e Cosméticos (parte 1).
https://youtu.be/IdbK_wcIVUo
Leitura
Preparação de Nanopartículas Poliméricas a partir da Polimerização de Monômeros
SOUTO, E. B.; SEVERINO P.; SANTANA, M. H. Preparação de nanopartículas poli-
méricas a partir da polimerização de monômeros – parte I. 2011.
https://goo.gl/4aie7A
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Cosmetologia e à Permeação Cutânea
Referências
BATISTA, C. M., CARVALHO, C. M. B; MAGALHÃES, N. S. S. Lipossomas e
suas aplicações terapêuticas: Estado da arte, Revista Brasileira de Ciências Far-
macêuticas, v. 43, n. 2, abr./jun., 2007.
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